O F-117 Nighthawk e o valor da furtividade nas operações de ataque
O F-117A Nighthawk da USAF foi o primeiro avião de ataque no mundo a empregar a tecnologia furtiva (stealth). Foi descendente direto do programa “Have Blue”.
A aprovação para a produção do F-117A foi emitida em 1978, com um contrato atribuído à Lockheed Advanced Development Projects, em Burbank na Califórnia, como um projeto altamente sigiloso.
O primeiro voo foi realizado em 1981, apenas 31 meses após a decisão da produção em massa. O primeiro F-117A surgiu em 1982 e a sua capacidade operacional estabelecida em Outubro de 1983. O último avião seria entregue no Verão de 1990. A Força Aérea dos EUA negou a sua existência até 1988 e, em Abril de 1990, um exemplar foi exibido em público na Base Aérea de Nellis, em Nevada.
O F-117 foi utilizado várias vezes em combate, tendo como sua primeira missão real a Operação Justa Causa, em 1989, no Panamá. Durante a invasão, o F-117 lançou duas bombas na base de Rio Hato. Mais tarde, foi empregado na Guerra do Golfo, na Guerra do Kosovo em 1999, no Afeganistão e na Invasão do Iraque, em 2003.
O valor da Furtividade
Sem a capacidade Stealth, uma missão de ataque típica da USAF requeria 32 aeronaves com bombas e 16 caças de escolta, 8 aeronaves Wild Weasel para supressão de defesas, 4 aeronaves de guerra eletrônica para bloqueio dos radares inimigos e 15 aviões-tanque para reabastecer o grupo.
Com a entrada em serviço dos F-117, a mesma missão passou a ser executada por apenas 8 aeronaves F-117 e dois aviões-tanque. A tecnologia stealth combinada com munições guiadas de precisão colocou menos aeronaves e pilotos em risco de abate e captura.
O F-117 foi retirado oficialmente de serviço em 22 de abril de 2008, por causa do seu alto custo de manutenção e pela introdução do F-22 Raptor, que também ganhou capacidade de ataque com bombas SDB.
Mesmo depois de estocados, alguns F-117 foram flagrados em voo, provalmente em missões de treinamento contra outros aviões da USAF.
E pensar que, da WWII até o começo da Guerra do Vietnã, eram necessários centenas de bombardeiros pesados fazendo um tapete de bombas pra destruir apenas um alvo, com o risco de vários bombardeiros serem abatidos.
O ataque furtivo é sempre a melhor opção.
Esse gráfico mostra uma eficiência do F177 realmente incrível, isso que a capacidade operacional veio em 83 “apenas” 36 anos atrás.
Ao que se sabe alguns F-117 voltaram a operar porque são os únicos furtivos que conseguem trancar em alvos móveis, e são úteis na Síria.
O F-22 não leva nenhum sistema de designação de alvos a laser, idem para o B2 (que aliás, seria muito caro de operar mesmo que pudesse).
O sistema EOTS do F-35 não se mostrou por enquanto capaz de trancar em alvos móveis com o laser, daí, ressuscitaram alguns F-117 para casos específicos , no caso, armados com bombas Paveway II de 500 lb.
Bosco, quando os F-117 foram aposentados, eles passaram para uma reserva cuja designação me escapuliu agora, mas que efetivamente são manutenidos e voados periodicamente para retorno imediato ao serviço ativo em caso de necessidade, como o que aconteceu em relação ao que citou. Ao mesmo tempo, a quantidade de ‘flagras’ de F-117 voando em treinamento no deserto aumentou substancialmente. Especula-se que estão sendo usados como Agressors, ou OPFOR (devido ao fato de que não são aeronaves ar-ar) para começarem à adequar os pilotos americanos com aeronaves low-observable bem como diversos testes de sistemas e doutrinas acerca de como empregar aeronaves… Read more »
Leandro,
Concordo contigo. Só deixando claro que meu comentário foi baseado num artigo do The Drive.
Cada artigo do Tyler Rogoway no The Drive (e também quando ainda estava no Foxtrot Alpha) vale a leitura. São excelentes.
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Obrigado Mazzeo 🙂
Acho o avião com design mais futurista e mais lindo desse segmento!
Definitivamente você não viu os do Irã…
Obs.: Desculpa, não resisti a piadinha. Concordo contigo, o F-117 é um “divisor de águas” na historia da aviação.
Quem investe em pesquisa e desenvolvimento, redução o custo de operação. Sendo mais eficiente.
Tem um F-117 quase inteirinho no museu em Belgrado. Dizem as más linguas que a Rússia construiu uma réplica para treinamento.
Bom, então a Rússia dá algum valor ao F117.
Sun Tzu, em “A arte da guerra”: conheça teu inimigo.
Foi através de uns certos cálculos que ele pode ser feito, então é dá valor a sua própria tecnologia.
Ok, vamos assumir que as más línguas estão corretas e que a Rússia pôs mesmo as mãos nos destroços (ou melhor, carcaça quase inteira) de um F-117 abatido em combate com tecnologia embarcada e de projeto já com vinte anos de idade enquanto operava sob condições em lhe era desfavorável e longe do ideal por uma questão de RoE. Também vamos assumir que a Rússia, de posse desses restos, conseguiu construir uma réplica da aeronave para ‘treinamento’ e absorveu a tecnologia embarcada de 1979 e que, com isso, conseguiram acelerar o desenvolvimento de uma aeronave Stealth bem superior àquela que… Read more »
“Ok, vamos assumir que as más línguas estão corretas e que a Rússia pôs mesmo as mãos nos destroços …”
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Não vamos assumir ou supor nada. Tome um avião, viaje a Belgrado, visite o Museu e veja com seus próprios olhos.
Fazer uma maquete ou replica não é algo difícil… você deveria visitar alguns museus militares americanos, eles tem replicas de Panthers que você vai jurar ter saído de uma fabrica da MAN ou Daimler-Benz em 26/02/1945 antes da fabrica ter sido evaporada por um B-17/B-24 ou Lancaster.
Vocês ideólogos são tão patéticos. É só fazer um image search na internet que aparecem as fotos do museu 😉
Leandro, ganhou fácil um “like” 🙂
se conseguiram foram incompetentes, pois até o PAK-FA demorou anos para ser desenvolvido.
Dizem as más línguas que os EUA tem um submarino nuclear russo. Sem falar no que é sabido e notório, como por exemplo, helicópteros Mi-24, sistema S300, MiG-29, etc.
Nada mais justo que a Rússia ter uma cópia do F-117.
E SU-27 eles também tem. E voando!
Sim, guerra é uma coisa que sempre trás sofrimento para o ser humano e infelizmente ela vai acontecer, se houver uma modo de que seja menos cruel é uma vitória!
Poderiam usar balas com anestésicos. Isso seria o ápice da ética
Almejar justiça através da guerra soa irônico, não? Guerras humanas, ou melhor, “humanizadas”, ou até mesmo “politicamente corretas” são um reflexo da decadência total da nossa espécie. Assim elas podem se revestir de uma aura de legitimidade.
Enquanto houver seres humanos sendo mortos, fardados ou não, as guerras continuarão abjetas
Respeito sua opinião, Roberto, mas discordo. É sempre um prazer debater com você, mas vou parar por aqui para não transformar a discussão num imenso off topic
Incrível ainda estar operacional e letal !