Cansou da Terra? O Sistema Solar anda fraco em novidades? A NASA tem procurado exoplanetas e achou algumas opções bem bizarras aqui pertinho, apenas 11 anos-luz da Terra. Mais detalhes nesta matéria da série ‘Vale a pena abduzir de novo’, que a banda Abduzidos do iê iê iê traz para você na semana de lançamento de seu novo clipe: ‘Nesse planeta não’

A NASA informou ter encontrado um sistema multiplanetário a “pouca distância” da Terra, composto pelos exoplanetas GJ 15 A b e c que orbitam uma estrela vermelha. Como as distâncias no espaço são gigantescas, de fato esses planetas estão perto: “apenas”  11 anos-luz de distância, o que faz deles o nosso mais próximo sistema multiplanetário – ao menos entre os que já foram descobertos.

Um aspecto interessante da descoberta é que esses planetas oferecem aos pesquisadores e aos viajantes do futuro, eventualmente cansados da “mesmice” da Terra e do nosso Sistema Solar, uma abundância de características bizarras. O que tem órbita mais próxima da estrela vermelha, chamado GJ 15 A b, leva apenas 11 dias para orbitá-la, ou seja, para completar “um ano”. Como sua massa é três vezes a do nosso planeta, ele é classificado como uma “super Terra”. Também é super quente: 276 graus celsius na superfície.

Seu planeta-irmão, denominado GJ 15 A c (imagem do alto), é totalmente diferente. Trata-se de um gigante gasoso com massa 36 vezes maior que a Terra e sua órbita leva 20 anos, sendo provavelmente frio. Aparentemente sua órbita foi determinada pela companheira da estrela que ele orbita, uma outra estrela vermelha chamada GJ 15 B.

Mais de 4.000 exoplanetas descobertos – Ainda que mais observações sejam necessárias, tudo indica que este é um sistema bastante diferente, e por isso mesmo tem gerado muitas controvérsias entre pesquisadores desde a primeira descoberta, em 2014. Essa primeira observação foi inicialmente refutada por outra equipe, e depois reconsiderada. Finalmente, em outubro deste ano, esses planetas passaram, junto com outros 16, a fazer parte do arquivo de exoplanetas da NASA, que soma mais de 4.073 confirmados em nossa Galáxia.

Trilhões de mundos Reportagem anterior da NASA indica que esses poucos milhares de exoplanetas já confirmados são apenas uma pequena amostra do total. Entre os do tipo “Quente Júpiter”, absolutamente infernais, e as “Super Terras”, que são super misteriosas, há planetas congelados, gigantes gasosos que fariam os nossos parecer anões, não faltam tipos diferentes que, se levarmos em consideração a pequena área já explorada em nossa galáxia, podem somar trilhões de mundos.

TESS e Kepler – Boa parte desses exoplanetas estão sendo descobertos pelo telescópio TESS da NASA – sigla para “Transiting Exoplanet Survey Satellite”, visto nas imagens acima e ao lado. Astrônomos que ainda analisam dados da última busca por exoplanetas, realizada com o telescópio espacial Kepler, podem dar uma pincelada na diversidade demográfica que o TESS provavelmente descobrirá.

Super Terras – Até o momento, mais de 1/3 dos mais de 4.000 exoplanetas descobertos são do “tipo Netuno”, ou seja, esferas gasosas semelhantes em tamanho ao nosso conhecido Netuno, do Sistema Solar. Pouco menos do que isso é do tipo “gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno. E perto de 900 deles são classificados como “Super Terras”, numa referencia ao tamanho: são maiores que o nosso planeta, porém menores que Netuno.

Essas “Super Terras” estão envoltas em mistérios, mas o que se pode dizer é que devem ser alguns dos mais comuns tipos de planetas encontrados em nossa Galáxia.

Mais de 150 “Terras” – Para quem prefere mundos com tamanhos similares ao nosso, as descobertas até agora identificaram, entre os exoplanetas confirmados, pouco mais de 150 planetas “terrestres”, ou seja, globos rochosos de diâmetro semelhante à nossa casa no espaço. Porém, apenas mais investigações poderão dizer se eles têm atmosferas, oceanos e algum sinal de que podem ser habitados.

Por fim, há aproximadamente uma dúzia na categoria de “desconhecidos”: sua presença foi detectada por métodos indiretos, mas pouco se sabe deles.

Rebola bola – Já outros confirmados têm características muito especiais. Por exemplo, os do tipo “Quente Júpiter” são gigantes gasosos com órbitas tão próximas às suas estrelas que as temperaturas chegam aos milhares de graus. Por orbitar tão próximo de seu sol, sua atração gravitacional faz a estrela “rebolar” em torno do eixo. Esta é uma característica que facilitou bastante, nos primórdios da busca de exoplanetas, a descoberta desses mundos fora do nosso Sistema Solar.

Párias e lacunas – Há também planetas que foram expulsos de seus sistemas, tornando-se párias do Universo. Provavelmente essa expulsão se deu na disputa gravitacional da formação de vários sistemas, sendo impulsionados para longe pela própria estrela ou por outro planeta. Há também lacunas nos conhecimentos e descobrimentos: as “Super Terras” podem ser tanto planetas rochosos quanto mundos com densidade totalmente diferente do nosso, o que ainda não se sabe.

E há uma lacuna de tamanho, pois até o momento há raros planetas que tenham entre 1,5 e 2 vezes o diâmetro da Terra. Seria um tamanho crítico na formação dos planetas, pois quando atingem esse tamanho passam a atrair gases como hidrogênio e hélio e se tornam predominantemente gasosos? Será que outros planetas rochosos menores, orbitando mais perto de suas estrelas, eram gasosos como Netuno mas perderam suas atmosferas?

Novo telescópio em 2021 – Talvez muitas perguntas possam ser respondidas – e, muito provavelmente, novas questões apareçam – quando a NASA lançar o tão esperado telescópio Jaes Webb, em 2021, que deverá estudar exoplanetas orbitando estrelas distantes. Uma dessas perguntas é justamente se um planeta rochoso em órbita próxima de uma estrela vermelha anã pode manter atmosfera.

Em reportagem divulgada neste mês, a NASA informou que uma equipe de astrônomos, por meio de quatro artigos publicados no Astrophysical Journal, propôs um novo método de responder a essa questão: medir a temperatura do planeta conforme ele passa atrás de sua estrela e novamente quando volta a ser visto, o que poderá ser uma forma mais rápida que as atualmente empregadas, podendo bastar 10 horas de observação para chegar a uma conclusão.

Anãs vermelhas – Por que pesquisar pequenos planetas rochosos orbitando anãs vermelhas? Um dos motivos é que essas estrelas, menores e menos quentes que o nosso Sol, são as mais comuns da Galáxia, e a busca de exoplanetas em sua órbita é mais fácil. Outro motivo é que, como as anãs vermelhas produzem muito menos calor que o Sol, as temperaturas ideais para nossa concepção de habitável ocorrem em órbitas próximas, semelhantes à distância que separa Mercúrio do Sol.

Ainda é longo o caminho para estas e outras explicações, mas pelo menos você já sabe que a rota para o sistema multiplanetário mais próximo, até agora descoberto, é relativamente curta em termos astronômicos: “apenas” 11 anos-luz!

Esta matéria é oferecimento da banda Abduzidos do iê iê iê, que acaba de lançar o clipe Nesse planeta não

Esta série é um oferecimento do trio de rock Abduzidos do iê iê iê, que alega ter sido abduzido nos anos 60. Fato ou fake, uma coisa é certa: a banda está cada vez mais ativa em nosso planeta, fazendo muito sucesso em festivais de música independente e acaba de lançar seu novo clipe, “Nesse planeta não“. Mais do que um clipe, é um “lyric video”, onde você pode aprender a letra enquanto assiste e curte o som.

Clique no link, na imagem acima ou na cena abaixo para conferir esse lançamento dos Abduzidos do iê iê iê!

Conheça a banda!

Esse power trio do outro mundo lançou, há poucos meses, o seu primeiro disco, “Em Órbita”Clique no link ao lado ou na imagem da capa do álbum e acesse a árvore de links (linktree) da banda, onde você escolhe as plataformas de streaming onde o disco já está disponível! Ou clique diretamente nos links abaixo da capa.

Se você não ouve música em plataformas digitais como estas acima, não tem problema: a banda também disponibilizou o álbum inteiro no YouTube, num vídeo com cerca de 36 minutos, com as 12 faixas na sequência. Clique na imagem abaixo para ouvir e curtir!

Veja também outros videoclipes e lyric videos 

Os Abduzidos do iê iê iê já publicaram diversos videoclipes e lyric videos em seu canal no YouTube. Acesse clicando nas imagens abaixo e aproveite para se inscrever no canal:

 

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