F-35 e F-22 voam com um F-16 do Chile, na chegada à FIDAE de 2018
F-35 e F-22 voam com um F-16 do Chile, na chegada à FIDAE de 2018
Caças F-35 e F-22 da USAF voam com um F-16 do Chile, na chegada à FIDAE de 2018

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Aéreo

A informação está publicada, de forma discreta, na metade final do artigo que o jornalista Óscar E. Aránguiz, editor do blog Noticias FFAA Chile (o mais importante desse país sobre assuntos militares), assinou, a 30 de junho último, no portal de notícias Infodefensa.com.

O texto de Aránguiz, intitulado Lockheed Martin, guiando a la FACh hacia la quinta generación?, chama a atenção para o fato de que toda a Aviação de Caça chilena, hoje, é de origem americana, e informa: no período de 2023 a 2040, fase que irá se seguir à presente etapa do chamado Plan de Desarrollo Centenario, os militares chilenos poderão encomendar um lote de caças de 5ª geração F-35A Lightning II – aeronaves iguais à que esteve presente na mostra aeronáutica FIDAE 2018 (entre 3 e 8 de abril).

Aránguiz dá outra informação interessante: ao contrário do que se poderia esperar, o F-35 e o F-22 da USAF não retornaram aos Estados Unidos imediatamente depois do evento.

Lo habitual, es que las aeronaves visitantes comiencen el regresso a sus bases de origen el mismo día del término de la feria, o al día siguiente, argumenta o jornalista chileno, sin embargo, los dos cazas de quinta generación despegaron desde Santiago el 14 de abril con rumbo desconocido para la opinión pública. Es decir, permanecieron durante 15 días em el Grupo de Aviación Nº 10 de la Fuerza Aerea de Chile (Fach).

Contatos – De acordo com o texto do portal Infodefensa.com, durante a Fidae, tanto o comandante en jefe da Força Aérea chilena, General Jorge Robles, quanto o comandante do Comando Logístico da corporação, general Álvaro Aguirre, se revezaram em contatos com a numerosa equipe que a Lockheed Martin mandou a Santiago: o vice-presidente executivo Dale Bennet, os gerentes de desenvolvimento de negócios internacionais Ana Wugofski e Trent Stehling, e mais quatro outros funcionários da companhia.

Dados acerca de entendimentos entre militares chilenos e fabricantes do caça F-35 são recorrentes.

O articulista lembra que, a 1º de abril de 2007, o jornal El Mercurio – principal diário chileno – noticiou uma suposta oferta de F-35 feita pela Lockheed Martin à Aviação de seu país. A aeronave entraria no patrimônio da FACh como substituta dos caças F-16 chilenos.

El más moderno avión de combate del mundo está totalmente disponible para Chile, afirmou, à época, Ronald Covais, então diretor internacional de negócios da Lockheed.

A reportagem lembrou ainda uma outra declaração de Covais: Las puertas están abiertas para que la FACh – cuando busque al sucessor de sus F-5 Tigre III en 2015 – considere como uno de los candidatos al moderno F-35. En esa fecha no existirá ningún avión em el mercado com essas capacidades y ninguno que cueste menos. Desde nuestro punto de vista, Chile es un país amigo y un cliente confiable. Por supuesto que estamos dispuestos a ayudar a la FACh en esa decisión si lo solicita.

A FACh espera chegar ao final da primeira fase do Plano de Desenvolvimento Centenário, em 2023, com 56 caças F-16C/D Block 50, F-16A/B MLU e F-5E/F Tigre III.

A expectativa do mercado é de que, a partir de 2019, o F-35 americano possa ser comercializado pelo valor unitário de 85 milhões de dólares (quase tanto quanto o que a Marinha do Brasil pagou para ter o porta-helicópteros Atlântico, ex-HMS Ocean).

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