Embraer KC-390

Embraer KC-390

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Embraer KC-390

A Embraer planeja concluir os testes de voo e entregar a primeira versão de produção do KC-390 à Força Aérea Brasileira no final do primeiro semestre de 2019, disse um executivo da empresa em 31 de julho.

O programa de desenvolvimento de nove anos para o avião de transporte reabastecedor bimotor estava em andamento até que uma “questão operacional” fez com que o primeiro dos dois aviões de testes saísse de uma pista no Brasil, causando sérios danos ao trem de pouso e fuselagem, diz a Embraer.

A Embraer planejava entregar o terceiro KC-390 à Força Aérea Brasileira até o final do ano, mas a aeronave será desviada para ajudar a empresa a completar a campanha de testes de voo na ausência do primeiro protótipo, diz o diretor financeiro, Nelson Salgado. O quarto KC-390 na linha de montagem da Embraer será agora a primeira das 28 aeronaves entregues à Força Aérea Brasileira.

Os meses de atraso provocados pela saída da pista em maio também levaram a Embraer a reportar um encargo especial de R$ 459 milhões (US$ 127 milhões) no segundo trimestre, diz Salgado.

A investigação do incidente na pista continua, mas a Embraer continua inflexível em afirmar que não foi culpa do projeto da aeronave.

“O relatório [de investigação] não foi concluído”, diz Salgado. “O que podemos dizer agora é que foi devido a uma questão operacional. Não tem nada a ver com a própria aeronave. [Mas] isso não tem que ser um erro humano.”

Para ressaltar que o incidente da pista em maio foi um evento isolado, a segunda aeronave de teste KC-390 continuou voando após o incidente e realizou seis demonstrações de voo no show aéreo de Farnborough em julho, acrescentou Salgado.

A Força Aérea Brasileira anunciou ter atingido a capacidade operacional inicial do KC-390 em 20 de dezembro. A autoridade brasileira de aviação civil ANAC, a Administração Federal de Aviação dos EUA e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) concederam certificação de tipo à configuração comercial do KC-390 em 28 de fevereiro. O programa de testes de voo necessário para obter a certificação militar agora está 96% completo, diz Salgado.

“Apesar de não podermos garantir que não haverá qualquer nova questão, não esperamos que nada aconteça” para causar mais atrasos, diz Salgado.

Enquanto isso, a Embraer também anunciou planos no segundo trimestre para formar uma joint venture com a Boeing para colaborar em programas de defesa, incluindo “especialmente” o KC-390.

Se a joint venture proposta for finalizada, a Boeing deve ajudar a Embraer a comercializar o KC-390 para um novo conjunto de clientes. Não está claro o quanto a Embraer tentou vender o KC-390 para os militares dos EUA ou para os governos do Oriente Médio, mas a Boeing tem laços muito mais fortes com esses clientes do que os negócios de defesa da Embraer.

“Acreditamos que esta nova joint-venture abrirá mercados muito importantes, aos quais não contávamos anteriormente”, diz Salgado.

Portugal, um dos cinco parceiros de desenvolvimento no KC-390 fora do Brasil, abriu negociações em junho de 2017 para comprar cinco aeronaves com uma opção para um sexto, mas o pedido ainda não foi confirmado.

“Esperamos concluir [essa transação] em um curto período”, diz Salgado.

FONTE: FlightGlobal

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