Defexpo na Índia: Saab apresenta WAD no simulador do caça Gripen E
A Saab participará da exposição Defexpo na Índia, de 11 a 14 de abril de 2018. No programa, pela primeira vez, há um simulador do Gripen E equipado com um Wide Area Display (WAD).
O Wide Area Display no Gripen E é uma tela panorâmica de alta resolução (19 x 8 polegadas) que permite uma apresentação redundante e inteligente de informações em toda a sua extensão, com capacidade de receber entradas de teclas multitarefas, com tela sensível ao toque ou interfaces externas. Usando a fusão de dados, o WAD fornece ao piloto as informações necessárias e é a principal fonte de informações de voo e missão no cockpit.
A consciência situacional é um fator chave para conquistar o espaço de batalha moderno. Graças à sua avançada colaboração homem-máquina, o Gripen E compartilha e exibe as informações táticas corretas para os pilotos no momento certo. As informações são apresentadas em ícones centrados em informações facilmente interpretáveis em uma tela sensível ao toque de uma área ampla, permitindo uma apresentação de informações totalmente configurável – e o potencial de reconfiguração na metade da missão – com o pressionar de um botão.
“Os alcances de sensores e armas estão ficando mais longos, de modo que o espaço de batalha moderno cobre áreas maiores. Para poder cobrir essa área em sua tela tática, você precisa diminuir o zoom. É um desafio para ambos obter uma visão geral do espaço de batalha e também obter o nível de detalhe que você precisa. O WAD dá a você essa possibilidade ”, diz Jonas Hjelm, chefe da área de negócios de Aeronáutica da Saab.
O WAD é desenvolvido pela empresa brasileira AEL Sistemas como parte do acordo brasileiro de transferência de tecnologia do Gripen.
Utilizando a tecnologia de ponta, o Gripen E é projetado para atender às demandas de ameaças existentes e futuras e, ao mesmo tempo, atender a requisitos rigorosos de segurança de voo, confiabilidade, eficiência de treinamento e baixos custos operacionais. O futuro espaço de batalha será muito exigente.
As aeronaves de combate precisarão analisar e manusear grandes volumes de dados, apoiando a capacidade do piloto de selecionar, lançar e guiar armas em perfeita coordenação com outros membros da equipe – bem antes do adversário. É aqui que o Gripen E domina. Um diferencial importante para o Gripen E é sua disponibilidade e adaptabilidade. A aeronave possui o menor Custo de Ciclo de Vida e menor necessidade logística.
A Saab atende o mercado global com produtos, serviços e soluções líderes mundiais em defesa militar e segurança civil. A Saab tem operações e funcionários em todos os continentes do mundo. Através de um pensamento inovador, colaborativo e pragmático, a Saab desenvolve, adota e aprimora novas tecnologias para atender às necessidades de mudança dos clientes.
FONTE: Saab Group
Ainda acho que o custo do Wad valerá a pena! Nos trará rendimentos, sejam financeiros ou táticos e porá o Gripen NG em pé de igualdade com os melhores caças da atualidade. Muito acima dele só consigo enxergar o f22! st4
O que acontece com o Gripen E BR se tiver uma pane de tela ? Pq o painel da aeronave só tem uma tela.Sempre achei estranho no Gripen Br!!!
Meu caro, se não me engano, a tela apesar de ser única, possui 3 partições e não para de funcionar se houver uma pane, ou esmo ser avariada em combate. Abraços st4
A tela não é uma só. Ela funciona como uma. São duas ou três telas integradas, se não me engano. Se todas falharem ao mesmo tempo é o fim da missão. Casa pra o piloto.
Lembrando que em caso de falha o piloto ainda contaria com o HUD e as informações projetadas no capacete. Isso garantiria um retorno à base.
Acontece a mesma coisa com qualquer avião, seja digital ou analógico, se houver pane total de painel casa! Ou chão!
Saldanha, é exatamente isso. Fiz essa pergunta no stand da SAAB na LAAD. Ela ‘isola’ a área danificada e continua funcionando.
Meu caro Leandro!!! Muito obrigado pelo complemento! Só prova que a Fab agiru de forma precisa e nos deixa como ponteiros. Abração!!!!! st4
De nada Saldanha, disponha. Na época, eu fui totalmente contra a adoção desse display, sinceramente. Achei desnecessário e um custo à mais, mas devo reconhecer que sendo o desenvolvimento da WAD feito aqui no Brasil e o ganho de expertise e tecnologia, agregando valor à produto nacional e ainda por cima sendo uma excelente vitrine para os Gripen, inclusive para a versão de dois assentos, mordi a língua hehehehe
Meu caro Leandro, com todo respeito, que bom que vc mordeu a língua kkkk, o vetor como um todo (ng) nos dará uma senhora capacidade, nos deixando a altura de praticamente todos os caças hoje no mundo, a exceção do f22! com este display, a aviônica implantada, armamento de 1a linha (meteor) não iremos ficar devendo nada a nenhum deles, e o que diferenciará em combate, será o adestramento e técnica dos pilotos e nisto, nós somos ponteiros juntos com de outros países (Israel {para mim os mais capacitados} Eua, França, RU e Rússia. O Gripen não era meu favorito,… Read more »
Muito obrigado, acredito que tinha que ter instrumentos analógico tbm pq já aconteceu comigo dar uma pane em instrumento digital e o que salvou foi o analógico, sou a favor de ter os 2 instrumentos na aeronave, cada um tem as suas vantagens e desvantagens.
Quando o dinheiro dá a FAB gosta de trazer os caças bem equipados. Lembro que os nossos Mirage IIIE eram um dos raros a vir tanto com o radar doppler de navegação no queixo quanto com o rádio HF na deriva. Os F-5E do primeiro lote também vinham com o rádio HF na deriva. Uma pena que os lançadores de chaff & flare aparentemente não estavam disponíveis ainda nos primeiros F-5E.
Está ai. A tela panorâmica foi ideia da FAB para o Gripen Brasileiro. Sinal que a escolha brasileira para a tela panorâmica foi acertada. Parabéns à FAB.
Concordo plenamente!
Só o tempo vai dizer se foi acertada a decisão de não usar um sistema testado e aprovado da Rockwell Collins para se aventurar em um AEL/Elbit.
“A sorte acompanha os audazes”.
Exato, e algo me diz que mais cedo ou mais tarde a força aérea sueca vai chegar a conclusão que o WAD é a melhor solução, é só uma questão de nos testes ele se provar realmente confiável.
Até porque a Elbit, não é uma empresa de ponta!!! Correto??? Modo ironic ligado…
Na concorrência que a Índia está reabrindo para 122 caças, o WAD confere uma aura de modernidade ao projeto Gripen E/F. Obviamente, não é algo decisivo, mas é um belo diferencial frente aos demais competidores de 4,5 geração.
Concordo plenamente! st4
Creio que esta tela, que lembra a do F-35, vai pesar bastante a favor do Gripen E/F e ainda mais o caça tendo como legado a fusão de dados e eletrônica embarcada incomparável.
Torçamos que assim seja.
Grande abraço Robson!!! 😉
Em caso de uma venda internacional equipada com a WAD, por ser propriedade intelectual da AEL Sistemas, a filial brasileira da Elbit será beneficiada?
Com certeza, ela é que vai produzir os WAD.
Os indianos vão exigir que a tela seja produzida na Índia. De toda forma será um avanço brutal para a AEL, que deverá montar uma unidade no país asiático.
Porque a Elbit escolheria a AEL, se o WAD aprovar a Elbit vai poder produzir em qualquer uma de suas unidades, AEL é uma filial da Elbit.
A AEL não é filial da elbit, ela é uma empresa controlada pela elbit, são coisas muito diferentes. Basicamente a AEL tem meios próprios que são compartilhados com os da elbit.
O contrato com a AEL não envolve apenas o WAD…
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Esse WAD desenvolvido, é um derivado de um produto da Elbit Systems. A parte mais importante do WAD não é física, é o software que faz a Interface Homem-Máquina (HMI), que a AEL e SAAB desenvolveram.
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Fora o WAD, a AEL irá fornecer o Head-Up Display (HUD), o Helmet Mounted Display (HMD) e outros serviços.
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A Força aérea da Suécia também irá adotar o HMD da AEL.
Só queria saber se o WAD para o F-39E da FAB foi um desenvolvimento local bancado pela Viúva brasileira, ou se é um componente disponível que foi adquirido à parte.
Bancado pelo Brasil.
Aham… e o que o BR ganha com outros comprando da AEL/Elbit ?
Ganha o mesmo que ganha quando toda e qualquer empresa brasileira, que possui controle estrangeiro, realizaalguma venda ao exterior.
a AEL surgiu, nos primórdios, da Aeromot, que se transformou em Aeroeletrônica, depois em AEL e finalmente, essa teve controle acionário adquirido pela Elbit.
Sua pergunta cabe, nos mesmíssimos moldes, para as vendas que a Helibrás realiza, pois essa, mesmo sendo brasileira, possui controle da Airbus.
As vendas que a Elbit fizer, gerarão tributos pagos ao Brasil. Fora a mão de obra brasileira que foi, e está sendo, capacitada no desenvolvimento e produção desses produtos.
Ora, e a FAB não ganha da Embraer pelas vendas do AT-29 e KC-390 ?
Se bem que não sei se a FAB, no caso do WAD, possui em contrato alguma forma de propriedade industrial.
Se houver alguma obrigatoriedade de que no futuro os WAD sejam fabricados pela AEL/Elbit e não por outra unidade Elbit mundo afora, ja que a tecnologia pertence a Elbit.
Não estou afirmando que serão fabricadas em outro país, só digo que esta é uma opção da Elbit, fabricar onde seja mais vantajoso.
Clésio, o Mirage IIIE tinha no console esquerdo à frente da manete de potência as unidades de controle dos rádios, a saber: VHF Control Unit (Green) e VHF Control Unit (Red), ambos com 20W de potência. O Green ia de 118.00 até 135.95MHz, o Red tinha somente 26 canais. As antenas estavam localizadas no bordo de ataque da deriva e também havia uma no topo (deriva). Não havia rádio HF no Mirage IIIE.
Amigos Delfim e Flanker,a WAD foi desenvolvida pela AEL/Elbit por um requerimento da FAB, com a participação da SAAB no software responsável pela interface homem/máquina. Assim, creio que eventuais vendas externas irão render royalties à FAB.
Não, se a FAB só fez o pedido ela não teve participação no desenvolvimento, agora, se a FAB ajudou a desenvolver, aí sim, dependendo do acordo, ela poderia receber algo.
O mais importante ninguém falou. Se a Índia comprar Gripen E, ela vai acabar comprando Gripen F.
Não, ela vai fabricar os próprios Gripen F, o acordo Saab/Embraer não cobre países além da América do Sul e África.
Vamos ver o que o Brigadeiro Augusto Crepaldi diz a respeito disso:
https://youtu.be/DFM6c0gPkZw?t=1h30m41s
Pelo que entendi da entrevista que o chefe de vendas e marketing da SAAB concedeu à outro site, sequer existe essa obrigatoriedade de que as aeronaves a serem fornecidas para eventuais clientes na América Latina saiam da linha de produção do Gripen no Brasil… Ele dá a entender que dependerá da opção do cliente… Ou seja, vai depender de questões geopolíticas e de financiamento.
O que ele falou foi em “vender”, não “fabricar”.
Na entrevista, a pergunta foi sobre onde seriam fabricados os aviões eventualmente vendidos pela SAAB na América Latina.
Na verdade, a resposta foi tão curta que pode ensejar em diferentes interpretações.
Espero que esse ponto do contrato seja esclarecido no futuro.
Sobre o vídeo do Brigadeiro Crepaldi, acho que respondeu as dúvidas expostas mais acima acerca sobre o WAD…
Tbm dá a entender que a propriedade intelectual do Gripen F é do Brasil.
Vejo o que o Sr. Bengt Janér, da SAAB tem a dizer:
https://youtu.be/DFM6c0gPkZw?t=1h1m36s
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Venda é uma coisa. Fabricar é outra coisa.
Depois de concluído o WAD do Gripen E/F, seria interessante se fosse oferecida uma versão para integrar o Super Tucano, tanto para um MLU, quanto para novos de fábrica.
Olá Alex. Em um post sobre o A29, o Cel.Nery havia comentado que o atual painel da aeronave já seria considerado um glasscockpit, inclusive que simula os paines do F5M e A1M. Quando eu perguntei se não seria o caso de instalar WAD similares do F39 nos A29 que viessem a ser modernizados, exatamente para fazer a preparação dos pilotos, ele disse que poderia sim ser uma boa ideia, mas achava que a adaptação dos pilotos novatos ao F39 será feita principalmente por simuladores, que são mais baratos e seguros. Além disso, ele sugeriu que acha que será mais fácil… Read more »
Olá Colegas. Tenho a impressão que exitem pelo menos 3 coisas quando se pensa em um WAD. O primeiro é a tela em si, o segundo é o software que controla a tela, e o terceiro é a integração da dispositivo com a aeronave. Ao dominar a tecnologia de fazer a tela e o software e também fazer a integração dela com uma aeronave, será possível usar tudo isso para um número enorme de outras aplicações: integrar o WAD em outras aeronaves, em equipamentos industriais (plataformas de petroleo, navios, centrais elétricas, nucleares, submarinos, trens de alta velocidade, controle de tráfego… Read more »
Os caminhos estão aberto para o grispen, que será no futuro o avião de ambição de muitos pois os caças mais antigos estão envelhecendo rapidamente em dezenas de países,e as opções ou se compra um caça de 4* geração ou um treinador avançado.