Novo consórcio de treinamento em combate aéreo busca oportunidades no Golfo
A Red Sky, um novo consórcio liderado por empresários franceses sediados nos Emirados Árabes Unidos, vai colocar em campo um novo serviço global de treinamento de adversários voltado para as forças armadas dos seis estados do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC – Gulf Cooperation Council), disse uma das empresas envolvidas ao Jane’s.
Depois de adquirir recentemente uma frota de nove jatos Mirage 2000C/D com Radar Doppler Impulse (RDI) da Força Aérea Brasileira, a Red Sky está comprando 12 jatos BAE Systems Hawk de um país não identificado e um número similar de veículos aéreos não tripulados (UAVs) para o seu novo negócio de treinamento de combate aéreo tripulado/não tripulado.
O consórcio inclui a Main Arrow, da Emirates, a E-Systems Solutions, o Conselho Sul-Africano de Pesquisa Científica e Industrial (CSIR) e o Diginext da França.
O CSIR fornecerá conhecimento científico de guerra eletrônica (EW) juntamente com suas instalações de teste. A E-Systems Solutions e o CSIR trabalharam juntos no ano passado no desenvolvimento do pod Inundu EW e do jammer de memória digital de radiofrequência (DRFM – Digital Radio Frequency Memory) de rede de quinta geração.
O Diginext fornecerá a missão de treinamento distribuída ao vivo, virtual e construtiva (LVC), que envolverá plataformas táticas vinculadas a dados e forças geradas por computador. A empresa já está trabalhando com os militares franceses.
A E-System Solutions é responsável pela integração de carga útil e missão dos UAVs transônicos lançados no ar e do jammer DRFM. “Estamos introduzindo uma solução de treinamento para cobrir todo o espectro de operações de combate até a arena anti-acesso e negação de área (A2AD). Parte da abordagem de treinamento gradual verá a introdução de drones transônicos altamente manobráveis”, disse aos Jane’s o CEO da empresa, Habib Boukharouba.
Ele se recusou a informar de onde os UAVs estão sendo adquiridos, apenas que eles estão em processo de serem modificados na África do Sul para que possam ser lançados dos Hawks. Cada jato levará dois UAVs que podem manobrar como um caça, até 9G.
FONTE: Jane’s
LEIA TAMBÉM:
Interessante
Saber o destino dos mirage
A força aérea brasileira não os tinha desactivado por não terem mais potencial operacional e de modernização? Enfim… Gestões…
Na altura parece que li desgaste estrutural e por aí…
Já estava com as horas vencidas e uma revisão ia custar os olhos da cara. Olha que eu disse revisão, não modernização. É só ver o que os indianos pagaram para modernizar seus Mirage e pode-se ter uma ideia dos custos.
Não havia impossibilidade de se fazer uma revisão ou uma modernização. Mas o custo-benefício não valia a pena, na visão da FAB.
Ademais, uma coisa é comprar algumas aeronaves, canibalizar algumas e colocar para funcionar como aeronave de treinamento. Outra coisa bem mais cara é manter todas as aeronaves como principal esquadrão de defesa do país, demandando a compra de novos mísseis e sua integração, por exemplo. A conta para a FAB será bem mais cara do que para essa empresa.
Interessante esta venda dos mirage. A FAB fez outro bom negócio. O ministro da economia deveria ser um fabiano. Rsrsrs
Com sede em Riad na Arábia Saudita o CCG tem como membros o Bahrein, Kuwait, Catar, Arábia Saudita, Omã e Emirados Árabes.
Só fico pensando como ficará a atuação da empresa com o Catar, que está sob sanções dos seus vizinhos árabes.
Quem sabe abre vaga pra aquele tal piloto Português que teve ser Mirage abatido na Líbia.
Bem parece que grana não vai faltar para fazer up nos Mirage e também para outros equipamentos.