Malásia testa caça sino-paquistanês, mas pede para ver de perto o indiano Tejas
Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Aéreo
A Real Força Aérea da Malásia pediu à empresa aeronáutica indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL) que envie um dos seus novos caças Tejas à feira de armamentos LIMA’19 (Langkawi International Maritime and Aerospace Exhibition), que acontecerá entre os dias 26 e 30 de março no Mahsuri International Exhibition Centre, da cidade de Langkawi (a 408 km da capital Kuala Lampur).
A notícia foi dada pelo site do jornal econômico indiano Business Standard.
Na quarta-feira da semana passada (09.01), um artigo publicado pelo portal de notícias indonésio IB Times, de autoria do jornalista Prathapan Bhaskaran, informou: a novidade deu “alento moral” aos funcionários do grupo HAL, que atravessa dificuldades financeiras (e deixou alguns de seus funcionários sem salário na passagem do ano).
De acordo com o IB Times, a fábrica indiana mandará à Malásia um dos seus mais antigos exemplares do LCA (Light Combat Aircraft) Tejas Mk.1
Bhaskaran diz que, aparentemente, o Ministério da Defesa da Malásia está interessado em experimentar o jato. Isso depois de já ter testado o caça sino-paquistanês JF-17 Thunder (que os chineses chamam de FC-1).
Segundo o articulista do IB Times, a Aviação Militar malaia poderia absorver até 30 jatos Tejas.
É a primeira vez que uma força aérea admite estar comparando as características e condições de aquisição dos jatos Tejas e JF-17. Conforme se sabe, Índia e Paquistão são arquirrivais históricos.
Preços – Nesse cotejamento, o Tejas está, aparentemente, em desvantagem.
Além de ser comercial e operacionalmente mais bem sucedido que o aparelho indiano, a versão básica do JF-17 – já vendida às forças aéreas do Paquistão e de Myanmar (antiga Birmânia) – tem um preço unitário na casa dos 25 milhões de dólares, enquanto o avião da HAL parte de 29 milhões…
Os indianos enfatizam que seu caça incorpora recursos aeronáuticos mais avançados do que outras aeronaves de seu porte, como um sistema totalmente digital de controle de voo, o uso extensivo de materiais compostos, sofisticado glass cockpit e o motor americano GE F-404IN, considerado de melhor desempenho que os mobilizados para projetos aeronáuticos asiáticos.
Concebido para operar como aeronave de 4ª geração (eletrônica), mas visto com desconfiança por analistas do mercado aeronáutico (que o consideram de desempenho e capacidades limitadas), o Tejas resultou de uma parceria do Centro de Desenvolvimento Aeronáutico do governo de Nova Déli com a HAL.
Sua versão embarcada em porta-aviões foi rejeitada pela própria Marinha da Índia, que (levando-se em consideração a necessidade de transportar uma carga de armamentos importante) a considerou excessivamente pesada para operar a bordo de navios-aeródromos.
Cooperação – Depois de receber alguns modelos Mk.1, a Força Aérea da Índia encomendou algumas dezenas de Tejas Mk.2, e estimula o fabricante a desenvolver o modelo Mk.3 – que, em tese, teria mais chances de ser reconhecido como um moderno caça de 4ª geração.
Além da Malásia, também o Egito – que, anos atrás, testou o JF-17 – demonstra interesse no Tejas.
“A HAL está buscando oportunidades iminentes para o Tejas no sudeste e no oeste da Ásia”, disse ao portal IB Times o Chairman e Diretor Gerente de Produtos de Defesa da HAL, R. Madhavan.
Em 2016, ao escolher o Bahrein Air Show para debutar no exigente mercado das feiras de aviação, o Tejas decolou de Bangalore e voou por 2.500 km até o Bahrein, com paradas técnicas na cidade indiana de Jamnagar, perto do Mar da Arábia, e em Muscat, capital e cidade mais populosa do Sultanato de Omã.
Observadores ocidentais dizem que o interesse da Malásia no caça indiano pode ser resultado do ambiente de cooperação militar que se estabeleceu entre os governos de Kuala Lampur e Nova Déli.
As forças aéreas malaia e indiana mantém um núcleo de intercâmbio de informações acerca da operação do caça multirole russo Sukhoi 30. Os malaios usam o modelo MKM da aeronave, e os indianos a versão MKI.
Nesse contexto, as duas forças aéreas realizaram, em agosto passado, um importante exercício bilateral.
Vejo, com imensa satisfação, que os países da região do Sul e Sudeste asiáticos estão se integrando de maneira constante e num ritmo satisfatório.
Creio que isso acarretará em um Mundo diferente. Creio, não. Tenho certeza.
Essa região, dentro em breve, assumirá a predominância em questões relativas à política, economia e assuntos militares.
Impressiona como seus comentários são aprovados pela moderação neste e em outros sites. (resposta para o Antonio).
É engraçado como alguém pode morrer de amores por um sistema de governo que suprime boa parte dos direitos fundamentais de sua população. Mas o que explica isso é a existência de muita água salgada entre esse admirador e o admirado. Queria ver isso estando na pele dos cidadãos chineses. Enfim…chineses já possuem imenso peso em questões que envolvem política, economia e assuntos militares em todo o globo. Mas ainda precisam comer muito arroz para ter predominância. Quem propaga esse discursinho barato ignora que na Ásia não há bobos nem amores. Tirando alguns países que continuam na Zona de influência… Read more »
Se integrando? Nesse exato momento o pau esta quase quebrando entre a Malasia e Singapura. Navios da Marinha Malaisa estao entrando em aguas territoriais de Singapura so’ de provocacao.
Pois é. É bem provável que o sudeste asiático seja o vespeiro da década de 20. Espero que não. Mas o Oriente Médio terá um concorrente.
Integrando?
Mostre algo realmente sério.
Você gosta mesmo é de jogar super trunfo.
Malásia vai enfiar a colher no contencioso hindu-paquistanês ? Isso pode dar problema. E se escolher o Tejas, a China tb não vai gostar.
.
Taí o que a Índia precisa, clientes que acrescentem não só $$$ mas seriedade e credibilidade ao Tejas.
.
25 a 30 milhões de trumps cada caça supersônico ? Isso que é low cost. Com apenas US$ 1 bilhão se tem de 33 a 40 caças de prateleira.
.
Solução para os problemas argentinos.
A Argentina precisa é de crédito ou dinheiro a vista, coisas que não existem para eles.
O preço tão baixo desses aviões levanta suspeitas sobre suas reais capacidades de combate. Sendo bem sincero, será que um avião desses tem capacidade BVR acima de um F-5M da FAB, por exemplo? Eles custam 1/3 de caças de empresas renomadas, como o próprio gripen, mas e a manutenção?
Olha da para arriscar, com uma probabilidade de uns 80% que esse caça é melhor que o F-5 e outros 17% que é equivalente.
Será? Porque ao menos a primeira versão do tejas vinha com radares similares aos do A-4 modernizados da MB.
First version of Tejas has very good MMR radar with capability to fire Derby and I-derby BVR and Python-5/R-73 WVR missiles..
Também ia comentar sobre o preço. O JF-17 é basicamente uma re-re-recauchutagem do velho (e fiável) mig-21. Projeto já pago, com ferramental simples para produção . Mas atentemos para um trecho bem importante do texto: […] a versão básica do JF-17 … O valor deve se referir à versão totalmente pelada, com aviônicos xinglings ultrapassados e sem radar.
Sobre o Tejas nada a declarar além de que se vencer a disputa será tão somente pelo ambiente geopolítico da região, com malaios não querendo dar “corda” ao dragão chinês.
O JL-9 é que se trata de uma recauchutagem do Mig-21, o JF-17 é um caça novo.
Tática de venda, o valor baixo pode ser compensado na baixa manutenção. A prioridade para a India é conseguir vender, isso aumenta a elasticidade do preço. As pessoas pagam pelo que estão dispostas a pagar.
Mas também vale dizer que são células novas, então mesmo que sejam inferiores ao F-5M, são aviões novos e com muitos anos pela frente (espera-se, pelo menos né).
Pois é…não diria que é a “solução” para os hermanos, mas que talvez seja a única alternativa. O veto inglês somado a falta de grana pode leva-los a comprar algumas poucas duzias do caça sino paquistanês.
Aposto que os chineses encontrariam uma forma de viabilizar o negócio ($$$). Eu, na pele dos argentinos, iria sem dúvida…se demorarem muito não vão ter nada para voar.
A Marinha do Brasil poderia comprar o caça Tejas versão naval, nas suas ambições de possuir um Nae. E ficaria na base de São Pedro da Aldeia, com uma pista dessa Sky Jump adestrando os pilotos enquanto não chega o próximo Nae.
E creio ser mais moderno que o Skyhawks!
Lá vamos nós.
Pelo menos ate agora ninguém falou em lo-hi ainda…
Qual é o problema no conceito Hi-Lo?
1 – Não, Deus é mais.
2 – Não tem que pensar em ter NAE pelo menos pela próxima década. Tem que ter foco nas prioridades. É ProSub, Tamandaré e Patrulha. Ainda tem Prosuper, Contra Minagem, apoio logístico etc etc. Depois de muita coisa vem NAE.
Pelo olhar o jf-17 parece muito melhor acabado, parece que bem projetado…
O Tejas parece que foi feito no facão, parece que é tudo torto e remendado, parece uma mistura de Bucaneer com um mirage 3, mas só com as partes feias dos dois.
Qual dos dois é melhor aí já não sei.
Beleza Rui chapéu ainda ta jogando sinuca? Ahhh cara esses caças são fraquinhos comparado aos f15 17 22 35 até o nome é esquisito kkkk
JF-17 looks good but its performance is MUCH inferior to Tejas . JF-17 has no Helmet Mounted System , RCS very big , smokey RD-93 engine , Uses outdated Hybrid Flight control system…
Haja coragem para comprar um caça sino paquistanês. Nenhum país de forma consciente compra algo fora do eixo Estados Unidos ou Rússia.
Antunes não se esqueça da Europa e obviamente da China, que sejamos sinceros, está na hora de a reconhecer.
Todos os caças europeus possuem componentes americanos. Sem exceção!
Por isso falo do mercado estar polarizado em Estados Unidos e Rússia. Os dois únicos paises que conseguem ser independentes no quesito defesa, já para os demais;
Incluindo a China, ninguém pode dormir sossegado.
Um comentário meu foi retido, moderadores.
“De acordo com o IB Times, a fábrica indiana mandará à Malásia um dos seus mais antigos exemplares do LCA (Light Combat Aircraft) Tejas Mk.1”.
Será que os indianos não estão interessados em vender essa tragédia que é o Tejas? Além de estar oferendo a aeronave mais cara e problemática, vão demonstrar um de seus produtos mais antigos?
Enfim… esse caça sino paquistanês tem um potencial de venda enorme para países com pouca $$$
Neles Felipe, ahh cara esses caças são fraquinhos comparado aos americanos e caças russos, deve ser motor de chevete 92
Oldest copy means a Prototype fitted with all bells and whistles , their prototype is less than 10 years old and why sent In-service jet when a prototype with all capability is ready ??
parece um Mirage 2000 ?
O que me deixa chateado e que esses 02 caças sao bons mas nada demais ou seja, nada que a FAB nao pudesse desenvolver junto com a Embraer se fosse necessario. Mas, no Brasil e assim, toda vez que precisamos de algo vamos ao exterior: * nao podemos desenvolver e construir um caça/jato militar nacional porque nao temos tempo ou dinheiro, mas, o programa FX começou em 2001 e o gripen so vai chegar ao Brasil 20 anos depois. * nao podemos desenvolver e construir um carro de combate nacional porque nao temos tempo ou dinheiro, mas desde 2017 sabemos… Read more »
Eu esqueci de dizer que acredito que o Tejas e o melhor entre os 02 caças, e com certeza vai ser escolhido porque se a malásia comprar o caça chines fica na mão da china e pode sofrer represálias sempre que a china quiser…
Lembrando que a malásia ao lado do Vietnã, Laos, camboja, tailandia, myammar e Taiwan, sao as vitimas da chamada retomada(expansão) histórica do território da china antiga e em breve começara.
Yes Tejas is far better than Chinese JF-17…JF-17 lacks basic system like Helmet Mounted Sight…
F 16 dos estoques com MRO para Block 50/52,
muito melhor.
Concordo F16 modernizado e muito melhor e duvido muito desse preços ai nao tem milagre em equipamento militar
Mas não deixa de ser um avião usado para se voar mais uns 15 anos ao contrário de um JF-17 ou Tejas que pode ser modernizado com 15 anos para voar mais uns 15.
O JF-17 esta melhor que o Tejas. Mas o que vai mandar ae vai ser as $$$ (verdinhas)…
Tejas is far better than Chinese JF-17 which dont even have basic Helmet Mounted Sight…
Comment deleted ?
Malaysia is Highly Islamized nation who loves pakistan . I dont think India should sell them Tejas .