EASA alerta sobre desligamento potencial em voo de motores PW1100G-JM
Por J. Kasper Oestergaard
Na sexta-feira, 9 de fevereiro, a Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA) emitiu uma Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência que adverte os operadores de um potencial desligamento em aviões de dois motores da família A320neo equipados com o turbofan Pratt & Whitney PW1100G. Essa diretiva é emitida quando existe uma condição insegura que exige ação imediata do proprietário ou operador de uma aeronave.
A diretiva foi emitida na sequência de instâncias de desligamento em voo e decolagens abortadas. A Pratt & Whitney emitiu um release declarando que a empresa, com o apoio da Airbus, está em contato com os clientes para resolver o problema. De acordo com a Pratt & Whitney, o problema diz respeito ao selo da borda no cubo traseiro do compressor de alta pressão. A empresa também afirmou que a questão é isolada de “uma subpopulação limitada de motores”.
A Airbus emitiu um alerta fornecendo instruções para descombinar os motores afetados e interromper operações de longo alcance com bimotores (ETOPS). A Airbus decidiu deixar de aceitar novas entregas de motores PW1100G. De acordo com a Airbus, a questão pode aparecer os motores que começam com o número de série P770450. Cerca de um terço da frota em serviço dos jatos da família A320neo está equipada com o PW1100G, e em 11 aeronaves, os dois motores receberam o número de série problemático; 21 jatos têm o número de série em um motor (43 motores afetados no total). Na segunda-feira, 12 de fevereiro, Pratt & Whitney disse que estava avaliando outros 55 motores GTF.
Um dos clientes afetados pela questão é a indiana IndiGo de baixo custo, que groundeou três aviões A320neo. Além disso, a Hawaiian Airlines disse em um comunicado que identificou um Airbus A321neo que pode ser afetado e retirou a aeronave do serviço.
A questão é a mais recente em uma série de problemas que perseguiram o programa GTF e causaram atrasos na entrega tanto para o Airbus A320neo quanto para o jato CSeries da Bombardier. Como resultado, os compradores voltaram-se para a CFM International e seu competitivo turbofan LEAP-1A.
Atualmente, existem 113 aviões A320neo propulsados pelo GTF que voam com 18 clientes. Desde que entraram em serviço em janeiro de 2016, os motores GTF registraram mais de 500 mil horas de voo.
FONTE: Forecast International
Atualização da Pratt & Whitney sobre o motor PW1100G-JM
EAST HARTFORD, Conn. — A Pratt & Whitney, com o apoio da Airbus, continua avaliando o impacto das descobertas na semana passada referente ao selo da borda no cubo de popa do Compressor de Alta Pressão (HPC) em uma subpopulação limitada do motor PW1100G-JM que impulsiona a aeronave Airbus A320neo.
A Pratt & Whitney implementou uma mudança de engenharia em meados de 2017, que visava melhorar a durabilidade do selo da borda para este motor. Motores que incorporaram essa mudança de engenharia entraram em serviço em aeronaves clientes a partir de dezembro de 2017. No final de janeiro e início de fevereiro deste ano, quatro desses motores modificados não apresentaram o desempenho previsto.
A Pratt & Whitney, em coordenação com a Airbus, apresentará às autoridades reguladoras nesta semana um plano de mitigação proposto para a configuração modificada.
A população atual de motores impactados é de 43 motores instalados em 32 aeronaves, das quais 21 aeronaves possuem um motor com configuração modificada e 11 aeronaves possuem dois motores com essa configuração. Há também aproximadamente 55 desses motores entregues à linha de montagem final da Airbus, aguardando a instalação em aeronaves do cliente. A Pratt & Whitney está trabalhando com a Airbus para implementar os planos de remediação estabelecidos em sua transmissão de todos os operadores.
A empresa também está trabalhando para avaliar um plano industrial geral e de entrega para minimizar a interrupção do cliente.
A Pratt & Whitney estará em condições de fornecer maiores detalhes em torno do plano de remediação e impacto, se houver, no plano de entrega de 2018, uma vez que as autoridades reguladoras abordem a solução proposta.
FONTE: Pratt & Whitney
Grandes prejuizos à vista para os operadores privados, o que pode ser desastroso para as pequenas, como a Hawaiian. E má sorte para a Bombardier (e Airbus)! O Pratt & Whitney do KC-390 é o IAE V2500-E5 – 31.
Pratt Whitney está passando por grandes problemas com esses motores.
Esse não é o mesmo motor dos novos embraer E-190e2 ? Rsrsrs Espero que eu esteja errado !
Não. Do E2 é o 1900G.
Kalak,
A informação divulgada hoje na Flightglobal é que os motores do CSeries (PW1900, o mesmo dos E2) não foi afetado.
Caerthal, a Bombardier usa o PW1500G que tem diferenças em relação ao PW1100g do Airbus e o PW1900G dos Embraer.
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A família PW1000G é usada pelos:
A320neo family – PW1100G
Irkut MC-21 – PW1400G
CSeries – PW1500G
E-Jets E2 190/195 – PW1900G
E-Jets E2 175 – PW1700G
MRJ70/90 – PW1200G
Cada uma destas versões apesar de pertencer a mesma família tem diferenças em relação aos outros, por isso o problema de um membro da família pode não afetar outro. Algumas peças são comuns então algum problema nestas peças pode vir a afetar toda a família.
Interessante a velocidade com que identificaram o problema.
Na verdade como foi falado em notícia anterior, os modelos da embraer foram sim afetados, mas não na gravidade dos motores da Airbus. O caso da embraer é apenas um problema de durabilidade. Já foi prometido que todos os motores com o compressor “vida loka”(viva rápido, morra jovem) receberão retrofit na garantia.
@Delmo Almeida, nada como a pauleira do uso no dia a dia de um avião como um A320 que liga-voa-desliga-liga-voa quase que 24 por dia não faça aparecer.
É vou evitar voar em aviões da Airbus 320 por enquanto.