TALLINN — AFX18, o exercício anual em grande escala das Forças Armadas suecas para a prática da defesa territorial da Suécia, deve começar esta semana e este ano também envolverá a Força Aérea Estoniana, disseram porta-vozes da sede das Forças de Fefesa da Estônia.

“Este é o primeiro exercício conjunto entre as forças aéreas da Estônia e da Suécia após a restauração da independência”, disse o comandante da Força Aérea da Estônia, coronel Riivo Valge. “Este é definitivamente um desafio interessante para ambas as partes e uma excelente oportunidade para praticar a cooperação entre diferentes países.”

Um esquadrão de oito caças JAS 39 Gripen participantes do exercício chegará à base aérea de Amari em 22 de maio. Juntamente com as aeronaves, aproximadamente 100 membros da Força Aérea Sueca serão posicionados em Amari durante o exercício.

Os voos serão realizados 24 horas por dia e as batalhas aéreas do exercício serão realizadas no espaço aéreo sueco, mas os caças também poderão ser vistos voando pela Estônia. Os membros da Força Aérea Sueca no exercício irão praticar a condução de várias operações aéreas com parceiros.

Até 3.500 pessoas uniformizadas participarão do AFX18 e todos os ramos das Forças Armadas Suecas estarão envolvidos. Os países estrangeiros participantes do exercício incluem Estônia, Finlândia, França e Espanha.

FONTE: Baltic News Service

NOTA DO EDITOR: O exercício AFX18 coincide com a divulgação pelo governo sueco de um livreto que explica aos cidadãos como se comportar em caso de agressão externa, um reflexo das tensões com a Rússia. Para conhecer o conteúdo do livreto, clique aqui.

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Leônidas Pereira

Exercício conjunto com a Estônia (que é membro da OTAN, e se sente diretamente ameaçada pela Rússia), atualização dos Gripen C para o padrão MS20, distribuição de livretos à população… Os suecos estão mesmo preocupados com a vizinhança.

Enquanto Trump manda a Europa se virar sem ele, uns parece que só reclamam, outros se mexem.

Ivan

Os suecos sempre “se mexeram”.

Leônidas Pereira

Verdade. Não deve ser à toa que ninguém entra em guerra contra eles há uns 200 anos.

Leônidas Pereira

Pensando aqui outra coisa, mais ligada a geopolítica: a abertura da nova fábrica da SAAB aqui no Brasil pode ser uma “garantia” interessante para a Suécia. Em caso de conflito, seria um ativo estratégico em situação bastante segura, bem longe do campo de batalha.

Aos colegas do meio militar, faz sentido isso? O Brasil iria “bancar” a Suécia e despachar/permitir a saída dos equipamentos para lá?

Augusto

Leônidas, foi isso que a Inglaterra fez ao transferir diversas de suas tecnologias de ponta para os EUA durante a II Guerra.

CignusRJ

Foi para os EUA? E eu pensava que foram pro Canadá. 🙂

Filipe Prestes

Não sou militar, mas percebo que isso iria, de algum modo, tornar o Brasil um alvo para o oponente da Suécia, assim como foi para o os alemães que afundavam os navios mercantes que supriam outros países da Europa

Fernando "Nunão" De Martini

Filipe,

No início da Segunda Guerra, antes dos primeiros navios mercantes brasileiros serem afundados por ataques alemães, outros já haviam sido apreendidos pela Inglaterra e impedidos de seguir viagem ao Brasil, pois estavam transportando armamentos alemães encomendados pelo Brasil em trocas comerciais com a Alemanha, acertadas antes da guerra.

Ou seja, numa guerra qualquer lado pode te fazer de “alvo” conforme o desenrolar do conflito.

Tallguiese

Realmente, seria interessante para os suecos manterem uma fábrica de caças bem longe da área de um ipotetico conflito. O Brasil viraria alvo estratégico depois. Talvez mas um alvo muito longe e dificil de se alcançar e que ainda por cima um país americano. Se mexerem com a gente, o tio Trump vai achar ruim. Óia a viagem!!!! Kkkkk

CignusRJ

Existe o tratado do Rio de Janeiro de defesa mútua.
Qualquer país do continente americano que for atacado por um de fora do continente terá o apoio dos demais, incluindo aí os EUA.

Fernandes

Será? Quando foi assinado? Antes ou depois da guerra das Malvinas/Falklands?
Se foi antes, é sinal que tem aigo mais escrito em letras miúdas….

Fernando "Nunão" De Martini

1947, Fernandes.
Mas não entendi uma coisa no seu raciocínio: a Argentina foi atacada na Guerra das Malvinas? Ou foi ela que atacou?

Lucas Senna

Foi a Argentina que declarou guerra e atacou ao Reino Unido, não o contrário.

Vinicius

Sou leigo nessa área e gostaria de saber, e preciso autorização para modificações na aviônica de aparelhos comprados de parceiros? Digo isso por que vejo em artigos que Israel sempre modifica os aviões que recebe dos EUA.

Hermes

Em caso de uma guerra européia envolvendo a Suécia e a Rússia a fábrica daqui não serviria de nada a eles, o pessoal tá raciocinando como a 70 anos atrás quando se produziam centenas de aviões por mês em guerras que duravam anos, uma guera dessas duraria semanas ou até mesmo dias e nesse tempo não produziríamos um Gripen sequer para auxiliar os suecos.
O que poderia haver seria uma produção acelerada antes das hostilidades caso os suecos queiram aumentar rapidamente sua frota.