Mockup do KF-X

Mockup do KF-X apresentado na ADEX 2019

A Korea Aerospace Industries (KAI) está aberta a considerar parceiros estrangeiros adicionais em seu projeto para desenvolver a aeronave Korean Fighter Experimental (KFX), informou o Jane’s. A mudança em potencial ocorre quando o projeto KF-X enfrenta desafios relacionados a investimentos e capacidades.

Devido à escassez de financiamento, a Indonésia – parceira de desenvolvimento no KF-X – estagnou em cerca de KRW 300 bilhões (US$ 253 milhões) os custos para apoiar seu envolvimento no projeto, enquanto a indústria local enfrenta obstáculos para desenvolver algumas tecnologias críticas para a plataforma.

Um funcionário da KAI, que não quis ser identificado, disse ao Jane’s na Exposição Aeroespacial e Defesa Internacional de Seul (ADEX) em 16 de outubro que o projeto de desenvolvimento do KF-X ainda é considerado “aberto” em termos de parceiros de tecnologia. “Isso ainda não está finalizado”, disse ele em referência às alianças de desenvolvimento do KF-X. “Poderemos considerar parceiros adicionais no futuro”.

Sob um pacote de compensação de defesa vinculado à aquisição da Lockheed Martin F-35 Lightning II pela Coreia do Sul em 2014, a empresa dos EUA já está posicionada como parceira técnica no KF-X. A Lockheed Martin é obrigada a fornecer assistência em 21 suítes de tecnologia, incluindo controles de voo, aviônicos, integração de sistemas, materiais e armamento não especificado.

No entanto, o governo dos EUA também se recusou a exportar várias suítes de tecnologia sob compensação, forçando a Coreia do Sul a procurar desenvolver esses sistemas de forma autônoma. Esses conjuntos estão relacionados aos sistemas de radar de matriz eletrônica ativa (AESA), pods de mira eletro-óptica, sistemas de busca e rastreamento por infravermelho e bloqueadores de frequência de rádio (jammers).

A Elta Systems, subsidiária da Israel Aerospace Industries, está prestando assistência à empresa sul-coreana Hanwha Systems no desenvolvimento do radar AESA do KF-X.

O Jane’s entende que empresas como Saab, Airbus e Boeing também podem se posicionar como futuros parceiros no KF-X, embora o escopo desse compromisso esteja sujeito a requisitos, estrutura da parceria e financiamento.

KF-X

Mockup do cockpit do KF-X
Mockup da cabine do KF-X
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João Moro

Imaginava que isso iria acontecer.

Willber Rodrigues

Bem….praticamente nenhum país hoje consegue “criar” um caça sozinho.
Quem seriam os prováveis interessados em se aliar com a CS nesse projeto?

Gordo

Se lá no FX1 tivessemos escolhido um caça imagino que hoje esse projeto Sul Coreano serviria bem para Nós, incluindo nesse raciocínio a Embraer sendo Embraer e não uma sucursal.

Ironcop

Certo, quanto tempo vai levar até esse projeto coreano ser concluído ? 15 anos ? até lá a FAB fará a defesa aérea com o que ? já que o F5M não durará muito tempo.

John

Apenas respondendo pelo Gordo para o Ironcop; Fariamos a defesa com os F-16 ou com os Typhoons que teriamos comprado no FX1.

Marcelo Bardo

Ou Gripen C/D. Já que o mesmo seria o vencedor conforme dossiê que vazou da FAB tempos depois.

Selff

Tá difícil o pessoal interpretar bem o texto do Gordo, ele falou “se lá no FX1 tivéssemos escolhido um caça”…..

Entusiasta Militar

com certeza nao o Brasil, ja que estamos recebendo o Gripen e ele é o caça furtivo de ultima geração que precisamos mesmo.

Sergio Cintra

Existem problemas quando não se detém toda a sua base industrial a disposição para a elaboração de um projeto e tem-se que se sujeitar aos “humores” governamentais externos. Alem dos custos subirem, tem-se que lidar com a incerteza de fornecimentos. Porem, com desenvolvimentos, soluções vão sendo criadas e a Coreia do Sul tem a seu favor os “vizinhos”, que por isso acredito ter mais facilidades em obter apoios ocidentais – interpreta-se principalmente norte-americanos – e nós ainda estaremos absorvendo o pacote sueco e aprendendo. Mas se nem conseguimo$ participar das escotilha$ ( as “janelas” ) da Estação Espacial Internacional, o… Read more »

luiz antonio

Concordo com suas considerações, no entanto, devemos ter em mente que após os 36 Gripens, a EMBRAER deve receber parcos pedidos apenas para reposição por atritos e nada mais, o que justificaria procurarem desenvolver outros projetos (não necessariamente este da matéria) que envolvesse parcerias, no mínimo para manterem-se atualizados quanto a novas tecnologias que são introduzidas em velocidades altíssimas. A EMBRAER corre o risco de não manter o estado da arte, nem mesmo para desenvolvimentos do proprio GRIPEN, tal a situação de penúria.

AMSS

O caminho natural seria entrar no programa do novo caça sueco que será desenvolvido pela Saab e já conta com apoio britânico

Vovozao

16/10/19 quarta-feira, btarde, sei que irão criticar, porém, farei a seguinte pergunta: será que não seria interessante a FAB, através do MD, participar deste projeto, acredito, que para estes caças estarem disponíveis levaram de 5 a 10 anos, até lá ja teremos recebidos os Gripen’s; a EDS não estará mais fabricando/montando os caças aqui, e, teríamos um novo caça além de adquiririrmos experiência poderíamos ganhar dinheiro com a exportação???? Foi só uma pergunta para quem entende.

Willber Rodrigues

Com todo o respeito, mas não acho que seria uma boa idéia.
Estamos investindo muito tempo e dinheiro na fabricação e projeto de um caça 4++, pra que investir o projeto de outro caça 4++?
Teríamos 2 caças de quarta geração….pra que? O que esse caça sul-coreano faz, que o Gripen NG tambem não faria?
Eu discordo. A gente não tá com grana sobrando pra entrar em 2 projetos de caça ao mesmo tempo.

Carlos Campos

o design do KF-X é furtivo e o Brasil não domina o design furtivo, não temos os estudos para criar os cálculos de uma superfície furtiva, ou seja o Brasil ganharia isso, quanto ao Resto, acredrito que o o Brasil devia começar os Estudos de um radar embarcado de Nitreto de Gálio, tentar copiar o Sistema EW Arexis, desenvolver turbinas com base em turbinas americanas que perderam as patentes.

Adriano Madureira

Melhor seria acompanharmos o projeto tempest…

Ou quem sabe pensar em participar de um projeto de helicópteros talvez com os italianos, e quem sabe fabricar na ED&S.

Willber Rodrigues

Ah sim, e duvido MUITO que esse caça sul-coreano esteja disponível em 5 ou 10 anos…

Filipe Prestes

Penso que se for pra entrar em algum projeto (lá pra 2030) deveria ser o Tempest mas estou sendo otimista e imaginando que no final da próxima década tenhamos grana pra investir. E isso somente depois dos segundo e terceiro lotes de Gripen.

Willber Rodrigues

Concordo

nonato

Uma análise Tabajara abrangente. Há vários caças de geração 4 consolidados no mercado e alguns 4,5 entrando ou em vias de serem substituídos. Consolidados tipo F 15, F 16, MIG 29. Entrando: SU 35, gripen NG. Com possibilidade de substituição por seus fabricantes: Typhoon e Rafale, mas que são bons e consolidados 4,5. 5@ geração consolidado: F 22. 5@ geração adiantado: F 35. 5@ geração fracos começando: J 20 e SU 57 ( fracos em furtividade, mas com excelente desempenho, alcance etc). Novos projetos: Tempest, Franco germânico, KFX. Outros possíveis projetos: Japão, Índia, Turquia, Paquistão. Resumo: há dois grandes projetos… Read more »

nonato

O problema é que não temos dinheiro.
Mas todo aprendizado é válido.
Investir 500 milhões?
Em cinco anos?
A Embraer poderia participar.
Poderia aprender e ensinar…

zézão

Chances vão surgindo mas preferimos o atraso e parcerias com….arrientiiina e outras carniças…

Kemen

Interesante a idéia de encaixar os misseis na fuselagem, acredito que assim sairia mais barato. Também não acho que prejudique muito o RCS. A Saab possivel parceira do KFX seria novidade, já é participante do Tempest, todavia poderia sim contribuir com o software já desenvolvido para o Gripen E, o conhecimento dos outros sistemas que já implementou no mesmo e outros… Mesmo sendo a Coréia, para o Tio SAM devem existir alguns componentes considerados estratégicos dentro do FACE. Apesar do alto desenvolvimento tecnológico na área militar, o isolacionismo tecnológico, pode depois de longo tempo vir a ser prejudicial.

Oseias

A sequencia para nós é: receber tecnologia Gripen. Com ela desenvolvermos os nossos projetos, que podem ser em parceria. Não da para virar indiano agora.

Carlos Campos

Infelizmente veio em um momento que nao temos dinheiro, temos que terminar o Sisfron que tá quase abandonado, o MATADOR, MICLA, MANSUP, 14-X e Tamandaré, A DARTER, quem sabe MARLIN, segundo lote de Gripen feito no Brasil.

Gustavo Silva

Se eu fosse de alguma empresa brasileira do setor, da Embraer, ou até mesmo do Governo, entraria na parceria nem que seja uma participação mínima, seria uma chance de vender umas tela WAD pra eles, talvez pegar conhecimento de algumas tecnologias importantes e mesmo que o caça não fosse usado nacionalmente, geraria renda e entrada de dólares no país com as vendas para o ROKAF e possíveis exportações, quem sabe até ajudaria a financiar mais compras de Gripen. Mais vale ter duas plantações pequenas de arroz e feijão, do que só uma plantação gigante de arroz depois de 20 anos… Read more »

Top Gun Sea

Esse seria um F22 Low cost.

Grozelha Vitaminada Milani

Enquanto isso, a FAB recebe dois (de um lote de 4+2?) Phenom 100EV designados de “U-100” para transporte pessoal (deve ser de Políticos e Abençoados) e equipamentos (malas, dólares na cueca, outros desvios e muambas) que estarão a cargo do 6o. Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA) – Esquadrão Guará – baseados na Ala 1 em Brasília (puro pleonasmo!).

As aeronaves matrícula FAB 3701 e 3702 já se encontram no Brasil.

* como se publica fotos aqui?

Sérgio Luís

Com todo esse armamento externo ele se julga furtivo!?!
Para com isso !!

JPC3

Chega a ser engraçado, diz que todos os caças de 5° geração são umas porcarias…..

hahahah.

MBP77

Realmente, pods externos de armamento prejudicam (e muito) a furtividade ao radar, mas está no projeto a adoção de baias internas num segundo estágio, conforme consta noutra matéria sobre o programa. Vejo com bons olhos o conceito, pois os sul-coreanos escolheram um motor bem testado/conhecido e não parecem querer investir numa eletrônica de bordo “F-35 mode”. Seria um caça “4,9 generation” (rsrs) e se o preço não for proibitivo, pode encontrar bom espaço no mercado. Claro, vão precisar de mais parceiros – que não só a Indonésia – para financiarem o desenvolvimento da aeronave e, claro, ampliar a quantidade produzida… Read more »

Fabio Araujo

Off – Caiu um SU-30 na Venezuela, deu uma pane logo após a decolagem, os dois tripulantes ejetaram mas devido a baixa altitude morreram na queda, morreu o piloto que era um capitão e um brigadeiro que era o comandante da base aérea que e era o segundo tripulante! Sinto pelos que morreram!

Adriano Madureira

“KRW 300 bilhões (US$ 253 milhões) de Wons”…

Caramba?‼️ Como o dinheiro deles é desvalorizado…

Filipe Prestes

Kkkk A contagem que é diferente, Adriano

nonato

Isso é besteira
Se não me engano, o dinheiro do Japão é 100 ienes para um dólar.

Luiz Trindade

Rapaz… Agora era hora de Embraer Defesa entrar…

carvalho2008

Digo o mesmo que transcrevi no outro post… Em que pese a grande necessidade da baixa detectabilidade por radar (stealth), Eu realmente investiria e pesaria a mão num projeto focado em defesa ativa hard kill contra mísseis disparados contra o avião. Acho que sairia mais barato, pratico, eficiente e sinérgico com diversas aplicações. Teria sim um design que busque a discrição, mas seu trunfo iria residir num design que permitisse um arsenal polpudo de pequenos mísseis de curtíssimo alcance (2 a 5km) capazes de cobrir em 360o graus nos dois eixos, vertical e horizontal, que enquadraria e destruiria todos os… Read more »

Delfim

Off – estão comentando na rede que um Su-30 venezuelano caiu, é vero ?

Theo Gatos

Caiu sim, aparentemente na decolagem, tá no Twitter do Nicolas Maduro inclusive… Infelizmente parece que ambos os tripulantes faleceram…
.
Sds

Theo Gatos

Achei a nota oficial… Espero que não caia no SPAM esse comment… hehehehe

http://www.mindefensa.gob.ve/mindefensa/2019/10/16/comunicado-de-la-fuerza-armada-nacional-bolivariana-20/

carvalho2008

Não acho que o Brasil deveria embarcar num projeto destes no momento: a) Primeiro, porque não acredito que atualmente exista espaço para tantos modelos de 5a geração….não há mercado nem demanda….estas iniciativas individuais vão sofrer para achar encomendas… b) Segundo, que em nosso caso, este seria o HI que faria o Low com o gripen….assim, primeiro eu tenho de incorporar, nacionalizar, dominar, dançar e sambar com o F-39, desde sua escala industrial ate toda a tecnologia ali existente. O Hi deveria ser de prateleira e seria bem mais barato e menos duvidoso. Já haverá o F35, se desejar russo tem…se… Read more »

JPC3

Na realidade esse rótulo de qual geração pertence tem menos significado do que parece. No fim vai ser um caça de 5° geração também.