Embraer espera aprovação da joint venture com a Boeing até o final do ano

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Por Gregory Polek

A Embraer espera receber a aprovação do governo brasileiro para avançar com sua proposta de joint venture em dezembro, após consulta entre o atual governo de Michel Temer e a nova administração do presidente Jair Bolsonaro. Falando durante a conferência de analistas de investimento do terceiro trimestre da empresa com analistas de investimentos no dia 30 de outubro, o presidente-executivo da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, disse que espera apresentar o acordo final para a administração antes de deixar o cargo. “Ainda estamos nos estágios finais da Boeing para finalizar os últimos detalhes”, disse Silva. “Assim que materializarmos este acordo final, vamos trazer o acordo para ser aprovado pelo governo da atual administração.”

No entanto, o atual governo disse que vai compartilhar os termos do acordo com a equipe de transição de Bolsonaro antes de emitir a aprovação. Até recentemente, a Embraer não sabia se o governo de Temer entraria ou não em consultas com o governo de Bolsonaro.

“Isso não estava 100% claro há um mês”, disse Silva. “Mas agora está claro que o Sr. Temer gostaria de compartilhar nossa solicitação de aprovação com a nova administração.” Felizmente para a Embraer, a administração que está chegando enviou sinais de que adota uma visão favorável da joint venture proposta. Uma vez que a JV recebe a bênção das duas administrações, o próximo passo envolve convocar uma assembleia geral. “Nossa expectativa é que isso aconteça em dezembro”, confirmou Silva.

O acordo seria fechado depois que obtivesse aprovação dos acionistas e passasse o controle antitruste com as autoridades competentes, em algum momento no segundo semestre de 2019, estimou ele.

Sob os termos do acordo preliminar alcançado em julho, a Boeing assumirá uma participação de 80% no negócio de aviação comercial da Embraer. O memorando de entendimento propõe a formação de uma joint venture destinada a “alinhar estrategicamente” as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de ciclo de vida das empresas.

A transação valoriza as operações de aeronaves comerciais da Embraer em US$ 4,75 bilhões e prevê um valor de US$ 3,8 bilhões para a participação de 80% da Boeing na joint venture. A Boeing disse que espera que a parceria resulte em um efeito positivo em seus lucros a partir de 2020 e gere “sinergias” anuais de custos de cerca de US$ 150 milhões até o terceiro ano.

Uma declaração conjunta anunciando o acordo indicou que a Boeing assumirá o controle operacional e gerencial da nova empresa, mas que uma equipe de gestão baseada no Brasil, incluindo um presidente e CEO, liderará a joint venture e se reportará ao CEO da Boeing, Dennis Muilenburg.

FONTE: AINonline

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