F-35A da Turquia

F-35A da Turquia

F-35A da Turquia
F-35A da Turquia

Seria “inconcebível” que os Estados Unidos realizassem um acordo fornecendo aviões de caça avançados F-35 para a Turquia, alertaram 44 membros da Câmara de Representantes dos EUA em uma carta na sexta-feira (15/6) ao secretário de Defesa James Mattis.

A Turquia, aliada dos Estados Unidos e parceira de baixo nível na produção do jato, deve receber o primeiro dos 100 aviões encomendados em uma cerimônia de lançamento nos Estados Unidos marcada para 21 de junho.

No entanto, o acordo enfrentou intensa resistência do Congresso, cujas duas casas produziram uma legislação bipartidária para restringir as vendas de armas dos EUA à Turquia, em represália por uma lista crescente de problemas que prejudicam as relações entre os países.

Espera-se que o Senado vote em um projeto de lei para suspender todas as vendas de armas para a Turquia antes do feriado de 4 de julho; já que o primeiro F-35 poderia ser entregue antes disso, a carta pode ser vista como um apelo urgente a Mattis para interromper o acordo.

“Ao contrário de suas obrigações com a OTAN e as expectativas que devem governar um aliado responsável, a Turquia está operando ativamente para minar os interesses dos EUA em todo o mundo”, disseram os signatários da carta.

O grupo bipartidário de congressistas referiu-se ao estreitamento das relações da Turquia com a Rússia, ilustrado pela aquisição por Ancara de um sistema de defesa antimísseis russo S-400 e suas políticas na Síria, que levaram a ameaças do presidente turco contra as forças dos EUA.

Particularmente preocupante é a compra da S-400, que, segundo a carta, “ameaçaria a exposição de nossos segredos militares mais bem guardados a uma grande potência hostil à OTAN e aos interesses dos EUA”.

“É inconcebível colocarmos a tecnologia do F-35 nas mãos do profundo relacionamento russo-turco”, continuou.

Outros incidentes levantados na carta incluem a prisão do pastor Andrew Brunson, um residente de longa data na Turquia acusado de ligações com organizações terroristas, e a violência exibida pelo representante da segurança turca Recep Tayyip Erdoğan durante uma visita de estado a Washington, DC.

“A ousadia desse ataque e a recusa da Turquia em cooperar com a investigação subsequente demonstra o nível de desprezo que o presidente Erdogan tem pelos Estados Unidos e por nossos valores democráticos e expõe a Turquia como praticante e exportadora de autoritarismo extremo e violento”, dizia a carta.

FONTE: Centro de Estocolmo para a Liberdade

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