Militares da FAB são capacitados em avaliação de aeronave de alta performance
Os novos pilotos e engenheiros de ensaio serão engajados em programas como o da aeronave KC-390
Os alunos do XXVII Curso de Ensaios em Voo (CEV) realizaram, entre os dias 07 e 18 de maio, a avaliação final do curso, chamada Preview, na aeronave JAS 39 Gripen D, em Linköping, Suécia. O objetivo foi verificar a capacidade dos pilotos e engenheiros alunos em avaliar uma aeronave de alta performance para as ações de defesa aérea e ataque.
A avaliação foi baseada na Solicitação de Ensaio de Instrução, feita pela Divisão de Formação em Ensaios em Voo, do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), Unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada em São José dos Campos (SP), e reúne os principais requisitos operacionais e de certificação da aeronave. Com base na solicitação, os alunos devem demonstrar ser capazes de planejar as missões num perfil que permita a avaliação desses requisitos, com a aplicação das técnicas de ensaio em voo necessárias para adquirir as informações para a avaliação. Eles devem, também, mostrar rápida adaptação à aeronave para pilotá-la a partir da posição dianteira, conduzir os voos com segurança e compilar os resultados num relatório de ensaio.
Na oportunidade, os pilotos e engenheiros alunos realizaram oito voos na aeronave JAS 39 Gripen D, pertencente à SAAB, e dois voos na aeronave “alvo” SK-60 (SAAB 105). “A Preview é uma excelente atividade para verificar o nível de aprendizagem dos alunos e colocá-los num ambiente de ensaio adverso, a fim de verificar a sua alta capacidade de adaptação. Num exercício como esse, o nível de maturidade e confiança dos alunos aumenta significativamente e, se aprovados, há uma confiança enorme que os alunos possam ser engajados nos diversos projetos que o IPEV está inserido”, afirma o Vice-Diretor do IPEV, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann.
Após a conclusão do CEV, os novos pilotos e engenheiros de ensaio serão engajados em programas de outras aeronaves, como do KC-390 e do Gripen E/F, entre outros que o IPEV participa atualmente, a fim de garantir que a entrega das aeronaves seja realizada conforme os requisitos contratuais definidos.
“Nosso dever é garantir que as aeronaves atinjam os requisitos contratados, o que é bastante complexo quando se trata de sistemas cada vez mais modernos. O desenvolvimento das aeronaves, por meio dos ensaios em voo, contribui significativamente para que a FAB realize a sua missão constitucional em prol da sociedade brasileira”, destaca o Tenente-Coronel Bussmann.
Curso de Ensaios em Voo
O CEV tem por finalidade a formação de pilotos e engenheiros qualificados para planejar, executar e gerenciar atividades de Ensaios em Voo relacionadas com voos experimentais de desenvolvimento, modificação, avaliação ou certificação de aeronaves e/ou sistemas embarcados, bem como para verificar atividades desse gênero conduzidas por terceiros igualmente qualificados.
FONTE/FOTOS: Força Aérea Brasileira/IPEV
Que ótimo ver que está tudo indo nos conformes para a FAB, mal posso esperar para termos o F-39 e KC-390 operando com nossos E-99, A-29, F-5, A-1 e também com os A-4 da Marinha.
Alex, sejamos realistas: o horizonte que a FAB tem nos próximos anos é bem melhor do que o de hoje, mas está indo tudo bem longe dos conformes. O que compramos foram apenas 36 aeronaves, número bem insuficiente para atender um país do tamanho de um nosso. Sim o Gripen E e F trarão um salto tecnológico à FAB porém as contas desta força andam para lá de sombrias, espero que tenhamos dinheiro para treinar nossos pilotos aqui e poder encomendar as peças de reposição para garantir a manutenção dos F-39 em ordem e manter os mesmos em condições de… Read more »
Olá Jodreski, quando me referi que está indo tudo nos conformes, me referi ao projeto de aquisição do Gripen e do projeto KC-390.
Realmente acho que só 36 unidades do Gripen é muito pouco, sendo o desejo da FAB de se equipar com 120 unidades a opção mais realista para a necessidade de nosso país de dimensões continentais. Se esse desejo da FAB irá se concluir, não sabemos, mas espero que sim, amanhã é outro dia e muita coisa pode mudar.
O Brasil deveria ser aliado incondicional da Suécia, colocar a SAAB e a Avibrás para trabalharem juntas, resultando em produtos militares mais arrojados para o nosso país, como um sistema de mísseis de defesa aérea moderno baseado no BAMSE, mísseis de cruzeiro de alcances superiores à 1.000 km e um míssil antinavio hipersônico.
Eu também gosto da Suécia, grande país e povo…na virada do século passado (1900) já eram um grande país. Sem afastem de paisecos da América Latina e fiquem mais próximo dos suecos.
É um povo de uma cultura realmente invejável. Passaram incólumes pelos dois maiores conflitos da história apenas com diplomacia, sem tomar partido de ninguém, e tem uma indústria militar bastante avançada, mesmo tendo enfrentado guerras há mais de 200 anos atrás.
Não só pela diplomacia, meu caro. A Suécia já era uma potência militar na virada do século XVIII. Sua marinha data do século XVI e seu primeiro estaleiro data do século XVII.
O último conflito que os suecos estiveram envolvidos foi a Guerra Russo-Sueca de 1788–1790 vencida pelos suecos.
Nos não somos europeus, somos sul americanos e não vejo problema em se aproximar dos vizinhos.
Devemos nos aproximar dos melhores, independentemente da região em que se encontram. Acontece que os países mais prósperos economicamente e com as melhores indústrias bélicas se encontram no hemisfério norte. Temos que estreitar relações e buscar mais parcerias, não somente em pesquisa e desenvolvimento na área militar, mas em outros âmbitos também, com países como Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Japão, Suécia e Coréia do Sul. Podemos aprender, e muito, com eles.
Fico contente com esta reportagem, mas estive em uma palestra em Santos com o comandante da Base Aérea e ele informou que vai ocorrer redução de soldados e também de meios aéreos na Força Aérea.
Os únicos programas protegidos da incompetência do governo são os com financiamentos contratados com outras nações, casos do Gripen e do Prosub, pois o não cumprimento dos contratos geraria incidentes diplomáticos
JT8D esses financiamentos são feitos com bancos (públicos ou privados). Se o Brasil atrasa, paga juros. Acho que não é tanto a questão diplomática.
Amigo Jodreski
Você está sendo um tanto quanto pessimista, se vamos fabricar, é porque em um futuro próximo chegaremos ao número mínimo de 100 unidades destas células, eu só queria saber se o radar, e o motor já estão prontos?
Abraços aos caros colegas!
Sobre o radar eu não sei lhe informar, mas o motor GE F-414 é praticamente o mesmo do Super Hornet, e a versão do Gripen já está voando com o protótipo na Suécia
O radar seria o AESA Raven ES-05 que, segundo a reportagem abaixo de 2012 já está desenvolvido.
https://www.aereo.jor.br/2012/05/24/selex-galileo-esta-perto-de-entregar-novo-radar-raven-es-05-aesa-do-gripen/
Aqui, nesta matéria de fevereiro deste ano se confirma.
https://www.aereo.jor.br/2018/02/19/caca-saab-jas-39e-gripen-sistemas-de-guerra-eletronica-e-radar-aesa/
Muito bom.
Com o bolivarianismo na Venezuela e a OTAN na Colômbia, 108 F-39 deveriam ser o mínimo.
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Algum destes pilotos veio direto dos Terceiros ? Para saber se realmente é possível passar direto do A-29 para o F-39.
Delfim, isso é curso pra formar pilotos de Ensaios em Voo, ou, em outras palavras, pilotos de provas, de testes. Não é pra tenentes ainda saindo dos terceiros, tem que já ter convertido pra caças a jato e acumulado horas nos esquadroes de primeira linha.
Entre os requisitos mínimos, está o de ter pelo menos 200 horas de voo em caças a reação (jatos), dentro de um total também mínimo de 800 horas em asa fixa.
Pra saber mais, tem esse documento em pdf:
https://www.ipev.cta.br/index.php/component/phocadownload/file/3-ica-37-35-normas-reguladoras-do-cev
Obrigado.
Sabe o que acho meio complicado, até mesmo para o “Nostradamus” se ainda vivo, pudesse prever, é que a princípio, a FAB deve sim, ficar com uma base em torno de 108 aviões, divididos em 3 x 36 und. Entretanto vale lembrar que no caso do AMX, deveria ser um total de 79 aviões e só vieram 53. Esta janela do Gripen deve ser realmente muito bem aproveitada pelos comandantes da FAB afinal estamos lidando com a transferência de tecnologia, a construção local e, pela primeira vez, uma aeronave no estado da arte, atualizada aos padrões internacionais, (Novinha) em folha.… Read more »
Só uma correcão: foram 56 A-1 e não 53. O quarto lote, de 23 unidades, tinha sua aquisicão planejada, mas nunca se concretizou.
Outro ponto positivo ao meu ver, trata-se da reestruturação que está sendo aplicada à FAB. bases praticamente sem aviões ou até mesmo sem nada, custos elevados, serviços duplicados, custos altos etc. Certamente a nova visão administrativa do Comando da Aeronáutica irá permitir que ainda se consiga fazer muito mais… com o pouco que ainda conseguem receber em termos de orçamento.
Isso mesmo Flanker. Obrigado.
Acho excelente o que a FAB esteja conseguindo fazer, mas termos um orçamento militar que nos coloca em 11º lugar no mundo, na frente de Israel, e gastarmos quase tudo em pensões e salários chega a ser absurdo!!! São gastos 82% do orçamento com folha de pessoal, isto é inaceitável.