Embraer estima demanda de 10.550 novas aeronaves comerciais de até 150 assentos nos próximos 20 anos

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Três modelos de jatos E2 fabricados pela Embraer: E175-E2, E190-E2 e E195-E2
Três modelos de jatos Embraer E2: E175-E2, E190-E2 e E195-E2

Farnborough, Reino Unido, 15 de julho de 2018 – A Embraer estima uma demanda de 10.550 novas aeronaves com capacidade para até 150 assentos nos próximos 20 anos. Este mercado é avaliado em USD 600 bilhões. A frota de aeronaves em serviço deve aumentar para 16 mil unidades no período, comparado às nove mil que estão atualmente em operação. O crescimento do mercado vai estimular 65% dessa demanda, enquanto os 35% restantes serão para reposição de aviões antigos.

Enquanto a previsão regional varia significativamente, eficiência e sustentabilidade permanecem como principal motivo da projeção de demanda deste mercado. Neste sentido, o segmento de até 150 assentos vai compor de forma ainda mais integral parte do ecossistema do transporte aéreo global.

O desempenho econômico da indústria de transporte aéreo vai depender principalmente de como aumentarão os custos e até que ponto a indústria sustentará um ambiente de receita vigorosa. As aeronaves de até 150 assentos estão mais bem posicionadas para combinar eficiência de custo com maior receita unitária.

“O desempenho passado não é garantia de resultados no futuro. Apesar do crescimento da indústria ter superado todas as expectativas nos últimos anos, estamos nos preparando para um período de aumento de custos, com contínua pressão por aumento da rentabilidade. Os lucros estão caindo e os ganhos desaparecendo com o aumento de custos”, disse John Slattery, Presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial.

A nova linha de produtos do segmento desafia o “paradigma” de que aeronaves menores necessariamente têm custo por assento maior, aproximando a eficiência operacional por assento de grandes aeronaves de corredor único, com um custo por viagem aproximadamente 20% menor.

Aeronaves do segmento de até 150 assentos são um dos principais pilares de sustentabilidade do negócio. Os E-Jets E2 são a família de aeronaves de corredor único mais eficiente da atualidade e estão perfeitamente posicionados para consolidar a Embraer como líder de mercado neste segmento e maximizar a lucratividade de companhias aéreas e empresas de leasing.

Segmento de até 150 assentos – Entregas por região

Região Entregas Participação
Ásia-Pacífico 3.000 28%
América do Norte 2.780 27%
Europa 2.240 21%
América Latina 1.140 11%
CEI* 580 6%
África 450 4%
Oriente Médio 360 3%
Mundo (2018-2037) 10.550 100%

*Comunidade dos Estados Independentes

Sobre o Relatório das Perspectivas de Mercado da Embraer (Market Outlook)

Desde que a 1ª edição do Embraer Market Outlook foi publicada, em 2004, os analistas da companhia têm refinado o modelos de previsão com o objetivo de identificar e prever tendências futuras. O processo do Market Outlook consiste em duas etapas principais: (1) a previsão de demanda de tráfego para evolução futura de RPKs (receita de passageiros por quilometro) por regiões, sub-regiões com base em modelos econométricos pelos próximos 20 anos e (2) uma previsão de demanda por aeronaves que projeta o número de novas entregas desde turboélices de 30 assentos até wide-bodies necessários para apoiar o crescimento da demanda de transporte aéreo durante o mesmo período. O relatório 2018-2037 completo do estudo está disponível no http://www.embraermarketoutlook2018.com.

 Sobre a Embraer

Empresa global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A empresa projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer suporte e serviços de pós-venda.

Desde que foi fundada, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

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Petardo

Se a Embraer atingir 25% de participação já dobra a receita de aviação comercial que tem hoje. E tem gente que acha que sem a Boeing não há luz no fim do túnel.

LucianoSR71

Amigo, não sei se está atualizado, mas a Airbus entrou de sola no mercado da Embraer, praticando violento dumping c/ desconto de 72% p/ a JetBlue abandonar a Embraer e comprar os Ex-Bombardier. Vc realmente acha que a Embraer tem cacife p/ aguentar uma guerra dessa, sem falar que o Brasil não tem nenhum peso político p/ ajudá-la nisso. Temos que ser realistas, o mercado agora só comporta gigantes, os tempos são outros ou aceitamos c/ pragmatismo ou seremos esmagados, infelizmente.

Saldanha da Gama

Luciano, Dumping se provado, pode ser punido. abraços st4

Vanessa Cioffi

LucianoSR71

Perfeito a sua analise
Chega de nacionalismo barato, se a Embraer não se movimentar será engolida pela Airbus

LucianoSR71

Caro Saldanha, lhe respondo repetindo o que escrevi ontem no post do EMB-190-E2: “Essa é uma situação completamente absurda. Há algumas semanas saiu a notícia que o processo que a Embraer entrou contra a Bombardier, praticamente vai reiniciar do zero, porque esta afirmou que não pode mais prestar nenhuma informação e que quem tem que responder agora é a Airbus, jogando a decisão p/ no mínimo daqui há +2 anos! Também devemos lembrar que só recentemente a Boeing ganhou uma disputa bilionária que durou 14 anos contra os subsídios da Airbus, sendo que seus efeitos práticos ainda não surgiram. Posto… Read more »

Petardo

Não sei qual o seu nível de intimidade com gestão de negócios, mas a joint venture não dá nenhuma possibilidade para a Embraer combater isso.

André Bueno

Aí não será mais a Embraer mas a empresa 80%-Boeing e 20%-Embraer. Como a Boeing será a dona, efetivamente, e ela certamente possui muito mais cacife financeiro, poderá bancar algo similar ao que a Airbus faz agora. Gostaria da Embraer “pura” mas não parece haver jeito.

Petardo

Como eu disse, falta conhecimento sobre o que é uma joint venture. Se a Boeing começar a botar dinheiro no negócio, a participação da Embraer vai começar a diminuir, até que seja excluída da própria empresa.

Filipe Prestes

Sou da opinião que a Embraer deveria também voltar à fabricar aviões turbo-hélices e concorrer pelo mercado hoje dominado pela ATR. Melhor ainda se essa hipotética linha de montagem pudesse ser mantida fora do acordo com a Boeing, nos moldes do que (se espera) será a linha business. Não digo isso por antiamericanismo, mas apenas pensando em manter com a própria empresa 100% do lucro que tivesse com os mesmos. Isso claro, se a empresa cogitasse voltar à fabricar turbo-hélices. Mas capacidade para tanto sabemos que a Embraer possui.

Rodrigo

O problema e airbus! ela jogou sujio com a embraer, os c-series vai sair pra blue por $23 milhoes de dolares. ou seja eles querem eleminar a embraer mesmo, nao importa os meios.

Sargento Pincel

Essa parceria com a Boeing serão entregue mais de três mil unidades nessas duas décadas principalmente o modelo E2-175, um avião regional será o pedido ideal de pequenas e médias operadoras aéreas, principalmente no Sudeste Asiático e America Latina.

LEOPOLDO

Acredito que a EMBRAER com a BOEING vão desenvolver uma versão do E-195 para até 150 passageiros.

CRSOV

Por isso a Boeing quer comprar a parte de aviação executiva da EMBRAER !! Se a EMBRAER abocanhar umas 3000 aeronaves dessas 10500 vão ser alguns bilhões de dólares de receitas !!

Fernando "Nunão" De Martini

Executiva? A matéria fala de aeronaves comerciais.