F-35A da Turquia

Primeiro F-35A da Turquia

F-35A da Turquia
Primeiro F-35A da Turquia

O Congresso americano poderá bloquear a venda de aviões de combate para a Turquia. O único problema? O país fabrica peças essenciais para o F-35

Em agosto, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que poderia bloquear a venda de 100 caças F-35 da Lockheed Martin para a Turquia por causa de um acordo que os turcos têm para comprar um sistema de defesa aérea russo. E isso está criando problemas.

A Turquia é líder global na fabricação aeroespacial, e 10 empresas turcas produzirão cerca de US$ 12 bilhões em peças para o F-35, incluindo componentes-chave, como a fuselagem central e trem de pouso. Para certos itens, como o display do cockpit, a Turquia é a única fonte no mundo.

Turkish Aerospace Industries
Junto com a Northrop Grumman, a TAI fabrica e monta a fuselagem central, as portas dos compartimentos de armas e os pilones ar-terra usados ​​para transportar equipamentos.

Ayesas
É o único fornecedor de dois componentes principais do F-35 – a unidade de interface remota do míssil e o mostrador panorâmico do cockpit.

Kale Aerospace
Fabrica estruturas de fuselagem e conjuntos de uplock de trem de pouso.

Fokker Elmo
Faz 40% do sistema de interconexão de fiação elétrica (EWIS) para o motor F135.

Alp Aviation
Fabrica estruturas e conjuntos de fuselagem, componentes de trem de pouso e mais de 100 peças do motor F135, incluindo rotores de lâmina integrados de titânio.

Partes do F-35 feitas na Turquia
Partes do F-35 feitas na Turquia

Um risco para suprimentos?
Se os EUA bloquearem o acordo com o jato, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pode cortar o fluxo de peças de seu país. “Se a cadeia de fornecimento turca fosse interrompida hoje, resultaria em uma quebra na produção de aeronaves, atrasando a entrega de 50-75 jatos e levaria cerca de 18-24 meses para fabricar peças em outros fornecedores”, escreveu o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, em julho em uma carta ao Congresso.

Erdogan disse pouco sobre como ele poderia responder. Mattis deve apresentar um relatório ao Congresso até meados de novembro sobre o impacto potencial de qualquer mudança na participação da Turquia. A Lockheed diz por enquanto a venda para os turcos está no caminho certo.

FONTE: Bloomberg

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Tomcat4.0

Ai deu ruim!!!!

Ricardo Bigliazzi

“Se a cadeia de fornecimento turca fosse interrompida hoje, resultaria em uma quebra na produção de aeronaves, atrasando a entrega de 50-75 jatos e levaria cerca de 18-24 meses para fabricar peças em outros fornecedores”,

Li o paragrafo umas dez vezes. Diante da possibilidade dos Turcos se posicionarem contra os EUA os custos expostos na matéria são irrisórios.

O Trump ainda vai contar vantagem, vai dizer que ferrou os Turcos e criou empregos nos EUA, dirá ainda que o possível atraso é em decorrência da incompetência e inabilidade dos Presidentes anteriores.

Segue o jogo…

MBP77

O problema é um pouco mais embaixo.
Não me parece inteligente jogar a Turquia sob o manto de influência de Moscou.
Ainda mais ela sendo membro da OTAN, e os EUA sabem de tudo isso.
Creio que veremos uma solução negociada entre as duas partes, pois ambas tem a perder (e muito) com uma possível exclusão da Turquia do programa do F-35.
E isso vai mais além do que apenas a criação de empregos em solo americano, por exemplo.
Sds.

Helio Eduardo

De acordo!

Se a briga partir para o lado da geração de empregos, o Trump sai ganhando.. E todas essas empresas turcas vão ter sérias dificuldades ou mesmo fechar.

Aí está um novo tipo de dependência econômica, mais sofisticada e complexa. Por isso não acredito, e nunca acreditei, nas falácias de “livre mercado” e “liberalismo”. No caso EUA x Turquia, a “aberta” Turquia será posta de joelhos: ou recua da compra de sistemas russos, ou fica sem seus 100 jatos F-35 e, de quebra, verá importantes empresas aeronáuticas fecharem as portas, com a perda de empregos, conhecimento e investimentos…

Rui Chapéu

Como vc pode usar esse argumento de livre mercado e liberalismo se quem está comprando e proibindo a compra são justamente dois Governos??????

livre mercado = livre de imposição de governo,

Jefferson Ferreira

Não é tão simples assim, o contrato não é exclusivo dos EUA, existe outras nações envolvidas e não seria tão fácil amortizar os custos e principalmente o tempo para mudar a estrutura da logística. Os EUA aceitaria bancar o custo sozinho ? Claro que não! Os parceiros aceitariam dividir o custo a mais por uma decisão unilateral dos EUA ? Dificilmente…

Antonio

É isso aí, Hélio. Existe essa tentativa de ‘amarrar’ mercado. E quando outros países querem se livrar, vão tentar aplicar sanções. Só que o mundo ficou muito grande e diversificado e tais medidas não surtem mais efeitos.

Tomcat4.0

E pode contar sim com esta hipótese, Trump se faz de louco mas é um baita estrategista.

Victor Filipe

Se for uma questão real de preservar a segurança das informações do F-35 (temendo que os Russos consigam descobrir algo que não deveriam enquanto estiver na turquia operando os S-400 que os turcos querem comprar ao lado deles) qualquer valor pago para proteger essas informações vitais é irrisório.

Antonio

Sem contar a produção de peças em Israel que estaria altamente vulnerável a um ataque russo, se eles quiserem atacar.

Augusto L

Entrega o F-35 sem o Barracuda e o APG-81. rsrsrsr
É isso que é perigoso os turcos passarem para os russos e chineses.
Ainda aposto que daqui uns anos vão fazer um F-35 com sensores degradados para países como o nosso brasilsão que queiram comprar e que os EUA, tenha alguma preocupação de que os mesmo irão vazar informações.

Sergio Peixoto

Dorme com um barulho destes meu…..Este aparelho só foi dor de cabeça……

Helio Eduardo

Fico pensando aqui comigo, como proteger um segredo tecnológico em uma época como a nossa? Capaz de um super computador espião, com chip de descriptografia, ser disfarçado em um irrisório smartphone….. Isso sem falar nos famosos pendrives da IMF que o Ethan Hunt usa ou em um tricorder do Sr. Spock….

Brincadeiras à parte, na minha forma de ver as coisas, se o avião não está trancado nos eu hangar, como F-22, já era, seu segredo ou vazou ou vazará em breve….

Paulo

Penso que o governo americano pode oferece essas vagas ocupadas pelos especialistas nessas empresas turcas, em outras plantas no seu lado aliado. Para manter limpa a política de geração de emprego. Assim como fez na segunda guerra mundial. Tomou os cientistas nazistas para o seu lado. Se não fizer isso essas empresas quebram e vendem os segredos para os russos.

Everton Matheus

Na boa? Sem os Estados Unidos e a OTAN essas empresas turcas vão parar no tempo ou falirem. Talvez esses 24 meses seja o que a Lockeed precise para tampar as centenas de falhas, e é só pegar os F35 que iriam para a Turquia que ja da uma equilibrada na “produçao”.
E de qualquer maneira o Trump sai ganhando. Ou com a Turquia se afastando da Russia ou com os “empregos” americanos.

Rommelqe

Esse tema ja enxergo como uma oportunidade de negocio: ha varios componentes que poderiam ser fabricados no Brasil. Que tal? Para que servem nossos orgaos de incentivo à industrializaçao? Rapaziada da região de SJDC: quem se habilita? Na sua epoca, a Engesa chegou a pensar em produzir componentes de Migs…..

Marcelo Andrade

Caramba, deve ter sido o mesmo cara que sugeriu vender F-14s para o Irã, sugerir a Turquia como fornecedora de componentes para o F-35.

Agora o presidente , que é tudo, menos burro, tem a faca e o queijo na mão!!!

O que está acontecendo com os yankees de uns 30 anos pra cá????

Defensor da Liberdade

Esse Mattis de cachorro louco não tem nada, o cara é extremamente comedido, mais até do que o camarada de topete laranja. Foi comedido na questão da Coréia, na questão iraniana e agora com a Turquia. Quem tem conhecimento técnico das coisas é isso aí, age com precaução, não brinca de demagogia para alimentar o ego de meia dúzia de caipiras do interior dos EUA. Já em relação ao Mike Pompeo, como diz Tite, “fala muito”…