JetBlue teve desconto de até 72% para trocar Embraer por Airbus, diz Moody’s

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Concepção do Airbus A220-300 da JetBlue

Airbus A220-300 da JetBlue

Concepção do Airbus A220-300 da JetBlue
Concepção do Airbus A220-300 da JetBlue

Venda foi a 1ª após compra do programa C-Series, da Bombardier, pela fabricante europeia

DALLAS – A americana JetBlue Airways conseguiu um negócio e tanto em sua recém-anunciada compra da Airbus, segundo o Serviço para Investidores da agência Moody’s.

A companhia aérea vai pagar cerca de US$ 1,4 bilhão a US$ 1,7 bilhão por 60 jatos Airbus A220-300, ou entre US$ 23 milhões e US$ 28 milhões por avião, disse o analista Johathan Root, da Moody’s, em relatório desta sexta-feira, citando estimativas de especialistas e descontos tipicamente praticados em grandes encomendas. O valor representa um desconto de até 72%, afirma.

“Como para a maioria das empresas aéreas, acreditamos que a decisão foi tomada com base no menor custo total, porque os aviões de corredor único (narrow-body) fabricados pela Airbus e pela Boeing têm capacidade e custos operacionais similares para a maioria dos operadores”, explica Root.

A compra de 60 jatos pela JetBlue em substituição aos jatos Embraer, anunciada no último dia 10 de julho, foi a primeira fechada desde que a Airbus adquiriu o controle do programa C-Series da canadense Bombardier e rebatizou o avião como A220. Embora descontos relevantes sejam comuns em compras de aviões, os detalhes sobre os preços são geralmente confidenciais.

No ano passado, antes da Airbus comprar o C-Series, a Boeing registrou uma queixa comercial contra a Bombardier, alegando que a fabricante canadense havia vendido o avião para a americana Delta Air Lines por preços “absurdamente baixos”. Apesar de, num primeiro momento, o Departamento de Comércio dos EUA ter decidido impor tarifas de até 300% para importação do avião, o painel comercial americano, que é um órgão independente, rejeitou a medida.

Para a Airbus, construir um banco de encomendas para o A220 é um desafio crucial já que a empresa com sede em Toulouse, na França, trabalha para reduzir custos. Para tornar o avião viável, a companhia alega que é preciso chegar a uma redução de dois dígitos nos custos de sua cadeia de fornecedores e vem tocando negociações para alcançar esta meta.

FONTE: O Globo/Bloomberg

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