KC-390: relacionamento com a Boeing será chave para marketing e redução de custos
A joint venture de defesa da Embraer com a Boeing usará a alavancagem da empresa americana em relação aos fornecedores para cortar custos de peças e componentes no transporte tático KC-390.
A companhia brasileira disse em uma conferência de investidores em 16 de janeiro que também vai se apoiar na rede internacional de vendas e marketing da Boeing, bem como na influência geopolítica dos EUA, para expandir as vendas do transporte.
“Nos mercados em que os EUA têm uma enorme influência geopolítica, concorremos com a Lockheed Martin nesses mercados”, disse Nelson Salgado, diretor financeiro da Embraer. “Agora, com a parceria com a Boeing, estamos abrindo todos esses mercados, os EUA e os mercados onde os EUA têm influência geopolítica significativa. Com a alavancagem da Boeing na cadeia de suprimentos, teremos grandes possibilidades de reduzir custos no [KC-390] e torná-lo um produto [que seja] mais competitivo também. ”
O KC-390 é equipado com dois turbofans A25 International Aero Engines V2500 e pode transportar 80 soldados ou 64 paraquedistas. A aeronave é projetada para executar missões como transporte de carga e de tropas, entrega de tropas e cargas aéreas, reabastecimento aéreo, busca e salvamento e combate a incêndios florestais.
Para lançar a nova joint-venture de defesa, a Embraer e a Boeing contribuirão com caixa e ativos, diz Salgado.
“O principal ativo com o qual a Embraer vai contribuir é a licença que temos para comercializar o KC-390 em todo o mundo exclusivamente. A propriedade intelectual do KC-390 pertence à Força Aérea Brasileira e ainda pertencerá à Força Aérea Brasileira”, afirma. “Nossa contribuição em dinheiro será algo abaixo de US$ 100 milhões.”
A joint venture voltada para a defesa também manterá as instalações de montagem final da Embraer em Melbourne, na Flórida, em Gavião Peixoto, no Brasil, e em Jacksonville, na Flórida. A Embraer diz que também está pesquisando a adição de uma instalação de montagem final para o KC-390 nos EUA.
O KC-390 é voltado para o segmento de mercado preenchido pela Lockheed Martin C-130 Hercules, que detém a maior fatia do mercado global de transporte militar em 2018 com 878 aeronaves ativas, ou 21% de participação de mercado, segundo o Flight Fleets Analyzer do FlightGlobal. A Embraer alega que o KC-390 tem o menor custo de ciclo de vida no mercado, bem como as velocidades máximas que ultrapassam o rival do turboélice.
A Embraer planeja continuar testando o avião de transporte em 2019, incluindo testes avançados de lançamento aéreo com cargas pesadas, reabastecimento aéreo e operações de pista não pavimentadas. A empresa afirma que a primeira aeronave de produção será entregue à Força Aérea Brasileira no primeiro semestre de 2019. O Flight Fleet Analyzer do FlightGlobal mostra que o serviço tem 27 pedidos firmes.
Existem 38 cartas de intenção para encomendar aeronaves de clientes internacionais, incluindo seis LOIs da Argentina, seis do Chile, 12 da Colômbia, duas da República Tcheca, seis de Portugal e seis da SkyTech, empresa de serviços de aviação com sede em Lisboa, de acordo com o Flight Fleet Analyzer.
Devido a uma excursão de pista com o protótipo 001 em maio de 2018, a declaração de capacidade operacional final para a aeronave está atrasada até o segundo semestre de 2019, diz a empresa. O incidente levou a empresa a incorrer em um item especial de US$ 127 milhões, reduzindo a receita de 2018 da unidade de defesa e segurança da empresa para US$ 600 milhões dos US$ 800 milhões a US $900 milhões previstos.
FONTE: FlightGlobal
SAIBA MAIS:
Todos sabíamos que esse acordo iria acontecer. Resta saber se a estratégia de mercado será capaz de “colar” a marca Boeing no KC.
O KC-390 é um produto excelente para o portifólio da Boeing, vai ser uma mão na roda para a Embraer fazer essa parceria, possibilidade de atingir mercados onde a marca Boeing tem destaque e funcionará como um selo de garantia de qualidade.
Sejamos sinceros, se a Boeing apoiar de maneira pesada o KC-390 nós iremos conseguir atingir mercados que provavelmente nunca (dou dificilmente) iriamos pegar apenas com a Embraer. o motivo disso todos nós sabemos
O Lobby da Lockheed Martin e os EUA apoiando ela.
Mas com a Boeing do lado (se for realmente uma parceria) essa força da LM é bem reduzida.
Pois é, vimos esse exemplo no caso da Saab enfrentando a Lockheed Martin nas concorrências de caças. É muito difícil concorrer com o peso geopolítico dos EUA.
A Boeing já vem perdendo contratos para a LM faz muito tempo, se a Boeing não vence o lobby da LM nem com projetos americanos, como vai vencer com um projeto estrangeiro e ainda por cima, que concorre com nada mais nada menos que o Hércules.
Provavelmente a Lockheed Martin movimenta muitos “pauzinhos – $$$” nos bastidores e a Boeing, apesar da qualidade dos produtos adquiridos através de antigas fusões (excetuando o novo treinador avançado em parceria com a SAAB), não tem nada relativamente novo, com apelo suficiente para concorrer, ai entra o KC-390, que é algo novo, talvez o mais novo da categoria e que vai concorrer com um produto antigo, talvez o mais antigo que a LM ainda produz. Acho que se for para tentar algo, essa é a categoria exata e de toda forma, acho que é algo que vem para somar, independente… Read more »
A Lockheed perdeu o contrato dos treinadores T-X da USAF para a Boeing e a Saab:
https://www.aereo.jor.br/2018/09/27/boeing-e-saab-vencem-concorrencia-do-programa-de-jatos-t-x-da-usaf/
Mas a Sierra Nevada levou a concorrência para fornecer aviões ao Afeganistão com um produto da Embraer, ou seja, uma empresa americana com um projeto não americano.
Isso mesmo a Embraer associada a SNC venceu uma concorrência para fornecer o LAS ao Afeganistão, através da USAF.
Então novamente, kd a concorrência do “+ um”???? Ninguém sabe, ninguém viu.
Eu acredito que essa ajuda na venda do KC 390 será muito boa, espero que consigamos fazer uma venda na Europa, e diminuirmos a fatia de mercado da LM.
Ja vendemos para Portugal
Não.
C-130J: 400 e contando; “+um”: 28 e não contando.
Agora, se a boeing entrar pra praticamente ser “dona” do KC-390 nós só vamos perder com isso.
É uma possibilidade inexistente, pois o KC-390 foi feito através de uma parceria com a FAB, onde os requisitos do projeto atende diretamente a FAB, sendo essa dona/parceira da propriedade intelectual do projeto.
Em cada venda feita a FAB ganha também, semelhante ao Super Tucano.
Talvez o que possa acontecer é a Boeing produzir localmente o KC390 tal como a Sierra Nevada faz com o Super Tucano.
De uma forma ou de outra a Embraer sai ganhando.
Ainda tem dúvidas amigo? A Boeing já conseguiu neutralizar nossa aviacão comercial de continuar se desenvolvendo, com 80/20 em favor deles o resto não tenha duvidas é uma questão de tempo para o nome Embraer desaparecer da história, ou só figurar como mera ilustração!
É inegável a qualidade e a aplicabilidade do KC-390, porém, algo me incomoda demais quanto ao seu sucesso comercial.Esse incomodo me leva apensar que esse projeto, depois de algumas poucas vendas além da FAB, será descontinuado por varias razões, sendo as principais a concorrência forte, a política e a simples perda de interesse. A participação da Boeing poderá oferecer uma sobrevida, mas mesmo assim não consigo ver segurança.
Espero estar errado.
O objetivo principal é dotar a FAB de uma aeronave de transporte médio/pesado que possa atuar como um reabastecedor tático e nesse sentido estão cumprindo a missão com sucesso, qualquer venda que decorra disso, é lucro.
Desculpe, mas se for esse o objetivo principal é simplesmente inaceitável, alem de completa megalomania. Desenvolver uma projeto dessa envergadura apenas para atender um cliente e ainda assim com 30 aeronaves apenas? Alguem que tivesse uma idéia desse tipo, seria internado imediatamente antes de gastarem um centavo. O KC-390 é o resultado de um estudo de mercado (excelente por sinal) pela EMBRAER visando atingir os mercado futuro (hoje) ocupado pelas aeronaves Hercules (C-130), tanto os da FAB como das outras 700 aeronaves. Esse numero de 700 unidades foi projetado considerando a futura substituição dos Hercules por varias forças aéreas em… Read more »
Não foi apenas para dotar a FAB. Foi para dotar a FAB acreditando em um mercado de 700 aeronaves que viabilizariam o projeto. Se não venderem pelos menos umas 400 aeronaves, a conta não fecha e o prejuízo fica com os cofres públicos e com a FAB que, além de ficar com uma aeronave descontinuada, pior ainda do que o AMX, ainda vai pagar caro para mantê-los devido ao efeito de escala.
Não creio que seja necessário a venda 400 aeronaves, acredito que algo em torno 100 unidades já seria o suficiente para pagar o desenvolvimento e lucrar.
400 unidades é o “Break even point” do projeto e do fornecimento, para uma expectativa de venda de no mínimo 700 unidades que foi a quantidade considerada “realista” nos estudos da EMBRAER naquela oportunidade. 100 unidades não chegariam nem perto, a não ser que o preço fosse exorbitantemente elevado.
700 aeronaves nunca foi a meta de vendas. Este era o tamanho do mercado endereçável (Mercado total – países onde o mercado não seria possível alcançar). Desse mercado de 700 aeronave a expectativa sempre foi conseguir uma fatia dele.
Eu não disse que venderiam 700 e sim que precisariam vender 400 para não perder dinheiro.
Não precisam vender… o projeto foi pago pela FAB. Não foi um investimento a risco da empresa. Ela foi contratada para desenvolver e produzir para a FAB.
projeto sim e a manufatura cara-palida? que paga? o projeto incluia os dois protótipos, no qual um ja virou sucata. os royalties como receita futura foram incluidos para “ajustar” expectativa de preço de venda da aeronave. Ou voce acha que por 85 milhões de dolares por unidade pagaria tudo. Tudo é feito com projeções meu caro. O valor que a FAB “oagará” é o valor resultado de um “volume de escala” que foi estimado pela EMBRAER. iNFORME-SE.
corrigindo; “Quem Paga?” e “…a FAB “pagará”…”
Sim Luiz Antonio, eu sei que foi feito um bom estudo onde se constatou esse mercado pontencial, o que eu quis dizer (entendo que não dei a entender esse ponto de vista) é que em termos de prioridade, dotar a FAB de um cargueiro/reabastecedor é mais urgente do que vender o avião em si. Tenho plena segurança de que o KC-390 vai ser uma aeronave bem vendida (ainda mais com a promoção feita em parceria com a Boeing), assim como o Super Tucano e os E-Jets. A maior parte das pessoas não entendem que na aviação militar as coisas normalmente… Read more »
Não sou daqueles que torcem contra esse lindo projeto, ou daqueles do time “eu não falei?”. Torçi muito para que a EMBRAER realmente se impusesse nesse mercado competitivo e até acho que uma parceria com a Boeing bem-vinda. Embora seja otimista, a forma como tudo esta se desenrolando e os desdobramentos decorrentes, me fazem pensar que essa “parceria com a Boeing” não é assunto novo e sim já alinhavado ha muitos anos e chego a suspeitar que remonta ao FX2, com aquela história de “espionagem” da Presidanta e da perda da Boeing para a Saab nos caças. Não foi um… Read more »
Então se aumenta o preço para depois dizer que a parceria com a Boeing é necessária para reduzir o preço e não perder clientes. Isso sim é jogada de marketing.
Galante qual o preço medio do KC390 no mercado ?
Em torno de US$ 85 milhões, mas depende do pacote.
Não sei de onde são esses valores, mas aparentemente estão muito fora da realidade. O governo português tinha programado 830 milhões de euros para a aquisição de 5 aviões e um simulador. Nas negociações a Embraer aumentou o valor em 120 milhões de euros para um total próximo de 950 milhões de euros! Isso daria 190 milhões de EUROS por avião… O contrato inclui simulador e certamente sobressalentes e manutenção inicial, mas mesmo assim é um valor surreal.
Buenas
A ANV Lusitana tem mais de 900 modificações em relação ao projeto da FAB, muita coisa padrão OTAN e já melhoramentos pro tipo de TO/operação deles. É o principal motivo do aumento. Agora, se o aumento tá dentro do esperado realmente não sei…
Isso só mostra como foi um erro o GF ter investido neste avião, fruto do projeto “Brasil Potência” dos governos anteriores.
A Embraer já tinha uma rede mundial de assistencia técnica e vendas, afinal não era o terceiro fabricante de aviões comerciais?
Por outro lado para ser empurrado via FMS vai ter que ser fabricado nos EUA, pelo menos uma boa parte.
Volta no tempo e compra uns KC-130J com o que o Brasil jogou neste projeto.
Walfrido, se quisermos ter algum tipo de independência tecnológica precisamos por a mão no bolso.
Não podemos ser os eternos exportadores de commodities, um dia os recursos naturais se acabam e vai ser o que de nós? Não me contento em sermos apenas o “Fazendão” do mundo.
Se for para nos arrepender de dinheiro gasto, devemos primeiro pensar no prejuizo gerado pela corrupção, que com certeza bancaria todo esse projeto e mais umas 50 unidades do KC-390 e as sonhadas 108 unidades do Gripen E/F para a FAB.
Caro Alex
Concordo com voce quanto à sangria do dinheiro que poderia viabilizar equipamentos de ponta para as 3 forças. No caso do KC-390, a proposta esta corretissima, porém, sinto que algo de mais profundo ainda não foi revelado, pois a FAB bancou o projeto acreditando em um universo de vendas no qual ganharia os roylties e pelo “cheiro da brilhantina” isso não vai acontecer. Essa é a minha dúvida, quase certeza, pelo que andam divulgando.
Existe muita especulação nesse momento devido a parceria com a Boeing, mas levando em conta a tradição dos produtos Embraer e principalmente pelo bom histórico recente de vendas do Super Tucano e o próprio interesse da Boeing (que já remete a antes da divulgação da parceria), acredito que exista sim uma grande possibilidade de sucesso comercial, pois nem a Embraer nem a Boeing iriam se queimar promovendo um produto que não atendesse as necessidades do mercado.
Quem esta perdendo até o momento é a FAB, a unica que mexeu no bolso. Quanto a produtos disponíveis existem outros, sendo o mais importante o proprio C130J.
Creio que nos estudos do KC-390, apesar de bem feitos, as análises de riscos foram ruins demais.
Ainda é muito cedo para dizer se o KC-390 é um erro ou um acerto, ao meu ver é sim um grande acerto e como já disse diversas vezes, o mercado militar é muito complexo, pois envolve muitas questões políticas e por sabermos que vai de encontro com um produto dominate no mercado é natural que tenha dificuldades devido ao peso político dos EUA, natural, dependo do mercado negociado, o KC-390 sofrerá a concorrência política tal qual o Rafale sofreu, quem ai não se lembra dos últimos 10-15 anos, o tanto que demorou até que a “jaca” (jaca que eu… Read more »
Respeito seu ponto de vista, porém sou mais realista. Não precisaremos aguardar muito tempo para saber o resultado. A fila esta andando e a concorrência esta bem ativa, com produto acabado e clientes praticamente fiéis (e politicamente influentes).
Eu não pago para ver.
“KC-390: relacionamento com a Boeing será chave para marketing”
Ou seja, “pra vender nosso avião, a Boeing tem de ajudar ou teremos outro mico nas mãos”.
Depois desta parceria, será que a EMBRAER vai pagar o BNDES? Foi revelado que a empresa é uma das maiores tomadores de empréstimo do banco.
Por ter contraído empréstimo não quer dizer que esteja inadimplente com suas obrigações.
Se estiverem pagando as parcelas corretamente, não tem problema algum.
O dinheiro do Banco NACIONAL de Desenvolvimento deveria ser utilizado para ajudar empresas nacionais, e que geram empregos e riqueza para o nosso país, e não para empresas multinacionais que geram empregos e riqueza em outros países, que é o caso da Embraer.
A Embraer até onde eu saiba tem sua sede aqui perto em São José dos Campos.
Mas Péricles tem razão, não deixa de ser uma exportadora de empregos.
Alguém arrisca dizer quantos brasileiros estão empregados na Embraer nesse momento?
Se a fusão com a Boeing criar novas vagas de emprego aqui no Brasil também será motivo de críticas?
Parece que tem muita gente que já deu como certo que toda a Embraer vai ser mudada para os EUA, eu pelo menos não vi nada sendo dito nesse sentido.
Bem, sei que é chato eu comentar.
Mas, torço que de tudo certo.
Espero.
Mas, se não der,
volto aqui descendo a lenha.
riso, risos.
Agora vamos ouvir musica de verdade Chuck Berry.
Este cara tocava e cantava, pena que cheguei atrasado para vê-lo tocar.
Resta saber se o Tio Sam vai deixar o KC-390 dar de lavada no Hércules… Acho dificil…
Parceria com redução de custos. Beleza. Aproveita para entrar na negociação com Portugal e explica para eles porque o preço da aeronave aumentou.
Na disputa para o fornecimento de aeronaves tanques para a USAF a airbus concorreu com A330 MRTT contra a boeing 767 MRTT. A aeronave européia venceu a disputa com o apoio da Lochkeend martin. Venceu mas não levou. O forte lobby da indústria nacional americana cancelou a licitação e deu a vitória para a Boeing, mesmo com a aeronave americana sendo inferior a européia. Se a aeronave brasileira concorrer com uma aeronave americana, com certeza o lobby americano dará a vitória ao produto nacional.
A Airbus foi parceira da Northrop, não Lockheed, quando ganhou a licitação. Depois que a Boeing protestou e a USAF refez os requerimentos para favorecer o KC-46, a Northrop caiu fora e a Airbus participou da segunda etapa sozinha.
Não foi a Lockheed, a parceira americana da Airbus a época, era a Northrop.
Não teve nada de forte lobby, a Boeing simplesmente provou seu ponto de vista ao GAO, que lhe deu o ganho da causa.
No mais, mais um que não conhece nenhum dos dois aviões, deve ser plastimodelista, e nem qual era a época o interesse da USAF.
Algo com o mesmo “footprint” do KC-135R.
Uma dica, se é que adianta alguma coisa: o A-330 é tão grande qnto o KC-10.
“Nos mercados em que os EUA têm uma enorme influência geopolítica, concorremos com a Lockheed Martin nesses mercados”, disse Nelson Salgado, diretor financeiro da Embraer. …“
Este senhor Nelson Salgado deveria ter dito isso há anos atrás, antes da FAB ter colocado o dinheiro para o projeto, ou seja, segundas intenções nessa “parada”. Não quero nem pensar que os dirigentes da EMBRAER sacanearam a FAB para obter dinheiro, claro, isso seria o fim do mundo para muitos.
Tomara que venda tanto como o C-130 Hércules mas ainda acho que 28 apenas e pouco, podia vir entre 50 a 60 cargueiros
off topic: O A220 foi habilitado para ETOPS 180 (Operções Extendidas com Bimotores), uma má notícia para o E190 (ETOPS 120). A Airbus jogando pesado.
Acesse o link: https://airway.uol.com.br/airbus-a220-recebe-autorizacao-para-voos-transoceanicos/
O esquema será o mesmo do Super Tucano, venda e produção via EUA.
A parte ruim do acordo ,voltando ao assunto do alinhamento automático com os EUA , com ou sem acho que as fabricas da EMBRAER desde já viraram alvos das potencias inimigas dos americanos .
Pela sua teoria, as fábricas da Embraer poderiam também se beneficiar das potências amigas dos americanos. E olha que mesmo quem odeia os americanos, faz de tudo para fazer negócios com eles. Até o Iran, só para citar um caso extremo.
Excelente avião. Mas morreu no ninho.
– Essa parceria ou fusão entre a EMBRAER E BOEING, só teria sentido para o Brasil se a Boeing transferisse a tecnologia aviônica e construísse uma fábrica de turbina a jato no Brasil, simples assim! Do contrário ficaríamos a mercê dos humores da Boeing que está atrelado ao governo dos Estador Unidos e teríamos em solo brasileiro uma fonte de espionagem monitorando o nosso desenvolvimento em tecnologia avançada, nós sabemos que a proximidade com o”Tio Sam”, só trazem dor de cabeça, que o digam os nossos irmãos mexicanos, que teve no passado metade do seu território abocanhado pela força do… Read more »
A Boeing não fábrica nem avionicos, nem motores.
Durante o Governo Potência cogitou-se trazer uma fabricante de motores a jato, mas a conta ficou muito alta.
Quanto ais EUA terem abocanhado o Texas, é necessário se informar melhor.
Não, você precisa se informar , nem ficou apenas pelo Texas, foi metade do território mexicano. Melhor você procurar pesquisar e estudar um pouco mais o histórico das guerras e ingerência estadunidenses nas Américas. Fica a dica.
Território mexicano é aquele que a Espanha tomou dos Astecas (que tinham tomado uma parte que era dos Maias) ?
É pena que os empregos oriundos dessa vantajosa parceria para os donos da Embraer irão gerar empregos exclusivamente no exterior. Pelo menos A propriedade intelectual ainda é brasileira, e por isso talvez renda alguns trocados para o nosso país.
Como você tem certeza que só vai gerar empregos no exterior? Você trabalha no governo, na Embraer ou na Boeing? Ou mesmo em alguma outra grande empresa de aviação?
A Boeing repense e representa os interesses de qual governo ? Com 80% da propriedade você acha que quando os Yankees precisarem não vão pressionar a Boeing ? Só muita ingenuidade para acreditar que eles vão antepor as necessidades e interesses brasileiros em detrimento dos EUA.
Toda fusão é baseada em regras em comum acordo para favorecer ambos os lados, sendo assim, parte do acordo dita regras do que pode e não pode ser feito até o ponto em que comece a prejudicar uma das partes. Ingenuidade é acreditar que todo mundo só quer “roubar” as riquezas do Brasil ou que o governo atual é “entreguista”. Se formos analizar as últimas 3 ou 4 décadas, diversas grandes empresas da aviação ou não, se fundiram para continuar no jogo, cedo ou tarde a necessidade/oportunidade apareceria. Chegar ao topo e se manter no topo é muito difícil e… Read more »
Redução de custos só virá com escala de produção e venda, pois o custo de projeto e desenvolvimento já está fechado.
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Mesmo sendo um projeto de mais de 60 anos, a LM vai defender o C-130 com unhas e dentes. Achar que o KC-390 venderia por si só é inocência.
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Gostaria de saber se a joint-venture militar vai nos favorecer em possíveis aquisições, como F-18 E/F block 3, helis Apaches, y otras cositas buenas.
Olá Delfim, se a mudança de posicionamento do governo e a parceria de negócios não favorecer na abertura do “cardápio”, acho que nada mais favorece rsrsrs!
Uma vergonha. Entregar anos de pesquisa para uma potência estrangeira. Não consigo entender a conivência dos militares brasileiros responsaveis com esse crime de lesa pátria.
Sou a favor deste tipo de parceria. Vejam o caso do Gripen E, é um excelente avião, e compete bem com o F-16 atual, sem ter o problema de varredores de pista e engolir pedras. Mas vem perdendo todas para o F-16. O problema é que a retaguarda política da LM é a Casa Branca, que quase não tem poder, não dá para bater de frente tendo um guarda chuvas desses. Vender o KC-390 vai vender, mas estando no cardápio da Boeing é muito, mas muito mais competitivo e influente que indo apenas no menu da Embraer, não tem comparação.… Read more »
Concordo, como já mencionei antes aqui no blog.
O KC-390 foi projetado para a substituição do C-130, mas não carrega o mesmo número de combatentes que a versão alongada -30.
O C-130J-30 consegue transportar 92 soldados, o que é uma vantagem.
E esta é a versão que tem sido escolhida pelos países como Reino Unido, França, Alemanha e Austrália nas últimas concorrências.
A versão alongada do KC-390 deverá vir com uma motorização que compense o aumento de peso e que mantenha a autonomia.
Correção: O C-130J-30 consegue transportar 128 soldados ou 92 paraquedistas.
Por que a Boeing precisou muito da Embraer? Por Sérgio da Motta e Albuquerque Ao contrário do que pensam muitos, foram as dificuldades da Boeing e as pressões da competição que a impulsionaram na direção da compra da brasileira Embraer, e não o contrário. Quem acredita na artimanha da “joint-venture” anunciada na imprensa, onde a Embraer só controla 20% da nova empresa, é um ingênuo. Ou alguém que não vem acompanhando o desenvolvimento e a concorrência na aviação comercial regional das aeronaves de médio porte. O mercado onde atuava a “velha Embraer” – a ‘velha’, poderosa e confiável Embraer, nosso… Read more »
Com certeza escrito por alguém mais preocupado com seu cores ideológico do que com a realidade do mercado e das empresas. Péssimo artigo por olhar tudo unicamente por um prisma ideológico.
Um excelente comentário.
Infelizmente muitos só veem o que esta na frente dos olhos, mas quando virem mais a frente e perceberem o que esta por trás do negocio, já é tarde.
Você pensou tudo isso sozinho?
É interessante observar o que os americanos estão falando sobre essa união entre Boeing e Embraer.
O colunista Dominic Gates do Seattle Times de Seattle (onde se localiza a sede da Boeing), na edição de 17 de dezembro de 2018, diz textualmente que nos termos do acordo firmado entre as duas companhias, que os engenheiros da Embraer não só ajudarão no projeto do novo jato Boeing 797, assim como existe a possibilidade da produção e fabricação de Boeings, além dos E-Jets, no Brasil!
https://www.seattletimes.com/business/boeing-aerospace/boeing-details-terms-of-embraer-deal-giving-brazil-a-voice-in-ventures-strategic-decisions/
Atenciosamente
Colorado… isso faz todo sentido. Espero que realmente ocorra e logo.
off topic
A USAF praticamente cancelou o programa de aeronaves ataque leve e um dos motivos pede ser a mudança de entendimento de que a USAF precise de um LIFT a jato para essa função ao invés de um turboélice.
Eu sempre disse no passado e repito agora de novo aqui que a Embraer devia ter feito parceria para desenvolver ou fabricar no Brasil um LIFT para atender futuras necessidades da própria FAB e entrar nessa área e disputar internacionalmente
País pobre vai comprar C-130J? se não dinheiro para construir pista decente, vai ter para comprar o modelo J ou KC-390? ora, essa lógica não faz sentido.
Pra operar C-130 não necessita de pista decente. Aquilo ali desce e sobe de lugares que até Deus duvida.
Depois de ter fagocitado a Embraer, pois levar toda a divisão de jatos regionais junto com as divisões de engenharia, caso da ELEB, por apenas 4,2 bi de dólares não passa de uma incorporação pura e simples, a Boeing, sem ter colocado um centavo sequer no projeto leva de bandeja 49% do KC-390…
Tudo que eu queria era ser gringo para fazer negócio com brasileiro…
Caro Cesar Sim é muito triste perdermos uma empresa como a EMBRAER, pois qualquer cidadão normal e que ama seu país prefere que ditemos as normas e costumes e não o contrário. Temos a mania de criticar outros países por fazerem o que NÓS deveriamos ter feito e não o fizemos por sermos desorganizados, para dizer o mínimo. Ao invés de levarmos a sério as coisas do Brasil, preferimos samba, carnaval e cerveja. Quando fazemos algo de bom, não temos estrutura financeira para mante-lo e então somos “engolidos”. Vivemos de “voos de galinha”. Somos iguais aquele aluno relapso que não… Read more »
O problema da direita, não só do Brasil, mas de toda a América Latina, é que ela é entreguista, bem diferente da direita dos países avançados. Enquanto o Bolsonaro entrega a EMBRAER, a Merkel proíbe a venda de empresas de tecnologia alemãs para o capital estrangeiro.
Não tenha tanta certeza: A Opel foi incorporada pela GM, a Dornier incorporada pela Fairchild e por aí vai. Existem varios casos assim. Não paute seus comentários por ideologias.
Abraços
Angela Merkel é de direita desde quando?
Resumo da ópera: FMS e produção em Seattle
Com 80% das ações, vão produzir onde quiserem. Duvido que produzam nos EUA por questões de custos.
FMS???? Sem ser tipo classificado (F-22; C-130; V-22, etc…) pelas ffaa norte americanas????
Não creio.
Bom dia, senhoras e senhores. Gostaria que alguém me esclarecesse uma coisa: A joint-venture Boeing-Embraer não se limitaria ao ramo da aviação civil? O acordo foi mudado? A parte da Embraer relacionada à Defesa também juntou-se à Boeing?
Agradeço qualquer esclarecimento.
Caro Denis
Para resumir:
1 – A primeira Joint Venture voltada para a área comercial terá o seguinte perfil de participações (ações): 20% da EMBRAER e 80% da Boeing. Para esses 80% a Boeing desembolsa US$ 4,9 bilhões.
2 – A segunda Joint Venture voltada para a área de defesa teria a seguinte participação (ações): 51% da EMBRAER e 49% da Boeing. Não sei o quanto a Boeing pagaria pelos 49%.
Acho que é mais ou menos isso. Outros colegas talvez poderão detalhar melhor.
Caro Luiz Antonio
Obrigado pelos esclarecimentos. Diante destes números, sou levado a crer que o inocente vaga-lume foi seduzido pelo intenso brilho da fogueira, e não percebe que pode se dar muito mal.