Os acordos de armas do Egito são questão de soberania, não sujeitos a interferências ou opiniões estrangeiras, diz funcionário sênior egípcio

Por Taha Sakr

Em resposta às notícias da imprensa sobre os EUA alertando o Egito sobre sanções por um contrato de US$ 2 bilhões para comprar mais de 20 caças Su-35 da Rússia, uma autoridade estatal de alto escalão egípcia afirmou que o Egito é um “estado independente que não exige pedidos de quaisquer outros países no que diz respeito às suas políticas externas e domésticas.”

O Wall Street Journal informou no dia 15 de novembro que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o secretário de Defesa, Mark Esper, advertiram o ministro da Defesa egípcio Mohamed Ahmed Zaki Mohamed que o acordo do Cairo para a compra do Su-35 pode desencadear sanções.

O funcionário disse ao Daily News Egypt que as advertências dos EUA ao Egito para suspender o acordo Su-35 com a Rússia são “sem sentido” e não devem ser levadas a sério, afirmando que o acordo continuará e não será suspenso sob nenhuma circunstância.

“O Egito não interfere nos assuntos internos ou externos de nenhum país; da mesma forma, não permitimos que nenhum outro país, formule políticas ou interfira nos nossos assuntos internos ou externos. O Egito considera isso como uma violação dos direitos soberanos, o que é uma linha vermelha para nós”, acrescentou o funcionário.

O funcionário observou que a política externa egípcia tem buscado várias fontes de armamento nos últimos anos e, portanto, mantém relações militares com os países de diferentes fabricantes de armas.

Relatos de um futuro acordo entre Egito e Rússia para a compra do Su-35 provocaram polêmica nos circuitos políticos dos EUA.

FONTE: Daily News Egypt

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