Airbus fala em fusão dos programas de caças Tempest e FCAS
O novo executivo-chefe da Airbus, Guillaume Faury, em entrevista ao The Sunday Times no final de novembro, defendeu a existência de um só programa europeu de caça a jato e alertou que o continente precisa reforçar sua indústria de defesa.
Faury, anteriormente chefe das divisões comerciais de aeronaves e helicópteros da Airbus, disse que faria sentido combinar os dois programas de aeronaves de combate da próxima geração da Europa – Tempest, que envolve o Reino Unido, Itália e Suécia, e uma iniciativa franco-alemã.
“A Europa precisa de um projeto forte para garantir sua soberania aérea e espacial”, disse ele. “Podemos fazer um único projeto hoje na época do Brexit? Provavelmente não. Portanto, é importante que o projeto franco-alemão FCAS continue avançando. Haverá a possibilidade de ter um único projeto europeu numa fase posterior? Acredito que sim.”
A entrevista de Faury aconteceu uma semana após a International Fighter Conference, realizada em Berlim.
Deixa ver se estou entendendo:
Guillaume Faury, executivo-chefe da Airbus, pretende avançar com o FCAS franco-alemão para depois colocar sob suas asas – e faturamento – o futuro das forças aéreas britânicas, italianas e suecas.
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Çey…
Rapaz esperto…
Até parece que só ele pensa.
A Manchete destoa do conteúdo.
No fundo foi uma menção muito por alto, uma opinião dele.
Eu particularmente prefiro a independência da Inglaterra.
Eu não, eu prefiro a independência da UE. Os países europeus,sozinhos, perderiam toda a relevância que lhes resta, para não falar do conjunto de países mais pequenos, que, sem voz na organização, não teriam de facto voz nenhuma.
E quem está falando no fim da União Europeia? O Brexit, a princípio, é um fato. Prefiro o Reino Unido independente do globalismo da UE, com seu próprio programa, e a UE com o seu. Eu dou muito valor a pluralidade. Cada um faz o seu. Sem dúvida, há duplicidade de gastos. Até hoje, com o Reino Unido na UE, a Europa não bateu um prego numa barra de sabão, como se diz no nordeste. Tirando o meteor, não se vê quase nada. Até esse Typhoon. Nem radar AESA tem. Acho que a Saab já desenvolveu muito mais coisas do… Read more »
Você está errado nonato…
Por que estou errado?
Ocorre que não me vou dar ao trabalho de lhe dizer o que já lhe foi dito, com informação que lhe está aliás ao dispor.
É mesmo assim, não te dês ao trabalho, até porque ele, sabe mas não aceita, então, entra em negação. Problema dele.
A Inglaterra, dificilmente vai voltar a ver aos velhos fastos de potência. Querer não é poder. O Mundo mudou Nonato, temos economias e mercados em franca expansão, competitivos, desleais, famintos e gigantes. A Ásia não está para brincadeira , vai ser difícil até para UE, imagina o Reino. Podera manter seu nivel de economia prospera mas certamente o astro ou super potência.
Onde estão fugindo as centenas /milhares de empresas depois do Brexit? Luxemburgo, Irlanda, Países Baixos, Alemanha…em 15 anos, caso não seja encontrado um acordo, o RU pode perder quase 10 % do próprio PIB.
Nao quero ser chato, respeito sua posição Nonato mas a sua colocação ” a Saab já desenvolveu muito mais coisas do que a União Europeia” está equivocada . Atualmente, só o portfólio de programas da OCCAR inclui 13 programas principais de armas, com um orçamento operacional total em 2018 de aproximadamente € 3,6 bilhões: A400M, BOXER, COBRA, ESSOR, FREMM, FSAF-PAAMS, LSS,MALE RPAS, MMCM, MMF, MUSIS, PPA e TIGER. Há inúmeras agências eurpeias que neste momento trabalham para coordenar e desenvolver vários projetos tecnológicos de ponta , dos menores aos maiores. Aconselho uma rápida consulta do site da Agência espacial Europeia,… Read more »
Obrigado Thiago… Parte da minha eventual resposta ao “onde estou errado” do nonato, passaria por aí.
Você esta completamente equivocado sobre Brexit, se trata de liberdade do Reino Unido, tanto politicamente quanto economicamente, exatamente por o mundo estar cada vez mais globalizado que o pensamento de bloco é limitante, vide o Brasil nos moldes do Mercosul.
A gigante do setor de defesa da Europa é a Bae Systems, seguidas pela Airbus Group, Thales, Leonardo, Naval Group, Rolls-Royce, MBDA, Rheinmetall, Safran, Dassault, etc. A Suécia é irrelevante em termos mundiais no setor da defesa. A Saab é uma pequena empresa familiar (pequena em comparação aos demais fabricantes) e não existe nenhuma possibilidade financeira dela desenvolver um sucessor para o Gripen (devido ao minusculo orçamento militar da Suécia e ao fracasso de vendas de seus produtos). No futuro a Saab será apenas um fornecedor de peças para Bae Systems no programa Tempest. No caso do Gripen, somente 30%… Read more »
Fracasso de vendas dos produtos da Saab? De que realidade alternativa você veio? O que você aponto como fraqueza da Saab na verdade é o seu trunfo, as cadeias de produção em todos os setores seguem um processo de produção descentralizada, com diversos fabricantes para compor um sistema, isso reduz custos de desenvolvimento e produção pois se ganha escala, sabe o que importa na realidade? Qualidade do produto, custos de desenvolvimento e prazo e nisso o programa do Gripen é referencia. Sabe qual indústria segue esse modelo de produção centralizada? A indústria automotiva brasileira, e veja o resultado temos carros… Read more »
Nos últimos 50 anos ( 50 ANOS!!!!) a Saab exportou a eloquente quantia de 38 caças:
26 Gripen C/D para Africa Sul;
12 Gripen C/D para Tailândia;
Ou seja 0,76 caças por ano, realmente são números fantásticos!
Tem os 36 Gripens do Brasil, provavelmente será o número de exportação para os próximos 50 anos porque a Saab oferece o Gripen E para todo mundo mas parece que ninguém está interessado.
Ao contrário do que você disse o programa do Gripen tem grande chance de ganhar um contrato de 110 na Índia 12 com as Filipinas, 12 na Croácia e um acordo de até US$ 11 bilhões com Finlândia, fora outras competições em que as chances são menores e a FAB já manifestou a intenção de adquirir um segundo lote de mais 36 aeronaves. O Grupo Saab não se resume somente a caças, ela fabrica navios submarinos, radares, sistemas de combate, armas anti-carro e anti-aéreo. Vou citar alguns exemplos de produtos muito bem sucedidos comercialmente: Carl Gustaf, RBS 70, RBS-15, radar… Read more »
Não acredito, mas o futuro dirá quem está certo. Chances é algo que ainda não aconteceu, eu diria que é uma “realidade alternativa”. Hoje é um fracasso de vendas. O Gripen somente tem boas possibilidades somente na Tailândia. A Finlândia escolherá caças americanos, a Filipinas ficará entre russos ou americanos e a Croácia irá de um de segunda mão (talvez até da Força aérea Sueca, mas não será venda direta da Saab). Os critérios da FAB ao escolher o Gripen eram: custo de aquisição, custo de manutenção e transferência de tecnologia. As exigências quanto ao desempenho eram mínimas. Não tem… Read more »
Globalismo é uma teoria da conspiração.
Os ingleses resolveram se separar da União Europeia por causa de uma teoria da conspiração então. Incrível como o brasileiro prefere acreditar num chavão confortante que imobiliza o pensamento do que na realidade.
Isso já foi tentado e o resultado foi Rafale + Typhoon. Separar foi o correto, pois abriu opções e aumentou a concorrência. O que a Airbus parece querer agora é trazer para ela algo parecido com o programa F-35, em não há outra opção 5G para os usuários, que são obrigados a aceitar os estouros de orçamento e problemas de desenvolvimento.
Acho difícil de acontecer.
Na minha opinião, os dois projetos tem visões de mundo diferentes, todos buscam independência e movimentar sua indústria, porém o FCAS vê os Estados Unidos como um concorrente a ser batido, já o Tempest vê os Estados Unidos como um parceiro/cliente e um possível participante.
Estados Unidos como cliente?
Seria excelente!
Ele é um francês, então vai defender os interesses da sua empresa e a postura do seu país, que sempre foi independente. Não acho nada de extraordinário nas suas declarações.
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E aliás, o UK está saindo da CE por vontade própria, e enrolando. A CE virar-lhe as costas é natural.
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E que ninguém pense nas declarações como sinal de fraqueza. A Alemanha, a França e a Espanha podem muito bem tocar o FCAS. Tem base tecnológica e financeira para tanto.
Embora a idéia seja boa, filho de muitos pais sempre dá muito problema. O A400 tá aí como prova.
Já acho difícil conciliar franceses, alemães e espanhóis, tenho dúvidas de quanto tempo dura essa parceria.
O Panavia Tornado IDS/ECR/ADV conciliou interesses alemães, ingleses e italianos.
O Eurofighter EF-2000 Typhoon concilia interesses alemães, espanhóis, ingleses e italianos.
Em ambos os casos a França insistiu em tocar seus interesses sozinha, primeiro com derivados do M-2000 e depois com Le Jaca.
Tanto o Tornado quanto o Typhoon são aeronaves de concepção atrasada. O primeiro, uma aeronave de ataque com GV em plenos anos 70, quando deveria ser de asa fixa e multirole. O Typhoon, um projeto voltado à interceptação na década de 80, quando claramente o caminho era multirole…
Em ambos os casos, os franceses estavam certos na concepção dos Mirage 2000 e Rafale.
F14, F-111, Mig-23, Mig-27, Su-24; essas aeronaves também eram da geração atrasada????
F-14 e MiG-23 foram concebidos como multirole e operaram na função de ataque. Caso você não se lembre, os franceses construíram 2 protótipos de aeronaves GV e 2 de VTOL antes do Tornado. Eles chegaram à mesma conclusão que os americanos, ou seja, era melhor ficar com um caça de asa fixa e multirole. Aliás, o programa que originou o Tornado se chamava “Multi Role Combat Aircraft”, mas no fim (por causa da RAF) virou um bombardeiro. E não foi só os franceses que caíram fora dessa furada, canadenses e belgas tomaram a decisão correta e acabaram comprando respectivamente o… Read more »
É somente tua opinião, mas errada.
O A400m é no entanto, um bom avião, imagine se não tivesse problema…. A ideia era e é boa, contratempos infelizes, sem dúvida, mas ainda assim é uma bela de uma aeronave, bastante capaz, moderna, com alto potencial tecnológico e com relevante papel no futuro da aviação militar europeia… Incluída inclusive nos planos para o conceito da aviação militar do futuro dos parceiros europeus.
O A400 é, atualmente, um bom avião ( com ressalvas ). O problema é o que teve que rolar antes disso pra que ele finalmente fosse “bom”.
Oito pessoas dizem que o A400 não é bom avião (negativacoes). É mais capaz que o 390,Tambem este um bom avião. E não me venham com “são classes diferentes”, até são, mas ainda assim, ambos foram desenvolvidos com o mesmo objectivo, substituir C130’s. O A400 é uma das aeronaves mais extraordinárias dos tempos modernos, tal é amplamente reconhecido, independentemente dos problemas que assolaram o program e independentemente de mais ou menos negativacoes. É como o f35, toda a gente gosta de dizer o que ele ainda não faz por uma qualquer falha/atraso, mas ninguem se lembra que, no caso deste… Read more »
“Quase tudo o que o A400 ainda não entrega, assim o é porque, desde o início, prometeu entregarar uma parafernalha de especificações de clientes diferentes, risco que 90% dos projectos não corre, porque, convenhamos, a maioria nem chega a tanto.”
Resumindo, filho de muitos pais diferentes sempre dá problema.
Pois está, tal e qual o novo reabastecedor da Boing e da USAF e esse é de só uma empresa e de um país.
Essas “fusões” na área de defesa Européia quase sempre dão em m*rda.
Quais são as chances de acabar acontecendo a mesma coisa com o Typhoon e Rafale.
Oras. É o contrário. O Eurofighter e o Rafale eram antes um Único projeto conjunto, depois houve a divisão. Já atualmente existem 2 projetos independentes, Tempest e FCAS, e existe a possibilidade de no futuro se transformarem em um Único projeto.
É o oposto. Mas a opinião cada um da a sua, não significa que vai acontecer assim.
Não entendo como poderiam juntar os projetos depois, a menos que isso seja feito ainda na fase de desenvolvimento de conceito (logo). Uma vez que decisões são tomadas e começasse a detalhar o projeto, qualquer alteração significativa implica em atrasos e aumento de custo. Bom…isso na minha humilde cabeça de engenheiro. Em fim…acho que tem pressão política rolando pra matar um dos pássaros ainda no ninho e o nome dele começa com T.
Quanta ignorância, ou então é pior, e se trata de inveja.
By Cap. Nascimento … “eu avisei vai dar M”
Foi só a opinião do executivo, mais nada.
Isso nunca vai acontecer, primeiro, o lider do projeto FCAS eh a Dassault francesa, e os ingleses nao vao se submeter a isso, a menos que se tornem lider do projeto, e isso os franceses nao iriam se submeter. Entao meus caros, esqueçam isso, cada projeto ira andar como deve ser, separados.
Lembrei do general que falou aos seus comandados: senhores é tempo de muricy. Então é cada um por si!
Racionalmente é muito mais barato só um projeto… Mas quem disse que os europeus são racionais?
Não vai rolar.
Esqueci do CERN ! A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (conhecida como Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), o maior laboratório de física de partículas do mundo. Não necessita nem de apresentação acredito, o contributo científico deste foi enorme. A Saab é uma empresa importante mas pequena já comparada com as demais empresas europeias, e nem pode-se comparar ao contributo científico, tecnico, industrial feito sob direção da UE. Já por ter criado a Airbus seria argumento mais que suficiente para desmitificar essa crença que a UE não faz nada e não agrega valor. Lembrando que a Airbus é bem… Read more »
É por isso que a UE têm o 2º maior pib do Mundo.
A citada garantia da soberania aérea citada pelo Sr. Faury é obtida através de investimentos na Defesa. O problema da Europa é a drástica redução de investimentos na Defesa. Tanto o Tempest como o FCAS ainda não conseguiram investimentos governamentais para seguirem adiante.
Aparentemente a convergência dos programas seria algo racional, mas na prática é uma péssima ideia. Todos o programas que envolveram inúmeros clientes e vários governos financiando resultaram em atrasos e altos custos. Exemplos Typhoon e A400 (interessante que em ambos os casos quem mais atrapalhou foi o governo alemão com exigências exageradas e relutância em liberar verbas).
Bem se essa proposta sair da intenção para o concreto então definitivamente os Europeus darão um passo significativo para sua dependência made usa.
Isto não é a AL. A UE faz tudo, têm know-how próprio, não precisa de TOT.
Apesar de estar apenas no blá blá blá, muita água vai rolar até que esses projetos comecem a se tornar realidade, na minha opinião o FCAS vem com um forte impulso politico ao contrario do Tempest que vem com um impulso maior empresarial, e politico em segundo plano. Na minha opinião acho o FCAS mais sólido pela iniciativa que o envolveu com o BREXIT batendo nas portas da U.E., o Tempest apesar de poder sair na dianteira, pode trazer junto as seguidas atualizações e implementações de capacidades que foram necessarias no Eurofigther. Mas só o tempo dira o rumo que… Read more »
Pega a frente de um… a traseira de outro e… voila… temos um… F-35
Para isso não precisava construir um modelo, ou dois novos, pois F35 não faltam por toda a Europa.
Esta Europa é composta apenas por Espanha, Inglatera, Suécia, Alemanha e França. É ainda tenho dúvidas sobre a Suécia
América é só EUA e Canadá