Avaliação Operacional do F-35 é suspensa até meados de 2020

F-35 em voo de teste com armas externas e baias de armas abertas

Parlamentares seniores dos EUA disseram na quarta-feira que é improvável que autorizem o Pentágono a celebrar um contrato plurianual para a produção do F-35, a menos que o programa resolva problemas como a escassez crônica de peças de reposição, que geralmente se desgastam mais rápido do que o previsto, informou ontem o USNI News.
Falando durante uma audiência conjunta de dois subcomitês dos Serviços Armados da Câmara, o deputado John Garamendi (D-Califórnia), presidente do subcomitê de prontidão, disse que o programa F-35 ainda é atormentado por altos custos operacionais, capacidade inadequada de reparo e falta de peças sobressalentes e baixa confiabilidade das peças de reposição. Além disso, a falha do ALIS (Autonomic Logistics Information System) em funcionar como planejado está agravando os problemas de peças de reposição.
Paralelamente, o chefe de teste e avaliação operacional do Pentágono revelou ontem pela primeira vez que o Initial Operational Test and Evaluation do F-35 (IOT&E) foi suspenso e não será retomado antes de meados de 2020.
O verão de 2020 também é o momento em que o Pentágono e a Lockheed Martin esperam apresentar uma versão modernizada e atualizada do Sistema de Informação Logística Autonômica (ALIS) do F-35, informou o Defense Daily em 13 de novembro.
Embora a subsecretária de Defesa do Pentágono, Ellen M. Lord tenha dito aos repórteres no mês passado que o final do IOT&E seria adiado, ela não disse que havia sido suspenso, o que coloca a falha em uma escala diferente.
O motivo da suspensão é que o Joint Simulation Environment (JSE), necessário para testar completamente as capacidades da aeronave, não está pronto e não estará por mais nove meses.
O JSE não estará pronto para iniciar a fase final dos testes operacionais até julho de 2020, disse Robert Behler, diretor de testes e avaliações operacionais do Pentágono, durante uma audiência conjunta de 13 de novembro de dois subcomitês do Comitê de Serviços Armados da Câmara, disse. Por sua vez, isso significa que a decisão de mudar o programa para a produção em larga escala não será tomada até o início do ano fiscal de 2021. “Existem enormes desafios e ainda há muitas incógnitas desconhecidas por aí”.
“O ambiente de simulação conjunta é essencial”, explicou Behler. “O JSE é um ambiente sintético man-in-the-loop que usa software da aeronave F-35 real. Ele foi projetado para fornecer simulação escalável, de alta fidelidade e operacionalmente realista. Eu gostaria de enfatizar que o JSE será o único local disponível que não seja o combate real contra adversários similares. Para avaliar adequadamente o F-35, devido às limitações inerentes aos testes ao ar livre, essas limitações não permitem um teste completo e adequado da aeronave contra os tipos e a densidade exigidos dos modernos sistemas de ameaças, incluindo armas, aeronaves e sistemas de guerra eletrônica atualmente empregados por nossos adversários de nível similar. A integração do F-35 ao JSE é um desafio muito complexo, mas é necessário para concluir o IOT&E, o que levará ao meu relatório final do IOT&E.”

“Até agora, a JOTT [Joint Operational Test Team] conduziu 91% das missões de teste ao ar livre, emprego real de armas, testes de segurança cibernética, implantações e testes de comparação com caças de quarta geração, incluindo o teste de comparação dirigido pelo Congresso do F-35A e o A-10C ”, acrescentou Behler.
“A adequação operacional da frota do F-35 permanece abaixo das expectativas de serviço”, disse Behler. “Em particular, nenhuma variante do F-35 atende às métricas de confiabilidade ou manutenção especificadas. Em resumo, para todas as variantes, a aeronave está sofrendo avarias com mais frequência e está demorando mais para consertar”, embora várias métricas de adequação estejam mostrando sinais de melhoria este ano.
“Há duas fases do IOT&E restantes”, disse Behler. “O primeiro é o teste de guerra eletrônica contra ameaças robustas superfície-ar no Point Mugu [Califórnia] Sea Range. O outro testará contra densas ameaças aéreas e de superfície no Ambiente de Simulação Conjunta [JSE] no Naval Air Station Patuxent River [Maryland]. Eu aprovarei o início desses testes quando a infraestrutura de teste necessária estiver pronta.”
FONTE: Defense-Aerospace.com
Isso não tem mais jeito.
O projeto ficou caro demais para voltar atrás.
Agora e ir tenteando do jeito que dá.
Sabe que não discordo mais de você ? Pois aqui só se fala de problemas no F-35… Com tanta noticia nova sobre a USAF… Que infelizmente, só vemos em outros sites !
Chris, tem matérias e notícias com fatos positivos sobre a USAF e o F-35 aqui também.
Estas, por exemplo, são algumas das que saíram nas últimas semanas:
https://www.aereo.jor.br/2019/11/10/f-35-pentagono-corrige-bug-do-capacete-de-us-400-mil/
https://www.aereo.jor.br/2019/11/04/uma-nova-serie-century/
https://www.aereo.jor.br/2019/11/07/f-22-raptor-e-t-38-talon-treinam-sobre-o-atlantico/
https://www.aereo.jor.br/2019/10/29/preco-do-f-35a-esta-agora-abaixo-de-us-80-milhoes-em-novo-acordo-entre-pentagono-e-lockheed-martin/
https://www.aereo.jor.br/2019/10/25/usaf-desloca-mais-f-15e-strike-eagles-para-os-emirados-arabes-unidos/
https://www.aereo.jor.br/2019/10/09/vitorias-aereas-americanas-na-guerra-do-golfo-de-1991-2/
https://www.aereo.jor.br/2019/09/27/congresso-dos-eua-aprova-a-venda-de-jatos-f-35-a-polonia/
É fato que tem bastante matérias sobre problemas do F-35 (aliás, o editor do site acabou de publicar mais uma…), mas daí a dizer que aqui só se fala de problemas do caça ou não se publica outras notícias sobre a USAF vai uma longa distância, como mostram os links acima.
Gostei do “tenteando” do Antonio – lembrei do meu querido Avô – tb não posso deixar de concordar que este comentário do mesmo é sensato – Saudações
Será essa apenas mais uma Hate news sobre o F-35 para caçar Clicks de Hienas Sino-Russas como dizem alguns?????!
Tudo bem que existe o ganho tecnológico e tals, mas… Pensa numa barca furada… Teria sido mais barato e lógico ter extendido a produção do F-22 e investido no aprimoramento das versões do F-15.
Se eles fossem fazer apenas para eles, até que eu concordaria. Mas eles queriam um avião para vender, por isso inventaram o F-35 problemático.
A ideia dos americanos era amarrar um monte de clientes cativos.
Só que não contavam com esse monte de problemas e com a pouca receptividade do mercado internacional.
Antônio – pouca receptividade? Sério?
Acho estranho que tudo isso está ocorrendo junto aos operadores americanos. Não vi ain da nenhum problema quanto aos outros operadores, tirando o F-35 japonês. É um projeto muito complexo, apesar de já ter demonstrado a que veio, mas, deveriam benzer cada um que saisse da linha de montagem!
Segue o jogo… melhorando a cada dia
Eita que esse avião veio só para dar dor de cabeça para o fabricante e para quem compra.
A grande economia de se ter um modelo de caça global e de grande produção pressupunha que tudo fosse dar certo. Se as coisas dão errado, tem-se, ao invés, apenas um grande problema.
Às vezes ficou pesando o quanto esses caças seriam efetivos em uma guerra simétrica entre duas potências. A meu ver, não seria possível manter uma linha de produção tão sofisticada, com materiais sensíveis e complexos em uma situação de guerra entre nações com forças militares equivalentes ou muito próximas. Talvez devido a minha ignorante sobre essa área possa estar levantando um questão sem fundamento, mas é uma dúvida que sempre tive. Penso que em caso de perca ou de necessidade de ampliação do vetor aéreo em uma guerra, seria mais rápido e eficiente produzir inúmeros F18 do que produzir meia… Read more »
Não sou especialista também, mas acho que seu raciocínio tem sim sentido. Em uma guerra de larga escala, as coisas ficam muito mais complicadas do que em épocas de paz. O desgaste das aeronaves em operação obviamente é maior, a demanda por peças idem, toda a logística pode ser comprometida pelas operações do inimigo (bloqueio marítimo, ataque contra fábricas e linhas de comunicação, etc…), e muitas vezes os aviões podem ser obrigados a operarem em pistas improvisadas, longe do ideal. Se em condições “ideais” o F-35 tem apresentado todos esse problemas, o risco de um agravamento crítico destas questões em… Read more »
Mestre Marcos, Seu raciocínio teria sentido se a dinâmica da guerra atual fosse igual a da WWII. Lembre que naquela época, os aviões tinham carga de combate exigua, mira e taxa de acerto sofrivel e mal tinham alcance para chegar a Alemanha por exemplo…. Em suma, demorava meses e anos…. Hoje em dia, a predominancia de um país sobre o outro ocorrerá em questão de horas e dias…não existe na guerra moderna a possibilidade de um país se armar durante o conflito, fabricar equipamentos durante a tempo de emprega-lo…ou voce já esta preparado ou não…. Mesmo um Super Tucano demoraria… Read more »
Então, nesse caso, estamos ferrados! Nem academia de musculação nós temos, apenas alguns aparelhos. Espero que em caso de guerra tenhamos alguém musculoso para nós ajudar, porque na atual circunstância e concordando com seu raciocínio, estamos perdidos.
Seguindo essa lógica, hoje, mais do que nunca, é crucial ter o domínio tecnológico dos meios militares e também possuir capacidade financeira para manter a disponibilidade para um eventual conflito. Ou seja, a independência tecnológica e financeira é um fator ainda mais relevante na atualidade. Talvez seja isso que faz o EUA ver a China como sua principal ameaça no século XXI.
Acho que a ideia é meia dúzia de F-35 ser superior a uma dúzia de aviões inimigos de geração anterior no campo de batalha. Além disso a USAF está com falta de pilotos. Não adianta ter inúmeros F-18 se não tem quem pilotar. O F-35 ainda vai trabalhar por muito tempo lado a lado com as aeronaves que deveria substituir. Assim tem uma melhor divisão do trabalho não sobrecarregando as aeronaves e especificando melhor os tipos de missão para cada Um. No atual contexto o F-35 acaba se tornando indispensável pra se ter uma vantagem sobre o inimigo.
F-Bug e sua corrida pela candidatura de maior rainha do hangar da história.
Imagine uma guerra em larga escala.
Os F-35s que conseguirem, levantam voo.
Aí, os que lograrem voltar terão de ser reabastecidos e, então, aparecerão o rosário de problemas que costumam apresentar.
Totalmente anacrônico.
Isso parece preocupante para quem necessita da produção em massa
É como eu disse no outro post.
No dia que fizerem uma “Lava Jato” nesse programa, a industria militar americana acaba.
Sinceramente, cada vez mais eu acredito na teoria da conspiração de que os EUA inventaram este projeto apenas para captar recursos e fazer com que outros países acreditem que estejam investindo em uma inovação, porém os EUA estão pegando este dinheiro(montante astronômico) e financiando outros projetos negros muito mais TOP SECRET do que este… não se enganem os EUA já esconderam o jogo muitas vezes dos contribuintes americanos, do que dirá então destes países que fazem parte do consorcio…
Eu não entendo os EUA… Investiram bilhões de dólares no F-22 e no F-35 e agora não conseguem ficar operacionais. Até que o F-22 conseguiu mas encerraram a linha de produção antes do planejado que era substituir os F-15. Agora o F-35 não conseguem tomar o seu lugar na USAF. O que o congresso norte-americano quer? Cancelar o projeto agora é mais caro do que tocar adiante. Liberem o caça…
Eita beco sem saida esse F-35, notadamente na USAF aparecem os problemas, porque eles usam e testam a fio, diferente dos outros que compraram que se depararão com os problemas depois se a Lockheed não consertar antecipadamente. A verdade dói para alguns, já deixei minhas paixões externas a muito tempo, minha paixão é meu Brasil e tudo que conseguirmos consertar, arrumar e melhorar aqui, vamos produzir os Gripen com a qualidade que eles merecem. a indústria naval precisa de mais incentivo, que venham as corvetas para começar.
Baias concêntricas!
Pra ser furtivo ele só pode levar duas bombinhas de 125 kg e 2 misseiszinhos?!?
A palavra é “Ridículo”!
Misseizinhos nucleares.
Fiquei com muita raiva na hora mas…
E não é que o homem estava certo?
“Esse aí é demais pra nós Saito!”
O ditado diz , entramos numa barca furada kkkk, mas o F 35 parece que e uma aeronave furada ?