O vídeo de divulgação acima do do cargueiro militar Embraer KC-390 é de 2015, mas vale a pena ver de novo. Logo mais abaixo, aparece outro vídeo publicado recentemente.

O Embraer KC-390 é uma aeronave para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo desenvolvido e fabricado pela Embraer Defesa e Segurança, subsidiária do grupo brasileiro Embraer.

A aeronave estabelece um novo padrão para o transporte militar médio, visando atender os requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira, em substituição ao C-130 Hercules.

É maior avião produzido na América Latina e se os esforços de marketing tiverem resultado, o KC-390 deverá substituir integrar as forças aéreas de muitos outros países.

O projeto do KC-390 foi anunciado pela primeira vez na feira de materiais de defesa Latin America Aero & Defence (LAAD), no Rio de Janeiro em abril de 2007. Na edição de 2009 do mesmo evento, foi anunciado formalmente o lançamento do programa.

É equipado com dois motores turbofan Pratt & Whitney, modelo IAE V2500-E5, com empuxo de 31.330 lbf (139.400 N) cada. Utiliza a tecnologia fly-by-wire em sua aviônica e tem capacidade para transportar normalmente 23 toneladas de carga (pode chegar a 26 toneladas), inclusive veículos.

Em outubro de 2008, o Congresso Brasileiro aprovou o uso de cerca de R$ 800 milhões pela Embraer para o desenvolvimento da aeronave. Essa verba seria liberada pela Força Aérea Brasileira (FAB), via aval do Executivo.

No início de março de 2009, o Executivo Brasileiro anunciou um investimento inicial entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões. Esse montante representava cerca de 5% do custo de desenvolvimento. Enquanto a empresa não fechava outras parcerias, a FAB preparou a proposta de compra de um lote de trinta unidades (incluindo os dois protótipos). O valor deste primeiro contrato deveria chegar a US$ 1,3 bilhão, em um mercado estimado pela fabricante em no mínimo US$ 20 bilhões.

Ainda em março de 2009, o governo brasileiro, em meio às turbulências da economia mundial, reiterou investimentos no projeto, a fim de garantir empregos na fabricante brasileira e dotar a Força Aérea com o novo equipamento. Até novembro de 2012, o projeto da nova aeronave já havia criado mil oportunidades de trabalho dentro da própria Embraer, com a criação, no início de 2011, da Embraer Defesa e Segurança (EDS), sediada na cidade de Gavião Peixoto.

Em março de 2013, a FAB e a EDS concluíram a Revisão Crítica de Projeto (CDR) da aeronave.

Após cinco anos de desenvolvimento, foram concluídos os modelos para integração de todos os sistemas da aeronave e simulações de voo, realizadas em mock-up (simuladores em tamanho real da cabine de comando).

O desenvolvimento do projeto e a produção, envolvendo a integração de tecnologias, sistemas eletrônicos e aviônica, foram de responsabilidade da Embraer Defesa e Segurança.

O desenvolvimento do KC-390 contou com R$ 4,5 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além do apoio ao programa, o PAC também investiu entre 2011 e 2014, R$ 5,5 bilhões em programas militares da Marinha e Aeronáutica.

A Embraer assinou com o governo brasileiro o primeiro contrato para produção em série do cargueiro em 20 de maio de 2014, em um negócio estimado em R$ 7,2 bilhões, que incluía suporte logístico, peças sobressalentes e manutenção.

Parceiros

Para o desenvolvimento e produção da aeronave, a Embraer firmou parcerias com a Argentina, Portugal e República Checa. A empresa brasileira fornece a seção dianteira da fuselagem com a cabine de pilotagem, asas, seção intermediária da fuselagem e estabilizadores vertical e horizontal. Executa também a integração dos comandos de voo, softwares, aviônica e equipamentos como os trens de pouso, que também produz, através de sua subsidiária Eleb.

A Argentina fornece as portas do trem de pouso dianteiro, porta dianteira direita, parte da rampa de acesso traseira, flaps e cone de cauda.

Portugal fornece a seção central da fuselagem, sponson e portas do trem de pouso principal e leme de profundidade.

A República Checa fornece a porta dianteira esquerda, portas traseiras, parte da rampa de acesso traseira e a seção traseira da fuselagem.

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