Sukhoi Su-57

Fotos divulgadas do avião de combate russo Su-57 (PAK FA) de quinta geração, furtivo e testado em combate na Síria, antes da parada do Dia da Vitória, em 9 de maio, revelam detalhes de sua fabricação.

A Rússia tentou vender o avião para a Índia, mas o negócio não foi adiante.

O site americano Business Insider perguntou a um cientista sênior que trabalhava em aeronaves furtivas para avaliar a furtividade do Su-57, e os resultados não foram bons.

Em primeiro lugar, notou-se as junções entre os flaps e a asas da aeronave – elas são grandes. No F-22 dos EUA, os flaps têm junções muito apertadas, que não dispersam as ondas de radar, mantendo assim um baixo perfil.

Em segundo lugar, observou-se os estabilizadores verticais do Su-57. Eles têm uma grande lacuna onde se afastam da fuselagem. Manter um perfil rígido é essencial para a discrição, de acordo com o cientista.

Usando F-35 como referência, os estabilizadores verticais tocam todo o caminho.

Em terceiro lugar, analisou-se o nariz do Su-57. Ele tem costuras notáveis ​​em torno do canopy, o que afeta negativamente a furtividade. O F-35 e o F-22 compartilham um visual mais suave e inclinado.

Nota-se pelos rebites visíveis que a Rússia ainda não tem a tecnologia de usinagem para produzir essa superfície.

Finalmente, observou-se a parte de baixo do Su-57; tem rebites e bordas afiadas em todos os lugares. “Se nada mais convence que nenhum esforço em stealth foi tentado, este é o argumento decisivo”, disse o cientista.

Segundo ele, a Rússia nem pareceu tentar seriamente fazer uma aeronave furtiva. O Su-57 toma certas medidas, como armazenar armas internamente, que melhoram o stealth, mas está muito distante dos EUA ou mesmo da China.

Mesmo com furtividade menor, o Su-57 ainda será perigoso

Por outro lado, o Su-57 conta com radares laterais montados ao longo de seu nariz, um sensor infravermelho de busca e rastreamento na frente e radares adicionais na frente e na retaguarda, bem como nas asas.

Segundo Tyler Rogoway, do site The Drive, os radares montados na lateral do Su-57 permitem que ele se sobressaia em uma tática chamada “beaming”, que pode enganar os radares dos jatos furtivos dos EUA. Irradiando e voando perpendicularmente ao radar de um caça inimigo, ele produz a assinatura do jato como um não-alvo.

Qualquer caça pode fazer “beaming”, mas o Su-57, com radares montados lateralmente, pode realmente guiar mísseis e produzir “kills” com mais facilidade.

A Rússia há muito adota uma abordagem diferente para os aviões de combate em relação aos EUA, mas o Su-57 mostra que, mesmo sem a furtividade de um F-22, os jatos de Moscou podem permanecer perigosos e relevantes.

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