Falecimento de Serge Dassault: proprietário de fabricante de jatos e de jornal
Industrialista francês e político conservador herdou o império da aviação de seu pai
O bilionário francês Serge Dassault morreu de ataque cardíaco em seu escritório aos 93 anos de idade.
O político conservador e industrialista faleceu de uma “deficiência cardíaca” em Paris por volta das 16h da segunda-feira, segundo um comunicado de sua família.
Ele liderou o Grupo Dassault desde a morte de seu pai Marcel em 1986 e sua fortuna foi estimada em cerca de 20 bilhões de libras.
O grupo é dono do jornal Le Figaro e constrói o caça Dassault Rafale, usado pela Força Aérea Francesa.
Também possui subsidiárias envolvidas em veículos elétricos, equipamentos aeroespaciais, sistemas de software, vinho e leilões.
“A França perdeu um homem que dedicou sua vida ao desenvolvimento de uma joia da indústria francesa”, disse Emmanuel Macron, o presidente francês, em um comunicado.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy respondeu à notícia twitando: “Com a morte de Serge Dassault, a França perde um grande industrial, o mundo da aviação, um pioneiro, a opinião pública um grande chefe da imprensa e eu, mais simplesmente, um amigo.”
Dassault era membro do partido União para um Movimento Popular, ex-senador e ex-prefeito da comuna de Corbeil-Essones, perto de Paris.
No ano passado, ele foi multado em dois milhões de euros por lavagem de dinheiro por não divulgar sua riqueza às autoridades.
Ele deixa sua esposa Nicole Raffel e seus quatro filhos.
FONTE: The Independent
A aviação perdeu um grande homem, que fez historia !!!!
Eu gostava do Serge Dassault. Ele era autêntico na arrogância francesa.
Assumia que gostava de pagar prop*na (mimos). Quando a Revista Força Aérea o entrevistou na década de 90 e foi questionado do porquê a Dassault resistia em integrar armamento que não era francês, ao invés de negar, disse que a França tinha ampla variedade de armamento e por isso não precisava.
A Dassaut tem uma dinastia de caças espetacular!
Ainda tinha até pouco tem o vídeo em VHS e passado para DVD da coleção “Tudo sobre aviões de combate – A Dinastia Dassault”.
Ainda tenho!
Converti minha coleção para DVD. a Coleção tem muitos erros inclusive de tradução, mas pelo menos foi lançado aqui e em português.
O mundo editorial brasileiro esta perdendo e muito por não aproveitar o momento de renovação das aeronaves, poderiam lançar livros agora com informações mais corretas.
Venderia muito!
Ele tentou comprar a Lockheed Martin e todos os seus projetos, mas lhe foi negado, era um grande visionário.
Ele querendo comprar a LM? Seria o mesmo que uma piaba querendo engolir um tubarão…rs!
Quando tentou comprar a Lockheed Martin, a mesma estava em dificuldades finançeiras. A ‘bam-bam-bam’ da aviação incluindo caças na época era a Boeing.
Vinícius, nos anos 70 a Boeing não produzia caças. Alias ela apenas voltou a produzi-los quando adquiriu a MDD em 1996.
Outrossim e como demonstrei abaixo a LM já era muitíssimo maior que a Dassault.
Apenas para complementar a Lockheed, já na época a maior contratante de defesa dos EUA, pediu (e recebeu) em 1971 um empréstimo de US$ 1.4 Bilhão do governo norte-americani, que foi pago em 1977 com US$ 122 milhões em taxas, juros e garantias.
HMS TIRELESS 29 de Maio de 2018 at 7:49,
Você não pode analisar os fatos de outra época pelo que você tem hoje.
Nos anos 1970, ninguém acreditaria que o principal caça da USAF 30 anos depois seria da Lockheed, muito menos na USN ou USMC em 40/50 anos ! Nos anos 1980, você seria considerado louco se dissesse que em 10 anos a Boeing fosse comprar a MDD. E por aí vai.
À época, a LM deve ter sido alvo de aquisição e nada impede que, no futuro, seja novamente. Isso é muito comum no mercado global. Empresas adquirirem outras. Antigos ícones que simplesmente vão sumindo aos poucos. Ou acabam ou são compradas por outras mais fortes.
E, ainda por cima, estamos presenciando o ‘encolhimento’ de diversos grupos industriais americanos, tais como General Electric, General Motors, Ford e etc.
Não foi e continua a não ser alvo de aquisição Xings….
Quanto aos grupos industriais que você citou, continuam bem atuantes. E ao contrário das gloriosas estatais chinesas a GE sabe fazer, e muito bem, motores aeronáuticos…
É, mas está minguando, minguando, minguando…..
Aí eu te pergunto: O governo Americano bloqueou a venda por se tratar de uma empresa cujo setor de atuação é extremamente ‘sensível’ aos objetivos do país. Empresas americanas compram empresas americanas. O Brasil não deveria agir da mesma forma no caso da Embraer?
Vinicius 29 de Maio de 2018 at 9:46,
A resposta que você ouviria de muitos por aqui seria: “não vem ao caso”.
Vinícius, não força! O governo dos EUA não iria precisar bloquear a aquisição da LM pela Dassault pelo simples fato que mesmo a época a empresa francesa não tinha bala na agulha para tal.
Ricardo, ainda nos anos 70 a LM era uma empresa muito maior do que a Dassault pudesse engolir visto que na época ainda atuava no mercado comercial através do L1011 Tristar, produzia o único avião de Patrulha Marítima do Ocidente (O P-3 Orion), ainda estava produzindo os C-5 Galaxy e a linha de montagem do C-130 Hercules estava a todo vapor (como continua até hoje). Para completar o SR-71 Blackbird ainda estava em produção ( na Plant 42 de Palmdale), a empresa estava entregando o S-3A Viking para a USN e estava projetando no Skunk Works o F-117 Nighthawk, cujo… Read more »
Único avião de patrulha do ocidente????
E o Breguet Atlantic? E o Breguet Alizé? E o HS Nimrod? O P-2 Neptune ainda era usado.
O Atlantic nos anos 70 estava fora de produção (voltou nos anos 80 com o nome ATL2) assim como o Alizé. Também o Nimrod foi produzido por pouquíssimo tempo e apenas foi adquirido pela RAF. E o Neptune estava no crepúsculo da sua vida operacional.
Ou seja, se você quisesse comprar a época uma aeronave nova de Patrulha Marítima à época você apenas tinha o P-3 à disposição. Aliás, tinha o S-3 da mesma LM mas era uma aeronave embarcada que só os EUA compraram
A Lookheed era uma empresa falida.
Nessas horas, o Governo americano chega para ajudar.
Foi assim em 2008 com diversas empresas e entre elas vários bancos, General Motors e etc.
O governo dos EUA, país liberal, ajuda as empresas para que as mesmas continuem funcionando e assim evitar consequências sociais, políticas e geopolíticas adversas. Ajudou a GM em 2008 como já havia feito com a Chrysyer nos anos 70 da mesma forma que liberou US$ 15 bilhões para as Cias aéreas depois do 11/09.
Enquanto isso aqui no Brasil, sob um governo que se jactava de ser “anti-neoliberal” o BNDES virou cofrinho para ajudar empreiteira, açougue, empresário farsante sem que a sociedade tivesse alguma contrapartida. Bastava ser amigo do “rei” (e atual presidiário).
Esse é o Brasil. Sem surpresas.
Agora, mesmo com ajuda, as empresas americanas continuam caindo. É um processo ‘histórico’. Irreversível.
Papinho de DCE….
Como eu disse: É um processo histórico e irreversível.
Me desculpa, vc entende muito de história de aviões e armas e etc, mas devia dar menos palpites sobre o mundo dos negócios . Nisso vc tá cheio de opiniões furadas. Ia levar uns dias pra explicar tudo sobre aquisições, mas pra resumir, uma compra de uma grande corporação não é difícil de viabilizar pelo ponto de vista econômico, desde que sua empresa alvo seja estratégica ou economicamente muito atrativa, levantar o dinheiro é o menor dos problemas. Até pq empresas desse calibre, dificilmente são compradas apenas em dinheiro(pode-se dzr que ninguém tem sozinho dinheiro p tanto), e aí entram… Read more »
Com todo o respeito, vc só disse o óbvio. Óbvio ululante. Todos sabem que entram todos estes quesitos em uma aquisição. O que estou falando é sobre ascensão e queda de empresas, algo muito comum no mundo dos negócios. Foi assim com ícones como Pan Am, TWA, e centenas de empresas do setor elétrico, automobilístico, petróleo e etc. Em tempo: Acabou de sair a nova edição da Fortune 500. Basta olhar o ranking de hoje e o de dez anos atrás para ter uma noção do calvário dessas empresas. Por exemplo: A GM até o início dos anos 2000 era… Read more »
Na boa minha cara “águia” mas achar que a Dassault teria condições econômicas e políticas de adquirir a Lockheed é que realmente é uma opinião para lá de furada.
Aliás, ao elencar todas as condicionantes, às quais a Dassault jamais conseguiria reunir todas, você termina por me dar razão….
Claro que teria condições. Qualquer empresa com dificuldades econômicas é passível disso.
A própria GM, que é muito maior que a LM, vendeu sua operação européia (Opel) para a PSA.
Basta ter algum benefício econômico e viabilidade técnica, conforme disse o ‘Águia’ acima.
Se, em futuro qualquer, os EUA mudarem de fornecedor de caças, a LM vai para o buraco, gloriosamente, cantando ‘Deus Salve a América’, como centenas de outras já foram.
Xings, A GM vendeu UMA PARTE de suas operações e não a empresa inteira. Ademais a LM era (e continua a ser) a maior contratante do Pentágono.
Melhor você voltar para o DCE. Ou se preocupar com o fato de que até a presente data os chineses não conseguirem fazer um turbofan aeronáutico decente.
Esqueça. Empresas menores compram empresas maiores. É comum. Basta estar em situação ruim como dezenas de empresas americanas. Aliás, vou chamar o ‘Águia’ para me ajudar que está difícil.
Socorro Águia!!!!!!!!
Precisando de ajuda no DCE Xings?
Uhmm … Amigo do Sarkozy…
Que ficou amigo de um certo presidente sul americano, que em dado momento, passou por cima da FAB e tudo mais anunciando o Rafale como o escolhido….
Uhmm.
Que panelinha não!
E o Gripen acabou vencendo, né?
Apenas tornou-se possível o Gripen vencer o FX-2 depois que imprensa revelou que o “certo presidente sul americano” (e atual presidiário) sequer havia recebido o relatório da FAB, que por sinal colocava o caça francês em último atrás do F/A-18E/F e do Gripen E. Ou seja, a malfadada escolha “político-etílica” estava em total desacordo com a disciplina contida na Constituição Federal de 1988, a Lei 8.666/93 e o Decreto 2.295/97
Está bem. Mas, está melhorando. Não está vendo?
A FAB adquiriu o caça que queria, com a ToT que desejava, e ainda conseguiu incluir no aparelho a WAD que ampliou em muito a consciência situacional do aparelho. E ainda cumpre lembrar que há engenheiros brasileiros hoje na SAAB aprendendo sobre o processo de fabricação do aparelho.
De igual forma a nossa força aérea também poderá integrar em seus Gripens as armas que desejar, sejam elas de procedência brasileira, norte-americana ou israelense.
Por outro lado, se a escolha “política-etílica” houvesse vingado teríamos uma legítima “rainha de hangar” que apenas usa armas e sensores de origem francesa. Negoção não é!?
Esse relatório do COPAC não faz o mínimo sentido, ainda mais com o Super Honet ficando em segundo. Aliás, como avaliar um caça que nem protótipo tinha?! Serve para uma maioria com grandes debilidades de raciocínio no tema (parlamentares e jornalistas “marrons”)
Wellington meu amigo, uma coisa que eu aprendi com o tempo foi a não contestar laudos elaborados por quem tem conhecimento e informação que nós leigos não temos. Assim, acredito que o COPAC teve suas razões relevantes quando colocou o Gripen em primeiro
R.I.P.!
Os herdeiros seguirão a doutrina da família?
Pois é, fica essa dúvida. Se os filhos farão o mesmo que o pai fez quando herdou a empresa em 1986, com a morte do gênio Marcel.
Uma perda enorne pra aviação
r.i.p.
Por um lado, na sua gestão ele manteve a empresa de pé, depois que o fim da Gerra Fria cortou orçamento para fins militares de maneira dramática, evitando assim o que aconteceu com a McDonnell Douglas, que acabou comprada pela Boeing.
Por outro lado, sob sua gestão a Dassault encolheu em participação de mercado, fechou a linha de produção do Mirage 2000 e levou literalmente décadas para vender o Rafale fora da França.
Entretanto, a linha de jatos executivos Falcon parece ter se sustentando bem.
No fim das contas é a linha de jatos executivos Falcon que mantém a empresa de pé
RIP.
Sabe aquela frase do rei francês que dizia “A França sou eu?” Creio que a situação da Dassault tem a ver com o casamento França/Dassault e um isolacionismo e síndrome de Asterix ao fechar seu mercado de combate. Se por um lado foi bom para a Dassault o isolacionismo francês e sua preferência por fornecedores franceses de armas, por outro esta política encareceu sua produção (o Rafale deve ser o mais caro avião de caça em produção) e fechou a tecnologia para sistemas franceses. E poucos clientes querem ficar tão dependentes. E todo mundo sabe que escrúpulo não existe nas… Read more »
Melhor comentario, só toma cuidado coom os viuvos de Rafale aqui.
Falando nos métodos e na falta de escrúpulos nas negociações a Dassault tenta aplicar os métodos utilizados com Brasileiros e indianos para no tapetão ganhar um contrato para renovar a frota de caças da Bélgica. Contudo, ao que tudo indica o governo de Bruxelas ignorou a oferta francesa.
Eu nunca vi armamentos made in Russia nos aviões norte americanos e vice versa. A frança teve e tem ainda capacidade suficiente para construir um caça 100% Francês em tudo.
Rafale In Peace . . .
Melhor comentário até o momento. Muito bom !
Minhas condolências à familia…….
Um grande cristão-novo. Vai fazer falta.
A França perdeu um Grande homem, um grande cristão e um grande conservador.
Que Deus o tenha!
Um homem com uma visão industrial e comercial questionáveis. Seu pai (este sim um gênio) deve ter se revirado muito no túmulo depois de algumas de suas decisões e postura temerárias.
Concordo em gênero, número e grau…
E falo especialmente de descontinuar prematuramente o Mirage 2000, um caça monomotor de excelente relação custo benefício, e apostar tudo no Rafale, um bimotor mais caro. E quando você vê a LM a despeito do F-35 fazer de tudo para manter o F-16 em produção dá para constatar de cara o erro de Serge Dassault.
O sucesso de Dassault e sua empresa também ajudou o Brasil.
Engenheiro, Serge Dassault trabalhou nos ensaios em voo da empresa da família, ajudando a desenvolver uma das aeronaves que o Brasil empregou na FAB, o Mirage III.
A negociação levou a França a se comprar umas dezenas de Xingus na década de 1980.
Quase 20 anos depois, Serge Dassault chefiou o time francês que comprou uma participação de 20% da EMBRAER da época.