Baade 152, o primeiro jato comercial alemão
O Baade 152, também conhecido como Dresden 152, VL-DDR 152 ou simplesmente 152, foi o primeiro jato comercial alemão. Foi construído e testado em Dresden (Alemanha Oriental) entre 1956 e 1961, mas não entrou em serviço. O “152” representa o desenvolvimento final na família de aeronaves Junkers, que terminou com os “aviões de desenvolvimento” (Entwicklungsflugzeug – EF).
A aeronave foi batizada em homenagem ao designer do avião, Brunolf Baade. Apenas três protótipos de aeronavegabilidade foram construídos; dois deles fizeram três voos. O primeiro protótipo V1/I (DM-ZYA) foi derivado do bombardeiro a jato Samoljot 150 ou Alekseyev 150 projetado por antigos engenheiros da Junkers na União Soviética. Incluía um trem de pouso em tandem e nariz envidraçado para o navegador, que era uma característica comum em muitos aviões do bloco oriental.
O trem de pouso do 152 era incomum para um avião de passageiros em que o trem principal estava alojado ao longo da linha central da fuselagem com as rodas de sustentação nas pontas das asas (semelhante ao mais conhecido Boeing B-47). A cauda do avião foi testada em uma aeronave movida a hélice, a soviética Il-14, que foi construída sob licença na Alemanha Oriental.
O voo inaugural desta aeronave ocorreu em 4 de dezembro de 1958 e durou 35 minutos. A aeronave foi perdida em seu segundo voo em um acidente em Ottendorf-Okrilla em 4 de março de 1959, matando toda a tripulação. As razões para o acidente nunca foram totalmente investigadas e os resultados da investigação limitada só foram divulgados em 1990.
Os voos de teste continuaram com o segundo protótipo V4/II (DM-ZYB). Este segundo protótipo tinha uma configuração de trem de pouso diferente, com uma configuração incomum do trem de pouso principal compartilhando o mesmo pilone que os motores. Esta aeronave também abandonou o nariz envidraçado para o navegador.
O terceiro protótipo, V5/II (DM-ZYC), serviu apenas para testes de solo.
Os testes de voo chegaram a um fim abrupto depois de apenas três voos, quando foi descoberta uma séria avaria nos tanques de combustível, interrompendo o fornecimento de combustível suficiente durante a descida íngreme. A questão de saber se essa falha de projeto contribuiu para a queda do primeiro protótipo ainda não foi respondida.
Ainda havia cerca de 20 aeronaves em produção para a companhia aérea estatal da Alemanha Oriental, a Deutsche Lufthansa, até meados de 1961. Naquele momento, o governo da Alemanha Oriental interrompeu todas as atividades da indústria aeronáutica, já que a União Soviética, que promoveu seu próprio projeto, o Tu-124, não quis comprar nenhuma dessas aeronaves ou apoiar qualquer desenvolvimento futuro.
Todos os exemplares da aeronave foram descartados, embora atualmente haja uma restauração da fuselagem abandonada do 152/II#011, que foi iniciada em 1995 na EADS EFW (Elbe Flugzeugwerke GmbH) em Dresden, que é o sucessor direto do VEB Flugzeugwerke Dresden.
A Industriewerke Ludwigsfelde (IWL), perto de Berlim, fez os motores Pirna 014 e ficou com 30 motores concluídos depois que o projeto foi cancelado. Estes foram usados mais tarde para propulsar navios-varredores da Volksmarine (Marinha do Povo).
FONTE: Wikipedia
Alguém algum dia já disse: “Avião para ser bom e voar bem, tem que ser bonito”
Que bicho mais horroroso. Fruto de um regime fechado e de um país submisso e ocupado por uma potência estrangeira que não necessariamente deseja seu bem.
O comunismo é tão bom, funciona tão maravilhosamente bem para trazer prosperidade que foi com certeza o acaso que fez com que os Alemães, um dos povos mais capazes em engenharia da terra, produzissem um monstrengo desses.
Agora tá explicado a que fim levou a Junkers: foi toda para a Russia.
No caso, mão de obra escrava.
Avião civil de asa alta e nariz envidraçado ? Aham…
Isso aí é um bombardeiro travestido de aeronave comercial.
Os soviéticos tb fizeram versões civis do Tu-95.
Na década de 1930, os alemães construíram uma série de aeronaves civis voltadas à rápida conversão para bombardeiros, coisa imitada pelos italianos na mesma época.
Como dizem, velhos hábitos são difíceis de se perder…
Do 17, Ju 88… nem o Fw 200 escapou.
Mas o Do-17 era militar mesmo. Ruim do “lápis voador” levar passageiros naquela fuselagem esguia.
Alguem mais notou uma “pegada” dos b47/52 neste avião?
Uma espécie de cópia adaptada para aviação Civil.
Quando vi a foto na chamada da matéria na Home, pensei logo no B-52.
Pena que o primeiro protótipo foi destruído. Seria uma bela peça de museu.
Incrível como uma boa matéria sobre um projeto de 60 anos vira um desfile de citações sobre o comunismo, mão de obra escrava e comunismo X capitalismo.
E claro que se fosse um bom projeto a URSS aproveitaria, mas a Russia ja tinha em andamento projetos superiores.
É a trágica guerra fria brasileira que povoa a mente de muitos.
Sábias palavras
Hehehehehe, sou um assinante ja faz um ano, bom saber que tem mais gente.
O Wendover Productions e o Real Engineering tbm são muito bons.
Esse não conhecia, me lembra muito aqueles “bombardeiros alemães a jato” que nunca entraram em combate na WWII, como tenho no meu antigo livro, “Bombardeiros a Jato”.
Bombardeiro civil uai, porque não!?!?
LEMBRA muito os aviões russos (projetos), tanto o reator como as asas.
Deutsche Lufthansa é ocidental. A aérea daquele satélite soviético era a Interflug