Embraer participa do Singapore Air Show
A Embraer vai promover a nova família de jatos E-Jet E2 no mercado asiático no Singapore Air Show. A feira que começa no dia 6 de fevereiro é uma das maiores do mundo e possibilita aos fabricantes demonstrarem seus produtos no mercado de maior crescimento atualmente.
A Embraer levará um dos protótipos do E-Jet E2 com a pintura de um tigre, animal símbolo do continente.
A expectativa é alavancar os pedidos para a nova geração dos E-Jets. O E195-E2, na configuração de alta densidade, oferece até 146 lugares, com custo por assento inferior aos de aviões como o Airbus A320 e Boeing 737 NG.
Segundo John Slattery, Presidente e CEO da unidade de Aviação Comercial da Embraer, em entrevista ao site FlightGlobal, o principal foco do fabricante brasileiro deverá ser as empresas aéreas de baixo custo.
A Embraer espera ampliar para 100 o número de empresas aéreas que operam a família E-Jet globalmente, além de ampliar o total de pedidos para a geração E2.
O protótipo que será exibido no evento foi batizado de Profit Hunter, em alusão à capacidade de gerar lucros da nova família.
É claro que a decisão da compra da aeronave A, B ou C, não é tomada levando em consideração apenas os efeitos da feira em comento, mas é claro, que a presença da Embraer no evento consolida a posição da fabricante como umas das players do mercado. A feira é usada apenas para o anúncio e os detalhes do negócio. Essa pintura realmente está linda, eu ví de perto e posso confirmar! Eu acho que o número de encomendas é que está aquém do esperado pela fabricante, o produto é excelente em todos os quesitos, mas questões econômicas/políticas estão atrapalhando… Read more »
Embraer
http://www.valor.com.br/empresas/5297699/sem-boeing-embraer-teria-cenario-nublado
Boeing pode acrescer quase 500 anvs a carteira de e2.
Rossetto-Centauro 1 de Fevereiro de 2018 at 15:08
A questão dos motores da P&W, como está ?
Os nºs da sócia:
http://www.valor.com.br/empresas/5295479/lucro-da-boeing-cresce-92-no-quarto-trimestre
curioso,… o E2 não tem winglets.
eu não tinha reparado nisso, até agora.
Estão em Joanesburgo. Acho que decolam ainda hoje. Linda pintura. Ótimas vendas em Singapura Embraer.
ivo 1 de Fevereiro de 2018 at 16:36 “curioso,… o E2 não tem winglets. eu não tinha reparado nisso, até agora.” _________________________________________________________________ Caro Ivo: Segundo li em um artigo sobre o E2 (não me lembro qual) a EMBRAER adotou um perfil de ponta de asa diferente (o bordo de fuga da extremidade deslocado para trás) que em túnel de vento demonstrou melhor eficiência do que o tradicional winglet. A função de ambos é diminuir o arrasto aerodinâmico nas pontas das asas em aeronaves sem o dispositivo. Essa solução da Embraer, segundo o mesmo artigo permite maior economia de combustível do… Read more »
Ivo, já prestou atenção no perfil das asas, não sou especialista em aerodinâmica mas é show!
ivo 1 de Fevereiro de 2018 at 16:36
A diminuição do arrasto (resistência ao avanço) devido ao vortex na ponta da asa (turbilhonamento criado pelo encontro da parte de fluido de alta pressão do intradorso e baixa pressão do extradorso) pode ser realizado através de winglets ou pela extensão curva (alteração do perfil) na ponta de asa (como no B787, por exemplo).
A vantagem dos winglets acontece durante a necessidade de maior sustentação, como na decolagem, pois eles geram um componente de sustentação, mas durante o voo de cruzeiro a segunda opção cria menos área de arrasto (resistência ao avanço).
luiz antonio, 1 de Fevereiro de 2018 at 17:40
Moraes 123 1 de Fevereiro de 2018 at 17:41
MARCOV 1 de Fevereiro de 2018 at 17:57
valeu pelas explicações rapazes,..
Enquanto isso o MRJ teve cancelamento de pedido.
Talvez daqui a pouco descubram no túnel de vento que um perfil vazado de asa é melhor do que o atual.
A cada dia descobrem alguma novidade.
Algo aparentemente muito elementar.
Existe patente para esse tipo de “invenção”?
Outras empresas que decidissem usar teriam que pagar royalties?
O MRJ se não me engano, já está com pelo menos uns 5 anos de atraso no cronograma. Os japas estão apanhando pra desenvolver um avião regional que a Embraer faria com as mãos nas costas e entregaria pronto antes mesmo do prazo previsto. O governo brasileiro está certo em não abrir mão de uma empresa do nível da Embraer, só espero que realmente isso seja verdade e não abram mão dela. E a propósito, a Novaer soltou um comunicado hoje, informando ao mercado que a empresa teve que dispensar boa parte do seu quadro de funcionários devido a inadimplência… Read more »
ivo,
Pelo que sei o uso de winglets é uma boa opção quando:
– Sua asa está no limite de envergadura (como no B-737/A-32x);
– Você tem um projeto básico antigo e quer melhorá-lo sem ter que refazer todo o projeto
Quando você pode dá para fazer algo melhor sem winglets (veja B-777/787/E2).
Ficou lindo… ainda mais visto assim de pertinho. Parabéns a todos os envolvidos.
ivo 1 de Fevereiro de 2018 at 16:36 e luiz antonio, 1 de Fevereiro de 2018 at 17:40
Outra coisa que pode passar despercebida é que a empenagem vertical é menor que da geração anterior. Isso foi conseguido pelos avanços no Fly-by-wire desenvolvido pela própria Embraer, c/ isso obtêm-se menores peso e arrasto.
Silva
…”a Novaer soltou um comunicado hoje, informando ao mercado que a empresa teve que dispensar boa parte do seu quadro de funcionários devido a inadimplência de seu principal cliente.”
Pois é! A Novaer tem um projeto para substituir os T-25, que estão no osso.
Então não faz sentido esse “O governo brasileiro está certo em não abrir mão de uma empresa do nível da Embraer, só espero que realmente isso seja verdade e não abram mão dela.”
Independente de comércio, bonita homenagem da Embraer ao maior felino de todos, e que corre sério risco de extinção. Na China parece que já foi extinto de vez.
Mas…
Achei que o dimensionamento da boca, olhos, nariz, bigotes, poderia ter sido outro. A boca ficou pequeninha e o nariz com jeito de caído. Quem sabe ao vivo pode estar bom.
O grafismo da cabeça de águia e suas proporções estava perfeito.
Marcos, segundo entrevista do Comandante da Aeronáutica, publicada na última de edição da revista Asas, a intenção da FAB é modernizar 50 células do T-27, incluindo painel digital e também manter os T-25 voando por mais 15 a 20 anos. Ele falou sobre o Comaer ter acompanhado o desenvolvimento do treinador da Novaer, e não descarta uma aquisição futura, mas nas palavras dele, os T-25 estão bastante bem, tem manutenção bastante barata e uma disponibilidade boa. Completando, ele disse que com a modernização dos T-27, o binômio T-25/T-27 irá dar conta plenamente da instrução na AFA pelos próximos 15/20 anos
Marcos 1 de Fevereiro de 2018 at 21:58
Entendo que é um absurdo o governo dar as costas (por falta de interesse? Dinheiro?) para a Novaer, pois até onde se sabe, ela tem um bom projeto em mãos para substituir o T-25 da AFA, mas também não faz sentido algum abrir mão de uma empresa estratégica para o país do nível da Embraer. Ao que parece, o governo felizmente entende isso, no caso da Embraer. Já a falta de apoio para a Novaer é uma pena mesmo.
Nao vejo nada de “estratégico” na Embraer. Se fossemos um país sério, com grandes investimentos na área de defesa, a Embraer seria uma empresa relevante. Nao é o caso.
O FX2 só saiu por conta de financiamento externo. Um pais que nao consegue bancar a compra de 36 caças fala em ser independente na fabricação dos mesmos.
E KC390, a falta de pagamentos do GF produziu sérios problemas de caixa na Embraer.
Essa empresa é o que é graças a si mesma e nao ao GF.
Marcos10 2 de Fevereiro de 2018 at 6:30
“Essa empresa é o que é graças a si mesma e nao ao GF.”
Você nunca deve ter lido a história da Embraer, certo? Pra começo de conversa, se não fosse pelo ITA e pela FAB, a empresa sequer existiria.
Não é o tópico da matéria, mas vamos falar sobre o T-25: O T-25 tinha um limite previsto de 7.600:00h de célula, inicialmente. Como a concepção dele permite intervenções de manutenção similares a estudos de DTA (Dammage Tolerance Analisys) este limite pode ser estendido a cada grande inspeção, por meio de ensaios não destrutivos. A atual motorização, Lycomming IO540K1D5, ainda não é um problema de obsolescência, pois ainda há suporte logístico. Sem levar em consideração a performance da aeronave, o problema se resume à avionica, é lógico, e a reboque a energia para tal. É um assunto logístico / operacional,… Read more »
Silva… Se fosse somente pela FAB, como instituição, ela também poderia não existir. Se fosse somente pela iniciativa privada, provavelmente também não existia. Ela foi o feito de um pequeno grupo de pessoas, entre militares e civis… Que contaram com sorte, e com muita dedicação, competência e perseverança. Tiveram de lutar contra muitos contrários a ideia dentro da FAB e do governo. E acima de tudo tiveram a visão de olhar, desde o início, para o mercado… E não só para a FAB ou o governo. Foi viabilizada como estatal por desinteresse da iniciativa privada na época… Mas o modelo… Read more »