Mitsubishi F-2

Mitsubishi F-2

País ainda busca ajuda internacional para dividir os custos e acelerar o projeto

O Ministério da Defesa do Japão decidiu desenvolver uma nova aeronave para suceder o caça F-2, uma vez que as propostas de três empresas americanas e britânicas de substituição não atenderam aos requisitos de capacidade e custos do ministério, disseram funcionários do governo ao Mainichi Shimbun.

O ministério planeja incorporar o projeto no próximo programa de defesa de meio termo de cinco anos a ser elaborado no final do ano, com um olho em um programa de desenvolvimento conjunto com empresas estrangeiras para reduzir a carga financeira global, que poderia alcançar trilhões de ienes. O ministério também espera continuar introduzindo componentes principais, como o motor que incorpora a tecnologia do Japão.

A Força Aérea de Autodefesa do Japão tem 92 caças F-2 que começarão a chegar ao fim de sua vida útil na década de 2030. A adoção rápida de um plano de substituição é necessária, já que o desenvolvimento de um jato de combate pode levar 10 anos ou mais. Em resposta a uma solicitação de propostas do governo, três fabricantes americanos e britânicos fizeram ofertas para atualizar os modelos existentes do ministério – a Lockheed Martin para o F-22, a Boeing para o F-15 e a BAE para o Eurofighter Typhoon.

No entanto, produzir um F-22 com recursos stealth de última geração é caro, e “nenhuma explicação clara foi dada sobre a possibilidade de o governo dos EUA suspender a proibição de exportação” na aeronave de alto nível, de acordo com um veterano oficial do ministério. As duas outras propostas também não cumpriram os requisitos do ministério.

Mitsubishi F-2 - foto via JASDF
Mitsubishi F-2 – foto via JASDF

A opção restante é o desenvolvimento autóctone, que conta com o apoio de grupos da indústria de defesa e de alguns legisladores do Partido Liberal Democrata que buscam preservar as plataformas de produção e manutenção dos caças japoneses. No entanto, uma série de desafios, incluindo custos extremamente altos e a falta de experiência suficiente em desenvolvimento por parte das empresas japonesas, ainda são obstáculos para o projeto.

O ministério já investiu cerca de 190 bilhões de ienes até agora para realizar um estudo técnico sobre o motor e sistema eletrônico para um caça de próxima geração do ano fiscal de 2009 até 2018, mas o motor desenvolvido ainda está sendo testado para determinar suas capacidades básicas e nenhum plano está definido para um teste de voo.

O governo está, portanto, buscando compartilhar o ônus financeiro com parceiros britânicos ou germano-franceses, já que eles também estão estudando o desenvolvimento de jatos da próxima geração. Mas um programa internacional pode levar a dificuldades na coordenação de requisitos diferentes para o prazo, capacidades e distribuição de tarefas. Os Estados Unidos, aliado da segurança nacional do Japão, acabam de apresentar novos caças F-35 e não têm planos imediatos para sua substituição.

Alguns membros do Ministério da Defesa propuseram tomar uma decisão sobre um esboço para o novo desenvolvimento dos jatos no final do ano, adiando a decisão sobre se deveria ser um projeto doméstico ou empreendimento conjunto com empresas estrangeiras. Sob a proposta, o Japão avançará no desenvolvimento tecnológico nacional enquanto continua a negociar com potenciais parceiros estrangeiros.

FONTE: Mainichi Japan

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