VSB-30

VSB-30

A Avibras Indústria Aeroespacial e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) assinaram nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro, um contrato de transferência de tecnologia, que concederá à empresa licença para a produção e comercialização do VSB-30, veículo suborbital de maior sucesso no Programa Espacial Brasileiro, no que se refere a número de lançamentos.

Já foram efetuados 31 lançamentos, todos com sucesso, sendo quatro a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão e 27 lançados a partir do Centro de Lançamento de Esrange na Suécia. A plataforma serve para testes de experimentos com aplicações em satélites, veículos espaciais e indústria farmacêutica.

Este contrato de transferência de tecnologia vai permitir a continuidade de industrialização e comercialização do VSB-30 com aperfeiçoamentos tecnológicos, além de promover uma aceleração no desenvolvimento de veículos lançadores nacionais competitivos internacionalmente, para microssatélites.

Desenvolvido pelo IAE, fruto de cooperação entre Brasil e a Alemanha, o VSB30 é lançado por sistema de trilhos, estabilizado por empenas e possui indutores de rolamento que são acionados quando o veículo deixa os trilhos, contribuindo para a sua estabilidade durante o voo. Possui dois estágios a propulsão sólida e permite o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilos a uma altitude de 270 quilômetros, além de possibilitar a realização de experimentos em ambiente de microgravidade durante seis minutos.

O VSB-30 é certificado, qualificado e considerado seguro, confiável e estável. Por essas características, o VSB-30 possui excelente aceitação no cenário internacional de veículos suborbitais e torna-se pioneiro no processo de transferência tecnologia espacial no Brasil.

Competências – Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, que remontam desde a pioneira participação no Programa Espacial Brasileiro, a Avibras é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores e suborbitais para o Programa Espacial Brasileiro.

Para o vice-presidente Comercial da Avibras Leandro Villar, é um privilégio para a empresa receber um produto de sucesso e consolidado no mercado.

Segundo ele, a iniciativa também fortalece a tríplice hélice, conceito que aponta a ação conjunta entre empresa, academia e governo como o caminho para a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico do país. “Com esse programa, queremos ampliar o protagonismo do Brasil na área espacial impulsionando o Programa Espacial Brasileiro, além de gerar empregos”, destacou Leandro.

Atualmente a Avibras também participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Segundo ele, o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial, pois adquiriu diversas competências através de Pesquisa e Inovação no setor Espaço ao longo de quase seis décadas, desenvolveu uma base industrial competente e possui uma base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores poucas vezes reunidos num único país.

O Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, destacou que é um momento ímpar para o Brasil. “Estamos transferindo para a indústria um produto já testado e com tecnologia brasileira. Cumprimos inteiramente o ciclo de maturidade do produto”, declarou.

De acordo com o diretor do IAE, Brigadeiro César Demétrio Santos, a Avibras conduzirá o projeto com competência. “É a consolidação de um sonho. Essa aproximação com a indústria é essencial para o fomentar o Programa Espacial”, destacou.

O Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, que assumirá a direção do DCTA nesta semana, disse que parcerias como essa fortalecem a indústria. “Vejo brilhantismo nesse empreendimento. A Avibras é uma indústria forte, parceira constante do DCTA, que tem como uma de suas missões ser indutor da indústria”.

Sobre a Avibras

A Avibras é uma empresa de Tecnologia e Inovação, com capacidade industrial única, 100% brasileira e reconhecida mundialmente pela excelência e pela qualidade de seus produtos, sistemas e serviços. Sua essência é ser inovadora e independente em tecnologias críticas nas áreas de Aeronáutica, Espacial, Eletrônica, Veicular e Defesa.

Com instalações amplas e modernas localizadas no Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, principal polo de tecnologia aeroespacial do Brasil, a Avibras cria diferenciais competitivos de qualidade e inovação, fundamentais para manter-se em destaque no mercado mundial de Defesa.

Com mais de 50 anos de atuação, a empresa consolidou-se como provedora de desenvolvimento ao conduzir negócios de modo a gerar valor a clientes, acionistas e sociedade de forma sustentável.

A Avibras está entre as 100 maiores empresas exportadoras do Brasil e tem orgulho de integrar a Base Industrial Estratégica de Defesa Brasileira.

DIVULGAÇÃO: Avibras

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Sequim

Pode ter uso dual (civil e militar)?

João Adaime

Prezado Sequim A grosso modo pode-se dizer que um míssil também é um foguete e um foguete também é um míssil. O VSB-30 utiliza combustível sólido, que possui vantagens e desvantagens comparado com o combustível líquido. O combustível sólido pode ser armazenado por longos períodos e utilizado quase que de imediato, dispensando grandes preparações. Como por exemplo em mísseis de uso militar. Por outro lado o combustível líquido é mais utilizado na exploração espacial por ser mais eficiente e controlável. Também existem os foguetes de combustível híbrido, onde o combustível sólido funciona como reforçador através de boosters acoplados ao foguete… Read more »

Sequim

Prezado João, muito obrigado pela resposta e pelas interessantes informações. Aprendi bastante.

Guacamole

Prezado prezados.
Prezarei pela preservação de suas preces.
Amém.

Bosco

Complementando os senhores: Foguete geralmente é: 1- nome de um tipo de motor denominado de “motor foguete” que não usa o oxigênio do ar atmosférico como comburente, podendo ter um propelente líquido ou sólido; 2- nome genérico que se usa para designar um veículo capaz de colocar uma carga em órbita, geralmente com mais de um estágio, dotado de motores foguetes (sólido, líquido, combinado); 3- nome de veículo utilizado como arma, capaz de levar uma carga bélica do lançador até o alvo, não guiado, com formato aerodinâmico, propulsado por um “motor foguete” sólido. Eventualmente os foguetes “burros” podem receber um… Read more »

Sequim

???????

Leonardo Costa da Fonte

Errado. Foguetes não guiados não são mísseis. E nem todo míssil é um foguete. Misseis movidos por turbinas, por exemplo, não são necessariamente foguetes.

João Adaime

Prezado Leonardo
Repare que eu comecei o parágrafo com a frase “a grosso modo”. Isto quer dizer que “pode” dependendo de vários fatores e adaptações. Que não é o caso entrar em detalhes para não tornar a resposta longa e chata. Quem faz foguete pode fazer míssil e quem faz míssil pode fazer foguete.
Mas obrigado pela observação.
Abraço

Leonardo Costa da Fonte

João, me desculpe, mas está errado. Quem faz foguete não necessariamente saber fazer míssil. O maior exemplo é o Brasil e a Avibrás. A Avibrás fabrica foguetes desde a década de 60 e até hoje não conseguiu produzir um único míssil! Míssil implica ter um sistema de guiagem.

João Adaime

Caro Leonardo
Eu é quem peço desculpas. Estou sendo muito simplista nos comentários. Quis dizer que país que produz míssil, pode produzir foguete. E vice versa. A Avibrás fez foguetes e a Mectron fez mísseis. Agora a Avibrás faz mísseis, o 2020 e o Mansup. Este último, por exemplo, é um projeto da MB com a Avibrás e mais Siatt, Omnisys e Fundaçao Ezute. Envolve todo um parque industrial e de software.
Abraço

Juarez

Todo projétil, autopropelido, dotado de sistema de guiagem é um míssil. Acredito que a diferença entre um foguete e um míssil está justamente no sistema de guiagem.

Milton Ferreira

Boa tarde a todos, tenho por anos, só acompanhado vcs lendo as matérias e comentários. Agora atrevo-me a comentar. sou apenas entusiasta da matéria defesa. Sera este o inicio da bateria antiaérea nacional?

OSEIAS

Caro Milton, sua observação é bem vinda. A Avibras está envolvida em vários projetos que agregam valor tecnológico, como o próprio MTC 300, e outras empresas como a SIAAT. Estamos desenvolvendo muita coisa nesse sentido. Esperamos que com o TOT, isso possa nos deixar mais perto disso. Basta nosso governo dar o primeiro passo.
Abraço.

Valter Sales

Esse ano (lá para agosto) teremos novidades sobre a Anti-aérea.

diegotcardoso

Muito pertinente seu comentário, acredito que faça sim parte do esforço.

DOUGLAS TARGINO

Pensei que era uma munição de tanque logo de começo kkkkkkk

Guilherme

E eu pensei que era algum tipo de sistema de defesa antiaéreo.

Willber Rodrigues

E eu achei que era um novo tipo de munição pro ASTROS

OSEIAS

Boa noticia, faz tempo que iniciamos esses trabalhos com os alemães. Agora firmado a transferência isso nos dará certa independência na construção de veículos lançadores, e trará expertises para o desenvolvimento futuro de outros veículos, mais poderosos.

Captain America

Já o acordo com os ucranianos…

ADRIANO MADUREIRA

Todos sabem muito bem porquê o acordo com os Ucranianos não deu certo meu caro…

Não foi incompetência governamental,e sim ingerência de um terceiro país que dispensa apresentações.

Thiago

Sabem nada os inocentes… O negócio é malhar a Europa e exaltar o Tio.

kaleu

Sempre que se assinam acordos com os tais “parceiros alternativos” nunca dá em nada, nunca ganhamos nada, mas a culpa é SEMPRE dusamericano … até quando veverão nessa ilha da fantasia ?

Hélio

Querido Kaleu, você quer contradizer os próprios documentos americanos vazados pelo Wikileaks? Os americanos deixaram muito claro suas razões naquele documento.

Junior

O que os EUA não queriam era que a Ucrânia nos repassasse a tecnologia de lançadores espaciais, tendo em vista que essa tecnologia é de uso dual, pode ser tanto usado para fabricar um lançador de satélites quanto para fabricar um míssil balístico, vale lembrar que os Ucraniano estavam sendo observados de perto pelos americanos tendo em vista que havia suspeita que os mesmos tinham vendido tecnologia de misseis tanto para a Coréia do Norte quanto o Irã, os EUA não queriam, como não querem a propagação desse tipo de tecnologia, creio que o que aumentou a desconfiança americana é… Read more »

SmokingSnake ?

A Ucrânia é membro do MTCR, quem achou que eles iriam transferir tecnologia de ICBM é muito iludido! A Ucrânia já tem problemas demais e a economia deles sempre foi mal, era óbvio que não iriam querer se prejudicar mais.

Junior

Teve também os constantes atrasos ucranianos no tocante ao lançador de satélites. Só agora em agosto de 2019 que eles completaram os testes em solo para dar o ok para o primeiro lançamento de testes do cyclone 4, esses atrasos aconteceram por vários motivos, falta de dinheiro, corrupção generalizada no setor aeroespacial ucraniano e a guerra com a Rússia tendo em vista que muitos componentes do lançador são de procedência russa

https://www.unian.info/economics/10662354-success-as-ukraine-conducts-first-burn-test-of-cyclone-4-launch-vehicle-stage.html

Cristiano GR

Igerência = $$, pressão e ameaças.

Cristiano GR

O interesse na ingerência foi para o Brasil não dominar a tecnologia de produção de mísseis balísticos e a garantia de total independência externa.
Outra grande poda, foi a compra da Embraer, que impossibilitou o país de poder fazer aviões bombardeiros estratégicos, como os ameaçadores B-52 e B-1. Assim, mesmo que o Brasil domine o ciclo de produção da arma nuclear, não tem como ameaçar ninguém, pois não tem como usar.

J R

Nada impede que EDS desenvolva um avião desses, a não ser falta de um financiador, no caso a FAB…

Mauricio R.

A União vai comprar qual tecnologia e de quem pra fazer isso???? A do H-6, os chineses????
Depois de Xavante, AMX, upgrade do F-5, Gripen, satélite geoestacionário de defesa e a corveta/ fragata do edital rasgado, ainda não entenderam que se a União não comprar a tecnologia de alguém, a ESD não sabe como fazer!!!!

francisco Farias

Todo o mundo, inclusive os USA, copiam tecnologia dos outros. Engenharia reversa todo o mundo sabe fazer, é só ter coragem e vontade.
O Brasil é que burramente prefere gastar dinheiro em “compra de tecnologia”.

Hélio

Por que a FAB iria financiar o projeto de uma empresa que se orgulha em dizer que não é brasileira?
Se a Embraer é tão privada quanto alardeam, que usem o dinheiro privado e corram atrás do mercado.

Matheus

Que tal nós aprendermos de uma vez por todas que a Embraer não morreu?
P*ta m&rda parecem crianças chorando, ultima vez, Embraer vendeu a sua divisão comercial, pronto.
EDS, Aviação Executiva e suas subsidiárias continuam no controle da EMB.

francisco Farias

Só que a divisão comercial era quem sustentava as outras. E´só questão de tempo.

kaleu

Esse “possível bombardeiro” seria desenvolvido pela EDS (Embraer Defesa e Segurança), assim como é com o KC 390, não tem nada haver com os aviões comerciais objeto do acordo com a Boeing … além do que o que aprendemos na aviação comercial continua nosso, não ficamos burros porque foi feito uma parceria com a Boeing

Cristiano

Conheço pessoas que trabalham nesse projeto inclusive moraram na ucrânia para fazer a tal transferência de tecnologia. O que aconteceu é que houve problemas financeiros e de gerencia nos dois lados, não só do lado Brasileiro. Outra coisa é a tal tecnologia que o os ucranianos iriam nos passar, que já naquela época era totalmente ultrapassada, vinda direto da guerra fria.. Dois exemplos que posso citar é o combustível empregado no foguete que era muito poluente e ineficaz, outro é a tecnologia das fabricas, toda analógica ainda nada computatorizado.. Os Ucranianos param no tempo da guerra basicamente. Então cuspir apenas… Read more »

Willber Rodrigues

Vou fazer uma pergunta de leigo, então já peço logo desculpas pela ignorância:

Esse veículo já seria suficiente pra lançar satélites de até 400 kilos numa órbita de 270 km, ou seria necessário um outro tipo de veículo lançador, ou modificações nesse foguete?
Caso a resposta seja “sim”, o Brasil e as FA’s tem planos pra começar a usá-lo nessa função?

Oseias

Não. Por questão da velocidade. Para um objeto entrar em orbita terrestre baixa, é preciso velocidade de cerca de 8 km/segundo aproximadamente (27 mil km por hora). Um veiculo de sondagem, como o VSB, deve chegar a um terço desta velocidade. Como energia é aceleração ao quadrado vezes massa, para aumentar a velocidade, seria preciso diminuir muito a massa. O Japão, se não me engano, teve como primeiro lançador espacial bem sucedido, um foguete que colocava um objeto de poucos quilos em órbita. Inclusive um dos erros apontados do programa espacial brasileiro foi justamente tentar fazer um primeiro veiculo lançador… Read more »

Bosco

Oseias,
O foguete japonês é o SS520-5. Pesava 2,6 t e colocou um satélite de 4 kg numa órbita baixa.

diegotcardoso

Só complementando sua informação, a fórmula da energia é a seguinte:

E = 1/2(m*v²)
Energia = 1/2(massa * velocidade² (Ao quadrado))

Willber Rodrigues

Agradeço imensamente a resposta. Obrigado

Ricardo Bigliazzi

Como diz o texto, é apenas um veículo sub-orbital.

Jef2019

O governo que abra o olho e comece a tomar alguma medida para proteger seu parque industrial…a Avibras é uma das poucos empresas do setor de defesa que produz equipamentos de ponta…senão o tio sam vem e leva por alguns bilhões

FERNANDO

??
Qual a altitude que este ai pode chegar??
Pode destruir satélites??
Colocar satélites em órbita??

DOUGLAS TARGINO

Não li isso…

cwb

oi fernando, acredito que para destruir um satélite,são necessários outros conhecimentos diferentes de por um satélite em órbita.
para atingir algo vc tem que saber onde ele estará se é geoestacionário ou em órbita e calcular um lançamento para atingir esse alvo.
acho que no caso o foguete transporta uma ogiva que é lançada quando ele deixa a atmosfera para atingir o satélite.
isso é um comentário bem simples,tem um pessoal aqui que faz comentários bem mais técnicos que esse.
quem sabe alguém de uma lapidada para nós aprendemos mais!
abraço a todos!

Sequim

As respostas para as perguntas estão no texto:

“Qual a altitude que este ai pode chegar??” R.:altitude de 270 quilômetros.

“Pode destruir satélites??” R.:permite o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilos

“Colocar satélites em órbita??” R.:permite o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilos

Bosco

Fernando, Como ele chega a 270 km de altura ele pode atravessar altitudes de alguns satélites (de reconhecimento, por exemplo) e em tese colidir com eles, mas como não tem sistema de orientação não pode ser utilizado para isso. Uma das formas de destruir satélites é pela “via direta” , onde um míssil é lançado e impacta com o satélite. Se não atingir o “míssil” (na verdade, apenas o veiculo de destruição espacial ou EKV) volta pra Terra e desintegra na atmosfera. Esse tipo de ama só funciona com satélites em órbita baixa (até uns 1000 km de altura mais… Read more »

Space Jockey

Espero que tomem juízo e invistam mais no VLM, todo o nosso programa de lançadores coleciona fracassos demais para um país dessa envergadura, isso não me entra na cabeça, não é aceitável pra mim. O Irã já lançou satélite ha 10 anos !

Bosco

Space
A tecnologia de colocar satélites em órbita tem 70 anos . Países párias da comunidade internacional como o Irã e a CN conseguem e nós não, mas o pessoal aí de cima cisma de dizer que é por culpa dos EUA e não por incompetência ou falta de interesse nosso.

MMerlin

Exato Bosco! E tudo começa na educação. Nos países da Europa e EUA, as principais cidades possuem centros específicos para despertar o interesse científico nas crianças. E estes centros não tem nada de infantil. Existem N profissionais que trabalham, como voluntários, auxiliando crianças a entender a física, química e engenharia. É de emocionar ver crianças aprendendo a construir pequenas pontes e pedir para o pai subir e testar, se deslumbrar ao entender a diferença entre reflexão e refracção ou entendendo, mesmo que de forma superficial, os princípios da eletricidade. Este belo trabalho planta as sementes de futuros cientistas. Em compensação,… Read more »

Foxtrot

Apesar de ser uma excelente vitória para o verdadeiro PEB (Programa Espacial Brasileiro), não vejo possibilidades de lucros para a Avibras nessa negociação. Afinal de contas o MT-300 está há anos luz tecnológico desse VS-30. O próprio VLM quando concluído estará há anos luz do VS-30. Sendo assim a Avibras não ganhará conhecimentos tecnológicos algum na industrialização do foguete. Mas no aspecto da independência tecnológica e verdadeira soberania nacional, os ganhos são incomensuráveis. O mais vantajoso seria a Avibras industrializar o VLS que após concluído e falhado (sabotado,) 3 vezes, tem seu último protótipo pronto e esperando lançamento no CLA.… Read more »

Luiz Henrique

“Afinal de contas o MT-300 está há anos luz tecnológico desse VS-30.” Você ta misturando banana com maçã “O próprio VLM quando concluído estará há anos luz do VS-30.” Novamente você mistura as coisas, a propósito, o projeto do VLM é tão bom, mais tão bom, que já foi definido que ele não terá continuidade. “Sendo assim a Avibras não ganhará conhecimentos tecnológicos algum na industrialização do foguete.” Whats?? “Outra dúvida é porquê a FAB cancelou o VLS tendo em mãos o quanto protótipo pronto, acabado e esperando lançamento?” O quarto protótipo do VLS nunca ficou pronto, faltava as redes… Read more »

Foxtrot

Primeiro caro Luiz, não estou misturando nada. Um míssil de cruzeiro é infinitamente superior tecnologicamente a um foguete de sondagem em relação a navegação e controle, comunicações etc. Sendo assim não vejo ganho tecnológico algum para Avibras ao industrializar o VS-30. Segundo, o VLM não terá continuidade não é porque ele é bom ou ruim, e sim porque para sua área de atuação, que é colocar nano satélites em órbita ele não precisará de uma família de foguetes para isso. Terceiro, já respondi na primeira explicação. Quarto, acompanho o PEB desde antes do primeiro lançamento do VLS e posso te… Read more »

Luiz Henrique

A velha história de bananas e maçãs, qual o sentido de se comparar um míssil de cruzeiro subsônico que está sendo desenvolvidos a muito tempo e cuja a empresa Avibrás precisou recorreu a outras empresas para o desenvolvimento de partes sensíveis a um foguete de sondagem. A AEB tem tido conversas com a Avibrás no sentido de um possível desenvolvimento de um pequeno lançador de satélites baseado em um VSB-30 modificado, que envolveria a criação e manutenção de equipes e mão de obra especializada, o aperfeiçoamento e desenvolvimento de materiais compostos, inclusão de um possível motor a propelente líquido, no… Read more »

Foxtrot

Você não disse nada com nada caro Luiz. De onde tirou que a Avibras recorreu a outras empresas para fazer o MT-300? A não ser a Polaris atual Turbomachine que desenvolveu a turbina e transferiu a tecnologia a Avibras, o resto é tecnologia própria da empresa. Se não sabe a Avibras já fábrica para FAB os FTI e Foguetes de treinamento (Foguete de Treinamento Intermediário). Foguete a propelente líquido fabricado em impressão 3D ??? Não fabricamos ainda um único foguete a propelente líquido comum ,imagina um em 3D. A AEB estava em conversas com a Embraer para industrializar seus foguetes… Read more »

Luiz Henrique

Você não fala coisa com coisa, mas vamos lá.. A plataforma inicial e sistema de guiagem do MTC-300 só foi desenvolvido graças a assistência técnica e fornecimento de insumos de terceiros, como da CLC Consultoria, empresa está do mesmo engenheiro responsável pelo desenvolvimento do Sisnav, inclusive esta empresa já tem pronto o seu próprio sistema de navegação inercial disponível para venda. https://castroleite.com.br/pina_m “Não fabricamos ainda um único foguete a propelente líquido comum ,imagina um em 3D.” Motor a propelente líquido nacional L-5, que já foi testado em voo e que está previsto para ser usado no ÁQUILA 1 como upper… Read more »

Luiz Henrique

“De onde tirou que a Avibras recorreu a outras empresas para fazer o MT-300?
A não ser a Polaris atual Turbomachine que desenvolveu a turbina e transferiu a tecnologia a Avibras, o resto é tecnologia própria da empresa.”

Ah simm, desde quando a Avibras fábrica giroscópios opticos, aceleromêtros, girômetros, e toda a parafernalha necessária para um sistema inercial complexo auxiliado por GPS??

Se divirta.
http://www.innalabs.com/
https://castroleite.com.br/

Foxtrot

Luiz você não sabe de nada.
Os sistemas de navegação e controle do MT-300 são oriundos do programa SNC-vant em parceria com a FAB.
Sendo assim, lógico que os sistemas do míssil serão os mesmos desenvolvidos no Sisnav .
Não vou perder meu tempo com você.
Acredite no que quiser acreditar.
Mas as tecnologias do VS-30 não incremetarsm em nada o que a Avibras já faz há anos
O VS-30 nada mais é do que um foguete sem guiagem, sem mini foguetes atuadores , de aletas fixas .
Ou seja um foguete muito semelhante aos disparados no Astros há anos.

Fabio Araujo

Muito bom para as duas partes, a Avibrás passou a ter mais um produto que é um sucesso mundial e o DTCA poderá investir os recursos nos outros programas.

Billy

Porque esses vários lançamentos na Suécia? O produto foi comercializado com aquele país?

Fabio Araujo

Sim, ele é comercializado para vários países europeus, é considerado um dos melhores foguetes para experiências de microgravidade!

Cristiano de Aquino Campos

Só tenho a lamentar isso só ter acontecido agora. Ate o VLMA-1 já era para ter sido passado para a indústria nacional comercializar. Lá fora a assim que se faz, desenvolve a técnologia e ae repassa para empresas privadas fazer melhorias e vender.

Ricardo Bigliazzi

Parabéns!!!

Definitivamente começo a me cansar dessa aura que somos péssimos nas coisas que fazemos. Somos bons! Temos problemas? Claro, todos tem (os chinas mesmo não sabem fazer pás de turbinas com a eficiência dos yankes, franceses e ingleses).

Mas, somos bons!

Cristiano GR

Já parou para pensar que você, o brasileiro em geral, é orientado a pensar que é ruim, que não sabe fazer as coisas, mas que na verdade somos muito bons, QUANDO, resolvermos trabalhar, raciocinar e fazer algo e que nossa expertisse nos torna ameaçadores e daí a preocupação em nos causar o sentimento citado? Existem só 2 países no mundo com dimensões continentais que abrigam diversas etnias, entre as principais, nos 2, brancos, índios e negros, seguido por multidões de asiáticos de todos os tipos. Desses 2 países , 1 já nasceu planejado, arquitetado e com planos traçados para ser… Read more »

Bruno Correia

Ele poderia ser convertido em míssil balístico?
Qual seria o alcane estimado.

Abraços.

João Adaime

Boa pergunta Bruno
Um míssil para ter trajetória balística (e ser chamado disso) precisa alcançar um apogeu de, em média, 1200 km de altura, e ainda ter combustível para continuar seu percurso.
Logo, este nosso ainda é embrionário. Mas é um primeiro passo.
Abraço

Space Jockey

A médeia em alcance é 3 vezes o apogeu, daria uns 900 Km se ele continuasse a viagem depois disso.

Luiz Henrique

Teoricamente sim, inclusive os americanos acreditavam no passado que o Sonda IV pudesse ser adaptado para ser um míssil.

Foxtrot

Temos foguetes melhores do que o VS-30 para isso.
Foguetes como o VS-40, VS-50 Sonda II, Sonda III que possuem apogeu de mais de 1.000 km.
Não vejo possibilidades de lucro para Avibras nessa façanha.
Se a mesma está agindo por “sentimentalismos” corre o risco de sofrer um grande amargor nesse negócio.
Os: O VS-50 baseado no motor foguete S-50 ainda está em fase final de desenvolvimento.

jef2019

O mais próximo disso que estivemos foi com o VLS, mas infelizmente o projeto foi abortado após 3 testes sem êxito e após a explosão na base de alcântara…(apesar da informação aqui postada de que existe um protótipo pronto, pelo que sei foi descontinuado)…Enfim, como já explicado pelos amigos necessita de uma grande quantidade de combustível para poder alcançar a altitude necessária para este fim, isso significa tamanho muito maior para armazenar o combustível ou foguetes menores agregados mas atuando em estágios de separação…mas como teoricamente quem lança satélite consegue lançar uma bomba em qualquer lugar usando este mesmo vetor… Read more »

Space Jockey

Esses boicotes eles tem razão, tem que defender o deles, por isso temos que ser insistentes e fazer nós mesmos. Quanto a sabotagem eu não acredito nem duvido. Se CN e Irã podem fazer então nós tbm podemos

Allan Lemos

Sim,mas o problema é que os nossos oficiais não tem interesse em caminhar na direção de domínio dessa tecnologia.

SmokingSnake ?

Isso foi feito em parceria com a Alemanha, não é 100% nacional.

Portanto que não tenha mais de 300km de alcance até poderia, mais que isso a Alemanha barraria.

Space Jockey

O VS-50 nosso puro é bem melhor

Filipe Prestes

Já que tá todo mundo nessa vibe, aqui vai também minha pergunta de leigo: É remotamente possível desenvolver um míssil antiaereo a partir desse lançador?

Jef2019

Caro amigo…penso que o missil A-Darter desenvolvido pela africa do sul e brasil atendem essa necessidade

Filipe Prestes

Mas o A-Darter é um míssil ar-ar. Eu me referia a um sistema antiaereo, superfície-ar. Seria possível?

Jef2019

Então amigo…creio que seria muito mais fácil adaptar o a-darter terra-ar do que desenvolver todo o trabalho de guiamento deste foguete…são projetos para diferentes finalidades…agora o A-darter é projetado para isso…caçar alvos aéreos…seria uma questão de adaptar a um sistema de radar (por exemplo m200) e veículo lançador…mas não é tão simples…pelo que sei tem algo sendo estudado junto a mda…sistema anti-aéreo com radar m200 e veiculo lancador baseado no astros…nao sei qual seria o missil mas parece que algo oferecido pelo fabricante…ou seja o VSB nao será trabalhado para esta necessidades

João Adaime

Caro Filipe
Teoricamente sim. Mas este é apenas o “motor do carro”. Falta todo o resto. A parafernália eletrônica de bordo é tão complexa que seria interessante o Bosco nos dar uma aula.
Bosco, cadê você meu filho?
Abraço a você e ao Bosco

Bosco

Filipe,
Não! Esse é um foguete sem sistema de controle ativo. Não e guiado. As aletas são fixas e não tem nenhum tipo de controle de atitude ativo tipo um TVC , minifoguetes, etc.
No máximo, muito remotamente, o booster poderia ser utilizado para lançar um míssil , mas ainda assim é complicado.

The Aviator

Parece um premio de consolação. Tenho um sentimento dúbio porque nos anos 90 conheci o projeto VLS e o S.A.R.A. e alguns técnicos e engenheiros cuja capacidade técnica, esforço e dedicação não consigo descrever … Tudo teve um amargo fim naquele acidente no CLA, principalmente pela falta de visão de nossa classe política. Podíamos estar onde a Índia hoje e mais além. Enfim, o VSB-30 era apenas um primeiro passo. Por isso, para mim, não passa de uma vitória de pirro.

Curiango

Sera essa a proxima empresa A ser comprada pelos americanos ou Iraelis?

Diego

Tomara que nao…Comprando nossas pouquíssimas empresas de tecnologias, estaremos fadados a ser “rural” pra sempre. China, Índia, EUA Rússia, Alemanha, França, Itália, etc nao vendem suas empresas mais tecnológicas a outros países. É dar a chance do inimigo ganhar sem tropas. Quais inimigos? Todos sem exceção. População mundial crescendo mais demanda, menos terras e recursos. Temos de fazer comércio e nos industrializar urgentemente.

Foxtrot

Em um país que não leva a soberania a sério caro Curinga, corre grande risco disso acontecer viu.
Vide o exemplo Embraer, Alcântara, SGDC etc etc etc etc etc .

Tutu

Quando foi que venderam Alcântara?

Snake

Cara vc foi extremamente infeliz no seu comentário meu camarada, a embraer meu caro nao e uma empresa estatal ja faz ums 20 anos, e ainda simo governo poupou a parte que nos interessa, a parte militar, agora sobre alcantara meu caro, peço que assim que tiver um tempo leia o acordo de salvaguardas, esta no site da agência espacial brasileira, vai ver que o mundo é um pouco maior do esse seu comentário como eu disse bem infeliz

Carlos Campos

Espero que seja sucesso

Marcelo Danton

Essa é uma “arma” estratégica! Caso consigam cegar/inutilizar todos os satélites em órbita…novos e MAIS específicos para a guerra, serão colocados em órbita de forma rápida e a infraestrutura monstruosa necessária para os grandes e sofisticados satélites atuais.
Óbvio que não ficarão na destruição dos satélites…destruirão as bases de lançamentos também de qualquer Nação que as tenha.

horatio nelson
Allan Lemos

Ótima notícia,tenho esperança de que em algumas décadas a Avibrás possa se transformar na Raytheon brasileira.Porém acho que temos que parar de ficar pensando pequeno,um país como o Brasil não pode ficar limitado ao lançamento de microsatélites.Precisamos de um verdadeiro VLS capaz de lançar toneladas de carga no espaço(ou na terra,se é que me entendem).

Lúcio Sátiro

270 Km com uma carga de 400 kg ? Minha pergunta: se um foguete desses consegue subir tudo isso contra a gravidade e ainda levando 400 kg em seu bojo, quanto será que renderia o alcance dele como míssil ou foguete aqui mesmo ao nível do mar, levando uma ogiva com metade desse peso ?

Luiz Henrique

Só resta parabenizar a Avibrás e o DCTA por este importante acordo, a empresa brasileira agora toma as rédeas do produto de maior sucesso da indústria espacial brasileira, completamente pronto e certificado internacionalmente, é um grande passo para acessar o New Space, e quem sabe tornar o Brasil finalmente um player na área espacial.

É chegada a hora de abandonar as teorias conspiratórias e as falácias de uma parcela cada vez menor da população e encarar nossos desafios de fato.

Luiz Floriano Alves

O que me espanta é que países como a Coreia do Norte desenvolverem lançadores de grande alcance. Dizem que usam uma tecnologia ultrapassada, visível nas chamas vermelhas de seus lançadores. Tipico do uso de ácido fluorídrico como oxidante (RFG para os americanos) Como liquido oxidante estocável foi muito usado na Alemanha durante a WWII. Hoje obsoleto pelo perigo de manuseio.