C-130J Super Hercules from the 36th Airlift Squadron prepare to take off during the 374th Airlift Wing Generation Exercise Elephant Walk at Yokota Air Base, Japan, May 4, 2018. The exercise was conducted in order to demonstrate the wing’s ability to rapidly deploy forces across Indo-Pacific region. The 374th AW maintains and operates the C-130J Super Hercules, C-12 Huron, and UH-1N Iroquois, making it the primary Western Pacific airlift hub for U.S. Air Force peacetime and contingency operations. (U.S. Air Force photo by Yasuo Osakabe)

Conheça a história do desenvolvimento do C-130J Super Hercules e as dificuldades enfrentadas pelo projeto

por Guilherme Poggio

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APARECEM OS COMPRADORES

Quando a Lockheed Martin deu a largada para o programa em 1991 ela ainda não possuía clientes para a aeronave e, como dito anteriormente, resolveu prosseguir com o risco, submetendo-a a uma certificação civil.

Mas antes que o primeiro C-130J deixasse as oficinas da Lockheed em Marietta (estado da Geórgia) contratos já estavam na mesa e assinados. O acordo inicial foi feito com a RAF (Royal Air Force) para o fornecimento de 25 Hercules II (como ele era conhecido na época). O contrato foi firmado em dezembro de 1994 e compreendia dez exemplares da versão alongada (C-130J-30) e quinze da versão comum.

O segundo cliente estrangeiro da aeronave foi a RAAF (Royal Australian Air Force), que firmou o contrato um ano após o contrato da RAF e logo em seguida do roll-out do primeiro exemplar. A montagem do primeiro exemplar australiano (o sexto exemplar da linha de produção do modelo “J”) marcou a transição da linha de produção do modelo H para o J. O último C-130H foi entregue no final do ano de 1996.

A tão esperada encomenda das Forças Armadas norte-americanas começou de forma muito tímida e veio logo após a encomenda britânica. Inicialmente a USAF encomendou o C-130J “como um programa civil” e a aeronave acabou não passando pelos rigorosos ensaios do Pentágono num primeiro momento.

Posteriormente novas encomendas das Forças Armadas norte-americanas foram feitas e o avião foi submetido a duros testes do setor de avaliação e testes operacionais do Pentágono (o escritório DOT&E). A principal reclamação estava associada ao desenvolvimento do software da aeronave e sua integração, um fantasma que perseguiu o programa desde os estágios iniciais.

O C-130J na USAF só atingiu a IOC (Capacidade de Operação Inicial em tradução livre) no ano de 2006, dez anos após o primeiro voo de um exemplar desse modelo. Trata-se de um tempo muito longo para uma aeronave que deveria ser apenas uma atualização de um projeto bem sucedido.

NO FINAL, O SUCESSO

A equipe do projeto perdeu tempo e dinheiro para certificar a aeronave em dois padrões diferentes (civil e militar), subjugou as consequências das mudanças do grupo propulsor sobre a antiga estrutura e falhou no supervisionamento dos parceiros para integrar o sistemas por eles fornecidos.

Mas no final o sucesso comercial veio. Com mais de 2500 unidades entregues, a linha de produção tem funcionado de forma ininterrupta por mais de seis décadas! Atualmente a Lockheed possui encomendas suficientes para manter a linha aberta até o ano de 2020, com uma cadência próxima de 24 unidades produzidas por ano. Além de ser um ótimo projeto aeronáutico, suas vendas foram catapultadas pela ausência de um competidor no mesmo nível… até o momento!

 

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