A-100, novo AWACS russo, inicia próxima fase de testes
MOSCOU – O novo avião russo A-100 Airborne Warning and Control System (AWACS) realizou seu primeiro voo em uma nova etapa de voos de testes, disse o Ministério da Defesa da Rússia a repórteres no sábado.
“A mais recente aeronave AWACS multifuncional A-100 embarcou em um programa de voos de teste e fez um voo inaugural”, disse o ministério.
O A-100 é uma variante modificada do transporte aéreo estratégico IL-76MD-90A (Ilyushin). De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, a aeronave está equipada com um sistema de navegação digital e controle digital no glass cockpit, juntamente com um novo localizador de duas bandas com antena de fase fabricada pela Vega Radio Engineering Corporation.
“A aeronave AWACS (Airborne Warning and Control System) multifuncional A-100 foi desenvolvida devido ao surgimento de novas classes de alvos e à criação da aviação multirole de última geração. Suas capacidades excedem consideravelmente os análogos nacionais e estrangeiros, incluindo o AWACS E-3 da Força Aérea dos EUA”, disse o ministério.
O A-100 foi lançado em 18 de novembro de 2017 para testar características aerodinâmicas, aviônicos e equipamentos de alvo aéreo.
FONTE: TASS
Não digo que ganha a guerra, Roberto, mas causa no inimigo um desfalque maior que abater caças. Melhor ainda se puder destruir a base dos AWACS num ataque preemptivo.
Já são na verdade…
Por isso que prefiro o Eitam israelense ou o Global Eye…
O Global Eye é impressionante! https://www.aereo.jor.br/2019/01/07/especial-decifrando-o-saab-globaleye/
Os iraquianos perderam os AWACS deles no primeiro dia da guerra do golfo ainda no solo e isso fez os caças interceptadores MIG25 que tinham excelentes pilotos decolassem cegos e sem coordenação perdendo várias oportunidades de abates.
Os A-50 iraquianos eram equipados com dispositivos improvisados, de eficácia zero comparados aos E-2 e E-3 da Coalizão…
Foi uma grande falha deles esses aviões não estarem no ar nas primeiras horas da guerra mais operando em território amigo e integrado com a IADS no solo poderiam ter feito a diferença contra os F15C da coalizão.
Ainda assim abateram um F/A-18 Hornet logo no começo.
Ao que se sabe quem abateu o Hornet do Ten. Speicher foi um MiG-25, não um A-50 gambiarra de Saddam. Estavam longe de prestarem pra alguma coisa…
O Embraer EMB-145 AEW&C seria equivalente ao vetor russo?
O AWACS brasileiro ainda está operacional ?
Quais seriam as suas caapacidades ?
Antunes, as especificações do A-100 ainda não foram oficialmente divulgadas, assim é impossível fazer uma comparação. Sim, ainda está operacional e sendo modernizado. Se destina a operações de comando e controle de aeronaves e detecção de alvos aéreos e navais…
Sérgio Santana, saberia dizer se a princípio o radar Erieye ER é compatível com nossos E-99 e se os radares Erieye que possuímos podem receber um up-grade e eleva-los para o padrão ER?
Sim, é compatível e será realizado o upgrade.
Opa, ai sim! Excelente notícia Cel. 😀 .
De acordo com o oficial russo seria ainda melhor do que o melhor AWACS americano.
Então, como questionar se nosso AWACS seria comparável ao russo?
o alcance do radar americano hoje é por volta de 550 km e do nosso 400km para alvos voando em grande altitude, o E-3 obviamente tem alcance maior que o E-99, única vantagem do E-99 é que o radar é mais novo e mais resistente a interferências e algumas funções a mais por ser mais novo.
Estou curioso em ver o destino das aeronaves AEW&C, a maioria utiliza radares na banda L ou S, que ainda são degradar de forma considerável pelos caças stealth. Se vc diminui em 2/3 o alcance radar de um AEW&C moderno, ele perde sua função. Aposto que em algum momento teremos uma solução distribuída e integrada, aeronaves menores alimentando a nuvem de alerta antecipado. O JSTARS foi o primeiro a “cair”, o AWACS pode ser o próximo a se aposentar.
Errata: …que ainda será degradada de forma consideravel pelos caças stealth…
Provavelmente o controle seria feito de forma remota por um centro em solo, ou por um AWACS legado operando mais distante. Outra solução seria uma controle mais automatizado aliado a regras de engajamento em que os pilotos na ponta teriam mais liberdade de decisão. Irei procurar o documento Roberto F. Santana.
Roberto e Ricardo, eu tenho esse documento e ele é inconclusivo. Seja como for, a data de desativação dos E-3 da USAF, 2035, se aproxima. E eu não me surpreenderia se o conceito mudasse pouco, à exceção da adoção de um radar AESA…
Ricardo, as bandas de frequência não serão mudadas porque a razão de ser de um AEW&C são as microondas, mas a introdução do Nitreto de Gálio nos módulos transceptores, de modo que estes se tornaram mais sensíveis a alvos de RCS reduzido. Eu exemplifiquei isso no texto sobre o Global Eye. Quanto ao substituto do conceito atual de AEW&C ainda é uma incógnita…Por fim, o JSTARS não caiu, tem operacionalidade garantida até meados da próxima década, pelo menos. Conto mais no livro sobre ele (o primeiro exclusivamente dedicado ao E-8 JSTARS) a ser lançado em abril próximo pela Schiffer Publishing.
O “cair” foi em relação ao conceito, o JSTARS não terá um substituto equivalente, que seria uma aeronave pesada de elevado valor agregado, elevado RCS e centralizando a função de sensoriamento e controle. O GaN pode dar uma sobrevida contra países composto majoritariamente por caças legados. Eu diria que a arquitetura Sistema de Sistemas dos 6G vai absorver parte da missão do AWACS.
A necessidade de um sistema como o E-8 não vai desaparecer, é uma questão de um substituto ser desenvolvido. O Nitreto de Gálio não foi adotado pra atuar contra “caças legados”, pra isso o elemento anterior bastava. Mas para detectar alvos com RCS muito baixo. A questão de um substituto pro conceito atual de AEW&C não está na arquitetura de sistemas, mas numa plataforma capaz de permanecer em voo pelo mesmo tempo e modo que um E-3 por exemplo (cumpra uma trajetória estável), mas que seja menos vulnerável às ameaças futuras.
Na verdade o GaN é a evolução natural dos AESA, não visa um tipo específico de ameaça, lógico que o alcance maior ajuda contra alvos furtivos. Na arquitetura SoS vc tem meios descentralizados em uma rede de baixa latência sob o comando e controle de um caça stealth, neste caso o caça 6G tripulado terá o núcleo de seu C2, absorvendo assim parte da função do AWACS. Se hoje um F-22 pode ter, dentro de seu campo de observação, uma visão do espaço aéreo mais limpa do que o E-3, no futuro o 6G vai ampliar essa capacidade.
Com a recente introdução da elevada capacidade de processamento de dados, dada a fusão dos diversos sensores de longo alcance, por caças como o F-35, que eventualmente é citado como tendo a capacidade de um “mini-AWACS”, é bem provável que em um futuro próximo (30-40 anos), seguindo a Lei de Moore, os gigantes deixem de serem o centro do combate aéreo e passem sua função para pequenas aeronaves não tripuladas (como o nEUROn), que terá seus dados analisados por centrais de informação em terra.
É mais ou isso que penso também Alex Nogueira. A tendência atual é de descentralização da tarefa C2, assim vc cria uma rede C2 resiliente e adaptável. O JSTARS não terá mais um substituto direto, será usada uma arquitetura Sistema de Sistemas com vários elementos atuando no sensoriamento e C2 descentralizado ou remoto.
Um dos vetores que eu acho que poderia ser utilizado como um AWACS autônomo de grande capacidade, para atuar de modo preventivo em um conflito ou na iminência de um conflito é o Global Hawk, pois é capaz de permanecer em operação por dias, além de quê, poderia ser dotado de receptores radar na extensão das asas, como o Su-57.
O JSTAR tem como missão principal a aquisição de alvos em movimento NO SOLO, empregando o modo MTI (Moving Target Indicator) do radar de abertura sintética. O nosso R-99 também possui essa capacidade. A intenção é auxiliar o caça nas missões de Reconhecimento Armado.
” Na verdade o GaN é a evolução natural dos AESA, não visa um tipo específico de ameaça, lógico que o alcance maior ajuda contra alvos furtivos. ”
Na verdade “verdadeira” o Nitreto de Gálio oferece mais sensibilidade aos módulos transceptores em comparação ao Sulfeto de Gálio. O alcance maior é um bônus. É um reflexo direto do surgimento dos alvos com baixo RCS, como misseis de cruzeiro e aeronaves stealth.
Não só sensibilidade, ciclo de trabalho maior, melhor gerenciamento térmico e etc. Características, que assim como a maior sensibilidade, elevam o alcance do radar, se vc tem um alcance maior, logicamente consegue rastrear alvos com menor RCS a uma determinada distância.
“se vc tem um alcance maior, logicamente consegue rastrear alvos com menor RCS a uma determinada distância.” Não, definitivamente. O fato de um radar “enxergar” mais longe não significa que ele verá um alvo com RCS menor. Um exemplo ? O radar do E-3 sem atualização RSIP tem mais alcance que o do Eitam israelense mas não detecta mísseis de cruzeiro com baixo RCS.
Neste caso do E-3, me parece mais uma limitação de “back-end” , que não tem relação com o sistema de transmissão, mas com o processamento de dados e o comando e controle do sistema. No caso do GaN, estamos falando de front-end. Quando o alcance do radar é maior, mesmo que mantenha o mesmo back-end, ele aumenta a capacidade de rastrear alvos com menor RCS, lógico se o back-end limita essa capacidade, nem com O GaN dará jeito.
A solução vai ser uma rede de drones com sensores IR em conjunto com radar em link com os caças !
O drone vai na frente sendo o olho dos caças que vão ficar na retaguarda lançando os misseis .
No nariz da anv é sonda revo ou um sensor ?
Acima do da cabine de comando é sensor ?
“No nariz da anv é sonda revo ou um sensor ?” – revo ).
“Acima do da cabine de comando é sensor ?” – um dos radares passivos de rastreamento (outro fica na cauda).
Um grande abraço!
Uma pena a sonda de revo não ter entrada na atualização dos nossos E-99… acho que toda aeronave de grande importância tática e estratégica deveria ter (vale para os C-295 também).
Não, a protuberância acima do cockpit é o domo do equipamento de SATCOM. Não tem radar passivo na cauda. Dentro do rotodome tem, de um lado, o radar de missão e do outro um IFF.
Negativo amigo Sergio Santana.
Equipamentos de Satcom ficam no mesmo lugar de sempre : http://bastion-opk.ru/VVT/A-100_POLET_171118_02.jpg
Na testa e na CAUDA (!!!) ficam antenas de tracking passivo (compare com A-50).
Um grande abraço!
370 mn para alvos aéreos e 250 mn para alvos navais.
Respondendo a questionamentos dos colegas, a título de sugestão e pitaco, imagino que uma asa voadora stealth poderia ser útil para os AWACS do futuro.
Pelo menos reduziria muito o RCS.
Se voasse a baixa velocidade e conseguisse resfriar os gases do escapamento, dificultaria a ação do IRST.
Não sei como neutralizar a detecção das ondas de radar.
Não sei se o AESA seria útil já que emite menos radiação.
Talvez um AESA passivo a partir de emissão em terra.
Gosto muito da ideia do uso de balões para monitorar o espaço aéreo.
Acredito serem bastante baratos para manter.
Estavam usando em Washington como proteção contra mísseis de cruzeiro.
Dependendo da altura, tem visada melhor do que o do radar em terra.
Talvez seja difícil atingir a altura de um avião.
Mas pode ficar preso ao chão e no ar por inúmeras horas…
Me lembrei de quando era adolescente e jogava o Ace Combat 5 do PS2 e tinha uma fase onde havia um combate aéreo de grande escala contra a força aérea inimiga e se fazia necessário abater os AWACS com urgência, ou era quase impossível concluir a fase, dada a dificuldade de não abaterem a esquadrilha aliada.
Era muito top o desenrolar da batalha, pois também era necessário proteger os AWACS aliados, e ambos AWACS (amigos e inimigos) ficavam longe do “bolo de caças se digladiando”, e eu usando um Mirage 2000D (só porque eu achava bonito) hahaha.
Joguei ele esse fim de semana, comprei o Ace Combat 7 na pre-venda e o 5 veio junto
Que sorte hehe, eu ainda não joguei nenhum Ace da nova geração (tenho um Xbox 360), mas você deu muita sorte de ter ganho o 5 de bônus 😀 !
*Se você prestar bem atenção, tem uma fase +/- do meio do jogo em diante, que precisa enfrentar um esquadrão de Gripen, e são osso duro de roer, eu penava no meu Mirage 200D haha.
Eu lembro dessa batalha, acho que joguei em 2009 por aí, se eu não me engano era impossível usar os mísseis por causa da ECM dos Awacs.
Parece o avião que passava no antigo cybercops da manchete.
Ótimo seriado. Vai um like positivo, por isso e pelo avatar. 😀
Se não vier com radar de nitreto de galio já é defasado, vamos ver os dados reais depois
Salvo engano, o E-3G Sentry americano (uma atualização de 2015) usa radar AESA não?
caso for, não acho que a diferença entre modelo Russo e Americano sejam tão marcantes.
Victor, o radar do E-3 (qualquer letra) é PESA.
Tá aí uma classe de vetores que deveria ser stealth. Algum país já pensou em desenvolver um AWACS furtivo?
Acho que seria útil para forças aéreas com baixo número de esquadrões de caças, pois estes poderiam ser aplicados com mais empenho no ataque do que na defesa dos AWACS.
Onde se lê “ataque”, leia-se “missões diversas”.
Denis,
Um AWACS mantém o radar ativo o tempo todo. Ter baixa assinatura radar e IR não funciona muito.
Eu já fico admirado de escolherem o F-35 como avião de ataque eletrônico do USMC. Um avião de ataque eletrônico furtivo é algo completamente excludente. Claro, no caso do USMC, como eles só terão o F-35, é o jeito, mas não deixa de ser curioso.
Um avião de ataque eletrônico, assim como um AWACS/AEW, é tudo, menos discreto.
Obrigado pelos esclarecimentos, caro Bosco.
Agora falta aos Russos combinar com os Chineses o estabelecimento de uma rede com os AEW&C KJ-500 e 2000 para dar trabalho a quem se aventurar pelas aquelas bandas.
Olha a Rússia mostrando os dentes do urso… Que os russofilos atirem…