FAB pretende arrecadar R$ 140 milhões por ano com o Centro de Lançamento de Alcântara

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O valor é cerca de cinco vezes o recurso anual investido pela União no programa espacial nos últimos dez anos

Centro de Lançamento de Alcântara
Centro de Lançamento de Alcântara

Quinze anos após o incêndio que matou 21 engenheiros e técnicos no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, a Aeronáutica volta a sonhar com um programa espacial que consiga colocar satélites em órbita, técnica hoje dominada por um clube restrito de oito países.

A FAB busca agora comercializar as bases de lançamento do CLA para empresas de países que têm tradição no setor, como EUA, China e Rússia. A estimativa do órgão é que seria possível arrecadar R$ 140 milhões por ano apenas com as taxas de lançamento – cinco vezes o valor médio anual investido pela União no programa espacial nos últimos dez anos, segundo a FAB.

O plano prevê a criação de uma empresa pública, a Alada, a um custo inicial de R$ 1 milhão, vinculada ao Ministério da Defesa, que teria agilidade para fechar contratos com estrangeiros, arrecadar as taxas e reinvestir o valor no programa espacial, reduzindo a burocracia e evitando a lei de licitações.

A FAB rejeita a expressão “aluguel” para o sistema proposto, e compara o CLA a um aeroporto, no qual as companhias aéreas pagam pelo direito de operar. “Nós vamos ceder ou entregar um pedaço de Alcântara aos Estados Unidos? Nós vamos [deixar] fincar uma bandeira aqui e vamos embora? Nada disso”, diz o major-brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar, presidente da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais.

Em 2001, o governo Fernando Henrique Cardoso tentou fechar com os EUA um acordo semelhante. Bombardeado de todos os lados por conter cláusulas que colocavam em risco a soberania nacional, o acordo não foi aprovado pelo Congresso brasileiro.

Hoje a FAB reconhece a procedência das antigas críticas e procura esclarecer o alcance e as características de um futuro acordo de salvaguardas, que desde 2017 está em discussão com o governo dos EUA.

A FAB reuniu jornalistas na sexta (14) para mostrar a potencialidade comercial do CLA. “O acordo de 2001 era muito desigual, desequilibrado em termos de nação brasileira. Ele era muito, digamos assim, americanizado, e pouco abrasileirado”, reconheceu Aguiar, citando que o antigo acerto “previa área exclusiva para operação dos EUA, entrada de material sem verificação por parte da Receita [Federal]”.

Esses pontos foram modificados, segundo o militar, para que o acordo se torne “mais palatável” e possa ser aprovado pelo Congresso. A íntegra da minuta do acordo ainda não é conhecida.

O acordo, diz Aguiar, terá o efeito em cascata de permitir outros acertos bilaterais, pois muitas empresas da Europa usam equipamentos e peças americanos. Para ele, o Brasil poderia assim participar do mercado mundial espacial, que movimenta cerca de US$ 330 bilhões ao ano.

A ideia é seguir os passos do centro espacial europeu Kourou, na Guiana Francesa, que também comercializa bases de lançamento. Para Aguiar, o CLA é uma mina de ouro, tendo como principal atrativo a sua localização. Como a estação é próxima da linha do Equador, o foguete que carrega o satélite poderia economizar até 30% de combustível, permitindo que leve mais cargas, como outros satélites.

A FAB acredita que a futura empresa poderia negociar posições até com a empresa americana SpaceX, que planeja lançar mais de 900 satélites nos próximos anos.

A expectativa de arrecadar R$ 140 milhões/ano, segundo o major-brigadeiro, se refere ao uso de três pontos possíveis em 9 mil hectares do CLA já ocupados pela FAB. Os militares, porém, afirmam querer ocupar todos os 20 mil hectares do complexo.

O centro foi inaugurado em 1983, nos últimos anos da ditadura militar. Uma das consequências foi a transferências de centenas de pescadores e quilombolas para longe da faixa litorânea, por razões de segurança. Para ocupar os 20 mil hectares e criar os novos locais de lançamento, a FAB estima que terá de remover mais de 2.000 pessoas.

Apoiadas pelo Ministério Público, as famílias prometem resistir. A FAB diz que a negociação com as famílias não compete a ela, mas à Casa Civil, que trabalha em conjunto com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Mantido com recursos federais que variam de R$ 20 a R$ 40 milhões anuais, fora os salários de 900 servidores, o CLA foi usado até agora apenas para lançamentos chamados suborbitais, ou seja, quando um artefato é lançado mas retorna à atmosfera e cai no mar, sem entrar em órbita.

Experimentos desse tipo permitem que universidades brasileiras e estrangeiras avaliem, por exemplo, como determinada substância se comporta na gravidade zero. Foram 490 lançamentos do gênero.

Porém, o grande salto científico e militar brasileiro de ter domínio do espaço é um sonho ainda distante. Os satélites brasileiros lançados pelo Brasil a partir dos novos recursos, segundo a FAB, teriam uma função dupla, civil e militar. Isso permitiria baratear o custo de serviços tão diversos como fazer uma ligação telefônica a assinar uma TV a cabo.

Para se viabilizar comercialmente, a FAB também fez uma série de obras e modificações na área de segurança do CLA. Em 22 de agosto de 2003, a apenas três dias do lançamento, o foguete brasileiro VLS (Veículo Lançador de Satélites) se incendiou na própria torre, matando todos os profissionais que ali estavam. Foi o mais duro golpe na história do CLA e do programa espacial brasileiro.

O diretor do CLA, o coronel Luciano Valentim Rechiuti, disse que a nova torre foi construída conforme as recomendações de dois relatórios, o da investigação da FAB e o de uma empresa de consultoria russa.

A FAB criou sistemas de fuga para os técnicos, automatizou vários procedimentos, construiu uma casamata a poucos metros, para restringir ao mínimo necessário a presença de pessoas na torre, e reforçou o sistema de proteção das descargas atmosféricas.

“Nós trabalhamos sempre para chegar próximo do risco zero. É uma atividade de risco? Sem dúvida nenhuma, mas trabalhamos para minimizá-lo”, disse o coronel.

FONTE: Folhape.com.br

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DOUGLAS TARGINO

Melhor que nada! Pelo menos ganhamos algo e não temos despesas sem lançar porcaria nenhuma.

Delfim

140 milhões de reais não pagam 1/4 de um F-39.
Se fosse para pagar os 108 F-39 pretendidos, quando acabasse estaria se usando a NCC-1701 Enterprise ou a Battlestar Galactica.

Jr

O pior nem é isso, mas creio que para Alcântara ser minimamente competitiva em relação a outras bases de lançamento teria que se investir um dinheiro considerável lá, posso estar enganado, mas existe somente uma torre de lançamento lá, nela não da para colocar um falcon 9, ela é pequena demais, fora toda a infraestrutura para levar partes do foguete até a base, ele viria como dos EUA/EUROPA? De avião, de navio? Ele viria em partes provavelmente, e quanto custaria descarregar essas partes e levar para a base? Esse papo de 30% de economia de combustível poderia fazer brilhar os… Read more »

marcus

Transmissão de pensamento.Deveriam fazer os EUA pagar 2 Gripens por anos de uso.

BILL27

Dinheiro de pinga

Victor Moraes

Estará “pegando-o-boi” se fechar um acordo com os EUA, pois de acordo com o “andar-da-carruagem”, este centro de lançamento perderá totalmente suas vantagens competitivas com o surgimento de novas tecnologias de lançamento.

Jr

Eu li esse artigo a um tempo atrás falando sobre os problemas de Alcântara, não sei se é verdade, mas e acho que valeria o debate

https://meiobit.com/380649/spacex-nao-vai-vir-ao-brasil-ninguem-importante-quer-base-de-alcantara-para-lancar-foguete/

Edmilson Sanches

Bom artigo.Triste,mas a realidade.

SmokingSnake ?

Matéria mais sensata. Recomendo entrar no google e colocar no modo street view para ver como o porto e as vielas são pequenas e precárias, acho que não passaria nem o próprio VLS por ali, muito menos isso:
comment image

SmokingSnake ?

*google Earth

lusojunior

Cogitou-se tempos atrás a reativação de um antigo porto, na localidade Itaúna, cerca de 40km distante da base, para justamente solucionar esse problema da logística, ficando o porto sob administração do CLA, mas também custaria rios de dinheiro, pois já não existe estrutura alguma ali.
Atualmente existe o porto do Cujupe, utilizado por balsas que fazem a travessia da Bahia de São Marcos, que separa São Luis de Alcântara, em distância parecida com o de Itaúna.
Ambos dariam acesso pela MA 106 ao Centro de Lançamento.

Cadu

Não é muito dinheiro, mas já é mais do que a união investe. Infelizmente, esse é o retrato do nosso país.
Eu sinceramente, vejo talvez uma parceria com os suecos na área de satélites como muito interessante. Acho que seria uma parceria que seria bom para todos.

Fulcrum

Elon já disse que não quer nem saber de base aqui.

Humberto

Então,
Se o programa tivesse sido aprovado em 2001 ou seja, 17 anos atras, se estivesse faturando a 15 anos seria 2,715 Bilhões de reais. Em dólar de hoje quase 700 milhões de doletas. 170 milhões é muita grana, quantos de voces trabalham em empresas que tem uma visão de aumentar o faturamento em 170 milhés em 5 anos? São raros.
Em negócio, não tem dinheiro de pinga não, entrar dinheiro é lucro. Hoje, CLA é só despesa.
Cada um viu!!!

Vitor

Disse tudo!

Ozawa

“Alada” é um acrônimo mítico e vanguardista na FAB, remonta aos anos 1970 e à 1ª ALADA, com seus metálicos e inovadores Mirage IIIE. Que a nova Alada seja tão vanguardista e inovadora como sua homônima histórica.

Walfrido Strobel

Qualquer dinheiro que entre é lucro, só não gostei desta empresa sendo do MinDef, vai acabar este dinheiro pagando manutenção de navio.

Diogo araujo

Só pra lembrar pessoal, o circo está pegando fogo no cenário internacional com a derrubada do aviao russo, estes estão ameaçando uma retaliação… mas continuemos com a notícia de alcântara…

Cristiano GR

“Mantido com recursos federais que variam de R$ 20 a R$ 40 milhões anuais, fora os salários de 900 servidores, o CLA foi usado até agora apenas para lançamentos chamados suborbitais” Que absurdo, por isso que a pesquisa espacial não vai p frente. E o mais caro nem é o investimento federal, mas os salários de NOVECENTOS servidores. Barbaridade! 900 pessoas mamando para não se ver nenhum foguete sendo lançado ao ano. Isso é loucura, é rasgar dinheiro do contribuinte, vou entrar com uma ação no MP para não pagar mais impostos. Isso é ridículo. Incompetência. Burrice. Aproveitamento. Descaso .Gente… Read more »

Guilherme santos

4 mil de salário é magnata ???
Tá com inveja de funcionário publico pq não tem capacidade de passar em concurso ?
São 900 funcionários entre eles, técnicos, cientistas,engenheiros etc…
Tu acha que com 10 nego se consegue lançar um foguete ?
Me diz quantos funcionários a NASA TEM ? Quantas pessoas participaram dos projetos da apollo entre outros ?

Petardo

Gente mamando? Agora o servidor é o culpado pelo desinvestimento que o governo promove na área espacial? Ele tá lá pra trabalhar. Se o governo não tem um projeto sério pra isso o último dos culpados é o servidor.

Sagaz

Não é vquestao de capacidade de passar em concurso público, é de não ter estômago para essa vida. É mamata sim.

Por mim vendia essa base no mercado, imagina isso na mão da iniciativa privada, na mão do estado fica aí esse engodo, cabide de emprego igual a maioria das instituições.

Transforma isso numa empresa e deixa o governo com uma Golden share, estilo Embraer, daqui a 20 anos veremos o resultado

Darley Vieira Lages

A média dos salários dos funcionários públicos federais, somando tudo o que eles realmente recebem, é de R$8.900,00. Hoje, de cada oito trabalhadores, um é funcionário público (municipal, estadual ou federal) e ganha mais do que os outros sete. Isto está quebrando o Brasil. O trabalho dos funcionários público e absolutamente essencial, mas eles não podem ser em número muito maior que o necessário, porque eles são custo sobre os outros trabalhadores produtores da riqueza nacional. Exemplo: No Rio Grande do Sul, em 2010 tínhamos 137.170 professores para 2.471.334 estudantes, o que dá uma média de 18 alunos por professor,… Read more »

BILL27

Compensa mesmo o Brasil continuar gastando dinheiro neste projeto espacial ?
QUanto ja foi gasto e qual sua efetividade ? E a parceria com os Ucranianos ? Quantgo gastamos e o que de fato conseguimos com aqeula parceria ? A unica coisa que me lembro de sucesso efetivo foi o lançlamento do satelite geoestacionario .

jose luiz esposito

A Argentina não tem uma Base ** Estratégica ** como esta , não fez parceria ou alugou coisa alguma , separa uma verba muito maior que a nossa , seu governo não criou a base e deixou criarem em torno reservas de indios ou quilombolas nenhuma , e esta a frente do Brasil , vejam o Tronador , e nós aqui com todos os problemas , ainda vem a Desgraça do Ministério Público contra os interesses da nação com os Quilombolas , que estão fazendo pressão por também quererem uma boca rica as custas da nação ! O Governo brasileiro… Read more »

Bardini

O dinheiro fica na conta da FAB?

Petardo

Da FAB não fica. A legislação não permite.

O que pode acontecer é ficar em poder de uma empresa estatal criada para o propósito deste negócio. A limitação é que este dinheiro só poderia ser utilizado para as finalidades desta empresa, ou seja, ligadas à atividade aeroespacial.

A alternativa é fazer o contrato em nome da união e o dinheiro ir direto para o caixa único do tesouro nacional.

Bardini

Se o dinheiro vai para a empresa criada e a empresa estiver sobre o comando do Ministério da Defesa, o dinheiro não vai estar pingando na conta do programa espacial. AEB e o INPE estão sobre o comando do MCTIC, que provavelmente não será o controlador da ALADA. . O que definitivamente não consigo entender, nesse caso da ALADA é o seguinte: Pra que raios serve a AEB? . A AEB/MCTIC não tem competências para gerenciar esse negócio, então é necessário criar mais uma “empresa estratégica”, tipo uma Emgepron, para cobrir esta finalidade de gerenciamento e montar a partir disso… Read more »

João

Se forem taxas por prestação de serviço, como o texto aparentemente aponta, podem constituir receitas próprias sim. Depende da lei que criar a taxa. E, neste caso, ficam com a unidade gestora (UG) para que uma unidade orçamentária (UO) vinculada a utilize, desde que haja previsão orçamentária de despesa, a qual é feita no exercício anterior. Tem que ver qual será a UO. O CLA pode ser uma UG e uma UO, não sei. A UG também pode repassar a arrecadação para outra UG, para “criar” receita lá. E se a lei que criar a taxa não vinculá-la a alguma… Read more »

Willber Rodrigues

“A estimativa do órgão é que seria possível arrecadar R$ 140 milhões por ano apenas com as taxas de lançamento – cinco vezes o valor médio anual investido pela União no programa espacial nos últimos dez anos, segundo a FAB.´´

Essa pequena parte do texto já diz muita coisa…E isso porquê 140 milhões de reais, anuais não é lá essa quantia…

João Francisco

Meus Deus, mais uma estatal!!!!!!! Como aqui se gasta com funcionários públicos, com resultado ZERO!!!!!! Inacreditável, tem que acabar isso, façam um FMS, governo a governo direto, sem estatal no meio, o Brasil tem até estatal de trem bala sem ter trem bala!!!!! E ainda querem manutenção de museus, as universidades gastam mais com folha de pagamento do que com pesquisa. Brasil país de tolos.

Guilherme santos

Me lembra as forças armadas seu texto. Paga-se mais com salário do que com equipamento. Mas pros generais 10 estrela que ficam no escritorio vale a pena pagar salário né.

Gabriel Nery

Seja mais sensato e pense! Você reclama e não sabe nem do que está falando. Eu como funcionário público sinto vontade de “chutar o balde” quando todo santo dia eu tenho que brigar com dirigentes que são indicados políticos (estes sim, tentam de todas as maneiras de roubar o nosso dinheiro) e empresários que mentem descaradamente que prestaram o serviço corretamente para vir um santo como você e dizer que funcionário público tem nenhum resultado. Sua vida é muito do que é por causa do trabalho de milhares de funcionários públicos. Você está criticando quem trabalha. Vá reclamar daqueles que… Read more »

Celso

Prezado Gabriel…….voces funcionarios DO publico , tergiversam sobre suas habilidades e outros quetais. Voces sao a maioria dita qualificada por que acreditam que um concurso publico os colocam nas alturas da competencia. Mas a realidade e que voces se submetem aos desmandos e se garantem com seus ditos pauperrimos salarios, alias , salarios que sao pagos pela maioria absoluta da populacao. Porque voces nao metem o pe e fazem greve para enxotar esses ditos vagabundos indicados e passem voces mesmos a apoiar uma legislacao que de merito e promocoes aos mais competentes e honestos. Vopces ficam parecendo uma criancinha que… Read more »

Stene Nilton

Eu lamento que alguns prefiram que aquilo lá fique abandonado do que receber aporte de qualquer natureza.
Não sei se é falta de visão ou ideologia.

JT8D

É estupidez mesmo

Aldo Ghisolfi

Walfrido Strobel, boa noite!
ACHO que todo dinheiro que entrar é bom, desde que mantida a situação de dominialidade nacional.
PENSO que toda a verba que arrivar haverá de ser um valor vinculado, pois que oriundo de um ato administrativo vinculado, valor afetado pela destinação, instituto pelo qual se consagra um bem à produção efetiva de utilidade pública.
OS acordos, se os houverem, deverão explicitar estes pontos, em nome da legalidade e da transparência.

Gabriel Nery

Concordo com você.

jagderband#44

FAB?
Salvo engano esse dinheir vai para o caixa único da união.

Darley Vieira Lages

Em 20.000 hectares, usando-se as técnicas mais avançadas, da para criar no máximo cinco mil cabeças de Angus. É impossível com isto faturar 140 milhões de dólares limpos. Para criação extensiva, 20.000 hectares são uma propriedade pequena. mas são uma bela área para produção de grãos. O problema é o clima daquela região. Cobrar pelo uso da base é um ótimo negócio.

Marcos10

Dois erros:
1) Nos deixamos tomar pela ideologia ao não assinarmos o aluguel com os EUA lá atrás. A coisa se comprova quando analisamos o tratado com a Ucrânia, que foi nos mesmos termos.
2) Quando do acidente com o VLS, embora tenhamos perdido grande parte dos engenheiros, o projeto em si continuou existindo. E ai abandonamos aquilo que era um projeto nosso para irmos atrás da tal transferência de tecnologia.

Se tivéssemos feito os dois, hoje provável teríamos uma parceria com muitos resultados.

Camillo Abinader

O Brasil é uma colônia, sem poder e independência tecnológica e militar, consequentemente sem independência econômica e política, e não adianta tentar mudar, o Brasil parece gostar de ser assim, vamos agora competir com a Guiana
Com relação aos 8 que dominam a tecnologia
EUA, China, Rússia, Índia, Agência europeia, Japão, Irã e Israel

ALEXANDRE

140 milhoes de reais sinceramente não é nada poderia ser o dobro no minimo,mas,fazer o que

Joli Le Chat

O triste do Brasil é vender paisagens naturais, por do sol maravilhoso, céu de Brasília mais bonito do mundo, maior rio do mundo, maiores reservas do mundo… E agora, como maior destaque, a localização do centro de lançamentos. Indústria, ciência, tecnologia e realizações nunca aparecem como destaque.
É muito chato ser pessimista, mas está difícil não ser.

Ronaldo de souza gonçalves

Aó deveria esperar o outro governo e outro congresso, 140 mi é muito pouco mesmo não compra nem um grispen.vamos desenvolver misseis lá misseis militares que tal um booster com um sonda na ponta é outros tipos .

Santiago

Não compra um grispen, mas compra um Drasken ou Visggen, fabricados na Suéscia.

Pedro Pinto

Esse “grispen” tá difícil mesmo de sair do imaginário popular…
“Drasken”, “Visggens”, e “Suescia” foram ótimos, as vezes o sarcasmo é mesmo a melhor saída…

Observador

Boa noite! Então, 140 milhões de rendimentos com o CLA?! Está ótimo! Se poderia ser melhor? Bom, vamos lembrar que antes não rendia nada para o nosso povo. Agora, Alcântara, vai passar a ser um ativo para o povo brasileiro e não um passivo. Se nós, enquanto país, não percebermos que muito mais estratégico para a nação é o nosso povo, e menos o que está abaixo ou acima da terra, dai, sim, caminharemos firmes rumo à civilização, que o diga as grandes nações industrializadas, educadas e com excelente sistema de bem estar social como o Japão, Israel, Coreia do… Read more »

JT8D

O Brasil só será um país rico se um dia conseguirmos vender burrice

Douglas Ramos

E carnaval, claro

Kommander

Só?

Rodrigo Martins Ferreira

Só 140 milhões ? Vão abrir um Hophari lá ?

Fabio

Os governantesjá pensam em criar + uma estatal pra empregar os amigos do rei, esse Brasil não tem jeito! Veja o caso do trem bala fantasma no Brasil não existe e custa uns $50 milhões por ano, pior que nem existe!

José de Fátima Nogueira Peixoto

Não foi no final da Ditadura Militar, foi no Regime Militar.

José Geraldo

No ano passado o Michel Temer entregou a tecnologia das ultracentrífugas de enriquecimento de urânio para os EUA.
Agora vai entregar a Base de Alcântara.
É o fim da nossa soberania e submissão total ao colonialismo.
Dentre os países grandes em território, população e economia, o Brasil é o único que não é potência regional e fica de quatro para outras potências.
É o único que não tem um programa nuclear dissuasivo.
E que ninguém venha me chamar de esquerdista, muito pelo contrário.

100nick-Elã

A nossa soberania vendida por 30 dinheiros?

JT8D

Que soberania? Somos um país governado por uma organização criminosa com ramificações internacionais. Falar em soberania numa terra sem lei e nem justiça chega a ser cômico. De um jeito ou de outro seremos vendidos a quem pagar mais. O maior inimigo do Brasil está dentro do próprio país

João Francisco

José Geraldo, se não fosse os últimos governos de esdquerda, incluindo o Temer, que assaltaram o Brasil, quem sabe a gente seria tudo isso que vc colocou, nunca se esqueça de quem o Temer era vice, das dívidas perdoadas de países africanos, das roubalheiras na PTrobrás (enquanto os funcionários ficavam quietinhos), das pedaladas fiscais, das dívidas com empréstimos do BNDES que foram caloteadas, do rombo nas contas de luz, dos 14 milhões de desempregados…Não foi só o Temer não… O verdadeiro entreguismo foi falir o Brasil.

Wellington Góes

Se este dinheiro for para investimentos na força, será uma boa, agora se for para arcar com gastos de pessoal, especialmente às pensões……. Melhor tirar isto das mãos da FAB.

jose luiz esposito

Vamos lá , nos últimos dois anos , o legislativo avançou em 1.7 Bilhão de reais para o fundo eleitoral , e aumentou para 7 Bilhões o Fundo Partidário , mas para os interesses nacionais ZERO ? A Argentina com todos os deus problemas , não deixa seu programa espacial chegar a este ponto , esta em pleno vapor o seu Lançador Tandanor e investe mais de 10X que o Brasil , não tem uma Base como a nossa , aliás só tem uma Base de lançamentos em Punta Índio , enquanto temos duas , claramente a Falta de vergonha… Read more »

Luiz Floriano Alves

Mas vamos criar mais uma empresa estatal? Isso cheira a cabide de empregos. Já vimos milhares de cargos em comissão em obras ainda inexistentes (Transposição…). Se deixar os políticos tomarem conta, vira mais uma fonte de corrupção.

jose luiz esposito

Para nós e principalmente os politicos e o militares e mp brasileiros reflitam , enquanto os argentinos avançam e com muito mais problemas economicos que o Brasil , nós estamos andando para trás ,alugando base , criando quilombolas em áreas de interesse nacional , etc .
htpp://www.conae.gov.ar/index.php/esp… link de um lançamento noturno.

João Francisco

Mais um cabidão de empregos, em pouco tempo vai consumir mais do que o que a base vai arrecadar por ano, impressionante a capacidade do Brasil em produzir burocracias, barnabés e jogar dinheiro público no ralo, enquanto não privatizarem TUDO, reduzirem o números de ministérios para 12 ou 15, reduzir o números de funcionários públicos à 1/5 do que é hoje, o Brasil não vai decolar NUNCA!

Hawk

Concordo com a maioria dos comentários, será só mais um cabidão de empregos públicos. Então que privatiza-se tudo, para gerar emprego para a população. Só que no Brasil, privatização ao invés de abrir o mercado, abre o mercado somente para as empresas ligadas ao Estado (é só ver o que houve com as telecomunicações). Aqui realmente não é lugar para se investir sendo amador.