Eurofighter Typhoon no RIAT 2016

Eurofighter Typhoon no RIAT 2016

Andrea Shalal

BERLIM (Reuters) – O Ministério da Defesa da Alemanha disse no dia 28 de fevereiro que o seu plano de dar prioridade ao avião de combate europeu sobre os concorrentes dos EUA, em uma competição para substituir os velhos jatos Tornado, reterá a experiência aeronáutica na Europa e continuará a usar um sistema comprovado.

O Ministério da Defesa alemão, em uma carta a um legislador dos Verdes, reconheceu que a estratégia da força aérea alemã recomendava o uso paralelo de dois modelos diferentes de caças, mas afirmou que não era “uma diretriz vinculativa”.

O ministério disse em dezembro que o Eurofighter Typhoon era o principal candidato para substituir seus jatos Tornado em 2025. Ele disse que não compartilhava a opinião do chefe da Força Aérea Alemã, Georg Muellner, que havia indicado que ele preferia o jato de combate furtivo F-35, da Lockheed Martin Corp.

Os últimos comentários aconteceram depois que o legislador dos Verdes, Tobias Lindner, pediu ao ministério que explicasse essa posição, e como ela se relacionava com a estratégia da força aérea em operar dois modelos diferentes de caças, com o objetivo de garantir a capacidade de continuar as operações no caso de toda a frota ser “groundeada”.

O vice-ministro da Defesa, Ralf Brauksiepe, disse a Lindner que uma decisão final sobre a substituição do Tornado seria feita somente após uma avaliação abrangente dos dados fornecidos pelos fabricantes de aeronaves.

Ele disse que o ministério pretendia comprar uma aeronave de combate que já estava disponível no mercado e que seria principalmente o Eurofighter, bem como o Lockheed F-35 e os aviões de combate F-15E e F/A-18E/F construídos pela Boeing Co.

“Uma possível compra do Eurofighter garantiria a retenção de conhecimentos de aeronaves militares na Alemanha e na Europa, e a criação de valor em nosso próprio país”, disse ele na carta. “O sistema de armas já foi introduzido na Bundeswehr (forças armadas) e está sendo usado com sucesso”.

Esses fatores, ele disse, teriam que ser “considerados” na avaliação das diferentes aeronaves.

Lindner disse que o tratamento preferencial do Ministério ao Eurofighter sublinhou o problema que afeta muitos grandes programas de compras. “Existe uma tendência para dar preferência às construções domésticas (armas) e à criação de valor em casa em relação às opções já disponíveis no mercado e, portanto, provavelmente menos arriscadas”, afirmou.

Lindner disse que os recentes programas alemães de compras mostraram que se concentrar demais nos fatores de política industrial poderia levar a contratos com baixo desempenho.

O programa multinacional europeu A400M, por exemplo, enfrentou enormes dificuldades de custo e desafios técnicos.

A carta de Brauksiepe ocorre pouco depois de o governo dos EUA ter dito aos países da União Europeia que ela e outros países fora da UE deveriam desempenhar um papel “robusto” na integração da defesa europeia, incluindo o acesso a futuros contratos públicos.

Funcionários dos EUA forneceram briefings secretos sobre os jatos da Lockheed e da Boeing para oficiais militares alemães enquanto se preparam para lançar uma competição para substituir a atual frota de cerca de 90 jatos Tornado – um acordo que valerá bilhões de euros para o licitante vencedor.

FONTE: Reuters

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HMS TIRELESS

Nada de novo aqui! Os políticos,que dependem de votos, sempre se pronunciam no sentido de priorizar o produto nacional ante o estrangeiro no intuito de se preservar empregos e capacitação técnica e industrial. Por outro lado os militares sempre irão priorizar a melhor capacidade que no caso concreto é oferecida pelo F-35 ou mesmo o F-15E. No caso do caça da Boeing estudos ainda nos anos 90 levados a cabo pela corte de contas germânica já constatavam que ele além de possuir capacidade superior era mais barato de comprar e manter. Voltando ao caça da LM a resistência do Ministério… Read more »

Bardini

O problema dos alemães é muito semelhante ao nosso: Gastos com defesa estacionados na casa dos 1,3% do PIB.
.
O resultado não poderia ser outro:
http://www.defense-aerospace.com/article-view/release/191092/less-than-one_third-of-germany%E2%80%99s-major-weapons-are-action_ready%3A-mod.html

Rafael Oliveira

Com a diferença que o PIB deles é bem maior que o nosso e o quadro de pessoal é muito menor.
Por mais que os militares lá ganhem melhor, ainda sobre muito dinheiro para investir. A meu ver, o maior problema é que eles investem em produtos alemãs ou europeus caríssimos. Eles estão em quase todos os projetos-ciladas europeus: A-400M, Eurofighter Typhoon, helicópteros Tiger e NH-90.
Aí falta dinheiro mesmo. Poderia ser 2% do PIB que continuaria faltando, pois aumentariam as encomendas dos produtos-ciladas.

Blindmans Bluff

Porem investir no proprio produto gera tanto um offset imediato quanto um investimento de longo prazo.

Rafael Oliveira

Blindmans,
Sim, tem essa e outras vantagens investir no produto nacional. A minha crítica é que muitos produtos europeus estouraram e muito o orçamento e não entregaram o prometido. Se a Alemanha tivesse comprado similares – ou mesmo fabricado de forma autorizada – americanos, teria comprado a mesma quantidade de aeronaves e sobrado dinheiro. Por isso chamei de cilada.

rui mendesmendes

Pois o typhoon, o nh-90, o tiger e o a400m, são ciladas? Se comprasses revistas militares a sério, tipo a air forces montly, dsi ou warships, verias que só dizes disparates, e dizes também que se comprassem produto americano sobe licença, comprariam mais quantidade e mais barato, aí eu pergunto, quais produtos americanos é que são mais baratos? Será o f-35, ou o novo reabastecedor aereo da boing, o KC46, que andam de problema em problema, gastando fortunas e não entregando o prometido, ou os novos destroiers da navy, que também estouraram o orçamento e não entregaram o que prometiam,… Read more »

GeneralSofá

Concordo com o Rafel

GeneralSofá

Rafael*

Bardini

Se tu diz…

Delfim

Efeito anti-Trump. Ao desprezar os aliados europeus, impor o “american buy” e taxar o aço e outros insumos, e ainda ameaçar quem recorrer à OMC, Trump cria uma situação de repúdio que se refletirá na política de aquisição de armas.

Augusto L

É mesmo Delfim, o “american buy” ate po ser justificado já que os EUA fornece ajuda militar mas as tarifas são injustificáveis

Jr

Com tudo isso que esta acontecendo, ele vai conseguir a proeza de juntar todo mundo contra os Estados Unidos, Putin deve estar tendo uma crise de risos em Moscou. Quanto ao Eurofighter, a compra deste faz mais sentido, é uma aeronave já em uso na força aérea alemã, como já tem toda uma logística montada, vai ficar mais barato de manter do que compra uma aeronave nova e cara como o F-35 que ainda esta longe de estar totalmente operacional, fora que teria que montar toda uma nova logística e treinar os pilotos alemães para operar o f-35, essa brincadeira… Read more »

Maslow
Ivan BC

Trump não está impondo nada, está apenas cobrando uma balança mais equilibrada…não é justo todos ficarem mamando no arsenal americano enquanto os alemães trocam as fraldas dos árabes. Ou é parceiro ou não…decida! Alemanha é uma economia grande, exporta muito para os EUA, precisa ter uma política mais refina e próxima dos EUA, retribuir o mercado interno cedido pelos EUA. Isso não tem nada a ver com mercado aberto ou fechado, mas sim com equilibrio da balança comercial saudável. Trump exigiu da China o mesmo comportamento, compramos 10 de vocês e vocês comprarm 2 de nós, precisamos rever essa parceira!… Read more »

paulo dias

O caminho correto ainda é fruto da administração passada, porém, a dívida fiscal aumentou alarmantemente. O fato é que os EUA podem e devem exigir “equiparação” na balança, afinal, quem eles é que foram comprar mais da China, não foi a China que os obrigou a isto. Mas ao sobretaxar o aço e exigir maior participação dos europeus, trump está dando alegria à Putin e à China…. lógico que eles não retrucarão com Trump…. hehehe…. ouso dizer que até vão incentivá-lo dizendo: “Ah, ok! Faz aí o teu show, meu chapa”. E outra: estas ações protecionistas de Trump estão mais… Read more »

paulo dias

EUA sobretaxa o aço do mundo à exceção do México e Canadá…. Lógico que o chinês aceitou e nem discutiu… se a China tem um mega parque transformador de aço acabado, este não era só para os EUA, pois eles não ficariam reféns de alguém que era potencial inimigo… Ontem mesmo 11 países do TPP (Pacto TransPacífico) assinaram um acordo de livre comércio sem o EUA para, justamente, terem peso nas negociações com China e EUA… são o tal soldado de bandeira nenhuma, desconfiando dos dois lados… Aço nos EUA ficará caro, o chinês inundará o resto do mundo…. ótima… Read more »

rui mendesmendes

Só tu é que vês esse caminho certo, deixa chegar as próximas eleições e tu vais ver para onde vai essa figura.

sergio ribamar ferreira

Uma pergunta: os alemães estão errados ?

PauloR

Não!! Os fanboys que não aceitam que outro país tenha uma industria desenvolvida que rivalize com os americanos.
O Typhoon é um excelente caça e atende os requisitos da Força Aérea Alemã, por isso a sua escolha é justificável.

HMS TIRELESS

Nada a ver…..

O que se questiona (aqui, no Estado Maior da Luftwaffe e no MD alemão) é um eventual gap de capacidade existente entre o atual Typhoon e o futuro caça europeu. E para supri-lo o único produto existente no mercado hoje em dia é o F-35. Simples assim e sem toda essa arenga de Centro Acadêmico….

sergio ribamar ferreira

Os alemães estão escolhendo o que pode ser útil e não ficar atrelados. Lembrando : segunda maior economia do mundo pode muito bem reverter o processo de deterioração que estava ocorrendo em suas Forças Armadas.

Leônidas Pereira

A Alemanha é a quarta maior economia, e beeeeem longe dos EUA e China. PIB dos EUA é mais de 5 vezes maior que o da Alemanha.

rui mendesmendes

Pois, não esqueças é de dizer que também a população, assim como a despesa publica, e a dívida.

Mauricio R.

Os alemães deveriam priorizar o Typhoon, da mesma maneira que os ingleses estão fazendo.
E complementa-lo com Le Jaca, para agradar aos seus parceiros continentais franceses.
Ou então priorizar os números e patrocinarem uma versão própria do JAS-39E Gripen.

sergio ribamar ferreira

Os alemães já estão assumindo uma postura em adotar seus próprios meios e não ficar atrelados por completo aos americanos. Eurofighter excelente aeronave. Acredito que os alemães sanarão seus problemas quanto à defesa. Lembrando que esta é a segunda maior economia do mundo. O pragmatismo alemão já é bem conhecido.

ODST

Alemanha a segunda maior economia do mundo? Não está se esquecendo da China e do Japão não?

MaurícioFC

A Alemanha tem o 4º maior PIB do mundo, atrás, de EUA, China e Japão

Blindmans Bluff

O bloco Uniao Europeia eh considerado informalmente como a 2a maior economia do mundo.

1- Eua = 19tri
– UE = 17 tri
2- China = 11 tri
3 – Japao = 4 tri
4 – Alemanha = 3 tri

Cedro

A Alemanha já está se preparando para ser um “Estado-stão” Um bolo de recheio turco com cobertura árabe.

Gustavo

A Alemanha e a França já endossam uma voz por uma europa sem a américa. Isso só vem ganhando força ao longo dos anos.
Acredito que muita coisa vai rolar com relação a essa compra de caças e em um primeiro momento, devem ir de Eurofighter e depois com o caça de 5° geração Franco-Germânico.

Augusto L

Resumindo, os Mod alemão não ve problemas de operar um caça aliado, mas os politicos alemaes tem desconforto de comprar de um pais que não siga sua cartilha liberal modernista-socialista e que ainda seja protecionista.

Augusto L

Off topic: adorei as mudanças nos sies agr com os “replys”, fica muito mais limpo.

MARCOV

Bardini 5 de Março de 2018 at 22:44 Tem razão, Bardini. Eu fiquei surpreso ao ler as informações do link que você publicou. Eu tinha conhecimento apenas sobre os submarinos. Estes, aliás, nem foram listados. Para chamar mais a atenção sobre o problema eu transporto a seguir alguns dados retirados do texto indicado por você. Número de sistemas de armas das forças armadas alemãs prontos para ação: — Eurofighter jet airplanes – apenas 39 de um total de 128 — Tornado jet airplanes – apenas 26 de um total de 93 — CH-53 transport helicopters – apenas 16 ode um… Read more »

Bavaria Lion

O movimento já havia sido cantado. É claro que ia se levar em consideração o F-35, para depois avaliar o Typhoon como a melhor escolha. Isso é lógica de mercado para um avião que vende muito bem, obrigado. É cada coisa. Agora querem dizer que o Typhoon não presta, rsrsrs. Uma declaração de um piloto experimente do USMC sobre o melhor caça de sua geração: “USMC F/A-18 Hornet pilot, Maj D.R. ‘Ged’ Miller, had this to say about the Typhoon after flying it as part of an exchange program: “The brute strength of the Typhoon places it in a league… Read more »

HMS TIRELESS

Ninguém em sã consciência vai afirmar que o Typhoon não presta, embora fosse interessante para a Luftwaffe ter uma capacidade furtiva na forma do F-35, que a meu ver forma uma combinação interessante com o caça europeu.

Bardini

A capacidade furtiva dos alemães se chama F-22

Ricardo Da Silva

Cada vez mais eu tenho a impressão de que, “por detrás dos panos”, os EUA estão “forçando” a venda do F-35. Um conceito excelente mas um produto em si cheio de problemas, basta ver a quantidade de matérias sobre problemas do aparelho (sem falar o preço!). Um caça que se vende mais por promessas do que por méritos: “F-35 Aadvark II”
Parece-me que os EUA usam aquela técnica: Se comprar, depois te ajudo. Se não, você se vira sozinho.

HMS TIRELESS

Nada mais falso que afirmar que o F-35 é o novo Aadvark! Aliás essa comparação vem sendo repetida ad nauseam por pessoas como Pierre Sprey (o mesmo que condenou o F-15 quando o caça já estava limpando os céus do O.M). O caça da GD foi projetado para executar missões extremamente díspares entre si como o ataque à baixa altitude e defesa da fronta (F-111B, que foi cancelado). Não é o caso do F-35, cujas missões possuem relação próxima visto serem executadas atualmente por caças F-16 e F/A-18. A única disparidade, aparente a meu ver, reside em possuir uma variante… Read more »

Ricardo Da Silva

Meu querido Tireless, você entendeu o porquê que eu o chamo de “F-35 Aadvark II”? Muitas promessas de desempenho ainda não cumpridas, muitos problemas de integração de sistemas, muitas restrições ao voo por problemas estruturais. Assim como no caso do F-111. Qual a diferença? O F-111 foi empurrado pela garganta da USAF e da USN pelo DoD, quando os problemas apareceram a USAF e a USN berraram até ele ser cancelado, e daí vieram os F-15 e F-14. No caso do F-35 o DoD foi mais “eficiente” vendeu uma idéia ao invés de empurrar pela garganta. Já a USAF, a… Read more »

HMS TIRELESS

Tem alguns erros fáticos e de ideias aí: A única variante cancelada do F-111 foi justamente a variante “B”, que seria um caça de defesa da frota armado com 6 AIM-54 e o radar AWG-9, que foi substituído pelo F-14. O F-15 foi adquirido em um programa que visava justamente a aquisição de um caça de superioridade aérea, algo que nunca se desejou que o F-111 fizesse, destinado a substituir na USAF o F-4 Phantom e apenas depois se desenvolveu uma variante biplace de ataque (F-15E) que eventualmente substituiu o F-111. As demais variantes do jato da GD (F-111A/C/D/E/F) operaram… Read more »

Helio Eduardo

HMS TIRELESS 6 de Março de 2018 at 14:12 , concordo contigo no caso do F-35….. É a ousada versão de decolagem curta/pouso vertical que complicou o quadro da aeronave.

A proposta do F-35 é radicalmente diferente do F-111, bem como o macro ambiente em que está inserido.

No mais, acho que os dois aviões enfrentaram/enfrentam problema semelhante: buscaram inovar e isso tem um preço.

Ricardo Da Silva

Tentando de novo:
Digo “F-35 Aadvark II”, porque pelo que vejo promete muito e cumpre pouco. Com certa frequência são divulgadas restrições ao vôo e problemas de desenho estrutual.
O conceito é excelente mas a condução do projeto foi equivocada. As 3 versões são tão compatíveis quanto os A-3 e B-66.
Não adiante ver só as (supostas) qualidades do caça, devemos reconhecer seus erros e defeitos justamente para que se possam haver melhorias.

ODST

Pra que trocar o certo pelo duvidoso? O Typhoon é um ótimo caça, testado, comprovado, não tem nem metade dos problemas do Natimorto-35, os caras já conhecem a engenharia, estão habituados com a manutenção, manterão os empregos e o conhecimento, o que mais eles querem? É Typhoon sem pensar duas vezes!

HMS TIRELESS

Será mesmo? O Su-57 passou apenas dois dias na Síria (suspeito que tomou um “passa-moleque” do F-22 e o J-20 precisa ficar guardado em hangares com ar-condicionado……

Enquanto isso o F-22 voa na Síria e o F-35 voa nos desertos de Israel e do Arizona, nas neves do Alasca e também no calor e umidade tropicais de Okinawa.

ODST

Alguém aqui falou do Su-57 por um acaso? Alguém falou do F-22? Qual é mesmo o tema do tópico? Está querendo é criar confusão né? De fanboy e hater todos temos um pouco, mas o seu caso já é de camisa de força! Nem perco mais meu tempo com você, sinceramente.

Wellington Góes

O pedido de informações é de praxe. Serve, inclusive, para avaliar o desempenho do seu próprio caça. Aliás, se bem me lembro, a própria US Navy e a Royal Navy já fizeram isto com o Rafale, então não é nada de novo. A escolha por mais Typhoon faz todo sentido, afinal pra quê gastar mais dinheiro tentando torná-lo, efetivamente, um caça multifunção, se vão acabar comprando um caça no estrangeiro?! Não faz sentido nem do ponto de vista político, nem orçamentário e nem militar (já que tudo isto visa, justamente, ter autonomia industrial às demandas militares). Resumindo, afora toda xiadeira… Read more »

HMS TIRELESS

A questão não é essa e sim, como citei anteriormente, um gap de capacidade que fatalmente irá existir entre o atual Typhoon e o futuro caça europeu se um dia esse aparelho ver a luz do dia. E para suprir essa lacuna a única opção do mercado é o F-35 como já constataram por exemplo japoneses e sul coreanos. E uma vez que se falou no futuro caça europeu cabe lembrar que ele apresenta a meu ver dois obstáculos significativos. O primeiro é a péssima capacidade mostrada pela Airbus para gerenciar programas militares conforme demonstrado no A-400M onde um programa… Read more »

Wellington Góes

Como eu escrevi, fã clube.

rui mendesmendes

Internamento é pouco, para ti. Então é assim, não é? O A400M, um simples transportador? Então eu digo-te, os Americanos são piores, olha a Boing, o seu fantástico kc46, que obrigou a USAF a engolir, é só problemas, aliás a USAF recusou-o, mandou-o de volta, e a Airbus, entregou já dezenas e dezenas a vários países do seu reabastecedor, mrtt 330, e é bem maior. Olha a Airbus pôs o A380 no ar, o Concorde, e a tua querida America bem tentou fazer o mesmo, mas não conseguiu. É mesmo falta de expertise, mas da tua parte, questionares a AIRBUS,… Read more »

Jacinto

Os alemães – e os europeus em geral – estão ficando ultrapassados e precisam correr atrás do atraso. Os EUA, a China e a Rússia já tem seus aviões de 5ª geração – embora em diferentes estágios de desenvolvimento. Mas até agora não há notícias de um caça europeu de 5ª geração.

AL

Jacinto, os europeus devem pular a quinta geração e ir direto para a sexta (supondo que esse tipo de aeronave seja a sexta):

http://www.aereo.jor.br/2016/06/06/neuron-e-primeiro-ucav-a-voar-em-formatura-em-show-aereo/

Nesse link tem outros relacionados ao programa dele.

Jacinto

Até onde eu sei, os requisitos do que caracterizaria uma aeronave de 6ª geração ainda não foram definidos. As capacidades do Neuron parecem-se inferiores até às aeronaves de 5ª geração. A única coisa que o distingue é o fato dele não ser tripulado…

André Bueno

Lembrando que o nEUROn é um demonstrador de tecnologia.

Blindmans Bluff

Normal que a UE, como a 2a maior economia do mundo, invista na sua propria industria. Talvez dessa vez os alemaes finalmente acordem do sono pos guerra fria.

Robsonmkt

Se levarmos em consideração que a missão do Tornado é ataque, creio que o F-35 seria a opção mais lógica. Mas do ponto de vista político e até estratégico, manter os empregos e própria a indústria de defesa local viva se sobrepõe a lógica puramente operacional.
Mas como o tempo não para, creio que os europeus já deveriam estar sentados na mesma mesa pensando no sucessor do Typhoon e do Rafale e, desta vez, incluindo no caça um custo operacional compatível com os orçamentos das FA´s, pois não está fácil pra ninguém.

HMS TIRELESS

Excelentes ponderações, exatamente dentro que falei acerca desse gap de capacidade que irá se abrir entre o Typhoon e o futuro caça europeu, se um dia esse aparelho existir. E é exatamente isso que provavelmente se discute na Luftwaffe e no MD alemão.

Wellington Góes

Existem outros fatores, meu amigo Robson, além destes citados, custos e os investimentos já desembolsados são dois deles. Todos os parceiros já tem investido uma boa quantia para tornar o Typhoon um caça multifuncional, não faz sentido optar por um caça ainda mais caro e problemático (como no caso do F-35A), quando já se tem algo que possa cumprir as tarefas até que o um novo Eurofighter surja num horizonte de uma década e meia. Optar pelo F-35 é querer jogar toda uma indústria altamente capacitada fica a mingua e sob a batuta dos ditames da industria dos EUA. Se… Read more »

Rodrigo

Para substituir os Tornado, acho que deveriam partir para um mix de mais Eurofigthers para garantir empregos e desenvolver ainda mais um produto que é parte alemão e um número menor de F-35, caso haja um desentendimento (que não seria novidade) com os franceses a respeito de um produto europeu de quinta geração.

Antunes Neto

Manter uma frota que sofre com indisponibilidade com uma única aeronave é uma ação estratégica inteligente. Esse caça ser produzido no país é também oportuno para economia do país. . Eu, leigo e me colocando na posição dos alemães, sabendo do Su-57 e do J-20 substituiria os tornados por uma composição de Typhoons e F35. Manter um esquadrão de 18 ou 22 F-35 seria um pequeno agrado à águia americana, um pequeno trunfo em necessidades e, principalmente, um laboratório interno para adequar doutrinas com os Typhoons contra ameaças de 5º geração. . Parabéns as forças de defesa à adição do… Read more »

Augusto L

A Alemanha ja tem o Typhoon, ok. Agora precisa de um caçaou uma familia de para substituir os tornados. Qual caça ou caças pra substituir o tornado, bom, a resposta é simples um caça que tenha bom alcance e capacidade de penetração em defesas aereas modernas e que possa ter uma versão EW ou um caça de penetração que possa auxiliar o Typhoon na defesa aérea + um outro caça para guerra EW. Bom, agora o que eu acho que deve ser feito, modernização dos Typhoons para o tranche 3, compra d f-35 e modernização dos tornados de EW para… Read more »

Ricardo Da Silva

Eu devo ter sido abduzido ou sofrido lavagem cerebral:
Que eu me lembre a Dassault abandonou o Eurofighter, porque esse era muito pesado pois havia sido projetado com foco também nas funções de caça multi funcional, superioridade aérea, caça-bombardeiro e de ataque. Já o Rafale excluiria a função de “caça-bombardeiro”, sendo assim um pouco “mais leve”.
As funções de caça-bombardeiro e ataque não são cumpridas pelos Tornado ‘IDS’ ?
Já não seria seu substituto lógico ?

Robsonmkt

Na verdade foi mais ou menos o contrário: os franceses queriam um caça multifuncional – inclusive com versão naval – enquanto os demais queriam apenas um caça de superioridade aérea.
Somente em tranches posteriores a capacidade de ataque ao solo foi incorporada aos Typhoon, enquanto o Rafale, desde o início já nascia com todas essas capacidades de forma simultânea – o que o marketing da Dassault chamava de Omnirole.

Bosco

Essa terminologia realmente é interessante. O Typhoon é chamado de swingrole e o Super Hornet de multirole.
Bastaria o termo “caça-bombardeiro” que dava pra entender. rsrsss

HMS TIRELESS

Omnirole é criação do departamento de marketing da Dassault para enganar trouxas e seduzir deslumbrados como Monsieur “Jôban” amigo Bosco! O fato é que essa capacidade multirole do Rafale o Hornet já ostenta desde 1983.

pangloss

Eu tenho um monte de dúvidas sobre os caças europeus. Eis algumas delas: 1 – Por que o Tornado não desenvolveu maior versatilidade em suas capacidades? Excluída a versão ADV (desenvolvida e operada apenas pela RAF), nenhum dos países integrantes do consórcio Panavia pensou em utilizar o Tornado de forma mais ampla? Capacidade tecnológica para isso não faltou, certamente. 2 – Será assim tão complicado dotar o Typhoon de maior capacidade de ataque ar-solo? Já se passou tempo mais do que suficiente para isso, e creio que todos os países envolvidos no consórcio Eurofighter sabiam que, mais dia, menos dia,… Read more »

Adriano R.A.

O velho blá blá blá europeu. Equipamentos sem manutenção e militares mal treinados… a Alemanha não leva sua defesa a sério já faz um bom tempo.

rui mendesmendes

Militares mal treinados? São os teus bem treinados, queres ver. Quem foi no iraque, afeganistão, do lado dos Americanos? Foram os Europeus, e para não falar da ex Jugoslávia, e em Africa. Além de bem treinados , têm experiência de guerra, como só os Americanos e Russos têm.

Ronaldo de souza gonçalves

Devem ter o grispen E/F Atenderia eles muito bem,ele tem bom alcance para Alemanha,ele pode ser usado em pistas curtas e semi preparadas em caso de dispersão,o grispen foi pensado para enfrentar os russos á hora de voo e barata em relação aos outros com armas sofisticadas pode enfrentar o su-35 de igual para igual.Claro que poderia ter um esquadrão de f-35 caso tenha que enfrentar o su-57 que está longe dos russos terem grande números deles.

Rinaldo Nery

GRIPEN!!!!! Não é “grispen”.

Groo_SP

Podiam conversar com os japoneses.

Caerthal

O baixo fator de disponibilidade do A400 (apenas 3 de um total de 15) mesmo em um país com capacidade técnica acima da média mostra que o A400 não vai encontrar facilmente novo clientes, o que abrirá espaço para o KC-390 nas FFAAs que requerem mais tecnologia, capacidade de carga e velocidade do que o C-130J pode oferecer.

Washington Menezes

A Alemanha pode muito bem investir em seus caças, pois se seus adversários são Russia e China então ela não tem o que temer pois uma eventual guerra não seria delfinada pelos caças e sim por artefatos nucleares, então não justifica empregar Americanos em vez de Alemães.

Helio Eduardo

Ainda não entendi onde está a celeuma. Qualquer país que se preze – e não há dúvidas de que a Alemanha é referência, em que pese os recentes problemas nas FFAAs – estuda as possibilidades. Em termos de política econômica sempre haverá o dilema de produzir em casa ou comprar fora, que se exacerba ou mitiga dependendo do objeto a ser comprado. Claro que no caso de um caça avançado, essa questão fica agregada à posicionamento estratégico, alianças políticas e militares, viés do governante da vez, etc. Nada mais normal. Sob o ponto de vista da cobertura do gap entre… Read more »

Helio Eduardo

Corrigindo: “A Alemanha não pode ser dar ao luxo de **NÃO** pesar todas esses fatores – e tantos outros que nem imagino – na balança.

Flanker

“Rinaldo Nery 6 de Março de 2018 at 23:00
GRIPEN!!!!! Não é “grispen”.”

Não adianta, coronel…..eu e outros já tentamos falar a mesma coisa, mas acho que ele insiste só por birra!

Soldat

O ministro está certíssimo nada de entrar nessa canoa furada que se chama F-35.

O F-35 só vai funcionar certinho em 3 países. EUA, Inglaterra e em Israel nos outros países só irão dar dor de cabeça e antes que comece o chorororo dos Pro-Âmis ta cheio de matéria no blog falando dos problemas do F-35.

Mas no fundo o que os Chucrutes querem é construir suas próprias naves mais devido a infame lei sobre cultura que obriga tudo que é produzido na Alemanha cientificamente e tecnologicamente ao mundo(EUA e Israel), vai demorar muito acontecer sinif snif…