Dassault Rafale

Dassault Rafale

Dassault Rafale
Dassault Rafale

A oferta de parceria estratégica francesa para a substituição de caças-bombardeiros F-16 por aviões Rafale nunca foi estudada em detalhes pela Bélgica, enquanto o arquivo completo nunca foi recebido por gabinetes belgas, fora da Defesa, informou o L’Echo nesta quinta-feira (13 de junho de 2018).

As autoridades nem sequer possuem a oferta completa.

A proposta francesa até agora não foi examinada em detalhe pela Bélgica, cujas autoridades nem têm a oferta completa, disse o jornal de negócios a uma fonte familiarizada com o assunto.

O documento completo, com mais de 3.000 páginas, nunca foi formalmente arquivado na Bélgica. Com exceção do Ministério da Defesa, nenhum gabinete belga, nem mesmo ao nível do Primeiro Ministro ou do Ministério das Relações Exteriores, foi autorizado a receber o arquivo volumoso ou a discuti-lo com representantes da França.

A defesa é obrigada a trabalhar no contexto exclusivo da concorrência

A organização de defesa diz que é necessário trabalhar exclusivamente dentro da estrutura do Pedido de Propostas (RFP) do Governo, na ausência de uma decisão política do governo colocando esse procedimento em questão. Mas a França não respeitou esse procedimento, propondo uma “parceria estratégica” por carta dirigida ao ministro da Defesa belga, Steven Vandeput.

Participação potencial no programa Future Air Combat System

No entanto, a oferta francesa contém alguns elementos interessantes, como a eventual participação da Bélgica no programa Futuro Sistema de Combate Aéreo Franco-Alemão (SCAF) ou, segundo a reportagem de L’Echo, um período de espera muito curto (menos de três anos) para a entrega das 34 aeronaves começar, independentemente de quando o contrato for assinado.

A fotografia mostra as pastas contendo 3.000 páginas da oferta francesa do Rafale à Bélgica. Esta oferta, disse o MP Georges Dallemagne, não foi seriamente avaliada pelo MoD belga nem por outros departamentos do governo

FONTE: Agência de Notícias Belga

Subscribe
Notify of
guest

47 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Daniel Ricardo Alves

Pessoal, vocês acham que HIPOTETICAMENTE, seria uma boa para o Brasil participar desse projeto FCAS franco-alemão? Parece ser muito promissor!

JT8D

Não consigo imaginar isso nem hipoteticamente. Já acho quase inacreditável que tenhamos finalmente concluído o FX2. O máximo que meu otimismo alcança seria um segundo lote de Gripen.

Marquês de São Vicente

Não sei se rio ou se choro… Mas concordo com você

Gustavo

bom seria, mas antes seria melhor garantirmos o segundo lote de Gripen… garantido isso, poderíamos pensar em um projeto assim.

Rui chapéu

Futuro Sistema de Combate Aéreo Franco-Alemão (SCAF) ou, segundo a reportagem de L’Echo, um período de espera muito curto (menos de três anos) para a entrega das 34 aeronaves começar,

Whaaaaaaaattttt??????????

Eu li certo isso?

Ou essas 34 aeronaves seriam Rafales?

Fernando "Nunão" De Martini

Rui,
O que o texto diz nessa parte específica sobre entregas é que, se escolhesse o Rafale, a Bélgica poderia receber os primeiros caças Rafale em menos de 3 anos. Participação no SCAF é outra coisa, por isso tem um “ou” na frase.

Rui Chapéu

tem razão. Li errado isso.

Independente disso, eu não acredito nesse projeto futuro ai.
Vai afundar na burocracia européia.

Antonio

O texto diz: Pode ser que sim, pode ser que não. Muito pelo contrário.

HMS TIRELESS

Tentaram usar com os belgas os mesmos velhíssimos expedientes, quebraram a cara afinal a Bélgica, ao contrário da Índia ou do Brasil, é um país sério.

Fernando "Nunão" De Martini

Ainda que a seriedade do Brasil como país seja tema corriqueiro de discussão, acho a comparação dos exemplos descabida se o critério é reação frente a ofertas do Rafale. Na Índia o Rafale participou formalmente e foi selecionado numa concorrência para 126 caças, mas as negociações posteriores à seleção travaram e virou uma compra de 36 caças. No Brasil, o Rafale participou oficialmente de uma concorrência, e a negociação com o consórcio do Rafale foi anunciada por um ex-presidente antes do processo seletivo terminar, mas nos dias seguintes ele voltou atrás e, anos depois, a decisão do governo foi por… Read more »

HMS TIRELESS

Nunão, tem aspectos nebulosos no MMRCA envolvendo pesado lobby feito por Sonia Gandhi e documentos do certame encontrados abandonados à beira de uma estrada e aqui no Brasil tivemos além da malfadada escolha “política etílica” ( não há outro nome adequado para o episódio do dia 07/09/09) um muito mal-explicado jantar do então titular do Ministério da Defesa no Castelo de Serge Dassault.

Ou seja, ainda que sejam situações distintas o traço em comum é o uso de métodos escusos pela Dassault.

Robsonmkt

Não com a Dassault, mas com a Eurocopter ocorreu algo semelhante quando da concorrência de helicópteros de transporte e de ataque da FAB a Eurocopter veio com uma proposta por fora do certame de fabricação no país pela Helibrás desde que uma quantidade mínima de 50 aeronaves. O governo brasileiro topou e cancelou a concorrência de helicópteros de transporte (a de ataque foi vencida pelos russos) e aceitou a proposta francês o que levou que não apenas a FAB, mas Exército e MB adquirisse o mesmo helicóptero e em quantidades iguais, querendo ele ou não. O detalhe é que os… Read more »

Ivan BC

A França furou a fila de um processo de escolha formal do Estado belga…isso é algo que não deve ser aceito! “”Mas a França não respeitou esse procedimento, propondo uma “parceria estratégica” por carta dirigida ao ministro da Defesa belga, Steven Vandeput.”” Estão querendo passar por cima de tudo e todos para ganhar o aval de um ministro, na minha opinião algo bem “pessoal” e direcionado, bem fora da meritocracia das funções públicas. Eu não aceitaria o Rafale por esse motivo e devolveria o documento ao ministro da defesa francês! Aliás, se for para ficar com um Rafale eu prefiro… Read more »

Ivan BC

Lembrando que a minha opinião descrita acima é restrita apenas aquilo que li aqui e em outras páginas. É bem restrita e eu posso estar totalmente errado, principalmente por eu não conhecer exatamente como isso é feito na Bélgica. Mas de qualquer forma parece estranho. Abraço e bom fim de semana a todos.

nonato

Food for thought: Vejo muita gente criticando a ação francesa.
Mas eu pergunto: se essa oferta, mantida fechada, fosse aberta 50 anos depois, e consistisse na doação das aeronaves…
Os agentes públicos belgas têm o direito de ignorar a proposta?

HMS TIRELESS

Os agentes públicos belgas não tem o direito mas sim o dever de ignorar a proposta francesa. Se eles quisessem doar os Rafales que o fizessem dentro do processo licitatório.

Guizmo

Isso depende da política licitatória de cada país. No Brasil, a prática de menor preço com uso de recursos públicos é comum, portanto se hipoteticamente os Rafale fossem doados, haveria abertura de investigação para entender o motivo do dispendio de dinheiro ao inves de se aceitar a doação

luis claudio

que sirva de lição , e aprendam a respeitar a livre concorrência , parabéns aos BELGAS

Sérgio Luís

De F-16 eles não vão mais , typhoon nem se cogita! Com o F-35 não se tem privacidade!
Vão aguardar o scaf mesmo!

HMS TIRELESS

Serjão, meio que complicou para o F-35. E se não for ele vai ser o Typhoon

Fernandes

Não quero desrespeitar a soberania do Estado Belga na minha opinião. Fazem o correto ao recusar a oferta “por fora” da Dassault, que é anti-ética. No entanto, pela sua posição geográfica e tradição de ser o campo de batalha europeu, nem se os 34 aviões fossem os caças X-Wing ela conseguiria manter supremacia aérea sobre seu território.
Tem que se manter filiados a OTAN, SCAF e tudo o que for possível.

Thiago

Fernandes, não existe isso de anti-etico, maioria para não dizer todos os grandes players fazem jogadas aos limites do fair-play , não existem mocinhas , o mais limpo tem a sarna só que escondem a sujeira e dão uma de moralistas. Vide a licitação da Noruega onde F-35 foi escolhido antes de qualquer relatório empurrado com fortes pressoes politicas exercitadas pelos USA. Oblog do poder aereo noticiou esses fatos vazados atravéz do Wikileaks, anos atrás. Sem falar de verdadeiros atos ilícitos e criminosos cometidos por décadas pela Lockheed Martins, que fazia regularmente uso de propinas . Por isso fico meio… Read more »

Abade Paulo

Se vamos fabricar o gripem nao vamos ser como os franceses, americanos, russsuecos ? Que papo chato de Virgen é esse? Vamos oferta e servir muito canapes no forte de copacabana sim. Pelos menos os rafales estariam aqui. Duvido muito do gripen. Vai sair caro que só. Aqui ou vai de Usa ou Russia. Países continentais. Com estoque de pecas e doutrina.

Wagner

Há séculos os ingleses não confiam nos franceses. Algum motivo tem, né?
Parabéns Bélgica!

Munhoz

Os belgas querem o F 35, os Rafale não tem muito a oferecer neste caso. Agora o que ocorre é que o conceito do F 35 precisa ainda ser provado em um conflito com adversários em uma igualdade aproximada de condições pelo menos. Não que o seu conceito seja um erro, pelo contrario, pode provavelmente funcionar até bem demais. Agora o que ocorre é o que um possível adversário pode criar para compensar as vantagens do F 35. Um F 35 num cenário de combate atual levando em conta uma taxa de efetividade de 80% dos misseis AIM 120, sua… Read more »

Thiago

Longe de mim ser advogado dos arrogantes e soberbos franceses, muito menos da Dassault, mas não deixa de ser curioso/ Ilário comentários sobre os ditos ” métodos escusos” da Dassault. Seria bem vindo o mesmo posicionamento crítico diante dos mesmos “métodos escusos ” usados pela a irrepreensível Lockheed Martin , que com certeza qualquer seguidor ou apaixonado da área deve conhecer. Ou será que quando a corrupção vem da terra da Liberdade, do Nixon, ninguém tem o bom gosto, honestidade intelectual e imparcialidade suficiente para críticar. Inocentes.Deixando essa pequena polêmica de lado, nada de mais natural para a Bélgica operar… Read more »

Ivan BC

O que a LM fez de errado nessa concorrência? Eu não estou sabendo…de estranho apenas esse caso. Logo não faria o menor sentido alguém fala de Nixon ou concorrências diversas. Outra coisa, com todo o respeito, você fala das pessoas/comentaristas como se nós fôssemos defensores de qualquer que seja a empresa, sendo que aqui ninguém é acionista majoritário dessas companhias, nem funcionários e nem “rabo preso”. Outra coisa, não confunda empresas com nações, são coisas absolutamente distintas, inclusive no meio militar. Condutas erradas são condutas erradas e ponto final. Aliás, o que não falta no Brasil é “boça” falando mal… Read more »

Thiago

Boa noite Ivan, nessa concorrência que eu saiba ainda nada. Pressões políticas/diplomáticas, chantagem, lobismo,são ações feitas de preferência no escuro e bem escondido, não são fatos divulgados aos quatros ventos. acontecimentos que a opinião pública so vem a ser informada tempo depois, através de processos ou vazamento de dados como o Wikileaks. não duvido nada considerando os antecedentes. Me refiro a vários e vários casos ao longo de décadas ao redor do mundo, corrupção metódica da Lockheed Martins , como modus operandi da empresa . Ou mesmo a conduta de Washington em licitações semelhantes , na Noruega por exemplo .… Read more »

Thiago

P.S. Eu pessoalmente penso que a escolha lógica seria optar por um caça europeu, de preferência o Typhoon, considerando os já existentes vínculos industriais do setor aeroespacial belga com a Dassault e a Airbus, as relações económicas políticas e culturais entres ( UE) .

Ivan BC

Thiago 16 de junho de 2018 at 20:12 Boa noite. Sem problema, entendi a sua crítica. Mas Thiago, até onde eu sei a Bélgica deseja um caça de 5 geração, não há caça europeu de 5 geração, logo sobra o F-35 da LM. Ela não deseja um Gripen, Typhoon ou Rafale…tudo indica que ela deseja um caça nos moldes do F-35, mas isso não impede de o país embarcar em um projeto europeu, porém tudo ainda é especulação, até esse avião europeu ficar pronto será 2030 ou mais. Vários países europeus usarão o F-35, tais como: Itália, Dinamarca, Noruega, Holanda,… Read more »

Marcelo

Essa competição, assim como a da Holanda, tem carta marcada para o F-35. A França tentou oferecer algo diferente, pois pelos meios oficiais ia dar F-35 de qualquer jeito, e ofereceu participação no futuro caça europeu, se a Bélgica não quer, perfeito, ela que tem que saber o que é melhor para ela. Como não possui indústria aeronáutica de peso, talvez não interesse participar do SCAF.

HMS TIRELESS

Eles têm a SABCA,que tem alguma tradição no setor.

Walfrido Strobel

Que é da Dassault e é a maior interessada na compra doRafale, porque daria toda manutenção nível Parque, a que não pode ser feita pelas Bases Aéreas.

Wellington Góes

A concorrência aberta pela Defesa belga é tão séria, mas tão séria, que Boeing e SAAB desistiram de concorrer. Ganha um doce quem advinhar o motivo (no singular mesmo). rsrsrs

Ivan BC

Talvez porque a Bélgica deseja um caça steath e a Boeing e a Saab não tem caças para atender esse requisito. É o mesmo do Brasil abrir um licitação querendo comprar submarino nuclear, só vai oferecer quem tem essa capacidade.
Seria estranho a Saab e a Boeing continuar nessa concorrência.

Wellington Góes

É?! O Typhoon é stealth?!

Russian Bear

Acho que logo logo chega uma proposta dos Su-35 e mais alguns S-400 para esquentar de uma vez por todas este mimi europeu. A Bélgica dos signatários da OTAN, devido às suas novas atribuições, é o país que mais precisa de uma renovação na sua frota de caças. os Rafale de prateleira seriam a melhor escolha, mas devido as negociatas, preferem algo muito mais caro e complexo.

HMS TIRELESS

Se o Rafale era a “melhor proposta”, por que a Dassault não participou do certame preferindo agir sorrateiramente tal como aqui no Brasil e na Índia?

Cidadão Bem Informado

Tranqueira Russa VS F-35 Chipado, Qual o menos pior?

nonato

No Brasil, aquisição de itens militares como um caça enquadra-se como dispensável realizar licitação.
Ou seja, a maioria dos países faz licitação para tentar obter o máximo de vantagens possíveis, tipo no caso das Tamandarés. Uns 10 estaleiros se estapeando…
Mas a FAB poderia não ter realizado licitação alguma.
Licitações em qualquer país podem ser canceladas…
No caso da Bélgica, nada impede que cancele a licitação e compre Rafales…
Claro que isso gera desconfiança entre os demais participantes, mas não é proibido.
O mais importante é obter o melhor armamento pelo melhor preço.

Cidadão Bem Informado

Nem todo mundo quer comer jaca.

Carlos Alberto Soares

RFP é RFP, ponto.

Em caso de Largo conflito ter aviões montados no próprio continente não é fiável.

Mas, sempre o mas….

Faria um grande retrofit up grade nos Falamos 16 artuais, neste caso tudo feito em casa Belga. bom

Adriano M.

Daniel Ricardo Alves 15 de junho de 2018 at 21:47 “Pessoal, vocês acham que HIPOTETICAMENTE, seria uma boa para o Brasil participar desse projeto FCAS franco-alemão? Parece ser muito promissor!”. Amigo Daniel,o futuro da FAB e da aviação de caça pelos próximos 30-40(ou 50…) anos no Brasil se chama SAAB JAS-39 Gripen-E… Não acredito que os “crânios” da FAB que estão em um envolvimento sério com os suecos,irão correr atrás de um projeto franco-alemão para adquirir,se um material bélico francês ou alemão já é caro imagine sendo franco-alemão. Se for para correr atrás de um projeto de novo caça,isso será… Read more »

Maurício.

Acho estranho o pessoal criticando a postura da Dassault, na indústria de defesa não existe regras, não existem santos, e muito menos pessoas ingenuas, falam do forte lobby da Dassault mas não foi na base do tapetão e do forte lobby que a Boeing levou o KC-X ? Eu acho errado ? Não acho, afinal cada país defende sua indústria como quiser, basta o cliente aceitar ou não.

Delfim

Eu já comentei que os belgas são franceses mais arrogantes ainda.
Basta ver a lenha que fizeram no Congo.
.
Mas a proposta francesa tem suas vantagens.

Carlos Alberto Soares

RFP é RFP, o resto é balela.

Carlos Alberto Soares

Nenhum AC de uma F Aérea responsável emitiria uma RFP para voltar atrás e analisar uma proposta bastarda, não mesmo.