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Embraer E190-E2

São José dos Campos recebe de 19 a 21 de junho o Aerospace Meetings Brazil 2018, evento internacional criado para ampliar as oportunidades de negócios entre as indústrias do setor aeroespacial. Estão confirmadas mais de 100 empresas da Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, China, Espanha, EUA, França, Itália, México e Suécia. Estão agendadas 1.800 reuniões de negócios durante os três dias.

O Cluster Aeroespacial Brasileiro, gerido pelo Parque Tecnológico São José dos Campos, é parceiro do Aerospace Meetings Brazil. Empresas associadas ao cluster tiveram desconto na aquisição do estande, para facilitar e promover a presença da cadeia local no evento, que é considerado estratégico e uma grande oportunidade de encontrar os principais agentes da cadeia global por meio de reuniões individuais.

“O Aerospace Meetings Brazil gira em torno de uma plataforma de negócios B2B, em que vendedores recebem compradores de várias partes do mundo em busca de negócios, fazendo com que o custo-benefício seja bom para as empresas brasileiras”, explica Marcelo Nunes, coordenador do Cluster.

O Brasil ganha cada vez mais espaço no mercado aeroespacial e tem atraído o interesse das grandes empresas do setor. Na avaliação do Cluster, a expansão global do mercado de aeropeças, com a demanda crescente de aeronaves regionais e o interesse das gigantes do mercado por este setor, demonstra que o Brasil é um concorrente estratégico e competente, com uma base produtiva consolidada e certificada para o fornecimento global.

“A Boeing considera o Brasil um mercado estratégico no mapa global da aviação e aqui atua tanto na aviação comercial quanto na área de defesa. Nos próximos 20 anos, acreditamos que a América Latina terá uma demanda de mais de 3.000 aeronaves e cerca de 40% delas deverão vir para o mercado brasileiro. Isto demonstra a força do Brasil no setor”, afirma Donna Hrinak, presidente da Boeing América Latina, cuja participação no Meetings está confirmada.

A presença de representantes da empresa norte-americana chama a atenção da cadeia fornecedora brasileira, que encara o contato como oportunidade de ampliar perspectivas de negócios, em meio às notícias sobre as negociações com a Embraer.

Boeing e fornecedoras da Embraer

Pensando nisso, o Cluster Aeroespacial organizou visitas de uma executiva do setor de suprimentos da Boeing a empresas associadas, todas fornecedoras da Embraer. “Queremos mostrar à empresa norte-americana a qualidade e a alta competência tecnológica de nossas empresas”, diz Marcelo Nunes. O Cluster selecionou três associadas, de diferentes perfis, para receber a Boeing e mostrar a variedade de fornecedores disponíveis no Brasil. “Uma das riquezas da cadeia do Cluster é a alta competência em diferentes atuações e portes”, acrescenta.

As visitas possibilitam apresentar à Boeing o perfil específico da cadeia brasileira. Enquanto em países como México e EUA as fornecedoras de pequeno porte não costumam ter selos de certificação internacional, sendo acreditadas de forma menos oficial por suas integradoras, aqui no Brasil a maioria dos fornecedores conta com certificações internacionais para seus processos, o que aumenta a qualidade e competitividade dos produtos e serviços oferecidos.

As empresas Alltec, Sonaca e Airnova foram selecionadas para as visitas, que ocorreram na segunda, 18, como uma programação prévia ao evento.

“É importante que empresas do porte da Boeing venham nos visitar, para que verifiquem a evolução da empresa. É uma oportunidade para mostrar o trabalho e a dedicação e ter possibilidade de novos negócios”, diz Juliana Machado da Mota, gerente comercial da Alltec.

Primeira no ranking

São José dos Campos foi posicionada pelo jornal britânico Financial Times como a 1ª cidade do mundo em pesquisa e desenvolvimento no setor aeroespacial, em ranking divulgado nesta semana na revista fDi Intelligence, publicação do jornal especializada em análises de mercado. De acordo com a reportagem que apresenta as cidades, a posição de São José se deve ao Cluster Aeroespacial Brasileiro.

O Cluster foi formado em 2009 e reúne em torno de 90 empresas da cadeia aeroespacial e de defesa. Ao todo, são mais de 5.000 postos de trabalho e faturamento anual de US$ 700 milhões (excluindo a Embraer). As empresas, em sua maioria, atuam em engenharia, aviônicos, ferramental, logística, indústria e manufatura, defesa, espaço e segurança.

Marcelo Nunes, coordenador do Cluster, destaca que o estabelecimento de parcerias e a abertura de canais de incentivo e financiamento são fundamentais para a atuação do Cluster e para o destaque da cadeia aeroespacial brasileira. “O apoio da prefeitura de São José dos Campos é constante, assim como o de agências federais, como os convênios firmados com a Apex-Brasil e a ABDI”, lembra.

A atuação da cadeia brasileira chama atenção também dos grandes clientes do setor. “Vemos com entusiasmo o crescimento e fortalecimento do cluster aeroespacial brasileiro. O país tem uma profusão de talentos nesta área. Foi por isso que em 2012 estabelecemos nosso Centro de Pesquisa e Tecnologia em São José dos Campos”, avalia Donna Hrinak, da Boeing.

DIVULGAÇÃO: Parque Tecnológico São José dos Campos

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Leonardo Araújo

Este evento serviu comó uma apresentação e demonstração da capacidade da rede de fornecedores da Embraer à Boeing.
Afinal, se houver uma fusão a Embraer deve enfatizar a relevância destes parceiros na cadeia produtiva. Já que nos EUA, como dito, não há espaço para pequenos e médios no processo produtivo.

Walfrido Strobel

Um vídeo com uma situação que retrata a triste realidade da aviação não comercial do norte do Brasil, em 2011 o candidato Alfredo Nascimento que já foi Ministro dos Transportes três vezes, mas foi afastado por irregularidades, chegava em um Caravan de Taxi Aéreo fretado em uma pista precária e um caminhão que participaria da carreata entrou na pista no exato momento do pouso do avião, quase causando um acidente.
Isso é uma pista de pouso de terra ao lado da estrada, sem cerca ou proteção nenhuma.
. https://youtu.be/FXfyKdPMELI