Argentina confirma negociações para jatos KAI FA-50
No marco do 107º aniversário da criação da Força Aérea Argentina, a mais alta autoridade do Ministério da Defesa confirmou as negociações em andamento entre a pasta e a empresa sul-coreana KAI.
Durante o brinde feito no evento de hoje, o ministro da Defesa, Oscar Aguad, mencionou perante autoridades civis e militares que os esforços para adquirir o sistema FA-50 estão muito avançados, permanecendo apenas para definir questões de financiamento da operação.
Finalmente e oficialmente, Aguad concluiu que a aeronave selecionada para substituir o A-4AR e atuar como um “caça complementar” será a aeronave coreana, em detrimento do sistema concorrente M-346 Master da empresa Leonardo.
As negociações com a empresa começaram em 2016 antes da exigência formal da Força Aérea Argentina de ter um sistema moderno capaz de oficializar a substituição do antigo A-4AR e preencher a lacuna com benefícios operacionais e tecnológicos superiores para a geração de doutrina. Embora durante os anos seguintes a questão orçamentária na Defesa tenha degradado a possibilidade de incorporação, as negociações entre os Estados nos últimos tempos acabaram destravando as negociações.
Embora sem determinar um valor exato abertamente, a partir da Defesa, uma linha de financiamento flexível foi gerenciada com o Banco de Exportação e Importação da Coreia que permite que a Argentina incorpore um primeiro lote de aeronaves a curto prazo. Estima-se que a operação consista não apenas no pagamento em moedas, mas uma possível transferência de commodities para o país asiático que permita uma operação com maiores benefícios para o país.
O trabalho está sendo realizado em uma carta de entendimento técnico para concluir a operação de compra, que se concluída implicará um sinal verde para a incorporação de sistemas no curto prazo. A Argentina poderia estar recebendo os primeiros sistemas até o final do ano, essas duas unidades atualmente operando dentro da Força Aérea Coreana (ROKAF).
FONTE: Zona Militar
Se o Macri não ganhar a eleição, não há a menor chance desse negócio ocorrer.
Ele ganhará colega, raspando, mas ganhará.
Na Argentina dos “Ermanos”, não tem urna eletrônica para evitarem o Macri ganhar… A vitoria está nas mãos do próprio povo…
Parabéns à Argentina. Um ótimo caça leve. Não é um 5a geração, nem um 4 geração Plus. Mas entrega capacidades muito próximas de um F-16 C, que é o caça em maior número em todo o mundo.
Claro, vai depender dos armamentos. Os sul-coreanos já falaram sobre integrar mísseis BVR em breve.
Sem tal armamento o caça fica sub-armado, porém com um míssil BVR moderno como o I-derby o FA-50 fica melhor que muitos caças em operação, ditos de 1a linha, porém com eletrônica já antiga.
O problema é que envolve muitos “se”. É uma aeronave interessante pra quem não tem verba, só isso. Diz a lenda que pode ser equipado com aim-120, mas a Argentina matando cachorro no grito não tem verba pra isso. Eles tem hoje uma força aérea nula e terão algo pouco acima disso com tais aviões, ainda atrás do Brasil, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela. Só ficam atrás dos projetos de países Uruguai e Paraguai, afinal, não tem nem como ficar atrás desses também.
Fernando, eu discordo. O FA-50 é inferior aos caças de 1a linha Atuais, que normalmente são equipados com radares AESA, IRST, sistemas de contra-medidas novos e no estado-da-arte, armamentos novos e por ai vai. Possuem muita potência, alcance, carga de armas, etc. A nossa vizinhança opera caças fabricados nos anos 90 ou até mais velhos, com raras exceções como os Su-30 venezuelanos fabricados nos anos 2000 e os poucos F-16 C block 50 adquiridos novos pelo Chile. Já os F-16 MLU chilenos, Mirage 2000 peruanos, MiG-29 peruanos são todos aeronaves da década de 90 para trás. Os FA-50 novos de… Read more »
Luis, existe novamente o problema dos “se” aí. E se isso tudo for verdade, ainda esbarrarão nas quantidades. A Colômbia tem orçamento e irá trocar de caças nessa década vindoura, com certeza indo com algo superior, seja em envelope de voo, seja em armamento e sensores. A Argentina terá um caça super simples e ainda por cima em quantidades marginais, essa é a grande questão. Lembre sempre que a velocidade do lançador influencia diretamente o alcance do armamento e aí meu amigo, não tem FA-50 que vá concorrer com Mirage 2000.
Fernando, este é um primeiro lote. Caso a Argentina consiga melhorar sua economia, mais lotes podem ser adquiridos no futuro. Hoje a Colômbia opera velhos Kfir, o Peru opera velhos MiG-29 e velhos Mirage-2000 o Chile opera velhos F-16 e F-16 C semi-novos, a Venezuela opera velhos F-16 e Su-30 semi-novos. O Mirage 2000 pode ser mais rápido que o FA-50, mas dificilmente os mísseis serão disparados em velocidade máxima. Velocidade máxima não é tão importante assim, a França trocou o Mirage 2000 que atingir 2.500 km/h pelo Rafale que chega em 1912 km/h e estão felizes com a troca.… Read more »
A ditadura militar na Argentina foi bastante cruel, as forças armadas não são bem vistas pela sociedade civil. E também tem a questão orçamentária que é grave
Positivo. a população possui rusgas com as Forças Armadas e inda mais com a pastucada afronta e derrota para os ingleses nas Malvinas/ Falklands. Grande abraço.
Qual a chance dos da Inglaterra não tentar melar, junto aos EUA, a venda AIM-120 para a Argentina?
Bem improvável Wilson.
O FA-50 não tem autonomia para um possível ataque as Falklands.
A base áerea mais próxima fica a quase 1.600km. Nesta caso seria uma viagem só de ida.
Buenos Aires fica a 1.900km.
As FA’s Argentinas estão em estado lastimável.
Até a Inglaterra deve estar com pena.
MMerlin, você esqueceu das operações aéreas da FAA e do CANA na guerra de 1982? Os aviões argentinos operavam de Rio Gallegos (+/- 670 km das ilhas), San Julian (+/- 650 km das ilhas), Rio Grande- Terra do Fogo (600 km) e Comodoro Rivadavia (+/- 880 km das ilhas). Portanto, a distância, mesmo em 1982, não foi impeditivo para as operações aéreas….foi um limitador, visto o alcance dos A-4, Dagger, Mirage III e Super Etendard, mas não um impeditivo.
Ótima informação Flanker.
Antes de postar, tentei encontrar informações sobre pistas ativas aonde a FAA operou na época e não encontrei.
A pesquisa foi superficial devido a falta de tempo, mas pretendo dar uma verificada mais para frente.
Sem dúvida, caso realmente estejam inativas, não seria difícil colocá-las de novo em serviço.
Mas ainda assim, acho difícil a Inglaterra barrar a compra.
Certo. Lembrando de Keynes, daqui um tempo, no andar da carruagem, argentinos e brasileiros estarão todos mortos.
Discutível, para uma força aérea eficiente a operar F16 bem apetrechados e estimados, o muito próximas passa mesmo so para “mais ou menos” próximas.
“Não é um 5a geração, nem um 4 geração Plus.”
Não é sequer um caça!
Não existe qualquer discussão quanto a ser ou não um caça. Se é um avião e foi pensado para combater outros aviões, logo ele é um caça. No caso, é um F/A, pra ser exato.
Pro brasileiro tudo é caça. Até o Super Tucano…
Tudo é relativo, meu caro, vai depender do teatro da guerra, das forças envolvidas.
Bom, não há indícios de que a FAdeA tenha especificado um CAÇA segundo a sua definição. Então, isto é irrelevante.
Para a Coréia do Sul, o mesmo é tratado como caça.
Para os americanos, um treinador. Faz sentido levando em consideração que os requisitos dos EUA são muito mais rígidos.
O FA-50 tem equipamentos que permitem ataque ar-ar e ar-terra. Em alguns fóruns internacionais existe quase um consenso de se tratar de um caça-bombardeio leve.
Referente a ele ser apenas um treinador li uma vez o seguinte: “Se tiver apenas um assento, não é um treinador.”.
Segue um infográfico para analise:
http://www.avascent.com/wp-content/uploads/2018/03/4th_vs_5th_Gen_Infographic.jpg
Se confirmada a aquisição o fato positivo será que os argentinos estarão escolhendo uma plataforma condizente com sua atual realidade, assim como o Brasil (após a precipitação de Lula e o caso Snowden) quando escolheu o Gripen, para eles o que dá para operar hoje é um treinador turbinado.
07/08/19 – quarta-feira, btarde, só como entendimento o FA-50 é uma avião de treinamento ou um caça, ouvi falar que era um avião de treinamento????? Caso alguém possa tirar esta dúvida??? Caso seja avião de treinamento como os argentinos usarão como caça?????
É um Caça. Os sul-coreanos desenvolveram um treinador a jato LIFT denominado T-50. Baseado na mesma plataforma, desenvolveram um Caça com radar israelense Elta 2032, sistemas de contra-medidas, e toda a parafernália eletrônica necessária para o combate. Este novo desenvolvimento utiliza a mesma plataforma, mas são aeronaves diferentes devido aos sistemas, sensores e armamentos utilizados. E deram o nome de FA-50. A principio os sul-coreanos Não integraram mísseis BVR pois eles pretendem utilizar o caça para missões de ataque. E para superioridade aérea eles possuem uma grande frota de F-16, F-15 e F-35. Mas agora já foi divulgado que pretendem… Read more »
Obrigado.
Treinamento avançado e caça leve.
Pergunto sobre a logística de manutenção da garça.
Prezados negativar uma pergunta é um ato grosseiro, é como inibir um aluno na busca do conhecimento, nem todos aqui são profissionais na área ou especialista, na verdade somos apaixonado pelo tema defesa e pelo Brasil, indiferente muitas vezes pela ideologia ou grau de conhecimento. Negativar pergunta é inibir os que querem aprender com os demais.
Olá William. Já chamei a atenção para esse péssimo hábito de negativar perguntas. Acho isso pior que não lavar as mãos depois de usar o banheiro.
Concordo e grande abraço.
Concordo. Grande abraço
Concordo; nestes longos anos de participação não me lembro de ter negativado uma resposta aqui no site. Posso discordar e explicitar a minha opinião, como já tive vários colegas discordando elegantemente de minhas posições. Esse é o convívio que todos buscamos, aprendendo!
Este hábito de tratar todos como “Se não pensa como eu penso vai levar um negativo”, negativando até perguntas, além de ser uma atitude “grosseira”, tem levado as páginas da Triologia a virarem um palco de “briguinhas” entre as extremas. Lamentável.
O Marcio. Uma vez escrevi que “negativar” um comentário é fácil. Contrapor um argumento demanda algum esforço mesmo que seja para concordar o sujeito com o predicado.
“permanecendo APENAS para definir questões de financiamento da operação.”
gosto desse “apenas” falando literalmente do maior e único problema: a grana hahaha
No mais, é uma alternativa interessante e, se confirmada, minha questão é: e o JF-17 da vida? O FA-50 não sai mais barato que ele, sai?
Os 2 caças são concorrentes. É provável que o JF-17 seja um pouco mais barato, devido ao baixo valor da moeda chinesa. Porém a diferença não deve ser tão grande, os sul-coreanos também são competitivos.
Ambos os caças apresentam desempenho semelhante. O FA-50 apesar de ser produzido na Coreia do Sul é um caça mais ocidental, com motor americano, radar israelense, etc.
Já o JF-17 utiliza equipamentos e eletrônica chinesa.
Luís, o problema é que o JF-17 é um caça barato puro sangue, diferentemente do FA-50. Isso pesa ao meu ver bastante contra o modelo de exportação sino-paquistanês.
Não vejo assim. A China também oferece uma versão LIFT de 2 assentos do JF-17, porém com nome de JC-1B. É que o maior usuário, o Paquistão usa a versão Fighter e no caso do FA-50 o maior usuário, a Coreia do Sul, comprou primeiramente a versão de treinamento e depois comprou a versão de Ataque sem integrar um míssil ar-ar BVR. Porém isso já foi discutido e já tomaram a decisão de faze-lo. Por suas características de radar, sensores, armamentos, motor, velocidade, agilidade, alcance e custos de aquisição e operação eu vejo o FA-50 no mesmo nível do JF-17.… Read more »
De novo, uma questão que nunca deixo de considerar: e a logística da manutenção?
Por que a pergunta Aldo? É um avião moderno, com linha de produção aberta, adotado pelo próprio país do fabricante, que usa componentes ocidentais, incluindo motor americano (GE F404) e eletrônica israelense. Não consigo imaginar um caça mais fácil de manter
“… essas duas unidades atualmente operando dentro da Força Aérea Coreana”.
*
Parto difícil e, como se não bastasse, aeronaves “usadas”?
É, a coisa está para lá de feia na Argentina.
Vejamos se não se tornará mais uma das negociações hermanas da série Cléber Machado:
Hoje não, hoje não… hoje sim. Hoje sim?
Sds.
Quantas unidades afinal? 12? São todos biplace?
Parece que são bipostos.
Uma versão monoposto como o Hawk 200 incrementaria seu desempenho em tudo. Seria um páreo duro para JF-17 e Tejas no segmento de caças supersônicos de baixo custo.
Diria un argentino: “Jo aca en Argentina se que no compraremos na! Pero podemos tener esta ilusión, escribir en la red a respeto deste fabuloso avión, el mejor de sur america” por seis meses o un año. Agora escrevendo sério, justamente a parte mais dificil da compra é o financiamento, principalmente porque sabemos que “los hermanos” querem as coisas quase de presente e na atual situação economica, eu acredito que o financiamento esperado por eles devera se extender por anos e, com uma taxa de juros baixisima… sera que compram mesmo? Boa sorte aos “hermanos”, espero que a negociação siga… Read more »
Prazo de 10 anos e parte do pagamento em commodities.
Caro Colega. Sugiro você pesquisar as condições aprovadas para o financiamento dos Gripens brasileiros. Tem carência, longo prazo e foi um negociação duríssima para conseguir taxas menores de juros. Os financiamentos do BNDES também são facilitados com prazos e taxas vantajosas para as empresas financiadas.
E a certeza que os Gripen E vão ser pagos, um detalhe muito importante.
Depois do financiamento a preocupação é do banco e não do fabricante.
A diferença básica é que o Brasil goza de crédito no mercado internacional, diferentemente do nosso vizinho caloteiro que já entrou em default na virada do milênio.
A economia deles está melhorando,passaram de importadores de petróleo e gás,
para exportadores,na província de neuquen,tem petróleo e gás de xisto a vontade,
Esta compra de caças já é de acordo com as previsões atuais de dinheiro em caixa.
“permanecendo apenas para definir questões de financiamento da operação.” Ah, então tá fácil.
Me engana, que eu gosto…
Caro João. Vários países possuem bancos tipo “Exim” para financiar exportações e importações (bens e serviços), por exemplo Coréia, Japão, EUA. No Brasil o BNDES é que cumpre esse papel. Essas instituições possuem procedimentos internos e também devem obedecer as regras internacionais do setor bancário. Recentemente, os Gripens foram financiados por um banco sueco, o que também demandou bastante tempo para ser concluído e aprovado no Senado.
Eu inicialmente pensei que os assentos ejetáveis deveriam ser americanos (devido a semelhança com o F-16), facilitando a venda da aeronave à Argentinam, mas na verdade são Martin Baker britânicos.
Resta saber agora se estes colocarão algum entrave à venda, ou se o embargo de equipamento militar à Argentina são águas passadas.
Particularmente, eu acredito que a Rainha não vai melar essa possível compra.
Ok, de vez em quando os Argentinos voltam com aquele papo de “as Malvinas são nossas”, mas qual o valor militar desse caça pra tentar retomar aquelas ilhas.
Além disso, a um tempo atrás a propria Inglaterra autorizou que a Rolls-Royce voltasse a fazer a manutenção das turbinas dos navios da Armada Argentina.
Não acho que os ingleses vão melar essa compra.
Olha, eu tenho uma opinião sobre isso. Os argentinos vivem colocando a culpa nos ingleses por não comprarem armamento decente, mas a verdade é que eles não compram porque não tem dinheiro (ou porque o governo deles não quer). Os ingleses tem coisas muito mais sérias para se preocupar e estão andando para os hermanos
Olá JT&D. Acho que nem são os argentinos que colocam a culpa nos ingleses sobre a dificuldade em aquirir equipamentos militares novos. Parece mais uma lenda urbana que “colou” entre os entusiastas que sempre é reforçado em qualquer noticia sobre a Argentina. Após o colapso da ditadura militar argentina, havia um constrangimento social (compreensível) em reequipar as forças armadas. Após a queda do Muro de Berlin, o gov. Menem (similar ao FHC no Brasil) achava que as forças armadas seriam desnecessárias na nova ordem econômica liberal sob a hegemonia dos EUA. Nos primeiros anos do Sec.XXI, alguns países retomaram a… Read more »
Camargo, eu frequento foruns argentinos de defesa há muitos anos e conheço muito bem os meus amigos.
Ola JT&D. Entendi seu argumento. Faz sentido e essencialmente concordo com você. O problema das forças armadas argentinas estão relacionados com a própria Argentina. A ideia que são os ingleses ara ser uma ideia recorrente em vários lugares.
Será que agora vai pois estão numa pindaíba danada $$???
Parabéns aos hermanos, ao povo Argentino pelos 107°anos Fuerza aérea Argentina e pela bela aquisição.
Este caça pode não ter muitos dentes, mas dá para o gasto. E outra coisa se fosse um caça de maior capacidade talvez a Inglaterra colocasse areia no negócio como já aconteceu no passado!
Olá Colegas. Os empréstimos do FMI são para realizar pagamentos da balança comercial. Um dos problemas da Argentina para contrair um financiamento externo era a baixa disponibilidade de dólares. Nesse momento, a prioridade é realizar os pagamentos da balança comercial. A ideia de fazer uma triangulação de usar exportações para cobrir os empréstimos já foi usada pelo Brasil, por coincidência, para adquirir caças ingleses em 1953 em troca de algodão.
Amigo, na realidade a grana do FMI é para dar solvência ao balanço de pagamentos. Balança comercial é apenas um dos elementos que compõem o balanço de pagamentos. Este inclui ainda balança de serviços, transferências unilaterais (remessas de residentes no exterior), investimentos estrangeiros diretos, remessas de lucros e juros, etc.
Ola Colega. Obrigado pela correção. Achei importante dizer que o empreendimento do FMI é usado para equilibrar as contas externas mas não para cobrir despesas de custeio do governo. Sua explicação ficou muito melhor que a minha. Lembrei que em outros momentos, alguns colegas mencionaram o uso do dinheiro do FMI para adquirir material militar. Valeu.
Neste ponto você está correto. O FMI não tem essa função, não rola e nem nunca rolará. E nem com o BIRD e nem com o BID.
Ademais, não tem nem porquê isso ocorrer. Como você mesmo disse abaixo, os consórcios das indústrias de defesa já apresentam propostas com financiamento e engenharia financeira para o pagamento, seja a origem de dinheiro público dos Estados, seja de consórcios de bancos e seguradoras privadas. Exemplo é o próprio FMS.
Olá GFC. Quando você mencionou o FMS, lembrei (mesmo que tenha pouca relação) o caso dos ERJ 145 que o BNDES financiou para um empresa aérea e foram retomados pelo banco por problemas de pagamento e então doados para a FAB. Foi uma boa solução para todo mundo.
Um grande problema surgiu quando a Argentina não pagou dividas que tinha, alegando que suas dividas tinham sido repassadas para o que eles chamaram de “Fondos Buitres” (Fundos Abutres) e exigia renegociação das dividas com esses fundos, para efetuar o pagamento de suas dívidas. Na realidade as dividas foram repassadas a esses fundos, devido a incerteza dos financiadores que a Argentina cumprise o pagamento de suas dividas.
Ok. Espero que a FAA obtenhas os 8 ou 10 caças que pretendem. Segundo algumas publicações seriam estes os números. Resta saber o quais os armamentos e outros sistemas que seriam adquiridos.
Já que infelizmente a Argentina parece mesmo que vai comprar um “caça” (?), que seja “meia-dúzia” apenas.
Pelo menos vão garantir pelo menos mais 20 anos de superioridade da FAB.
Argentino só é “amigo” se estiver desarmado ou quebrado financeiramente.
Apenas especulando, parece logico que o primeiro lote seja composto por duas aeronaves bipostas, obtidas a partir de algum esquadrao de treinamento da Coreia. E as demais? Seriam monopostos zeros de fabrica, devidamente argentinizados?
Na minha opiniao a soluçao italiana seria melhor, mas essa coreana tambem, dentro das circunstancias, é boa.
Olá Rommelqe. Tenho a impressão que toda a dificuldade argentina em adquirir material bélico está relacionado à obtenção de financiamento. O único país no mundo que pode imprimir dinheiro para se autofinanciar são os EUA. Todos os outros precisam empregar divisas por meio do comércio exterior (O Brasil foi financiado por um banco sueco para comprar os Gripens, por um banco francês para comprar os Scorpenes, e acho que terá um banco alemão financiando as Tamandaré), lembrando que a Argentina precisou de um empréstimo do FMI para assegurar seu comércio exterior. Então o equipamento será selecionado em função da existência… Read more »
Sempre fomos bons pagadores de financiamentos, mesmo com o cinto apertado, é a certeza de que vão receber nos prazos acordados que nos propicia financiamentos em com boas condições.
A primeira parte do seu argumento é perfeita. O risco Argentina hoje é altíssimo, um dos maiores do mundo. É muito difícil a Argentina conseguir financiamento no mercado mundial, tanto que apelaram ao FMI. E sem crédito, ninguém compra equipamentos de defesa de ponta. Os exemplos que você citou do Brasil foram perfeitos. A questão é que do ponto de vista militar e da política de defesa, isto tem sido péssimo à Argentina. Diminui-se demais as opções que o país possui para a recuperação dos equipamentos e o mais importante é acaba-se adquirindo não os mais capazes de cumprir missões… Read more »
Caro GFC. Eu concordo que a dificuldade de financiar as importações de material militar inverte a lógica da doutrina. Contudo, por enquanto é o que é possível. Acho que o KAI-FA50 é melhor que o A4R. Ao contrário de alguns colegas, eu vejo com bons olhos que a Argentina tenha forças armadas competentes e modernas sem que isso signifique uma corrida armamentista. Sobre a industria aeroespacial, eu mencionei que seria impensável para a Argentina. Então eu estava pensando em outro país. Seus comentários sobre comercio exterior são bem melhores que os meus. Acho excelente a sua contribuição nesse tópico que… Read more »
Prezado Camargo, tudo bem?
Na realidade eu estava me referindo básicamente aos aspectos técnicos da aeronaves. Considero o Leonardo uma opção melhor, mas sem demérito aos coreanos.
Mas concordo contigo quanto a esses aspectos financeiros.
No post há menção a parte do pagamento ser realizado através de commodities. Aqui mesmo no Brasil muitas vezes foram realizadas transações deste tipo (por exemplo manganes do Amapa pagando equipamentos japoneses, produtos agrícolas em troca de equipamentos checoeslovacos e assim por diante). Abs
Antes de mais nada, parabéns aos hermanos pela negociação que, espero, chegue a bom termo como querem.
Para treinamento e doutrinação durante tempos de crise financeira, excelente escolha da força aérea Argentina. Porem mesmo completo com armamentos modernos, o projeto em si do caça é um treinador avançado, não tem alcance suficiente, sistemas de radar abaixo dos concorrentes na America do Sul (F-16, Gripen, MIG-29 e SU-30) e poucos Hardpoints. MAS CONTINUO ACHANDO UMA EXCELENTE COMPRA DOS HERMANOS!
Um ótimo avião que usa o motos GE-404 (geração anterior ao motor do Gripen E) em uma aeronave muito mais leve. Se receber misseis BVR aliados a conhecida competência da FAA vai dar um suador para a FAB.
Não vejo tanta competencia da FAA, na sua última guerra (82) eles lutaram desde a sua costa, com todas as vantagens do mundo (vantagem logistica incluida) enquanto UK teve que vir do outro lado do mundo depois de ser atacada covardemente por sorpresa, fazendo malabarismo logistico, durante as suas horas mais baixas, se preparando em tempo record pra mesma e quando chegaram na região) com mar revolto pela epoca do ano, a guerra não durou dois telediarios. Mais que competencia os militares argentinos tem é muito fanfaronismo (em 78 ameaçam o Chile dizendo que iriam comer as galinhas deles e… Read more »
Oi Gil, agradeço sua resposta e, sem dúvida existe fanfarronice, mas também existe competência. Lembre que na guerra das malvinas com seus Mirage III e A-4 eles chegavam sobre as ilhas já no limite do combustível, tendo entre 5 e 15 minutos de ação dependendo da aeronave. Mas você tem razão ao dizer que tal compra não altera substancialmente o equilíbrio regional, mesmo assim a FAB deve desenvolver uma doutrina específica em relação a estas aeronaves e isto vai dar uma certa dor de cabeça.
melhor que nada..
(^^^) Tomara que de certo mesmo o negócio acho importante eles terem vetores mais modernos e capazes, no fundo são nossos parceiros
Ele foi comprado para substituir o A-4, e não o Mirage, não adianta cobrar a capacidade de interceptação, ele não foi comprado pra isso. Para o que querem, é um ótimo avião.
Uma coisa e “o que a Argentina precisa”, outra coisa “e o que a Argentina quer comprar”, e outra coisa bem diferente e “o que a Argentina pode comprar”, nesta linha de pensamento o KAI FA-50 esta de bom tamanho, pelos próximos anos serve bem ….
Agora vai!!!! Agora vai dar errado mais uma vez!
“(…)os esforços para adquirir o sistema FA-50 estão muito avançados, permanecendo apenas para definir questões de financiamento da operação.” Esse é o principal problema… “(…)Estima-se que a operação consista não apenas no pagamento em moedas, mas uma possível transferência de commodities” Commoditoes + prazos a perder de vista + juros camaradas….só assim pra Argentina conseguir finalmente um caça novo De minha parte, espero que dê certo pros hermanos. Aliás, espero que os hermanos, chilenos e colômbianos tambem possam comprar caças. Não temos pendências com nenhum desses países, mas isso serviria como uma espécie de “desculpa” pra comprar um 2° lote… Read more »
Mais vale um pássaro na mão que dois voando.
Compra logo esse ai que é barato e tem baixo custo de operação.
A propósito, não vejo riscos que justifiquem um enorme esforço para adquirir um caça de primeira linha diante da situação econômica atual da argentina
Los Hermanos poderiam comprar dezenas dos AMX italianos que estão a venda, mas nem querem saber de facilidade na cooperação com a FAB !!
Trazeira com motor do F-16 pezou na escolha.
As vezes o “mimetismo” ajuda!
O motor do F-16 é o General Electric F110-GE, enquanto o FA-50 usa o General Electric F404 (geração anterior do motor do Gripen). São motores bastante diferentes entre sí, basta ver que o F-110 é maior e tem um diâmetro máximo de 118 cm além de gerar em torno (dependendo da versão) de 32,000 lbf enquanto o F-404 tem um diâmetro de 90 cm gerando 17,700 lbf. Só a diferença de mais de 70% de área frontal já faz uma enorme diferença.
Legal, o FA-50 será um caça COMPLEMENTAR… Mas qual será o caça principal então?
Na verdade o FA-50 vai ser o único caça a reação da FAA em atividade por lá em um futuro próximo.
Ou será que eles já tem em mente o caça que será a “espinha dorsal” da FAA?
El FA-50 que quiere la Fuerza Aérea es el Block 20, que también quiere Tailandia e Indonesia, es decir, REVO, misiles VBR, bombas inteligentes, y un radar importante.
Gosto muito desse avião. Me parece uma versão atual do F-5, com algumas características do F-16 e um motor bastante confiável, o GE F404, que equipa o Gripen C/D. É claro que não é um caça de primeira linha, mas é moderno, supersônico e barato de comprar e operar. Suerte a los hermanos
Estou esperando o dia, do Brasil comprar um S-400, THAAD ou Arrow 3 para nos defender-mos.
Ótima aquisição ! Perfeito para realidade atual da Argentina.
Vetor capaz de cumprir bem sua missão.
Parabéns Macri.
Depois dessas primárias vai ficando difícil acontecer essa compra ,pendendo por hora para os russos ou chineses.