Dez regras para combate aéreo
- Espere até ver o branco dos olhos dele. Dispare rajadas curtas de um a dois segundos apenas quando o alvo estiver “bem na mira”.
- Ao atirar não pense em mais nada, firme bem o corpo, mantenha as mãos no manche, concentre-se na sua alça de mira.
- Fique sempre muito atento. “Tire o dedo daí”!
- A altura dá a você a iniciativa.
- Vire-se sempre de frente e revide ao ataque.
- Tome suas decisões depressa. É melhor agir rapidamente, mesmo que suas táticas não sejam as melhores.
- Nunca voe reto e nivelado por mais de 30 segundos na área de combate.
- Ao mergulhar para atacar, sempre deixe uma proporção da sua formação acima para ficar de guarda.
- INICIATIVA, AGRESSIVIDADE, DISCIPLINA AÉREA e TRABALHO EM EQUIPE são palavras que têm SIGNIFICADO no combate aéreo.
- Engaje rapidamente – Bata com força – Caia fora!
Adolph “Sailor” Malan, piloto da RAF de origem sul-africana, é o autor de “Minhas Dez Regras para Combate Aéreo”. Suas regras foram impressas em cartazes e expostos nos barracões dos campos de pouso das unidades de caça da RAF durante a Batalha da Inglaterra.
Qual a história desse piloto?? Chegou a comandar jatos ou morreu/parou antes disso?
Foi o primeiro ás da RAF na Batalha da Inglaterra. Morreu de Parkinson muito cedo.
Tem um bom livro sobre ele. Chama ” ‘Sailor’ Malan – Legendary Hurricane and Spitfire Pilot in the Battle of Britain: Battle Of Britain Legend: Adolph Malan”
E o Erich Hartmann, o que ele diz ?
Faltou mais um mandamento: nunca seja atingido!
Antes de se manifestar leia o artigo por inteiro e veja em que contexto foram feitas aquelas regras: “BATALHA DA INGLATERRA”. Te ajudei?!
O começo da guerra, do ponto de vista das táticas de combate aéreo, foi complicado para a grande maioria dos que se opuseram à Luftwaffe. Enquanto os alemães tiveram o teatro da Guerra Civil Espanhola para refinar suas táticas e adotar a tática da formação “quatro dedos”, boa parte das outras forças voava a formação de 3 aeronaves, que era uma doutrina destinada a atacar formações de bombardeiros, para concentrar o fogo (de metralhadoras com calibre de fuzil) leve dos caças de então. Os britânicos aprenderam do jeito mas difícil que era uma tática inadequada. A princípio, acrescentaram uma 4ª… Read more »
Regras que são válidas, mesmo que se passaram anos após a época de combatente dele!
Faltou a mais importante: ¨quem vai te abater é aquele que você não vê¨. Por isso, no Vietnã, os norte americanos inventaram a Linha de Frente Tática, que provê melhor cobertura visual do setor traseiro.
Coronel, um manual da USAF lá dos idos de 1971, dizia ao piloto que ‘Se você perdeu contato visual com um MiG, nivele seu avião por alguns poucos segundos e olhe para trás. Ele vai estar lá!’
Por causa dos ataques de MiGs voando baixo sobre a copa das árvores, eles começaram a usar os EC-121 voando baixo sobre o mar, para tentar iluminar os caças de baixo para cima, compensando assim a inabilidade dos radares da época contra alvos voando rente ao solo.
O problema desses EC-121, Clésio, que inclusive tinham os ‘Combat Tree’ (interrogadores de IFF dos MiG) funcionando perfeitamente, era a disseminação da informação, que, devido à uma multitude de agências de informação, acabavam chegando aos pilotos com um delay grande demais, e na esmagadora maioria das vezes, a informação chegava depois de os Phantom terem sido atacados. Mudaram as vias com as quais a coleta e a disseminação dessas informações eram utilizadas, mas ainda assim se pensou em uma aeronave que pudesse fazer toda essa coleta de informações de maneira autônoma e providenciar um maior controle do campo de batalha… Read more »
Dos aces alemães da WW2 , o Erich Hartmann foi o maior , sempre com a tatica “boom and zoom” : disciplina e taticas levadas ao extremo . Mas depois que li sobre o Hans-Joachim Marseille, me impressionou muito: entrava sozinho dentro de uma espiral com 16 caças inimigos e abatia 6 !!
Pierre Clostermann falava de outras:
– Não pense em sua loura, se vc não ver chegar o avião que abaterá seu companheiro, você é um criminoso!
– É justamente aquele que você não viu que te abaterá
Estas frases não são dele, mas avisos para pilotos novatos colocados nas paredes das bases. Mais uma:
– O boche está sempre ao sol.
o que é o boche?
O alemão.
Existe uma lista de nomes (normalmente ofensivos), que o típico soldado, de qualquer nacionalidade, se refere ao inimigo. Como eu tipicamente li livros de origem britânica traduzidos aqui no brasil, a lista de apelidos dados pelos ingleses à militares alemães que vi foram: boche, huno, krauts, fritz , etc. Já os soldados brasileiros da FEB se referiam à eles como “tedescos”.
Tedesco era como os italianos se referiam aos alemães, dai os brasileiros devem ter aprendido e usaram também a palavra.
Tedesco não é ofensivo, é “alemão” na lingua italiana. Não se esqueçam que os italianos eram aliados dos alemães.
Fico a imaginar como seriam as dez regras do combate aéreo moderno.
Duas das regras de Malan foram diretamente retiradas da Dicta Boelcke.
Malan era um piloto admirado pela sua habilidade, didatismo e espírito de liderança, mas os alemães – em particular os pilotos de bombardeiro – tinham um ódio genuíno dele por conta de um certo hábito macabro que possuía: ele não atirava nos bombardeiros para abatê-los, e sim para causar o máximo número de mortos e feridos entre as tripulações, pois ele acreditava que um bombardeiro retornando para a base carregado de tripulantes mortos ou feridos derrubaria o moral do restante do esquadrão.
Isso é muito legal mas apenas 5% dos pilotos da 2WW se tornaram ases, e um avião de caça atualmente é uma coisa muito séria e cara para se colocar na mão dos 95% que eram alvos.
Po…. Cruelmente, verdade!
Clap! Clap! Clap!
Pra mim ele se inspirou na Lista de regras da Dicta Boelcke. Aliás ela é a base de tudo na minha opinião.
Bacana! Foi bom ler novamente estas regras de engajamento da aviação de caça da época da Segunda Grande Guerra! Parece que as doutrinas atuais de combate aéreo são “monótonas” e “fáceis” perante a loucura que foi nos dogfights do passado.
Regras para aviões de combate da 2. guerra. Na 1. guerra a notoriedade aérea foi do ás alemão Manfred von Richthofen apelidado de “Barão Vermelho” o ás do céus, ninguém atingiu até hoje o seu número de abates, naquela ocasião imperava o cavalheirismo na guerra aérea, morreu em combate.
Adolf Galland foi o primeiro que superou o número de abates do Barão Vermelho, e bom a uma lista até que grandinha de pilotos que o superaram. (a maioria foram alemães, mas tem japoneses e até um finlandês pelo que eu saiba).
M. v. Richthofen foi o maior ás da IGM.
Com a IIGM, foi superado por um finlandês, um japonês e cerca de uma centena de alemães.
Observando-se que o número de abates alemães foi inflado pela baixíssima capacidade da Força Aérea Soviética (o que não obscurece a grande habilidade da Luftwaffe).
Tally ho! À la chasse! Em em outras línguas (mi piace l’Italiano), como seria o “jägersprache”?
Deveria considerar na matéria a surra que a Argentina levou dos limitados e lentos Harrier.
23 caças Argentinos abatidos e nenhum Av-8 Harrier perdido em combate aéreo.
Foi um massacre inglês nos céus das Falklands.
Ok, algumas considerações aí. Primeiro que os Harrier utilizados nos enfrentamentos ar-ar nas Falklands foram os Sea Harrier FRS.1 da Royal Navy, enquanto que os Harrier Gr.3 da RAF focavam no ataque ao solo. Segundo que os Sea Harrier estavam equipados com os AIM-9L, mísseis ar-ar IR mas ‘all-aspect,’ ou seja, poderiam ser lançados mesmo frente à frente, algo que os Argentinos não sabiam que os ingleses estavam utilizando, e algo que os Argentinos não tinham. Terceiro que os Mirage, Daggers e Skyhawks Argentinos já chegavam sobre as ilhas no limite de seu combustível e simplesmente não tinham como utilizarem… Read more »
Eu li um relato de um piloto australiano de Mirage (eles operavam o IIIE na época), onde ele dizia que, em condições normais de combate, o Mirage era muito superior ao Harrier, especialmente à grandes altitudes. Na opinião dele, o problema foi mais treinamento do que qualquer outra coisa.
Antunes – os Sea Harrier tinham um excelente e superior radar, superiores armas, em velocidade se equiparam aos A-4, ao passo que os aviões argentinos estavam armados para atacar a frota britanica tentando evitar o desembarque, não estavam armados para combates aéreos, pois não tinham alcance para tal, o Porta Aviões se situou além das ilhas. Os Sea Harrier a partir da detecção pelos radares da Royal Navy, ou mesmo em patrulha, apareciam de surpresa para abate-los porque os A-4 geralmente voavam baixo tentando evitar os radares navais de maior alcance.
E o ás Franco/Brasileiro Pierre Clostermann por quê ninguém lembra dele?
Lembraram. Deve ter sido transmissão de pensamento. 😉