Israel: Boeing pode vetar oferta de avião-tanque da IAI
A Boeing não permitirá que a Israel Aerospace Industries converta seus aviões em configurações de reabastecimento aéreo para a IAF
Enquanto a Israel Aerospace Industries (IAI) pretende ser a fornecedora de um dos maiores programas de aquisição de defesa israelense nos próximos anos, para aviões-tanque para a Força Aérea de Israel (IAF), a gigante aeroespacial americana Boeing pode colocar um sério obstáculo em seu caminho. Fontes informam ao Globes que a Boeing não concederá licenças à IAI para converter seus aviões para a configuração de reabastecedores. Tal restrição significa que a IAI pode ficar fora da corrida para fornecer os novos aviões-tanque da Força Aérea de Israel, pois sua proposta é baseada na compra de aeronaves Boeing 767 usadas no mercado aberto e na conversão para reabastecimento aéreo de aviões de combate.
A Boeing tem um claro interesse em retirar a IAI do programa de compras que vem tomando forma no Ministério da Defesa e na Força Aérea Israelense por um longo tempo, já que é considerado o principal candidato para ganhar a encomenda, estimada em centenas de milhões de dólares. A Boeing está oferecendo à Força Aérea de Israel seu novo KC-46, que também é baseado no 767. Um primeiro avião desse tipo será entregue em dois meses à Força Aérea dos EUA, que receberá quase 200 deles nos próximos anos.
A IAI, que já venceu negócios semelhantes no Brasil e na Colômbia e concorreu a outros contratos, está convencida de que sua proposta é mais atraente do que a da Boeing, já que pode vender essas aeronaves à Força Aérea de Israel pela metade do preço. O KC-46 custa de US$ 250 a US$ 300 milhões, enquanto a IAI está oferecendo sua aeronave convertida por US$ 150 milhões, sem redução significativa de capacidade e desempenho.
Empregos para 500 trabalhadores
Fontes de defesa afirmaram nos últimos dias que o trabalho no programa não está completo e que o assunto ainda não foi considerado nos mais altos níveis das IDF (Israel Defense Forces) e do Ministério da Defesa. No entanto, as empresas de defesa de Israel têm a impressão de que o Ministério da Defesa pretende comprar os aviões da Boeing, entre outras coisas, a fim de permitir que o acordo que está sendo formulado seja financiado por ajuda militar dos EUA. A essa consideração acrescenta-se a nova limitação que impedirá que Israel converta um quarto da ajuda em shekels, como fez no passado, a fim de usá-lo para aquisições em Israel.
Fontes da indústria de defesa alertam que a decisão de comprar aviões nos Estados Unidos representará um golpe para a IAI e comprometerá os empregos de pelo menos 500 funcionários. A questão está criando tensão na IAI, que precisa muito desse pedido do Ministério da Defesa, tanto quanto para preservar seu know-how e consolidar seu status em aviões-tanque, área na qual apenas Airbus, Boeing e IAI operam.
A restrição que a Boeing deve colocar à IAI no contexto da licitação para fornecer aviões-tanque à Força Aérea de Israel é bem conhecida do establishment de defesa israelense. “Esta é uma restrição séria, lamentavelmente, e há um arrependimento genuíno, a IAI está excluída do processo”, disse uma fonte de defesa envolvida no assunto ao Globes.
Segundo a fonte, qualquer aeronave da Boeing que a IAI converter de configuração de passageiros para configuração de carga ou tanque de combustível deve receber uma autorização especial da Boeing, como fabricante e dona da propriedade intelectual no projeto da aeronave. Uma fonte próxima à Boeing confirmou isso ao Globes e disse que, para receber as licenças necessárias, para cada aeronave da Boeing que a IAI converte para um uso diferente, paga à Boeing entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão. “Como faria sentido para a Boeing dar à IAI tal permissão quando está concorrendo contra ela na mesma disputa?” disse a fonte.
Os atuais aviões-tanque da Força Aérea de Israel são Boeing 707 convertidos pela IAI no início dos anos 80, e a IAF procura substituí-los.
O comercio de armas é algo realmente sujo, onde um parceiro hoje na conversão, que tira aeronaves da indisponibilidade e o coloca de novo como cliente da Boeing, de um dia para o outro vira inimigo por ameaçar a venda de novos.
Não é negócio sujo, é negócio. E acontece em qualquer área, não apenas o da defesa. Ninguém desenvolve um produto e aceita passivamente que seja copiado ou adaptado, quando lhe rouba vendas, mesmo potenciais.
Bem isso.
Amigos, amigos, negócios à parte!
Tio Jacó pode vir à Embraer comprar KC-390.
Walfrido, não penso assim! É aquela velha história: quer ser independente, investe tempo e dinheiro (muito, muito mesmo) e crie seus produtos sem depender de nada de ninguém. Do contrário, submeta-se às regras de quem o fez….
As grandes indústria s de defesa dos EUA não chegaram onde estão sendo “boas” ou “éticas”, a parada é duríssima.
No caso específico, onde é que erra a Boeing? Em não conceder licença de conversão dos aviões que projetou e construiu para que seu competidor direto ganhe a concorrência?
Uma opção é buscar A330-200 no mercado de usados, isso se a Airbus não querer fazer o mesmo que a Boeing….
Veremos!!
Messingelismo americano tem limites. Se bem que no final o KC-46 vai ter desconto e FMS. Aí vale a pena comprar mesmo.
Será que a Airbus autorizaria a IAI a fazer a adaptação nos seus A300?
O porte é equivalente ao 767.
O A300 é muito antigo, em caso de crise poderiam converter A310, mas também é antigo, não sei se encontrariam alguns com horas disponíveis que valham a pena uma conversão.
A Alemanha e Canada usam o A310MRTT, mas a IAI não é autorizada da Airbus para conversão ainda.
Os 767 tbm são muito antigos. São no mínimo contemporâneos.
A FAB é diretamente atingida com essa restrição, pois o KC-X2 é exatamente o 767 convertido pela IAI.
Será que a Boeing tem cacife político para encarar os intereses da IAF?
Quem é a Boeing para enfrentar o lobby judeu nos Estados Unidos.
Tadeu Mendes
Não fale bobagens. Quando se trata de empresas estadunidenses envolvidas, o lobby judeu não serve para nada! Afinal, boa parte do dinheiro usado nessas compras já é do próprio contribuinte norte-americano, nada mais justo do que essa grana voltar para o país deles. Esses 500 empregos dos quais fala a matéria por exemplo nem existiriam sem a ajuda do EUA… aliás, Israel não existiria sem a ajuda de Washington, então estão reclamando de barriga muito cheia!
ODST, Não é bobagem não, o Lobby Judeu é considerado o mais poderoso junto ao congresso americano, agora se vão usar este poder para bater de frente, para permitir que aviões usados possam ser convertidos, é uma outra história. Com certeza Israel vai usar esta proibição da Boeing para conseguir algo a mais, quem conhece um pouco dos Israeleses (não vou colocar Judeus pois pode soar depreciativo) sabe que eles são duros (no meu caso sempre foram justos comigo) para negociar. A encomenda dos F-15 pode ir para o saco, caso o problema saia da esfera entre empresas e suba… Read more »
Tem e muito, não é por nada que o CEO da Boeing foi o único que continuou do lado do Trump depois que aquele conselho de CEO montado por ele se desmanchou, o Trump já visitou várias vezes a fabrica da Boeing nesses dois anos de governo e não custa lembrar que essas compras Israelenses são com dinheiro de ajuda americana, portanto seguindo a sua politica atual o Trump vai exigir que Israel aplique o buy américa e crie emprego nos EUAJ
Não é bem assim…
Embora a Boeing esteja em uma posição privilegiada perante a administração Trump existem outros interesses de ordem geopolítica envolvidos. Por esse motivo vão acabar chegando a um meio termo, algo como a Boeing fornecer as células dos KC-46, que seria enviadas para Israel e convertidas nas instalações da IAI segundo os requisitos da Heyl Ha’Avir. Todo mundo ganha, os empregos permanecem onde estão e os países avançam na colaboração.
Não é bem assim! existem outros interesses geopolíticos envolvidos ai! Por esse motivo certamente os países chegarão a uma solução intermediária.
De uma forma ou outra, pois alguém vai bancar o prejuízo.
Rinaldo Nery
Como anda o projeto KC-X2? Já atualizaram algum 767?
Olá Cel. Tudo bem?
Creio que não seria o caso. A matéria não informa, mas, se a memória não me falha, já li que seriam cerca de 10 aviões, ou seja, uma quantidade razoável. Pelo que me lembro também, o plano era de aeronaves novas… desculpe o erro, se for o caso. Outros podem corrigir ,minha fala.
No nosso caso, é certa a aquisição de aeronaves usadas (usei no plural a palavrana esperança de ser mais de uma, mas é esperança minha só :-D).
Confuso o seu comentário. Nossas aeronaves serão usadas, e a matéria diz, especificamente, que a IAI não pode modificá-las.
Rinaldo,
Me metendo na conversa de vcs:
Meu entendimento, ainda que o texto seja ambíguo, foi de que a autorização necessária da Boeing para conversão de aeronaves usadas não seria dada para este programa específico em andamento, em que ela também concorre com aeronaves novas. Ao menos foi o que entendi, mas o texto dá margem a mais de uma interpretação.
Os EUA vão nos oferecer, certamente, quantos KC-135 usados, via FMS, que quisermos. Mas o custo operacional (4 motores) é bem superior ao 767.
Só pra esclarecer: Não fiz qualquer referência a KC-135.
A essa altura o oferecimento dos Kc-135 não tem sentido algum até porque já desativamos os KC-137.
Quanto ao 767, existem muitas células dos modelos 200ER e 300ER estocadas nos EUA. Recentemente o New England Patriots comprou dois -300ER da AA pelo preço unitário de US$ 11 milhões.
A Boeing não se opôs a conversão do 767 do Brasil ou Colômbia porque sabe que estes países não tem cacife pata comprar um avião tanque novo, esta restrição atual é só para Israel.
Lamento a falta de clareza Cel. Tentei argumentar que já havia lido que seriam aeronaves novas e em número considerável, por isso talvez o veto. No nosso caso, seriam de aeronaves usadas, e uma (ou poucas), o que seria o caso de veto, pois a Boeing não modifica aeronaves usadas…. Sorry.
Obrigado, Carlos. Agora entendi. Tireless, a oferta de KC-135 faz sentido, sim. Nossos KC-137 eram ex Varig, convertidos, muito voados. Desativamos porque eram velhos. O custo de manutenção estava muito elevado. Não é o caso de alguns KC-135 da USAF.
Cel Rinaldo, não é mais barato comprar um 767 e converter em aeronave reabastecedora do que ir até o AMARG, selecionar alguns KC-135 e pegar pela conversão do mesmo no padrão -R, que implicará a troca dos motores TF-33 pelos CFM-56 e também a modernização da suíte de aviônicos?
Eu entendo que essa restrição seja somente para o programa da IDF/AF. Conversões de uma ou duas unidades, como é o caso do Brasil, que inclusive não busca aeronaves novas (caso do KC-46), acho, apenas acho, que não seriam motivo de negativa por parte da Boeing à IAI.
Vamos ver se a Boeing vai encarar o cancelanento da encomenda de 25 F-15IA feita pela IAF.
Quem está cutucando a onça com a vara curta aqui é a Boeing.
duvido que isso aconteça, quem precisa dos EUA é Israel e não o contrário, não inverta os valores. Se isso fosse verdade estaríamos vendo centenas de IAI Lavi voando por aí, quem sabe até na FAB, mas não foi isso o que aconteceu. Acho divertido o endeusamento que alguns fazem de Israel…
Duvido que os EUA não ganhem nada com essa aliança com Israel. Se fosse o caso, já teriam abandonado os judeus há muito tempo . . . Mas isso faz parte do negócio e é por isso que eles continuam a ser uma superpotência.
Marcelo,
Eu vou qualificar o seu comentário ingênuo.
Você está muito longe e desconectado para entender a influencia de Israel/AIPAC dentro dos Estados Unidos.
ingênuo…aham…me explica então por que os EUA barraram a venda de aviões radar da IAI Elta para a China, contrato de bilhões de dólares e com a 1a aeronave pronta para entrega. Parece que esse lobby não é tão forte assim? Como se os EUA iriam colocar os interesses de Israel acima dos seus próprios interesses geoestratégicos!
Marcelo e Tadeu, muita calma nessa hora!
A entrega dos Phalcon para a China foi barrada porque o avião usa tecnologia norte-americana, todo país salvaguarda sua tecnologia. Contudo se a Boeing barrar pura e simplesmente a conversão dos aviões em tanques pode ser um tiro no pé. Nesse cenário as partes vão chegar a algum tipo de acordo.
Israel vai preferir fechar a IAI do que deixar de receber os F15, a defesa aérea é a coisa mais importante para eles, é o que salvou o Estado de Israel em inúmeras oportunidades.
Os F-15 serão encomendados. A IAF precisa deles. Simples assim.
hahahahahahahahaha….. viajou na maionese agora amigo, esses F-15 estão sendo pagos pelo contribuinte americano, Israel precisa deles e vai aceitar de bom grado quietinho. Como Trump é imprevisível quem não deve cutucar a onça com vara curta aqui é Israel, não vai querer comprar briga com os EUA por causa da IAI, acho mais fácil eles comprarem o avião direto da Boeing e pedirem, se possível, que a IAI se envolva de alguma forma no projeto. Israel precisa mais dos EUA do que o contrario, não inverta a realidade da situação
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Será que a Boeing neste caso esbarrou na legislação anti-BDS ?
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Não custa lembrar o caso do Lavi.
hauhauhau, deu ruim ! Mais ou menos o que aconteceu com o IAI Lavi vs F-16. De qualquer forma, deve ser mais vantajoso economicamente comprar KC-46 novos via FMS do que comprar conversões de 767 usados. Quem perde são os trabalhadores da IAI, mas fazer o que…resta saber se o veto sera só para esse negocio com a IDF AF ou se valera para outros contratos como o hipotético com a FAB. Para nos vai ser ruim, porque os KC-46 sao bem mais caros e o empréstimo via FMS não deve ser tao vantajoso como para Israel…
Vão chegar certamente a um meio termo que agrade a todos, algo como a Boeing fornecer KC-46 novos e parte do trabalho ser executado pela IAI.
O Boeing 767 é uma aeronave com centenas pra não dizer milhares de unidades em uso, vamos supor que um país como o Irã compre 2 ou 4 destes e tenha capacidade de converter em aviões de reabastecimento em voo, o que um veto como este implica na prática ? … Porque os sobressalentes não são difíceis de se achar no mercado .
para o Irã nada, mas para Israel afeta, pois a aeronave deve operar em espaço aéreo estrangeiro e para isso precisa de um certificado de tipo válido que garanta a segurança e aeronavegabilidade e isso só a Boeing pode dar ou aprovar.
Tadeu Mendes & HMS TIRELESS
É por ai, pura barganha.
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Acharia muito engraçado se a IADF optar por um MRTT.
Bom dia pessoal na chamada da reportagem achei bem claro que a Boeing não vai permitir que a IAI participe com o B767 versão de conversão para a IAF e mais no final da matéria fala se que cada conversão tem que ter aprovação ou liberação da Boeing então acredito que cada caso é um caso separadamente a IAI vai continuar fazendo está conversão para outros clientes. Apenas nessa concorrência não poderá fazer essa conversão.
Tambem entendi que o veto da Boeing seria específicamente relacionado à licitação israelense. Em outras palavras, os dois KC 46, baseados nos 767, necessarios à FAB, provavelmente poderiam ser convertidos na IAI, seguindo a conclusão ja atingida na respectiva licitação. Essa aquisiçao pela FAB, como ja abordado anteriormrnte aqui no Aereo, seria uma importante complementaçao aos KC390!
Uma correção: a adaptaçao realizada na IAI nao tem a denominaçao KC46 pois essa refere-se à versao da propria Boeing.
O B767 tanker da USAF é KC-46, o da Itália novo é KC-767 e o convertido em Israel é B767 MTTT(Multi-Mission Tanker Transport).
Correção, é MMTT acima.
Uma observação, algumas fontes e jornalistam confundem e citam o B767 convertido pela IAI como MRTT, mas esta sigla “Multi Role Tanker Transport” é de uso do Airbus para os A310 e A330 tanker.
Senhores,
Eu não sei qual seria o argumento legal que a Boeing usaria, para tentar impedir modificações feitas por terceiros (IAI), em aeronaves que não lhes pertence.
A Boeing projetou e montou as aeronaves, mas as mesmas não são propriedade da compania.
Tadeu, o Roberto Santana mencionou que a Boeing seria detentora do refueling boom. Se isto é fato, estaria explicado seu veto.
Creio que o texto deixa a entender que a Boeing não autorizaria a IAI a converter 767 usados para essa concorrência especifica da IAF.
Tadeu,
Realmente o avião não lhe pertence MAS o projeto é dela e pode ser chamado, em caso de acidente, então, nada mais natural que de o OK (ela cobra para isto) para as modificações que foram executadas.
O mesmo caso da China que usou os B737-300/400 para plataforma militar e por não ter autorização da Boeing foi ameaçada de perder o direito ao suprimento de todas as aeronaves B737 da China, suspenderam a utilização não autorizada dos B737 e passaram a usar o Y-8(An-12chinês) para aplicações militares como Elint/Sigint e AEW e Patrulha Marítima.
Vc quando compra uma aeronave comercil se compromete a utilizar para fins comerciais e qualquer mudança na atividade fim tem que ser autorizada pelo fabricante.
. http://2.bp.blogspot.com/-q88DjGUi3iQ/ULjCbd7MWhI/AAAAAAAADEc/ljWlrpDmtpk/s1600/B-737b.jpg
A Indonésia usa o Boeing 737-200 para Patrulha Marítima a muitos anos, ja sofreram três modernizações, mas a Boeing autorizou a Motorola instalar o radar e tudo ficou regularizado.
Este sistema foi indicado para ser instalado no C-130B deles, mas a Indonésia disse que os C-130 eram muito úteis no transporte e após análise disse que queria que o radar e seus consoles fosse instalado no B737 que era a melhor base para Patrulha, o que deixou os americanos perplexos, na época nem imaginavam que um dia usariam o P-8 que tem o B737 como base.
. https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR-ub6nv5di6bCJ_g9DYp6pJDT-D8cYrlGrKyN3jukuSJPm1esnlaSKw5pt-Q
A Boeing é detentora do Certificado de Tipo do B767 e responsável pela sua aeronavegabilidade continuada em todos os países em que essa aeronave foi certificada e/ou que possuam acordos com o FAA dos EUA.
Aviões não são como carros, que são projetados, montados e depois “caem na vida”. O detentor do certificado de tipo é responsável por manter a aeronavegabilidade continuada, ou seja, sua operação segura, revisando suas publicações técnicas e emitindo boletins de serviço com modificações que mantenham a aeronave segura, corrigindo eventuais problemas que apareçam durante sua operação, até o último operador, ou até que a empresa decida que isso não é mais economicamente viável, nesse caso as aeronaves terão que deixar de voar operacionalmente.
O mesmo argumento que os EUA utilizam para barrar a venda de helis turcos ao Paquistão : propriedade intelectual parcial ou total das aeronaves.
Uma coisa interessante sobre Boeing militares, é que a Indonésia fez um estudo e chegou a conclusão que metade das missões dos seus 20 C-130/L-100 eram de transporte de pessoal. E um Boeing 737 da série 300/400/500 pode fazer estas missões com maior conforto, velocidade e custo menor. Como estes aviões usados com cerca de 20 anos são baratos e ainda tem muito a voar, entraram em contato com as empresas aéreas e conseguiram um acordo, as empresas doaram os aviões para a Força Aérea e em troca ganharam um contrato de suprimento e manutenção por cinco anos, a Garuda… Read more »
Walfrido,
Que excelente exemplo de pragmatismo. Quem dera essa mentalidade prosperasse por aqui.
Uai! E a compra dos E145 ex Rio Sul foi o que? O leasing do 767?
Li vários comentários acima com o mesmo erro.
A título de esclarecimento : Quem nasce em Israel é israelense, mas nem todos os israelenses são judeus. O judaísmo é uma religião. Por isto existem judeus não israelenses.
Tinhamos(FAB) a primeira unidade do 767-300ER sendo convertida na IAI.
Mais duas esperando a vez.
Cancelamos.
Pilotos da FAB receberam certificação para pilotar essa anv.
Tivemos que indenizar a IAI que já havia realizado parte da conversão.
Coisas do Brazil.
Reafirmo, chegasrão a bom termo, há muito em jogo.
Quanto aos KC 135 made in USA assisti uma reportagem va Tv a cabo (The History ou DC) de um total MRO nessa anv, motores novos, cockpit avançado, célula(charuto) totalmente refeito, ficou show.
Talvez seja suficiente operarmos 767 nao convertidos na função única de transporte e deixar o reabastecimento em voo para os KC-390, que já estão contratados mesmo…óbvio que ter alguns KC-767 seria excelente mas é o que temos…
Cel Rinaldo Nery e demais colegas
o texto todo é ótimo, eis o MRO que foi feito nos KC’s 135
mencionam motores e muitas outras modernizações.
https://www.airforce-technology.com/projects/kc135/
Há opções, sempre.
O Brasil já comprou 28 KC-390, mesmo que o B767 MMTT tenha desempenho superior, é dispensavel com este número de KC-390.
Esta minha resposta acima era para o Marcelo.
Não é apenas o desempenho superior, mas o custo. Dá para usar um cargueiro para REVO, AEW&C ou até esclarecimento marítimo, mas uma aeronave civil faz isso mais barato.
Lógico, há custos logísticos a considerar, o tamanho das frotas, etc.
Bem que a Boeing podia criar mais uma joint venture com a Embraer para converter aeronaves usadas para KCs, para paises com baixo orçamento, mataria a IAI na Colômbia e no Brasil.
Supriria um mercado que a própria Boeing não concorrer e faria ela lucrar mais do que com simples royalties.
Ótima idéia. Afinal esta joint-venture tem que render alguns frutos.
Para converter Boeing ou Airbus esta empresa teria que ter autorização da Boeing ou Airbus respectivamente, logo só aconteceria se fosse do interesse deles.
O sistema de reabatecimento com cesto teria que ser da Cobham inglesa e o de lança dos americanos, não da para querer ser muito independente nisto.
Seria só de aviões Boeing.
E provavelmente a Airbus iria atras da IAI, se essa fictícia joint venture, acontecesse.
Sim, claro. Mas mesmo esta parceria Embraer/Boeing só venderia para quem não tivesse condições de comprar um novo, pois não permitiriam que concorresse com o KC-46.
Daria o mesmo a Boeing fazer com a Embraer ou manter a IAI fazendo, sem dizer que a IAI já é um parceiro antigo convertendo modelos de passageiros da Boeing em cargueiros na divisão Bedek em Israel e nas suas autorizadas do Brasil(VEM/TAP-ME e México(Mexicana MRO Services).
Este é o cockpit dos 45 KC-135R block 45 que estão sendo modernizados, mas os EUA não vão os liberar para venda antes de receber todos o novos KC-46, quem quiser um agora vai ter que se contentar com um KC-135E que é um antigo KC-135A remotorizado a mais de 25 anos com os motores TF-33 usados retirados dos B707 aposentados, em 2010 o Chile recebeu três unidades.
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Uma curiosidade, estes Boeing KC-135R block 45 estão usando o terceiro motor e terceiro cockpit em sua vida. Primeiro usaram como versão “A” o Pratt & Whitney J57, depois remotorizados com motores usados de B707 aposentados a versão “E” usou o Pratt & Whitney TF-33-PW-102 e depois receberam o CFM-56 na versão “R”. Obs: Nem todos os “R” passaram pela versão “E”, alguns foram direto de “A” para “R”, todas as versõea de KC-135 ja foram antigas versões “A”, tinham mais de 700 unidades na guerra fria. Quanto ao cockpit: KC-135A http://www.boeingimages.com/Docs/BOE/Media/TR3_WATERMARKED/6/3/6/d/BI24580.jpg . KC-135R . Atual KC-135R eu postei no… Read more »
A foto do KC-135A não abre acima, aqui está de outra fonte.
. https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQoPSZojpvLbHx5kQFlPKOVArKPnQT4w4bFUqJhByL4RseUKrGl
É tudo muito simples.
A Boeing descobriu que a IAI estava pronta para comer sozinha um baita banquete que a Força Aérea de Israel está preparando.
Então, mandou um recado, fácil de entender:
-Vai ter que dividir comigo.
Só isso. Ninguém quer gorar o negócio.
São comerciantes, então vão negociar.
Ficarão felizes no final.
A IAI, menos do que antes, mas de barriga vazia não vai ficar.
Isrrael pode comprar o kc 390 do Brasil.