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Breguet Br.1150 Atlantique (ou Atlantic) da Marinha do Paquistão

Em 10 de agosto de 1999, às 10:51h IST, um radar da Força Aérea Indiana (IAF) detectou um avião dentro da região Sind do Paquistão, perto de Badin, aproximando-se da fronteira internacional (IB) Indo-Paquistanesa, no rumo sudeste.

O alvo estava em movimento numa velocidade de 370km/h, mantendo uma altitude de 3.000-3.500 pés. Ele tocou a primeira fronteira internacional (no ponto 68 graus e 48 minutos Leste, 24 graus e 18 minutos Norte) às 10:54h.

Durante os 17-18 minutos seguintes, efetuou uma série de manobras sobre esta área. (Neste processo, o alvo permaneceu dentro ou perto de 10 km da fronteira.)

O acordo aéreo entre a Índia e o Paquistão de 1991 exige que todas as aeronaves (exceto helicópteros) dos dois países precisam manter uma distância mínima de 10 km da fronteira, mas em duas ocasiões, o Atlantique do Paquistão realmente violou o espaço aéreo indiano em dois pontos.

Quando o alvo cruzou a fronteira internacional pela primeira vez às 10:57h, dois caças MiG-21 que estavam em alerta foram acionados, decolando às 10:59h.

O controlador aéreo no solo vetorou os caças na proa norte, para levá-los até a área geral em torno das 11:10h (ver mapa). Às 11:12h, o bandido (alvo não-identificado) procedeu inicialmente para o oeste, depois virando para o sul, até a fronteira (no ponto 68º 32 min Leste, 23º 58 min Norte), depois curavando para o oeste. Neste momento, os MiG-21 da IAF também foram direcionados para o sul pelo controlador de radar, mantendo-se a par do inimigo e do lado indiano da fronteira.

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O bandido virou-se novamente para o sul e entrou no espaço aéreo indiano pela terceira vez às 11:14h e penetrou 10km dentro do território indiano, antes de curvar para o oeste. Neste momento, o controlador de radar vetorou os MiG-21 de modo a colocar o avião líder pilotado pelo líder de esquadrão P.K. Bundela, entre a fronteira e o intruso (para impedir que ele escapasse), enquanto o ala S. Narayanan acelerava para ficar bem atrás do bandido, do outro lado, num movimento em pinça.

A interceptação

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O líder Bundela fez contato radar com o bandido entre 10 e 15km de distância. Ambos os MiG-21 obtiveram contato visual com o intruso e o identificaram como uma aeronave de patrulha marítima Atlantique, da Marinha do Paquistão.

Bundela chegou a 300m do Atlantique, pela esquerda, com a intenção de escoltá-lo e sinalizar visualmente ao seu piloto e, se possível, comunicar-se pelo rádio para dirigí-lo à base aérea indiana mais próxima.

Naquele momento, os interceptadores já tinham identificado o tipo de aeronave, bem como suas marcações. Enquanto o comandante Bundela se posicionava, o Atlantique fez uma curva em sua direção, numa agressiva tentativa de evasão. A manobra foi considerada um ato hostil.

Pelas normas internacionais, o Atlantique deveria manter seu curso e altitude e baixado seu trem de pouso, como um sinal de submissão às regras de engajamento.

O Atlantique já tinha sido declarado hostil depois de identificado, como mandam os procedimentos. E uma aeronave hostil não tem a opção de retornar para casa. Ele só tem duas opções: seguir as instruções para pousar numa base indicada ou ser derrubado.

Quando o intruso jogou sua aeronave para cima do líder Bundela numa tentativa de avariá-lo e fugir em direção ao seu espaço aéreo, o controlador de radar deu ao líder Bundela a permissão para manobrar seu caça e disparar um míssil a fim de impedí-lo de escapar.

Assim que foi liberado pelo controle do solo para o fogo, Bundela disparou um míssil ar-ar R-60 guiado por calor (IR). O míssil acertou o Atlantique no motor esquerdo, que imediatamente pegou fogo e começou a soltar fumaça.  Isto aconteceu às 11:17h aproximadamente, quando o Atlantique estava a 5km ao sul da fronteira, do lado indiano.

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Os interceptadores receberam a ordem de curvar imediatamento para a direita a fim de garantir que eles permanecessem sobre o território indiano. O Atlantique continuou sendo acompanhado pelos radares indianos depois de ter sido atingido. Ele entrou numa espiral para a esquerda, queimando e soltando partes. No processo, ele descreveu um arco de 5km dentro do território paquistanês, até sumir dos radares indianos.

O comportamento do intruso, enquanto operou deliberadamente por 18 minutos na parte inicial da sortida, confirma que ele não estava perdido nem violou a fronteira inadvertidamente. A possibilidade de que estava numa missão de treinamento também pode ser excluída, por causa do perfil de voo.

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Bundela e Narayanan

O fato relevante é que o Atlantique da Marinha do Paquistão era uma aeronave militar classificada como hostil, que deliberadamente violou o espaço aéreo indiano numa missão operacional.
Nessa situação, as regras de engajamento ditam o abate da aeronave depois da liberação do controle radar.

Quando o interceptador da IAF aproximou-se do Atlantique, mostrando sua intenção de emparelhar a fim de comunicar-se com ele, o intruso não respondeu e ainda agiu de forma hostil, curvando agressivamente para cima do interceptador. Não havia alternativa a não ser derrubar o intruso para evitar que ele fugisse depois de ser pego operando ilegalmente dentro de território indiano.

Numa análise final, a IAF agiu de forma profissional como mandam as regras de engajamento, dando uma chance de sobrevivência ao invasor, que foi rejeitada.
A IAF continua a manter seu alto estado de vigilância e está confiante que qualquer invasão futura, será tratada da mesma maneira firme.

os restos do Atlantique em solo paquistanês. Morreram os 16 tripulantes da aeronave, que provavelmente estava numa missão de ELINT/SIGINT
Os restos do Atlantique em solo paquistanês. Morreram os 16 tripulantes da aeronave, que provavelmente estava numa missão de ELINT/SIGINT

FONTE: IAF, via www.bharat-rakshak.com

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Willber Rodrigues

Qual foi a reação paquistanesa a esse abate na época?
Falando nisso…e aquele F-16 paquistanês que supostamente foi abatido pela Força Aérea indiana a meses atrás, foi confirmado que ele foi abatido mesmo?

Guacamole

Retórica, troca de farpas entre os dois países e a queda do primeiro ministro paquistanês dois meses depois do que aconteceu em um golpe “suave” dado pelo então general do exército na época.
Os dois pilotos indianos receberam medalhas e viraram heróis na Índia.
Em resumo, foi isso.

Sérgio Luís

Típica missão suicida!
Os caras cutucam com vara curta e querem tem razão!? Agora outra coisa esse mig-21 é muito eficaz!

nonato

Eficaz? Mas neste caso atirar num avião lento a curta distância…

Sérgio Luís

16 tripulantes!?!?!
Tinha quase que um pelotão lá dentro uai!?!?!
Agora fico imaginando mesmo sabendo da pronta reação dos mig’s os caras ficam provocando!?!
Então “Senta a Pua”mesmo!!!

Bille

Buenas.

Pelas características parece uma aeronave de SIGINT, por isso 16 tripulantes. Devia ter operador de vários tipos de sensores.

Antonio Palhares

Provocaram e foram para o vinagre.

Kemen

Parece que os pilotos indianos conhecem esses antigos MIG 21 como a palma de sua mão, até derrubou um F-16 paquistanes antes de ser atingido pelo mesmo, mais recentemente. O antogo abate do Atlantique não tem mérito era um avião desarmado que sabia onde estava, mas mostrou que as defesas aéreas indianas são boas e o estado de prontidão da Força Aérea é evidente.

Wagner

Boa tarde! Kemen, você tem o link de alguma fonte fidedigna que esse abate do F16 realmente ocorreu? Posta aqui “pa nois”.

Alexandre Pessoa

Não precisa, é só você pesquisar nas diversas matérias postadas e exaustivamente comentadas aqui no PA.

Wagner

Acompanho o Poder Aereo desde seu início e acompanho a história desse embate paquistanês e indiano do primeiro momento ate agora. Depois das afirmações iniciais do abate, dadas pela IAF, as reportagens aqui postadas indicaram a falta total de confirmação do abate. Se alguém aqui deixou de lê-las não foi eu.

Jodreski

Wagner se ele ocorreu ou não nunca saberemos fato é que vc tb não tem provas que ele não ocorreu. Esse será um segredo muito bem guardado e nós aqui jamais saberemos ao certo o que ocorreu naquele dia. Dessa história toda só há duas verdades: um Mig-21 Indiano foi abatido e alguém mentiu, fora isso é tudo especulação.

Wagner

Eu não tenho prova mesmo não, Jodreski, nem afirmei categoricamente que tenho, apenas pedi que o Kemen apresentasse um dado que sustentasse solidamente sua assertiva e lamento que não tenha entendido isso. Entretanto não há nenhuma evidência sólida que o abate tenha ocorrido. Ademais, em geopolítica e mídia a verdade é a coisa mais relativa que existe.

Augusto L

Somente na Índia para ter esses parâmetros de o que é hostil ou não.
Ninguém no ocidente derrubaria uma aeronave SIGINT ou forçaria ela a pousar em seu território.
Provavelmente aprenderam isso com os soviéticos que viviam abatendo aviões dos outros.

Pablo

Primeiro o avião do Paquistão passou dos limites dos 10km acordados entre ambos os países, não satisfeito, invadiu o território indiano, depois não seguiu as normas internacionais ao ser interceptado, como cereja do bolo, fez uma manobra hostil contra o interceptador indiano. Sinceramente, acho que em qualquer lugar esse abate poderia ter acontecido.

Fabio Jeffer

A Índia está certíssima, ainda mais pelas circunstâncias geopolíticas daquela região

Fabio Araujo

A questão é o histórico de guerras entre a Índia e o Paquistão, de vez em quando temos notícias de troca de tiro entre os dois e o Atlantique também reagiu de forma agressiva. O que me impressiona é os paquistaneses não terem alertado o seu avião da aproximação dos Mig’s, eu creio que da mesma forma que os indianos identificaram o Atlantique quando este se dirigia à fronteira os paquistaneses deveriam ter a mesma condição, e ordenado que este não ultrapasse a fronteira novamente enquanto os caças indianos estivessem na região!

Augusto L

O Atlantique fez uma manobra hostil mas o GCI ja o tinha classificado como hostil antes, ou seja, se não tivesse a feito e seguisse rumo ao seu território iria ser abatido do mesmo jeito.
No ocidente ninguém faz isso, só se abate mediante agressão ou a sinalização de que o objetivo é agredir, se da contra aeronaves armadas.
E ninguém no ocidente manda aeronaves de outras forças aéreas a pousarem em seu território, a quantidade de vezes que os EUA interceptaram Tu-95s e ninguém foi abrigado a pousar em uma base americana sobre o risco de ser alvejado.

Pablo

Só que entre Rússia e EUA, ou Rússia e OTAN (Europa), as interceptações acontecem em área internacional (próximo) e não dentro do território (pelo que eu saiba), tem grande diferença. “O Atlantique fez uma manobra hostil mas o GCI ja o tinha classificado como hostil antes, ou seja, se não tivesse a feito e seguisse rumo ao seu território iria ser abatido do mesmo jeito.” Todo mundo sabe da situação entre ambos os países. O avião paquistanês entrou pela terceira vez no espaço aéreo indiano e considerado hostil, e segundo as normas, um avião hostil não tem a opção de… Read more »

Fabio Araujo

O Paquistão deve conhecer a Índia e prever a reação dos indianos melhor que o resto do mundo, no mês anterior estavam em guerra era de se prever uma reação mais agressiva por parte a Índia! Hoje em dia existe um acordo de cavalheiros entre a maioria dos países para só fazer a escolta do avião invasor para fora de seu espaço aéreo, mas estes dois vivem, entrando e saindo de pequenos conflitos e não sei se existe entre eles essa boa vontade de só escoltar!

Mauro viana

Os americanos não abatem os Tu95 porque a interceptação sempre acontece sobre águas internacionais. Os aviões da Otan em patrulha no Báltico também não abatem os russos pelo mesmo motivo. O problema é que o Atlantique foi interceptado sobre território indiano. O SU24 russo abatido por um F16 turco no sul da Turquia entrou por poucos minutos no espaço aéreo e deu no que deu. Invasão de espaço aéreo é problema.

Wagner

Nenhuma aeronave dessas que você citou foram interceptadas em áreas territoriais, sempre em espaço aéreo internacional. Simples assim. Agora, entrar lá nos EUA com um avião de espionagem eletrônica e tentar sair do país jogando sua aeronave contra os interceptadores, isso nunca tive notícia.

Augusto L

Errsdo nem todas as interceptações ocorrem em espaço aéreo internacional, o que sai nos noticiários importante não é nem a ponta do iceberg.

Pablo

tem uma fonte?

Valter Sales

Quem já esteve em um CINDACTA pode referenciar isso aí.

Wagner

Afirmações desse porte exigem referências substanciais. Pode passar os links?

Leandro Costa

Augusto, o Ocidente faz isso rotineiramente. Há inúmeros casos de aeronaves DENTRO dos EUA mas voando de maneira ou suspeita, ou irregular em que aeronaves da USAF foram acionadas para interceptar e comandaram pouso para inspeção. Geralmente são aeronaves perdidas, com problemas de comunicação ou com transponder inadvertidamente desligado, mas acontece. Aqui no Brasil nós fazemos isso regularmente com aeronaves ilícitas que são ordenadas à pousarem sob pena de abate. O caso mais famoso em que uma aeronave da FAB decolou em interceptação real e ordenou o pouso foi o famoso caso do Vulcan em 1982. No caso ele ignorou… Read more »

cwb

boa tarde pessoal:
pegando esse gancho
do vulcan,é verdade a interceptação do 707 argentino que vinha testar a reação do 14 de canoas?
se alguém sabe da história,sou
olhos no fórum…
abraço a todos!

Rinaldo Nery

Sim. Ocorreu algumas vezes. Entrava em nosso espaço aéreo. Certa feita foi interceptado a baixa altura próximo a Foz do Iguaçu. Servi com esse piloto do 14 na III FAE. Noutra oportunidade foi interceptado pelo Grupo de Caça sobre o oceano, litoral norte de SP.

André Sávio Craveiro Bueno

Rinaldo, uma sugestão. Conhecedor de muitas situações como essa da aeronave argentina sobre o Brasil, você poderia com o tempo elaborar textos relatando cada uma delas. Certamente elas seriam interessantes para nós e para o Aereo. O que você pensa? E os editores? Abraços.

Augusto L

Nunca vi um Tupolev sendo escoltada pra uma.

Leandro Costa

Você nunca viu isso porque você nunca viu um Tupolev entrando em espaço aéreo americano. E espero que você nem nunca veja isso, até porque nunca ocorreu. Existe uma diferença tremenda nisso aí. Geralmente se vê problemas com missões ELINT/SIGINT ao largo de determinados países porque essa não é a única missão deles. A missão secundária é a da tal ‘liberdade de navegação.’ Muitos países reinvidicam mais águas territoriais e, consequentemente, mais espaço aéreo do que é reconhecido pelo resto do Mundo. Por isso você vê aqueles problemas de navios passando perto de ilhas lá no Oriente, etc. A mesma… Read more »

Augusto L

Claro que já ocorreu, não se faça de bobo, nem todas as interceptações ocorrem em espaço aéreo internacional, por vários motivos. Inclusive tem vários relatos da guerra fria de bombardeiros soviético que foram interceptados dentro do espaço aéreo americano por driblarem a primeira interceptação ou mesmo por terem sido identificados tarde de mais.

Um cenário onde isso acontece bastante é o da Asia, onde temos CS, Japão, China e Rússia voando missões assim é frequentemente sendo interceptadas ja em território nacionais desses países, não vi nenhum avião ser abatido.

Augusto L

Resumindo ninguém abate aviões assim, é um ato de escalada, tanto que os próprios americanos tem leis que proíbem países que compram aviões ou usam tecnologia americana em seus aviões de abater aviões de outros países sem a permissão americana.
A lei do abate teve um grande impasse em ser implementada por que o super tucano usa componentes americanos.

Leandro Costa

Augusto, poste fontes disso, porque até onde eu sei, não procede.

Pablo

Li algo do tipo, se não me engano aqui mesmo no aéreo, que o acordo sobre os F-16 paquistaneses, não poderiam ser usado contra a Índia.
Agora sobre qualquer país não poder abater aviões, não sei da onde tu tirou!

Leandro Costa

Augusto, mostre as suas fontes.

Mas vou dar outro causo. Lá pela década de 1990, acho que em 1995, um OH-58 Kiowa do US Army na Coréia do Sul, se perdeu em um vôo de orientação ao longo da DMZ e acabou entrando em território Norte-Coreano. Foi alvejado e acabou fazendo pouso forçado em território Norte-Coreano com o piloto sendo feito prisioneiro e o co-piloto faleceu durante a queda.

Tenho certeza que quem está se fazendo de bobo, e desentendido, é você.

Leandro Costa

Augusto, então prove isso e poste as fontes.

André Bueno

Se não me engano foi vetorado para pouso no Galeão.

Fabio Araujo

O abate ocorreu pouco tempo depois da guerra de Kargil entre a Índia e o Paquistão na Caxemira que aconteceu entre Maio e Julho de 1999 e o Paquistão na época afirmou que era um voo de treinamento, mas uma missão de treinamento numa fronteira complicada logo após uma guerra entre os países é bronca!

Pedro

Aquela coisa né, no pátio do vizinho tem um pé de tâmaras, tu é viciado nelas, todo os dias tu olha elas do teu pátio, mas sabe que o vizinho esta armado e louco pra usar a mesma… tu vai invadir sabendo que a possibilidade de levar uns chumbos é iminente?
Tem que se ferrar mesmo…??‍♂️??‍♂️

CARLOS FERNANDO MACHADO DA SILVEIRA

Que triste, 16 vidas se perderam nesse incidente!
Mas pelo que vi no texto a Índia seguiu todos os protocolos internacionais antes de abater a aeronave.

Antunes 1980

O que aconteceria aqui no Brasil, se uma aeronave de vigilância Venezuelana fizesse a mesma coisa ?
Alguém poderia por favor me dizer quais são os procedimentos , e quais leis nos protegem de uma eventual invasão do nosso espaço aéreo?

Marcelo Andrade

Os procedimentos de interceptação em tempo de paz, seguem normas internacionais. Se invadir será interceptada e conduzida para uma Base da FAB ou Aeroporto mais próximo, se tentar fugir, Lei do Abate nele. Agora, se realizar ELINT-SIGINT do lado de lá da fronteira, não podemos fazer nada!

Marcelo Andrade

Agora, em tempo de guerra…..

Nilton L Junior

Ou uma chilena

J R

Um avião chileno vai atravessar a Argentina ou Paraguai para espionar o Brasil…

Dudu

“Hostil”.Abateram um avião desarmado.Não detam tiro de aviso com o canhão.Nem tiro de avaria.Matatam 16 pessoas.
Baita profissionalismo.

Marcelo Andrade

Dudu, a máxima é: ” Não sabe brincar, ou não tem limites na brincadeira, não desce pro play”!

Dudu

Marcelo Andrade:
Entendo seu ponto de vista.Mas esses aforismos simplificam tudo.
Acho que a coisa é um pouco mais complexa.
Neste caso,essa generalização de “hostil” me parece forçada.Como eu coloquei anteriormente,acho que haviam outros passos antes do abate.
Mas talvez eu diga isso pois brincava na rua e tinha de tudo,quem sabia e quem não sabia brincar.
Tinha que ser esperto.

paddy mayne

Não entendo nada de regras de engajamento, por isso apenas leio, aprendo e fico quieto. Voce, Dudu, deveria fazer o mesmo.

Dudu

paddy mayne:
Ler e aprender é bom sem dúvida.Mas creio que este espaço existe para o debate,mesmo correndo o risco de errar.Até porque assim aprendemos mais,pois expressamos nossas dúvidas e opiniões para quem entende do assunto e pode nos esclarecer.Acho que todos deveriam fazer o mesmo.Ficando quieto isso não seria possível.
Mas agradeço o conselho.

Marcelo Andrade

Concordo em número, gênero e grau! Aqui aprendemos mais do que ensinamos!

paddy mayne

Ok, Dudu, vou respeitar seu ponto de vista.

Dudu

paddy mayne:
Valeu!Gentileza sua.

Nostra

Repeated warnings were issued , consequence of non compliance of orders is on the intruders. And you are talking about Pakistan military , so let’s not even talk about professionalism , few months before this incident the Pakistani army had captured an IA captain and 5 of his men after they ran out of ammo during firefight as they were sent to investigate reports of infiltration by Jihadis, their disappearance was the first confirmation of large scale infiltration of Pakistani army together with Pakistani Jihadis into kargil which led to kargil war . When the 6 bodies in sacks were… Read more »

Dudu

Nostra: Infelizmente meu inglês é medíocre,e não consegui traduzir no telefone.Mas acho que entendí a história de tortura e barbárie que tú contaste. Realmente,não posso ter noção do que é uma guerra,pois nunca passei por isso,não sei o que é ver meus compatriotas passando por algo terrível assim. Mas acredito,como leigo que gosta do assunto,que haviam outros passos antes do abate,como coloquei anteriormente. Também creio que os critérios para tal decisão mudam,evoluem,e talvez hoje essa atitude não seja considerada profissional,a mais acertada(inclusive pela força aérea Indiana). Entendo que o conflito que ocorreu pouco antes deve ter influenciado.Mas acredito que se… Read more »

Nostra

No offense sir but sometimes we use wrong analogy for the wrong situation. Eye for an eye fits into a situation between 2 neighbours fighting or 2 friends fighting or 2 unknown people fighting etc Eye for an eye analogy does not fit into situations where one nation is hellbent on destroying the other or where a nation’s organisations like military or intelligence fight another nations military or civilian population using both conventional or unconventional means. These are cold and calculated moves which need equal if not greater reactionary action to create deterrence against repeat of such misadventures. Otherwise it… Read more »

Dudu

Nostra: Pelo que entendi,demonstras que as forças armadas indianas reagem ás atrocidades do inimigo.E não tem o hábito de fazê-las.Entendo perfeitamente que uma reação á altura se faz necessária pra proteger civis inocentes.Certamente se ocorressem eventos semelhantes aqui,eu apoiaria reações fortes. O ponto é:quando citei o “olho por olho” foi no sentido de que como as coisas vão esse conflito nunca vai acabar,e as gerações futuras sofrerão as consequências.(talvez até uma guerra nuclear).Mais mortes,destruição,sofrimento da população e prejuízo á economia e á estabilidade regional serão uma realidade sempre presente. Pelo que sei,a situação da Cachemira é complexa,envolvendo questões étnicas,religiosas,políticas e… Read more »

Rinaldo Nery

Missão SIGINT entre países em crise é considerado ato hostil. As regras de engajamento são eles que decidem. Não temos nada a ver com isso.

Rinaldo Nery

Em 1972 um Camberra peruano adentrou o espaço aéreo do RS num vôo para a Argentina. A aeronave apresentou pane e os pilotos ejetaram/saltaram. O navegador, ao abrir o páraquedas, escorregou pelo blusão do vôo e caiu em queda livre, falecendo no impacto c o solo. Os dois pilotos foram presos e interrogados. Acharam que o navegador havia se evadido. Demorou para que moradores achassem o corpo no meio da mata. Esse fato acelerou a implantação do SISDACTA, e, posteriormente, do CINDACTA II (Curitiba).

cwb

era para ser um voo entre países,no caso peru e argentina ou para encontrar pontos cegos no nosso território?
eu li essa matéria na rfa mas parece uma história mal contada….

Rinaldo Nery

Era uma missão clandestina de reconhecimento sobre o nosso território. A ida para a Argentina era uma ¨história cobertura¨. Não tem nada de mal contado. Está documentado e tem fotos. Só possui grau de sigilo.

cwb

então em teoria os peruanos estavam estudando rotas de penetração em nosso território?
na época isso era normal ou havia alguma tensão entre os governos?
esse grau de sigilo está em arquivo que será aberto para o público algum dia?
então os documentos que estavam no avião supostamente foram achados…

Sergio Cintra

E não foi a primeira vez.

Marcelo Andrade

Sim Cmte, tem essa matéria na Revista Força Aérea , em seus primeiros números se não me engano. Dificil vai ser eu acha pois tenho desde a n. 1!

Dudu

Rinaldo Nery:
Verdade,não temos nada com isso,assim como nada temos a ver com tantos outros assuntos que debatemos aqui há anos.
Respeitosamente,duvido da clareza do conceito de “crise” que o senhor expõe.Acho ele vago e genérico,pois existem vários níveis de crise e devemos levar isso em consideração pra não provocar uma escaladacada vez maior na própria crise.

Rinaldo Nery

Salvo melhor juízo, a crise entre Índia e Paquistão existe desde que Paquistão e Bangladesh foram criados. Os países já entraram em guerra, e o problema da Caxemira persiste até os dias de hoje. Se isso não for crise, não sei o que é.

Dudu

Rinaldo Nery:
Justamente,é isso que eu quis dizer:eles não estavam em guerra.
As ditas “escaramuças” na fronteira se mostram mais ou menos graves conforme os acontecimentos.
Há que se ter uma resposta equivalente,não desproporcional,como acredito que o caso.

Rinaldo Nery

Sem polemizar: é uma opinião pessoal. Talvez a Índia pense diferente, definindo regras de engajamento mais severas. Dessa forma, não é desproporcional. Já fiz muitas missões SIGINT ao longo de nossas fronteiras. Se houvesse crise com algum vizinho nosso, estaria mais distante da fronteira.

Dudu

Rinaldo Nery:
Entendo.Realmente é uma impressão pessoal minha,fora do contexto deles.
Mas o senhor contou algo interessantíssimo.Gostaria de perguntar se já passou por alguma situação,digamos,mais tensa em suas missões.Não sei se podes comentar.Mas adoraria ler algo sobre o assunto!

Sérgio Luís

Esse assunto de missões clandestinas me faz lembrar das loucuras que praticavam alguns membros da Otan sobre a URSS durante a guerra fria.
Eles enviavam quase tudo que pudesse carregar tripulantes e equipamentos de espionagem.
C-130 ( O mais usado e abatido) USAF
U-2 USAF
SR-71 USAF
Camberra RAF
E outros mais…
Muita gente morreu tentando tirar algumas fotos e tais missões nunca foram reconhecidas pelos governos que as enviaram com as famílias dos tripulantes mortos “à ver navios”.

GUSTAVO HENRIQUE

Nunca ouvi falar de SR-71 sendo abatido… Tens a fonte?

paddy mayne

Que eu saiba, nunca. Os SR-71 voavam no limite extremo da borda de fronteira e os MiG-25 na cola, torcendo para os americanos cometerem um deslize, por menor que fosse…

Sérgio Luís

Eu citei o SR-71 em missões clandestinas mas ele nunca foi abatido!

Luiz Trindade

Uma típica missão suicida para captar alguma informação importante. Não entendo da necessidade deste missão. O que tinha de tão importante que valesse um incidente desse porte com perda de vidas humanas? Estranho para caramba para dizer o mínimo.

Vinicius Momesso

Isso prova que o avião não passava de “boi de piranha” que estava lá e “forçou” o abate para prejudicar o governo indiano perante a ONU. O problema é que não contavam que IAF seguiria todos os procedimentos legais, então cairam do cavalo. É isso!

Valter Sales

O preço(caríssimo) da paz é a eterna vigilância.

Marcelo Andrade

Talvez os mísseis teriam 100% de chance de derrubá-lo. Os canhões poderiam somente danificá-lo e a fronteira estava perto. Salvo melhor juízo aqui dos comentaristas!

Ramon Grigio

Também faz-se necessário saber qual tipo de Mig-21 foi utilizado. Alguns não possuem canhão orgânico.
Mas possivelmente foi uma questão da janela de interceptação, que estava bem estreita, já que o Atlantique estava dando no pé.

Sergio

“Escreveu não leu…PAU COMEU”

Space jockey

Não consigo entender, se os aviões tem uma razão de planeio pq caiu se somente um motor foi atingido ?

Leandro Costa

Porque provavelmente a espoleta do míssil causou danos substanciais à fuselagem, e às asas, provavelmente até ferindo ou matando militares dentro da aeronave, etc. Bem possível que a asa tenha sido danificada de modo que fosse bem difícil manter a sustentação. O Atlantique é uma aeronave de patrulha, não foi projetada para receber danos de combate da mesma forma que um B-17 ou um B-25, por exemplo.