Dinâmica Global dos Investimentos na Indústria Aeroespacial
Características Gerais e Dinâmica Concorrencial
A indústria aeroespacial é uma das mais importantes dentro da estrutura produtiva das economias avançadas, particularmente da economia norte-americana. Esta importância decorre tanto do seu caráter estratégico, no domínio das tecnologias sensíveis e na produção de equipamentos de defesa, como dos seus aspectos econômicos: geração de saldos comerciais, elevado valor adicionado e empregos de alta qualificação. Desta maneira, a indústria aeroespacial apresenta características bastante específicas, que são apresentadas a seguir:
1. Científico e Tecnológico-Intensiva: a contínua e crescente introdução de tecnologia de ponta, possibilitando a criação de produtos de altíssimo valor adicionado, é o principal fator de competitividade na indústria aeroespacial. Desta forma, a infraestrutura de apoio às atividades científicas de pesquisa e desenvolvimento, formada pelas universidades e, principalmente, por centros de pesquisa, apresenta uma importância singular para o desenvolvimento da indústria aeroespacial. Entretanto, os grandes conglomerados aeroespaciais têm crescentemente incorporado intrafirma as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), particularmente nos setores aeronáutico e de defesa. No setor espacial, a quase totalidade das atividades científicas é realizada pelos laboratórios públicos, em geral subordinados às agências espaciais. Por fim, cabe destacar que a pesquisa científica e tecnológica realizada na indústria aeroespacial apresenta uma natureza dual, na qual coexistem características militares e civis, que se retroalimentam.
2. Complexidade Tecnológica: os produtos dessa indústria, sejam aeronaves, foguetes, mísseis ou satélites, na realidade são sistemas integrados que compreendem um conjunto de componentes e subsistemas projetados para se adequarem uns aos outros. Esta elevada complexidade, por um lado, permite que a indústria aeroespacial incorpore, de forma contínua e crescente, as inovações tecnológicas originadas em outras indústrias, como a mecânica, eletrônica e a química. Por outro lado, as elevadas exigências impostas pela indústria aeroespacial permitem um alto nível de difusão das inovações tecnológicas para outros setores da economia.
3. Conglomeração: observa-se a constituição de grandes conglomerados que englobam os setores aeronáutico, defesa e espaço, de forma que a indústria aeroespacial pode ser classificada como um oligopólio concentrado em nível mundial. Estes conglomerados tornaram-se o tipo de estrutura organizacional predominante, demonstrando que a construção de vantagens competitivas nessa indústria passa, necessariamente, pelo tamanho da empresa.
4. Controle Nacional: apesar da atuação global, o caráter nacional dos conglomerados aeroespaciais não apenas permanece, como foi reforçado. Desta maneira, a maioria dos países tem evitado a desnacionalização de suas empresas; buscando, ao contrário, transformá-las em grandes conglomerados aeroespaciais que possam enfrentar a acirrada competição mundial. Mesmo no caso de empresas ditas multinacionais, como a européia EADS, o caráter nacional permanece, ainda que de forma compartilhada.
5. Parcerias: a contínua incorporação de avanços científicos e tecnológicos que se reflete em crescentes custos de desenvolvimento de novos produtos tem levado as indústrias aeroespaciais dos diferentes países a se associarem no desenvolvimento dos novos projetos. O maior exemplo disto é a construção da Estação Espacial Internacional, que envolve, as até então rivais, agências espaciais russa (Roskosmos) e norte-americana (NASA), além da participação das agências européia (ESA), canadense (CSA) e japonesa (JAXA).
6. Presença do Estado: observa-se que o Estado é o grande agente coordenador da indústria aeroespacial, não apenas nos setores em que o controle é direto, como o militar e o espacial, mas também nos segmentos comerciais. Na China, Rússia e Índia a coordenação é direta, pois a indústria aeroespacial é estatal. No caso da Europa os diferentes Estados nacionais têm atuado de forma conjunta, buscando a criação e o desenvolvimento de uma indústria aeroespacial de caráter regional. Nos EUA, a coordenação tem sido feita, na maioria dos casos, através das concorrências públicas para os setores militar e espacial, que, aos poucos, foram selecionando as empresas vencedoras. Por fim o Canadá, onde a coordenação se dá através do apoio ao desenvolvimento tecnológico.
Apesar das grandes diferenças existentes entre os setores que compõem esta indústria (aeronáutica, defesa e espaço), o padrão de concorrência de todos eles está centrado na contínua introdução de inovações tecnológicas e nas condições de financiamento destas inovações.
A introdução de inovações tecnológicas propicia o surgimento de um novo “projeto dominante” que rompe com a trajetória tecnológica então vigente, obrigando as empresas concorrentes a adotar estas modificações, com o risco de não mais permanecerem no mercado. Mesmo no caso das inovações incrementais, que não implicam num rompimento da trajetória vigente, a sua adoção significa um importante elemento de diferenciação frente às demais empresas. Desta maneira, a indústria aeroespacial é marcada por um elevado dinamismo tecnológico, que continuamente revoluciona as estruturas desta indústria a partir de dentro.
Por outro lado, a crescente complexidade tecnológica, que se reflete nos elevados custos de desenvolvimento de novos produtos, também tem, continuamente, elevado as necessidades de escala mínima para operação na indústria aeroespacial. Desta forma, as últimas três décadas foram marcadas por um amplo processo de reestruturação patrimonial: fusões, aquisições e associações, que levaram a uma crescente concentração nesta indústria.
Entretanto, estas operações patrimoniais, que vinham desde o Pós-guerra, não apenas se intensificaram nas últimas décadas, como também ampliaram o escopo. O processo de concentração não ficou restrito às empresas de um determinado país ou de um determinado setor. Atualmente, a indústria aeroespacial está estruturada como um oligopólio concentrado em nível mundial, onde apenas um pequeno número de atores globais — global players — passa a ter condições de operar nessa indústria.
Assim, a indústria aeroespacial está assentada sobre dois movimentos aparentemente antagônicos, o dinamismo e a concentração, mas que, na realidade, se reforçam mutuamente. O elevado nível de maturidade dessa indústria faz com ela apresente uma estrutura muito mais estável, apesar do alto grau de dinamismo existente. Na indústria aeroespacial, a grande empresa é, ao mesmo tempo, causa e conseqüência do elevado dinamismo tecnológico.
Quero ver se essa dinâmica global dos investimentos na indústria aeroespacial vai resultar em um Ipanema pintado de branco e azul, com um logotipo da Boeing Agrospace.
Bom, cada um puxando sardinha pro seu lado.
Esse texto veio de Universidades Públicas, o que já de cara explica o porque de falar tanto em estatizar.
Cada um defendendo o seu, a guerra de bastidores é grande!
Rui Chapéu, sim, no caso da indústria aeroespacial cada país defende a sua indústria.
Se quiser ler o estudo completo, clique no link da fonte para baixar o PDF.
A melhor saída é reestatizar a Embraer
A industria aeronáutica brasileira é de todo povo brasileiro e é estratégia para a nossa ação
Jamais podemos deixar a Boeing comprar a Embraer
Vamos lutar com unhas e dentes para que isso não aconteça…
ACORDA Povo Brasileiro, não podemos perder a inteligencia da Engenharia Brasileira
Rui Chapéu 9 de Fevereiro de 2018 at 16:21:”Bom, cada um puxando sardinha pro seu lado.” . Caro Rui, o Instituto de Economia da UNICAMP é o principal celeiro intelectual das teorias econômicas desenvolvimentistas. É uma disputa ferrenha sobre quem interpreta melhor Keynes. Costumo confiar mais em biografias que em ‘currículos lattes’, sugiro, caso tenha tempo, pesquisar os expoentes desta Academia. . Não sou feitor ou patrulheiro ideológico de ninguém. Porém, como autarquias de regime especial, as “livres, democráticas e independentes” universidade públicas deveriam, quando muito, defender o interesse público primário. No entanto, o que vejo é militância e até… Read more »
“A melhor saída é reestatizar a Embraer”
“Vamos lutar com unhas e dentes para que isso não aconteça…”
“A industria aeronáutica brasileira é de todo povo brasileiro e é estratégia para a nossa (n)ação”
Já é 2018 e a gente ainda tem que ler essas coisas…
A Embraer é nossa!!!
Prezado Rafael, PP…..Instituto de economia Unicamp celeiro intelectual……arghhhhhhhh…..na verdade eh uma lixeira de pseudo intelectos em economia, verdadeiros mastodontes e que produzem centenas de lixos anualmente aa guisa de produtividade inutil. Vertente total e impregnada de socialistas da pior especie propagando porcarias economicas e teorias de deixar em cabelo em pe aos mais leigos do assunto. Suas ideias sao tao retogradas que ai estao aproveitadas para tao somente propagar a roubalheira geral em todos os niveis administrativos e politicos de nossa nacao. A desculpa de sempre….assistencialismo as custas dos trabalhadores contribuintes. Verdadeiro antro de retardados e inuteis, CASTA de poucos… Read more »
Vanessa Cioffi
Comece você comprando parte da Novaer, que acaba de demitir 150 engenheiros.
Alguém leu o texto antes de sair falando mal de quem o escreveu?
Não me parece que tem algo errado com o que está publicado aqui (não li o texto em PDF).
kkkkkk sim! Peguemos nossas enxadas e vamos à luta! Acordemos!
Esqueceu da foice GUIZMO… RSRSRS….
Caros editores, sugiro colocar um post sobre essa matéria:
http://www.valor.com.br/empresas/5316221/boeing-quer-embraer-para-verticalizar-producao
Abs.
Rafael Por
Se a Unicamp é tão boa assim na economia me explica o porquê disso:
‘Situação financeira enfrentada pela Unicamp é dramática’, afirma reitor …
2017/08
Ou seja, essa Unicamp é igual uma pessoa gorda querendo me vender remédio pra emagrecer.
E sou contra Keynes, sou mais Hayek. E mais escola de Chicago.
O cluster aeronáutico brasileiro é pequeno e so investimento por parte do GF não ira mudar isso, o Brasil precisa mesmo é de parcerias como a embraer-boeing se concretizar como o GF quer com uma terceira empresa.
O texto, em momento algum fala em reestarizar nada, apenas trás à luz a importância do fomento do conhecimento tecnológico através de mecanismos estatais. Isto por uma questão simples, é muitíssimo caro para um empresa, com fundos limitados para investimento em P&D, de forma autónoma. Temos aqui duas posições antagônicas, os que acham que o liberalismo econômico é o melhor caminho para este setor, daqueles que acham que todo estes setor deveria estar nas mãos do Estado. A verdade é que, ninguém que conhece de fato o setor, quer uma coisa e nem outra, pois as duas soluções são uma… Read more »
A hora q vejo alguém falando sobre estatizar em pleno século xxi, da vontade ir p o outro extremo na h: vende logo tudo q eh menos pior!!!!!
Rafael_PP 9 de Fevereiro de 2018 at 17:57
Entre os grandes economistas egressos do instituto de economia de Campinas está Dilma Roussef, que fez lá os créditos de mestrado e doutorado; outro grande economista que saiu de lá, também com mestrado e doutorado está o Aloizio Mercadante. A desgraça pela qual a economia brasileira passa hoje está em grande parte na adoção de teorias desenvolvimentistas oriundas da Unicamp, mas depois que a “nova matriz macroeconômica” criou a maior crise econômica da história do Brasil, hoje ninguém mais gosta de se dizer desenvolvimentista.
E ainda tem gente que é a favor da venda da Embraer para a Boeing
Essas pessoas curtem viver se inferiorizando
Vida longa ao capacitado setor aéreo brasileiro
Julio Buzoli
Pior é ver, em pleno 2018, pessoas defendendo a venda do controle de uma fabricante tão importante para o Brasil quanto a Embraer.
Augusto L
Se for uma terceira empresa totalmente controlada pela Boeing (que é o que ela quer), não será nada benéfico, nem para a Embraer e nem para o Brasil, muito pelo contrário. Eu também não sou contra uma parceria que ajude todos a crescer, mas já está mais do que óbvio que a Boeing não pensa assim.
Quem tiver uma graninha, pode planeja-se para os próximos dois ou cinco ou dez anos para juntar os demitidos da Embraer (se houverem realmente) e fundar uma Embraer 2. Há muitos estudantes universitários saindo das faculdades de engenharia aeroespacial no Brasil. Há muitos professores de engenharia aeroespacial. Há um grupo de pessoas, formadas, que são capazes e entendem da administração de uma empresa aeroespacial. Gente competente. Não importa se a Embraer vai demitir. Acredite que surgirá outra empresa. Mova-se além de protestar para que lideranças públicas e privadas fundem suas próprias empresas aeroespaciais com a marca “made in Brazil”. Apenas… Read more »
A Embraer já faz tempo não é mais uma empresa pública. Ela foi vendida. Privatizada. O governo já recebeu o valor que julgou adequado para colocar a Embraer em mãos privadas. Quem comprou, fez investimento das próprias economias, investiu o próprio dinheiro e assumiu o risco do empreendimento. Ficou bonito, mas isto é graças a trabalho “privado”. Então, certamente os “donos” da Embraer estão pouco importando com a opinião de quem acha que a “Embraer é do povo brasileiro!”. O meu palpite? Oportunidade para a Embraer II.
OFF
https://www.cnn.com/2018/02/10/middleeast/israel-military-jet-crash/index.html
F-16 Israelense é derrubado por artilharia Síria, caiu em Israel. Piloto está bem.
A verdade é que “vender” oi não a Embraer não fará diferença alguma para o Brasil.
Tivéssemos preocupação com a padaria do seu Joaquim como se tem com a Embraer, porque a padaria dele também gera emprego, não precisaríamos nos preocupar com Embraer.
Pronto, já começaram a comparar a Embraer com padaria, daqui a pouco vem alguém para comparar com o bar do zé e a pastelaria Xing-Ling da feira! kkkk
É por isso que o governo não da ouvidos ao povo, tá certo eles.
EDST
É por isso que esse país não vai para frente. Aqui só existem as “eleitas”, as grandes, as Embraers.
E não estou dizendo que a padaria seja mais importante que a Embraer. Estou dizendo que há preocupação demais com um e nada com o outro.
Na Califórnia, em feriado recente, o governo abaixou o imposto sobre a gasolina. Resultado: tido mundo saiu para viajar, gerando gastos com restaurantes, hotéis, etc. Por aqui fazem o contrário. Inclusive o dono posto.
Marcos
Eu compreendo, e estou com você nisso, mas aí a gente precisaria de um reset na forma como o país funciona, e neste cenário em especifico da Embraer, compara-la com o comércio “comum”, ou com a forma como o país inteiro é gerenciado é ir um pouco longe, e você mesmo disse que a Embraer não faria diferença para o Brasil, porque então uma padaria faria? Tudo tem que estar em harmonia, para sermos soberanos precisamos tanto do padeiro, quanto da fábrica de aviões.
Pessoal está preocupado com a “venda” da Embraer para a Boeing. Na verdade a empresa já tem dono.
Que a Boeing vai pagar “só” US$ 6 bilhões. Esses US$ 6 bilhões vão apenas trocar de mãos.
A Boeing vai levar a linha de produção para os EUA. A Embraer já está fazendo isso, não só para os EUA, como China e Portugal, bem como para outros países, já que muitos são parceiros e componentes vem prontos de fora.
Que a Boeing seja bem vinda.
Marcos 10 de Fevereiro de 2018 at 7:30
Bom ponto. Entre os trabalhadores da indústria, uma parte muito significativa é empregada no que chamamos de “micro e pequena indústria”. São mais de 9 milhões de micro e pequenas indústrias no Brasil que respondem por mais da metade dos empregos formais (Dados do Sebrae de 2014) e geram 54,3% do PIB.
O que existe é uma campanha de desinformação.
Marcos 10 de Fevereiro de 2018 at 8:44 Pessoal está preocupado com a “venda” da Embraer para a Boeing. Na verdade a empresa já tem dono. Que a Boeing vai pagar “só” US$ 6 bilhões. Esses US$ 6 bilhões vão apenas trocar de mãos. A Boeing vai levar a linha de produção para os EUA. A Embraer já está fazendo isso, não só para os EUA, como China e Portugal, bem como para outros países, já que muitos são parceiros e componentes vem prontos de fora. Que a Boeing seja bem vinda. . Embraer é uma empresa Global seu Zé… Read more »
O que acham da Petrobrás ser vendida? Ja foi uma das maiores empresas do mundo. Porque ninguém fala da Petrobrás? Mesmo hoje depois do tombo, a Petrobrás é muito maior do que a Embraer e atua com energia primária. A estatização já é um risco em qualquer economia do mundo. No Brasil estatização é sinônimo de corrupção, de cabide de emprego, de argumento de campanha eleitoral, de favorecimento de cargos, de prejuízos astronômicos nunca esclarecidos e um rombo no bolso de quem paga os impostos. Aos que querem estatizar a EMBRAER, sugiro começar a arrecadar dinheiro para comprar suas ações.… Read more »
Matheus
Pois é! A Embraer é uma empresa global. Fabrica aqui e em um monte de lugares.
Marcos É diferente, com a Boeing no controle eles não levariam só as linhas de produção, levariam TODA a Embraer! Junto com TODA a NOSSA soberania tecnológica e conhecimento! Conhecimento do Brasil, conquistado a duras penas e em sua maior parte com o dinheiro do povo, vale lembrar. Eu sei que você apenas finge não entender, só para provocar, e você acaba fazendo um mal para si mesmo, já que quem não percebe isso acha que você é simplesmente ignorante. E a Boeing também não fabrica seus aviões 100% no EUA, aliás, ninguém faz isso em lugar nenhum do mundo!… Read more »
A “venda” da Embraer nunca esteve em pauta desde o inicio. A Boeing sempre esteve ciente disso.
A “venda” foi inventada pelos que são contra.
Ai já é uma teoria de conspiração sua Marcos. Agora mesmo saiu a matéria dizendo que a Boeing quer ter 80-90% dessa possível terceira empresa, e que a sede DEVE ser em Chicago, isso não é querer ter o controle a todo o custo? Viram que não podiam ter o controle daquele jeito e agora estão tentando essa tática nova. Isso não é quase uma venda da parte mais lucrativa da empresa? A Boeing vai bater o martelo no mesmo lugar até ter algum tipo de controle total ou até que o governo acabe dando um chega pra lá neles… Read more »
Marcos, se fosse isto mesmo que tu afirmas, essa celeuma toda nem existiria. Desculpe, mas esse papo simplista de comparar padarias com a EMBRAER, ou qualquer outra empresa de alta tecnologia, demonstra que seu argumento é fraco.
ODST 10 de Fevereiro de 2018 at 10:52
Os 80 ou até 90% decorrem do fato de que esses percentuais já estão em mãos de estrangeiros.
E o artigo em questão não fala que a sede da nova empresa será em Chicago, fala que a empresa se reportará à Chicago, onde está a sede da Boeing.
Nada diferente do que tem-se falado desde o inicio.
Vejamos a chamada da IstoÉ para as negociações Embraer/Boeing:
Estão lá as fotos dos presidentes de ambas as companhias, com o Paulo Cesar segurando um KC390 e em seguida, numa montagem, a aeronave passando para as mãos de Dennis Muilenburg, quando na verdade o KC390 pertence à FAB.
Isso é exemplo de mau jornalismo.
Forças Democráticas Sírias!!! He, he, he
Parece que alguém se incomodou com o meu comentário da matéria: “Boeing quer ter o controle de atpe 90% da nova Embraer” Pois bem, vamos traçar um paralelo entre Trump e os sábios intelectuais geoeconômicos da Trilogia. Sei que vocês gostam de citar Trump para defender a indústria nacional e toda aquela baboseira estatista que só espalha atraso tecnológico, econômico e social por onde passa, porém a diferença entre Trump e os ditos intelectuais daqui é o método da intervenção na situação econômica e política do país. Quanto mais aqui aparecem matérias sobre isso, mais eu vejo o pessoal pedindo… Read more »
E é bom lembrar o que foi dito desde o começo, tanto pela Embraer como pela Boeing: essas tratativas podem dar em nada!
A vocação do Brasil é a produção e exportação de commodities. Desenvolvimento e fabricação de produtos de alta tecnologia não estão no nosso DNA. Nossa sociedade não se organizou para e não valoriza isso, assim como não tem uma visão coletiva de quem somos e quais os nossos objetivos. Sem essa visão, qual o sentido de ter grandes empresas nacionais? Nesse cenário, faz todo sentido defender a venda de uma empresa da alta tecnologia para um grande concorrente internacional. Já há tantos setores da economia que são controlados por multinacionais, porque não aceitá-las em mais um setor? Continuaremos a produzir… Read more »
EduardoSP 10 de Fevereiro de 2018 at 12:59
“A vocação do Brasil é a produção e exportação de commodities.”
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A Embraer é a prova de que isso não é verdade. Nem por isso é o final dos tempos a Boeing adquirir ações que já estão nas mãos de terceiros.
Virou modinha querer aplicar visão de Liberalismo Econômico no setor da Defesa… . Baboseira. Quem tem essa visão é mais iludido que Comunista em pleno 2018. . Defesa da Pátria é e tem de ser função do Estado. Fomentar o desenvolvimento do setor de Defesa, é função do Estado. Umas das poucas, em um regime Liberal. Empresas deste setor, por mais que sejam privadas, estão profundamente ligadas e enraizadas ao Estado. Isso soma ao Soft Power do Estado em questão. É mais um mecanismo de combate! . Nosso Estado está extremamente inchado. É de conhecimento geral que precisamos sim reduzi-lo.… Read more »
Marcos 10 de Fevereiro de 2018 at 14:57
A existência de uma indústria de alta tecnologia não invalida a vocação para a produção de commodities. Além do mais, ao vender a Embraer para a Boeing estaremos abrindo mão de dar continuidade a essa indústria. Como disse, o setor aeroespacial ficará igual à industria automobilística, fabricaremos o que a Boeing quiser, com tecnologia desenvolvida pela Boeing. Vc conhece alguma tecnologia ou marca brasileira na indústria automobilística? Fabricamos cerca de 3 milhões de veículos por ano, com zero de tecnologia nacional.
EduardoSP
Foge um pouco do assunto essa questão. Uma polêmica recente e que é matéria de um grande jornal na data de hoje, que trata da venda e exportação de animais vivos, mostra que a perda em faturamento é da ordem de 50%. Ou seja, nem isso mais o Brasil está mais conseguindo fazer.
O problema, portanto, não é a “venda” da Embraer, que aliás nós não podemos vender o que não é mais nosso. O problema é que o Brasil vem se deteriorando em todos os sentidos.