Joint Standoff Weapon da Raytheon vai ser certificada para o F-35A
A bomba planadora de precisão AGM-154 JSOW deve ser certificada para o compartimento de armas interno do caça furtivo F-35A Lighting II da Força Aérea dos EUA até o final de novembro de 2019
A fabricante da armamentos, Raytheon, disse durante o Dubai Air Show 2019 que a aprovação permitirá vender a arma standoff para operadores internacionais do F-35A. A variante F-35A de decolagem e aterrissagem convencional é a mais popular do tipo entre clientes internacionais.
A Marinha dos EUA já qualificou o JSOW em sua variante F-35C e agora a USAF deve usar esses dados de teste para integrar a arma em sua aeronave, diz Mark Borup, gerente sênior de desenvolvimento de negócios dos sistemas de guerra aérea da Raytheon Missile Systems.
“Ele será totalmente integrado ao F-35A e a importância disso é que os EUA têm vários amigos e aliados que possuem o F-35A”, disse. “É muito significativo. É uma capacidade que muitos de nossos amigos e aliados realmente necessitam.”
A JSOW pode ser transportado externamente no Boeing F-15, Boeing F/A-18E/F e Lockheed Martin F-16. No entanto, devido ao seu alcance de planeio de 70 milhas náuticas (130km) e sua baixa seção transversal do radar, ela também poderá ser usada pelo caça furtivo F-35 em ataques aéreos penetrantes.
A bomba de planeio é guiada por GPS e pode seguir um caminho determinado até o alvo. A última variante da arma, o JSOW-C Block III, pode ser guiada em sua fase terminal por um buscador de infravermelho e possui uma ogiva em tandem, entre outras melhorias.
O buscador de infravermelho permite que a bomba procure alvos no campo de batalha, como edifícios, baterias de mísseis terra-ar ou caminhões militares que correspondem a uma imagem em arquivo e atacar automaticamente esses alvos. As ogivas em tandem podem ser programadas para explodir em momentos diferentes, por exemplo, permitindo que a JSOW penetre em um bunker de concreto protegido com uma explosão e depois destrua o alvo no interior com a segunda explosão.
Borup diz que seis países do Oriente Médio estão em vários estágios de aquisição do JSOW-C Block III. Ele se negou a nomear os países.
“É um sistema de muito interesse nesta região, porque traz uma capacidade totalmente nova, uma grande capacidade de atualização para suas aeronaves”, diz Borup. “Dá a eles a precisão e a capacidade de ficar longe de muitas ameaças que estão sendo importadas para a região”.
Borup se recusa a dizer que ameaças “estão sendo importadas para a região”. No entanto, o sistema antiaéreo Almaz-Antey S-400 Triumf, de fabricação russa, que foi comprado pela Turquia e implantado por Moscou na Síria é particularmente problemático para as forças aéreas locais por causa dos mísseis e radar de longo alcance do sistema.
A Raytheon diz que também está vendo o interesse dos países do Oriente Médio na capacidade do JSOW de planar até um alvo em um ângulo raso.
“Recentemente, um dos pontos de interesse que aprendemos foi a capacidade de acertar uma caverna, é algo que é necessário”, diz Borup. “Se o piloto precisar de um ângulo de mergulho de 30⁰ para atingir um alvo vertical, como a entrada da caverna, ele poderá fazer isso.”
FONTE: FlightGlobal