Bombardeiros B-52 e B-2

Bombardeiros B-52 e B-2

A Força Aérea dos EUA (USAF) anunciou que pretende aposentar os bombardeiros B-1 Lancer e B-2 Spirit no início da década de 2030, com a entrada em serviço do sucessor B-21 Raider.

De acordo com a Air Force Magazine, a USAF prevê a retenção de todas as bases de bombardeiros existentes, trocando as aeronaves B-1 e B-2 à medida que os B-21 ficarem disponíveis.

Além disso, a Força Aérea planeja atualizar sua atual frota de B-52, atualizando o bombardeiro e financiando o desenvolvimento de motores de substituição.

A Força Aérea delineou planos para sua frota de bombardeiros em sua Solicitação de Orçamento ao Presidente, do Ano Fiscal de 2019.

A secretária da Força Aérea Heather A. Wilson disse em uma declaração que “se a estrutura da força que propusemos for apoiada pelo Congresso, as bases aéreas que têm bombardeiros agora continuarão a ter bombardeiros no futuro”

O B-21, que a Força Aérea planeja começar a operar em meados da década de 2020, acabará por se tornar a espinha dorsal da frota de bombardeiros estratégicos dos EUA e servirá de “dissuasão visível e flexível para adversários e garantia a parceiros e aliados dos EUA”, de acordo com a USAF.

Uma vez que as aeronaves B-21 suficientes estejam operacionais, os B-1 e os B-2 serão gradualmente aposentados. Os prazos de entrega e aposentadoria dependem dos programas de produção e entrega do B-21.

As modificações nos B-1 e B-2 manterão essas aeronaves relevantes até que os B-21 estejam operacionais. Mesmo com o cronograma acelerado anunciado, a transição do B-1 para o B-21 será gradual.

A Força Aérea está buscando uma frota de bombardeiros de cerca de 175 aeronaves, retirando os B-1 e os B-2 mais jovens do que o planejado enquanto estende a vida do B-52 para 90 anos de serviço.

A decisão de manter os B-52 baseia-se em vários fatores, incluindo métricas de manutenção e sustentabilidade, como disponibilidade de aeronaves, capacidade de missão, suprimentos, horas de manutenção por hora de voo e perspectivas de custo total, de acordo com a Força Aérea.

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Marcelo Moraes

Uau, 90 anos de serviços… E a galera implica com Tiger… Mas o que vale eh a máxima dos caminhoneiros… “Caminhão não tem ano, tem dono”.

Ozawa

O B-52 revitalizado se chamará B-52 Highlander … ?

Emmanuel

Vida longa ao Rei!!!!

Lewandowski

Olha, literalmente o B-52 ‘se pagou’. Já não sei se posso afirmar o mesmo ao B-2, apesar de toda a tecnologia desenvolvida por ele…
.
Sds.

LIVRAMENTO

VIDA LONGA AO BUF

Baschera

B-52 “Mumm-Rá”…

Sds.

Gustavo

o preço pago pelo B-2 deveria manter ele voando até 2120, mas pelo visto será o B-52 mk 4ever

Ten Murphy

Que beleza. O Brasil vai comprar de prateleira.

Hahahahaha!!!

Augusto L

É por mim ja desativava os b-1 e

João Borges Queiroz Júnior

Com a hora de voo do B-2 em mais de US$ 150 mil, mantê-lo voando junto do futuro B-21 realmente não faria sentido…

Marcos Aryeh

@OFF

Saratov Airlines vai trocar os seus aviões An-148 (acidente na Rússia) pelos Embraer E-190

RicardoNB

B-21 fará o mesmo papel do B-2 por menos. Não faz sentido manter ambos. B-52 será o bombardeiro de baixo custo para conflitos de baixa e média intensidade.

Guizmo

O que torna o B-2 passível de ser substituído, nesse momento?

Bosco

Guismo,
O B-2 será substituído quando da chegada do B-21. Até aí nada de mais já que o B-21 está sendo pensada para substituir os bombardeiros americanos. O inusitado é o B-52 permanecer e provavelmente só como vetor do míssil LRSO, que irá substituir o AGM-86B.

Tico

Esse B-2, faz lembrar aquele destroyer DDG-1000, que deverá criar um novo parâmetro tecnológico, mas caro ao absurdo, enquanto que um projeto mais antigo se torna mais eficiente devido ser “mais barato” de operar que é o Arleigh Burke, é só uma comparação tosca, visto que o Burke é muito mais recente que Tutancâmon B-52, que ainda vai continuar assombrando e muito por aí, diga-se de passagem como dizia o neto. Mesmo a China se mexendo muito, ainda tá muito longe de querer se equiparar aos norte-americanos.A China busca desenvolver seu primeiro bombardeiro furtivo, enquanto os americanos já desativaram F-117… Read more »

4lex5andro

É outro planeta camarada, os US são outro mundo a parte, dentro deste mundo… são um país muito avançado até para os países europeus e Rússia, imagine o pobre Brasil, um ninguém na fila do pão…

Oráculo

Caramba, 90 anos do B-52!

Nunca mais quero ver ninguém reclamando dos F-5 da FAB!!!

luiz antonio,

Prezado Galante
Curiosidades sobre as aeronaves que citou:
B-52 (Boeing)
F-5 (Northrop hoje Northrop Grumann que fabricou o B-2)
A-4 (McDonnell Douglas, hoje Boeing)
S-2 Tracker (Grumann, hoje Northrop Grumann)
Desse quarteto, o dueto Boeing-Northrop Grumann continuou dando o tom nos EUA. O tempo realmente é o senhor da razão.
Abraços

4lex5andro

Nos últimos 50 anos.
Mesmo entre os interceptadores e alguns da Usnavy.

Tem o a8 da Grumman (apesar de jurarem que, um dia, o f35 os vai substituir).
Tem o f15 e f18 da McD/Boeing.
O f16 da Gen. Dynamics (hoje Lockheed).

Só o f14 (da Grumman) que não vingou.

Rafael M. F.

E não é incomum três gerações de pilotos voarem o B-52. Avô, pai e filho.

Rafael M. F.

E lembremos que a China também possui o seu B-52: o Xian H-6, que está operacional desde 1968 e não dá pinta de que vai ser aposentado tão cedo, com sua variante mais recente lançada em 2015.

Rudney

Que é, na verdade, mais uma cópia chinesa. Dessa vez, a do Tupolev TU-16

Alex Nogueira

Fico imaginando se o B-21 realmente vai estar pronto até 2030, vendo o programa JSF, fica difícil acreditar que não vai existir uma lacuna de tempo sem bombardeiros disponíveis, claro, se não decidirem prolongar a vida útil dos atuais.

Ten Murphy

Deve ser maravilhoso três gerações terem voado o B-52. 🙂 O que digo a seguir são palavras de um leigo apaixonado pelo tema, e considerado devaneio por quem realmente entende do assunto. Mas sonhar não custa caro. E só mobilizando os leigos é que se consegue força política para o Brasil que realmente queremos. Pois bem, vendo o orçamento militar norte-americano, o que eles investem em P&D nem é tão absurdo assim de conseguir investir. Cerca de 70 bilhões. Um país do porte do Brasil pode investir 4% ou 5% do PIB em Defesa, separando a maior parte para P&D… Read more »

Ten Murphy

Quero dizer, manter a dianteira tecnológica militar é possível, investindo 5% do PIB atual em Defesa, ou 2% em Defesa e 3% no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, direcionando os valores para tecnologias de dupla utilização, a fim de tornar mais digestível para os críticos. Desde que se mantenham as forças bem pequenas, e se garanta o orçamento sem cortes, incluindo compras anuais para manter uma cadência mínima e cadeia de suprimentos necessária para manter a indústria militar funcionando. Se necessário, criar uma Polícia de Fronteiras, Guarda Costeira, etc. ou fortalecer a Polícia Federal a fim de desafogar… Read more »

Mauricio_Silva

Olá. O B-52 é a “havaianas” dos bombardeiros: chegou ao seu formato “definitivo”. Projetado numa época em que as aeronaves eram o principal meio de dissuasão estratégica (e nuclear), o velho “BUFF” tem um desempenho que o permite ser útil mesmo mais de 60 anos da sua entrada em serviço. Se for levado “ao pé da letra”, tanto o B-1 quanto o B-2 e mesmo o futuro B-21 são verdadeiras “excrescências”, pois bombardeiros estratégicos não tem mais lugar nos arsenais das principais forças aéreas há muito tempo. E por que manter “o pai de todos os dinossauros aéreos” em operação,… Read more »

Matheus

Caramba, 175 bombardeiros, por que o Brasil não pensa em ter algum? Não daria pra pegar algum aí de escanteio?

Guizmo

Bosco,
Eu entendo que o “agora” para substituir os B-1/2 são mais 10/15 anos ou talvez mais. Entendo tbm a necessidade norte-americana de se manter na vanguarda tecnológica bélica. Meu ponto é que não entendo pq não concentrar melhorias e manter o B2 como espinha dorsal.

Atualmente ele é usado até em bombardeios táticos. Creio ser alguma deficiência de projeto, como baixa capacidade de carga ou desempenho aquém do esperado……nao sei.

Meu ponto é: o B-2 é ainda um assombro de tecnologia, caríssimo e ainda o bomber a ser batido. Precisa fazer outro, mais caro, mais tudo?

Guizmo

Quanto ao B-52, continuará voando pois é um excelente projeto, sem grandes artifícios tecnológicos e faz sua função. Imaginem se tivessem projetado o Buff pra decolar vertical, ser stealth, etc etc? Menos é mais….

JP

Se aumentarem a despesa com P&D, logo teremos mais militares, em breve mais pensões, assim o ganho em P&D hoje, se torna pensões amanhã.
Não digo que seja injusto, mas não é sustentável no longo prazo, logo estaremos debatendo que deveria ser 10% do PIB e depois 15%, é exponencial.
Sei como é viver viajando e trocando de estado a cada 2, 3 anos, fica difícil para a família estabelecer raízes. Este sistema precisa ser alterado.
Como sempre, puxamos a brasa para a nossa sardinha. Pensa no vespeiro alterar alguma coisa?

João Augusto

B-21 Raider: preciso e rápido nas mãos de uma mãe furiosa.

jorge Alberto

Olha… qdo a discussao e sadia…. e outro nivel!
.
Me divirto horrores com os comentarios sarcasticos da galera… kkk Tadinho! Deixa o dinossauro voar!
.
Avo Pai e filho terem pilotado ele “nao e nada”, “sacanagem” eh uma geracao ter sido piloto e a seguinte Co…. Isso…. se uma geracao nao deu instrucao a seguinte… kkk
.
90 anos….. Vida longa aos Tiger!!!!! kkkkkkkkkk

Paulo Jorge

O B-52 já é bastante obsoleto e só voa por causa da alta disponibilidade e do custo mais aceitável de manutenção, apesar de usar oito motores. Hoje em dia, a fortaleza voadora se contenta em jogar bombas burras nas cabanas dos terroristas. Já não consegue mais ser utilizado em TO de alta intensidade, sendo alvo fácil para os mísseis BVR ou terra-ar. Como os EUA não tem pretensão de entrar numa guerra contra a Rússia ou a China, faz todo o sentido deixar o velho Boeing na ativa. O B-1 e o B-2, apesar de pouco utilizados, possuem uma força… Read more »

Bruno wecelau

Na minha opinião os B2 foi o maior erro da USAF ,Caro de comprar e uma fortuna para operar ,segundo eles metade dos 20 B2 não tinha condição de voar no final do ano passado….mas pelo jeito estão corrigindo o erro co o B21, ou seja tirando dois e colocando um modelo apenas em serviço..

Adriano Luchiari

Paulo Jorge 13 de Fevereiro de 2018 at 8:55, as atualizações que vêm ocorrendo nos B-52 proporcionam um incremento de 66% de capacidade de carga nas suas baias através de lançadores rotativos com interface digital, que possibilitam que a aeronave lance misseis de cruzeiro e bombas guiadas JASSM-ER e JDAM e algumas alterações aerodinâmica que resultam em uma economia de 15% no consumo de combustível. Cientistas estão trabalhando numa arma defensiva laser para incinerar misseis de ataque ar-ar ou terra-ar.

Lúcio Antunes

Decisão baseada 100% em custo. Operar os B-1 e B-2 se tornarão inviáveis já nos próximos 2 anos. Rússia dá uma aula de relação custo benefício, os bombardeios Tu-95 e Tu-160 operam desde 1952 e 1981 respectivamente. Fazer loucuras para criar soluções para os mais de 10 fronts atuais (Afeganistão, Síria, Coréia do Sul, Colombia, norte da África, Ucrânia, Polônia, Yemen, Japão e Israel ) que Unidos se enrolam é oneroso demais.

August

Eu é que ainda não entendi o pq dos b-1 estarem ativos ainda, eu os aposentavas e recuperava mais b-52.

luiz antonio,

Bom dia a todos. B-1 e B-2 serão desativados pelo Papai-Noel, pelo Saci-Pererê montados na Mula-Sem-Cabeça e os EUA apenas utilizarão os B-52 para pulverizar as cabanas de terroristas. Sei…Gostaria que o Brasil tivesse uns 30 aviões “desativados” dos EUA e dinheiro para deixa-los disponíveis. As operações do B-52 são baratas e mantem a dissuasão. Não creio que seja um alvo tão fácil, principalmente se for protegido pelos caças de 5ª e até 6ª gerações. Em um cenário nada impossível os mísseis nem seriam lançados. E tome um formidável poder de bombardeio dessa aeronave sessentona. Literalmente um bombardeio de B-52… Read more »

Diogo de Araújo Carvalho

Alguém tem notícia da Polaris?

Anildo Silva

Nao faz sentido no Brasil se falar em mais P&D para as forcas armadas enquanto nao se resolve o problema com as pensoes. O desequilibrio dos gastos é simplesmente absurdo e insustentavel. O problema por aqui é mais complexo e dificil de resolver.

Johnnie

“Tico 12 de Fevereiro de 2018 at 21:28 queria que os caras de Brasília tivessem um pouco dessa mentalidade patriótica que esses admiráveis americanos tem, sonho meu, sonho meu…” Tá de brincadeira. Você não sabe o que rola nos subterrâneos do governo americano. Lá só é o país das maravilhas porque eles tem muito $$$$. Quando se tem muito é fácil fazer, ter organização superior, etc… Nada é o que parece. Não é mentalidade patriótica não. Os Homens, sejam ricos ou pobres, ocidentais ou não, partilham da mesma natureza, e se comportam de acordo com as regras a que estão… Read more »

luiz antonio,

me desculpem. Corrigindo: Dissuasão

Delfim Sobreira

A função de um bombardeiro é ganhar a guerra, levando o máximo de destruição o mais adentro possível do território inimigo.
O B-52 leva tal máxima ao máximo.
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Matheus
O último bombardeiro da FAB foi o B-26.
.
O design do B-52 nasceu quase perfeito. Originalmente tinha os assentos de comando em “tandem”, um atrás do outro, como um caça biposto.
O lendário Curtiss LeMay olhou, não gostou e mandou alterar para assentos lado a lado.

Formiga

Daqui a pouco outro projeto o pessoal vai atualizando outra máquina da Turma da Boing, o F-15. Que deve continuar sendo fabricado após o F-22 ter parado (por enquanto). Em 20 anos o F-35 vai para o ralo e o Eagle vai continuar mandando nos céus.

SmokingSnake ?

B-52 é alvo fácil, os EUA só mantem ele hoje porque são equipados com mísseis de cruzeiro (inclusive nucleares) com alcance bem maior que qualquer bateria anti aérea.

Ten Murphy

Off: O Brasil receberá transferência de tecnologia das armas do Gripen? E tem algum projeto de míssil de cruzeiro?

W.K.

E tem gente que reclama do Forefer-5…

Ivan BC

João Augusto 13 de Fevereiro de 2018 at 7:58
B-21 Raider: preciso e rápido nas mãos de uma mãe furiosa.
kkkkkkkk
……………………
Os caras estão aposentando aquilo que NINGUÉM tem…é incrível!

Tadeu Mendes

Johnnie

Aqui existe mentalidade patriótica sim, mas também exists muito $$$$$$.

E eu que pensava que que os B1-B e os B-2 fossem enterrar os B-52..

WFonseca

Johnnie 13/02 – 13:09 “Lá só é o país das maravilhas porque eles tem muito $$$” – Engraçado Johnnie, minha impressão é justamente o contrário da sua, penso que nosso problema não é dinheiro e sim mentalidade. Quando visitei os USA, passei em lugares cujas casas eram até bem simples, mas as encomendas dos “correios” eram deixadas nas portas; outra vez eu tirava fotos de um monumento e um garoto passou na frente, a professora dele o repreendeu e veio me pedir desculpas; a moça do shopping saiu atrás de mim para devolver centavos esquecidos na compra de um óculos;… Read more »

4lex5andro

Exatamente.
O que difere um país de verdade de um paiseco, são as pequenas ‘vitórias’ de todos os dias, que, no fim das contas, formam uma nação, de fato.
E não a coerção megalomaníaca e midiática em nome de um super-Estado que (no dia de são nunca) irá redimir toda uma história de erros e vícios, como se tem adotado no Brasil.

Lúcio Antunes

O bombardeiro B-1 até entendo se aposentar, mas o B-2 não é stealth? Como um projeto de bilhões agora simplesmente é descartado. Estranho demais tudo isso. O B-52 sofreu inúmeros revés ao longo das suas operações em teatros mais “quentes”. Não sei ao certo se ele cumprirá as mesmas missões do B-2. Descartar o B-2 é deixar de utilizar um equipamento único em relação ao arsenal Russo.