An air to air left underside view of an F-16XL aircraft. The aircraft is armed with two wing tip mounted AIM-9 Sidewinder and four fuselage mounted AIM-7 Sparrow missiles along with 12 500-pound bombs.

O F-16XL visto por baixo, armado com dois AIM-9 Sidewinder com ponta das asas, quatro mísseis AIM-7 Sparrow montados sob a fuselagem, juntamente com 12 bombas de 500 libras.

Em fevereiro de 1980, a General Dynamics fez uma proposta para uma versão modificada do Fighting Falcon, com uma asa radicalmente modificada, que fora originalmente proposta para jatos comerciais supersônicos.

A aeronave tinha como objetivo atender aos requisitos da USAF para um avião de combate capaz de atingir velocidades “super cruise”.

O projeto foi chamado de SCAMP (Supersonic Cruise and Maneuvering Program) e mais tarde como F-16XL. O avião tinha uma asa em delta em forma de seta, com o dobro da área da asa de um F-16 normal.

A asa inovadora proporcionava um desempenho eficiente de cruzeiro supersônico, agilidade em velocidades transônicas e supersônicas. O projeto foi concebido para oferecer baixa resistência em altas velocidades subsônicas ou supersônicas sem comprometer a maneabilidade em baixa velocidade.

Em março de 1981, a USAF anunciou que iria desenvolver um novo caça tático avançado. A General Dynamics colocou o F-16XL na competição e a McDonnell Douglas entrou com uma adaptação do F-15B Eagle biplace.

F-16XL - 6

F-16XL - 5

Por causa de sua capacidade de combustível interno e de carga bélica maior, o F-16XL podia carregar o dobro de carga que o F-16 e podia ir 125% mais longe.

Havia 27 pontos duros para o transporte de armas:

  • 16 pontos duros para armas (750 lb de capacidade cada)
  • 4 estações semi-submersas para mísseis AIM-120
  • 2 sapatas nas pontas das asas
  • 1 estação centerline
  • 2 estações pesadas e molhadas sob as asas
  • 2 estações nas bochechas para casulos LANTIRN

F-16XL - 4

Em fevereiro de 1984, a USAF anunciou que tinha escolhido o projeto da McDonnell Douglas, no lugar do F-16XL, que acabou entrando em produção como F-15E Strike Eagle.

Se o F-16XL tivesse vencido e entrado em produção, ele se chamaria F-16E/F, para monoplace/biplace.

DF-SC-83-09387

Segundo o engenheiro-chefe do XL, “o avião era maravilhoso, mas foi uma vítima da vontade da USAF de continuar a produção do F-15, o que era compreensível. Às vezes se ganha esses jogos políticos, às vezes não. Na maioria dos quesitos, o XL era superior ao F-15 como aeronave de ataque, mas o F-15 era bom o suficiente.”

F-16XL (7)

Depois da perda do contrato, a General Dynamics retornou seus dois protótipos de F-16XL para Forth Worth no verão de 1985 e os armazenou. Eles fizeram 437 e 361 voos respectivamente, e embora o “super cruise” fosse um dos objetivos originais do programa, o XL nunca o atingiu.

F-16XL (1)

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Flamenguista

Assim como o proprio f16 ” abateu” o f20…

Luiz Trindade

Muito bem lembrado “Flamenguista”

BMIKE

A beleza votou contra o xl …

Curioso

Caça muito interessante. Não conhecia esta versão do F-16. Me impressionou a quantidade de hard-points.

Neves João

Se fosse bom os chineses tinham copiado.

Luiz Trindade

Eles tinham nas mãos os caças russos. Pra que copiar o F-16XL? Fora dizer que não tinham os recursos que vieram ter nos anos 2000 com sua política de mercado direcionada quando pegaram o MIG 1.44 e fizeram o J-20.

Francisco Braz

SE não me engano, o J-20 teve por base o LAVI, israelense, projeto que entrava “em rota de colisão” com o F-16. Já que os israelenses não podiam produzir o caça (por pressão dos EUA), eles recuperaram o custo (e algum lucro) repassando o projeto aos chineses.

Ricardo

Quem teve como base o Lavi foi o J-10, segundo dizem…

Sérgio Luís

O óbvio venceu!
E é onipresente pelo mundo afora e ainda gerou o F-15 X !!

Alfredo Araujo

Está falando do F16 né ? Comparar a produção e a “popularidade” do F15 com a do F16 é sacanagem… só pode

Sérgio Luís

Espero que saiba compreender o que diz o texto !

carvalho2008

Acho que com os novos motores, o XL alcançaria facil o supercruise.

Se levar em conta o custo de aquisição e manutenção ( que é o que a USAF nunca leva em conta ao menos a época), seria um caça incrivel e sensacional. E isto tudo sem o que chamamos hoje de tanques conformais….

Clésio Luiz

A competição que o F-15E acabou levando era para substituir o F-4E na USAF. Mas o F-15E era tão capaz que acabou tomando o lugar do F-111F. Embora o pessoal da (então) General Dinamics (divisão Fort Worth) alegue politicagem, na verdade o XL não tinha a mesma relação carga paga/alcance do Strike Eagle. Sobre o destino do F-16XL: – Ele era maior, mais pesado e caro que o modelo convencional. Sua asa duplo delta em fibra de carbono não tinha a mesma capacidade de curva sustentada do modelo convencional, pelo contrário, sangrava velocidade em curva como qualquer delta convencional; –… Read more »

Ramon Grigio

Fiquei exatamente imaginando como seria ter que fazer quaisquer curvas com um pouco mais de alfa nesse XL. Teria que acionar o PC muito mais facilmente que o 15E…

Mauro Oliveira

Um dos protótipos foi parar na NASA. E ajudou em pesquisas sobre aviões comerciais supersônicos em 1992

Francisco Braz

Tipo de asa igual ao Drakem, caça sueco de 1955. Um caça que impôs respeito. Tinha menor alcance por tratar-se de um caça de defesa. Na natureza nada se cria, tudo se transforma.

JT8D

Draken, Viggen, Gripen. Só clássicos da aviação militar. Precisamos manter essa aliança com os suecos

MGNVS

JT8D
Concordo plenamente com vc.
O Brasil deveria manter essa aliança com os suecos e nao so em relacao aos avioes, em outros armamentos tbm.

Franciso Braz

Três países me chamam a atenção por sua tecnologia: Suécia, Israel e Japão. Todos muito menores que o Brasil, mas com tecnologia e disposição para nos ajudar. EUA é sempre o problema de “manterem o equilíbrio” na América do Sul. Estes três tem tecnologia que podem adaptar para nossa realidade, vide Gripem que tinha pequeno alcance e o E, por conta do Brasil, ganhou MUITO mais alcance. Talvez, com China e Rússia nas nossas portas (e no “quintal” deles) os EUA até ajudem aos três a nos fornecerem equipamentos de qualidade.

Roberto Dias

Concordo com você em relação a Suécia e Israel, já o Japão, que realmente possui muita qualidade em tecnologia bélica, está num patamar de preço muito acima do que estamos acostumados a gastar, enquanto Suécia e Israel estão mais dentro de nossa realidade. Realmente enquanto não perdermos o errado pensamento de que não precisamos investir em maiores quantidade e qualidade de material bélico em nosso país, sempre teremos brechas abertas para narcotráfico, pesca ilegal, etc… Estar preparado para guerra significa impor respeito para inimigos assimétricos e países oportunistas. Outro fato é a própria indústria bélica nacional, extremamente capaz, mas que… Read more »

Daniel

Como foi americano, isto jamais pode ter acontecido.
Os EUA jamais copiara um caça sequer kkkkkk.

MGNVS

Francisco
Saudacoes
Eu ia comentar exatamente isto.
Pelo angulo que a foto foi tirada eu achei que fosse uma materia sobre o Drakken.
Os suecos montaram um trio de respeito:
Drakken (Dragao), Viggen (Raio) e Grippen (Grifo).

Ricardo Bigliazzi

O F-15 dita as regras contra o resto a 50 anos (e ainda irá fazê-lo por algumas decadas pelo jeito). Não podia ser esperado outro resultado.

Kleber Peters

Na verdade o Raptor dita a regra sobre o Eagle. Pena que foi tão pouco produzido.

Tomcat4.0

As asas do SAAB 35 Draken. 😉

Thiago M. Nunes

Não conhecia esse avião. Show!

Dudu

Interessante.
Mas contra o F-15,sem chance.