O A-10 está de volta ao Afeganistão
O jato icônico de apoio aéreo está retornando após uma ausência de seis anos
Por Kyle Mizokami
Os céus sobre o Afeganistão mais uma vez ecoam com o som do brrrrrrrt.
A Força Aérea dos EUA enviou a aeronave de apoio aéreo A-10 Warthog de volta ao Afeganistão. É a primeira vez em seis anos que o avião de combate voa sobre o país e faz parte de uma onda de tropas e equipamentos na guerra atual mais longa da América.
A Força Aérea enviou um esquadrão de doze A-10 para operar a partir do aeródromo de Kandahar no sul do Afeganistão. As aeronaves chegaram em 19 de janeiro. A Reuters citou o major-geral da Força Aérea dos EUA, James Hecker, que disse que os aviões eram necessários para o apoio aéreo aproximado em operações de combate ao terrorismo.
Além de apoiar tropas amigas, diz Hecker, o A-10 vai fazer uma nova campanha contra instalações de produção de drogas que os talibãs usam para financiar sua guerra. A campanha aérea contra narcóticos, apelidada de Operação Jagged Edge, começou em novembro de 2017 com bombas lançadas por um F-22 Raptor em uma fábrica de heroína.
Os A-10 já realizaram operações sobre o Afeganistão, segundo reportagens. O baixo custo por hora para voá-los – apenas US$ 11.500 em comparação com US$ 70.000 do F-22 Raptor – os torna uma escolha mais econômica para bombardear fábricas de drogas. A habilidade do A-10 de permanecer sobre a área alvo, observando os eventos abaixo, o torna uma excelente escolha para lançar munições guiadas com precisão em alvos quando civis estão próximos.
Mesmo assim, o futuro do A-10 continua nublado. Um oficial da Força Aérea disse recentemente que os esforços para trocar as asas de 110 A-10 mais antigos para mantê-los voando “não vão acontecer”, o que significa que os aviões em breve ficarão em terra firme. Isso significaria a aposentadoria de mais de um terço da frota A-10, reduzindo o número de esquadrões operacionais de nove para seis. A Força Aérea há muito queria aposentar o A-10, que acredita que pode ser substituído pelo F-35 Joint Strike Fighter, mas os amantes e as missões do Warthog que exigem os talentos únicos do avião o mantiveram em serviço.
FONTE: Popular Mechanics
Essa é a resposta do governo dos Estados Unidos ao governo do Brasil
“Ah, não vão vender? Ok”
5 minutos depois
Cancelem o Boeing B-314 Super Trump
Ativem os esquadrões A-10 Warthog
Interessante a volta dos A-10 e a compra agora de Cessna AC-208 para o Afeganistão.
Será que diminuirão a aquisição de ST?
Desculpe não entendi !
Walfrido Strobel 26 de Janeiro de 2018 at 13:10
Tenho a mesma dúvida… Mas pode ser apenas algo provisório mesmo, pois estão precisando do suporte a solo agora (como é mesmo a sigla? ‘C’… alguma coisa!), e o processo licitatório para a compra dos A-29 (ou dos AT-6, se der um zebra ufanista!) ainda demora!
Abraços!
Tem nada a ver com o ST. O A10 apesar de ter sido empregado pra missões que seriam melhor usar um avião como o A29, tem sua serventia em ataques terrestres de maior escala.
Pelo que entendi, foram descobertos diversos campos de produção de droga que financia os terroristas. Pra destruir essas instalações o A10 é mais apropriado que um A29.
Yuri, para lançar uma bomba guiada sobre um laboratório de heroina o ST não serve?
Depende do tamanho das instalações, da quantidade.
E também do tipo de defesa que essas instalações possam ter, acredito serem mais bem armadas que um esconderijo qlqr. Mas isso é chute meu e pode ser oq vc falou: um escanteamento do A29 (oq n acredito mt pq a USAF gostam do Super Tucano).
Walfrido Strobel 26 de Janeiro de 2018 at 13:34
Mas já bateram o martelo pelo ST na USAF? E, se bateram, quando começam as entregas?
Enquanto isso, as operações dos militares americanos no Afeganistão precisam do suporte aéreo agora! O Pentágono pode querer/precisar se livrar dos A-10, mas as tropas ‘o adoram’!…
Não vejo relacionamento sobre a demora da negociação da Boeing com a Embraer sobre o envio do A-10 para o Afeganistão.
O A-10 é impar em ataques ao solo em apoio aproximado. Fora que seu canhão rotativo é o terror dos terroristas.
O GAU rotativo do A-10 é hiperfodástico, faz a limpa geral, este é um vetor que deveria ser reformulado seu projeto,que é ótimo, e mantido ad eternum.
Foi postado pelo Cel Aviador (Jaguar) Justin Case,
aqui no PA um excelente Link com o que se passa com o A 29 no Afeganistão e creiam-me NÃO é pouca coisa tá.
A leitura é imperdível, quem leu leu, quem NÃO leu procure na lupinha ou contem com a cortesia dos Editores e do Coronel, que em minha opinião deveria ter se tornado tema-tópico, eu sugeri.
Quase tudo do que foi dito acima simplesmente não faz sentido.
Super recomendei a leitura, mas pelas postagens …. poucos devem ter lido.
Continuem no chutômetro.
Olá senhores! Eu também não entendi que tem a haver essa noticia com a provável venda do Supertucano? Vejam na noticia as duas justificativas para aquisição do mesmo… Valor da hora de voo do A-10 e seu desgaste de incontáveis anos de serviço! A sigla é CAS (Closer Air Support eu acho) que por sinal o A-29 vem fazendo contra laboratório de drogas já há muitos anos na Colômbia! Precisam cumprir a missão para ontem por isso deslocaram o A-10, mas o A-29 é competente e faz muito mais barato! Lembrando o Super Ipanema foi uma compra mas para ver… Read more »
Retornaram porque não há vetores em quantidade suficiente pras missões. A concorrência do ST ainda está tramitando, logo, não há relação direta com a venda ou não da Embraer para a Boeing.
O pessoal quando decide viajar na maionese, se lambuza com gosto.
O negócio é naquele canhão do A-10. Aquilo é coisa de louco e é por causa daquele canhão que as tropas são fã dele. O negócio é aquela arma nele que tem rack. Mas só ele conseguem levar aquilo. É por causa do canhão que o A-10 não morre!
fiquei impressionado com o custo de hora vôo do F-22, R$70.000 é muita grana
corrigindo US$70.000,00
O A-10 é um canhão com um avião construído em volta dele.
Os americanos não vão sai do Afeganistão mais não é!
Que esses caras tão fazendo lá até hoje! Não disseram que iam sair?
Heroína. Por isso os EUA não saem de lá. Algumas agências obscuras querem o monopolio da distribuição. E de quebra botar uns espinhos nas botas da Russia e da China.
Bosco, . Pois é! A promessa era sair do Afeganistão e aposentar o A-10 ‘Warthog’. Nem uma coisa nem outra. . Porque? Porque não é possível sair do Afeganistão e deixar aquele vespeiro pegar fogo… de novo. Porque não tem outra aeronave que faça CAS tão bem como o A-10, principalmente se você vai ter que enfiar o avião em um buraco para proteger sua infantaria no chão. . Há missões que um Super Tucano pode fazer, quase todas, principalmente as programadas com lançamento de bombas guiadas e ISR (sem usar os congestionados links de dados por satélite). Mas as… Read more »
Beleza Ivan!
Nesse ponto já tô ficando do lado dos russófilos. rsrss
Uma coisa que me parece enxugar gelo é essa ação de destruir plantações e linha de produção de heroina no Afeganistão. Tem q ter um meio alternativo à essa economia, senão vão passar décadas explodindo laboratórios e os camponeses ligados ao talibã – seja por afinidade ideológica, medo ou negócios – continuaram a reconstruir as estruturas e replantar papoula.
Não entendo a dificuldade de se enfrentar o talibã no Afeganistão.
Fizeram o mais difícil em 2001.
Invadiram, derrubaram o talibã.
O que ocorre agora?
Ou os caras estão escondidos no Paquistão ou a população os ajuda?
Quanto à Embraer, há muitos anos vive sem vender ST aos EUA.
Se não quiserem comprar o ST, paciência.
Vender a Embraer é perde-la.
Não vender o ST é a Embraer e a vida que seguem.
Existe uma ótima matéria na Revista Tecnologia & Defesa sobre o ST na Base Aérea de Moody e o treinamento dos afegãos por lá.
Tom Cat.
Concordo.
Oh, povo devagar.
Se o avião é tão bom, por que em vez de trocar por um F35 (um avião que nada tem a ver com o A10) não mandam fazer uma nova versão, mantendo o desenho e características básicas e aperfeiçoando o que for possível (tipo algum material mais moderno para a blindagem, imagino que depois de uns 50 anos deve ter aparecido algo mais leve, resistente e talvez barato).
Talvez motores mais modernos e econômicos.
Mestre Bosco,
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Então estamos do mesmo lado.
O conceito ‘Sturmovik’ é dos russos mesmo.
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Eles tem até o Sukhoi ‘Sturmovik’ atual na Síria.
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Abç., ?
O A-10 é um avião único capaz de cumprir uma missão única. Talvez o único rival aproximado seja o Su-25, que também faz ala com um Heli (no caso o Hind), porém a filosofia é diferente no cumprimento das mesmas missões.
CAS pesado é com A-10. Para AAA, o A-29 pode segurar, mas, caçar tank, blindado e casamata só com o Thunderbolt alando com Apache.
A USAF não precisa da Boeing para usar o A-29. Há a Sierra Nevada.
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Vai se gastar 70.000 doletas / hora de F-22, contra barbudos chineludos de AK-47 e seus imensos campos de papoulas ? Eu mandava era A-29 com napalm !
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Para aqueles que falam do hiato entre o A-29 e o F-39, cadê o LIFT?, e porraí vai (eu era um desses), não custa perceber que na USAF o hiato será entre o A-29 e o F-35.
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BRRRRRT !!!
O a-10 digamos que está meio sem serventia por isto mandam ele para missão que o a-29 pode fazer emuito bem pelo custo 10 vezes menor .Ele e mais apropriado para uma guerra contra blindados e tropas e veículos no terreno,conflitos de maior intensidade. Países da Otam ele servirá muito bem principalmente na fronteira com a russia.Me espantou também a hora de voo f-22 ,não é avião para o Brasil não,alias esse avião e para os europeus e japoneses e americanos.
Bom dia .
Qual avião é o Cessna AC-208, que o amigo Walfrido Strobel se referiu no comentário de ontem à tarde ?
Seria uma versão mini do AC-130, baseada no Caravan?
Saudações a todos
O GAU-8 é engraçadinho mas o A-10 é bem visto pelas tropas em terra porque é resistente, tem alta persistência em combate e grande autonomia. O melhor seria alguns B-52 mas aí o custo iria para as alturas.
Carlos Alberto Soares 26 de janeiro de 2018 at 15:14 Pois é amigo, eu sou um dos que não leu e só me basta esperar que os Editores aceitem sua sugestão. Por enquanto vou dando meus chutes rsrsrs . Pode ser que os USA queiram uma aeronave com condições de efetuar ataques mais pesados naquele teatro, já li que o som do canhão GAU-8 Avenguer é um dos mais assustadores que o inimigo pode ouvir no campo de batalha. Pode ser que os Talibãs estejam se armando com equipamento mais pesado e a USAF queira manter uma aeronave com maior… Read more »
O que o GAU-8 faz que as .50 do A-29 não podem fazer ? Me desculpem mas a unica coisa que a arma do a10 faz melhor é a destruição d tanques. Para apoio aereo aproximo em cenários assimétricos e de contra-insurgência as metralhadoras do tucano dão conta.
Na minha opinião é que a Usaf vai usar esses bicho ate osso pra depois pegar o tucanão justamente por estarem apertados no orçamento e não por maravilhas do a10.
“Seria uma versão mini do AC-130, baseada no Caravan?”
Não, está mais para um mini ST. Tanto na aviônica de missão, qnto no armamento.
(https://www.orbitalatk.com/defense-systems/defense-electronic-systems/ac-208/default.aspx)
Ótima dica, Carlos Alberto Soares!
Link da matéria no PA com o comentário do Justin.
http://www.aereo.jor.br/2017/12/30/eua-concordam-com-venda-nigeria-de-12-29-super-tucano-por-us-593-milhoes/
Rafael Oliveira, muito obrigado pelo LInk. Infelizmente meu inglês é muito básico para entender tudo que está escrito na matéria. Usei o google tradutor, parei de ler quando o google traduziu “coalition” como Colômbia, aí até eu sabia traduzir rsrsrs , mas deu pra ter uma ideia das dificuldades que eles enfrentam. Pelo que entendi os problemas estão relacionados ao não uso de bombas guiadas e ao treinamento das tripulações Afegãs. Como o próprio Justin Case comentou na oportunidade “Ter o avião sem armas e treinamento não resolve”. Acredito que qualificar as tripulações e usar bombas guiadas é questão de… Read more »
Mauricio R.
Obrigado pela resposta.
sds
Sei não, posso estar falando abobrinha mas creio que os AC-130 são o vetor mais adequado para a missão dadas as limitações das asas dos A-10. Permanecem longo tempo on-station, não tem que fazer strafing run para metralhar alvos, são capazes de carregar muita munição, tem capacidade de minimizar danos colaterais e, de quebra, chuto que sai muito mais barato dar tiro de canhão do alto que usar bombas guiadas para o tipo de missão que foi proposta. A única desvantagem que vejo pra eles em comparação com o A-10 é quando o espaço aéreo é minimamente contestado. Nesse caso,… Read more »
Carlos Alberto, 15:14h.
Amigo Carlos, as pessoas têm preguiça de ler.
O artigo postado pelo Justin fala, claramente, sobre a incompetência dos pilotos afegãos em extrair tudo o que o A-29 pode oferecer, principalmente o emprego de bombas guiadas. Por isso, a USAF retornou os A-10. Antes que acabem….
Caro Cel Rinaldo Nery “Amigo Carlos, as pessoas têm preguiça de ler.” Cel o pior é que depois ficam destilando umas monte de besteiras, ilações, sandices etc etc etc O estimado Cel Justin Case nos brindou com uma ótima matéria, raros os que leram, até porquê se o tivessem feito NÃO teríamos as órdias de besteiras, pior escritas …. documentadas. Porquê o A 10 voltou ? “O artigo postado pelo Justin fala, claramente, sobre a incompetência dos pilotos afegãos em extrair tudo o que o A-29 pode oferecer, principalmente o emprego de bombas guiadas. Por isso, a USAF retornou os… Read more »
O Cel Rinaldo Nery postou inumeras vezes, o Cel Justin Case me lembro de ter postado ao menos uma vez, os Editores postaram várias vezes ….
A FAB NÃO terá Lift.
Mundo da fantasia é na Disney World.
Flávio 27 de Janeiro de 2018 at 13:05 Recomendo vc a tentar ler o texto do Justin Case até o fim e verá que que o ST tem condições sim de levar carga bélica suficiente para destruir alvos de grande valor como as fábricas de heroína que, no Afeganistão não é um complexo industrial, muito pelo contrario. Enfim, o texto explica muito bem que falta pessoal treinado em empregar bombas inteligentes e falta tripulações que tenham fluência em inglês para tripular o A-29 e usar toda a capacidade em combate que o avião pode oferecer. As dificuldades não são do… Read more »
Quatro matanças em um mês, a papoula financia tudo isso.
Boa matéria com vídeo:
https://elpais.com/internacional/2018/01/27/actualidad/1517042685_909963.html?autoplay=1
Tanta gente falando sobre determinado link mandado por Just in Case e criticando quem não leu… ? Fui dar uma olhada… Não li tudo… No início chegam a falar de alguma possível falta de performance do avião. Mas no geral falam que a falta de pessoal qualificado, inclusive que fale Inglês, estaria impedindo o uso de armas guiadas ou à noite. Isso é estranho. Se não falam inglês, os instrutores deveriam falar “afegão”. Tantos países mundo afora, inclusive na Arábia Saudita, contam com aeronaves muito mais sofisticadas e dá certo. Na maioria desses países que vivem em guerra, a população… Read more »
Lembrei, lembrei ….. Kkkkk
AR – Advance Range
“Amigo Rinaldo Nery, off
ER e LR nas anvs eu sei o que significam,
e o AR dos E 190-195 ?”
Bom dia, Gonçalo Jr, muito obrigado pela atenção. Realmente eu não li até o final, não sei falar inglês , e o auxilio que estava usando, google tradutor, poderia inclusive me fazer ter uma interpretação errônea da matéria. Agradeço aos Srs Carlos Alberto Soares, Rafael Oliveira e Justin Case pela dica e disponibilização da matéria. Não ler/entender toda a matéria foi uma falta de capacidade (entender o inglês) minha. Acredito que muitos comentaristas aqui são ou foram militares, ou até mesmo atuaram no ramo das industrias de defesa e tem um embasamento muito maior que a maioria dos que visitam… Read more »
Nonato, 02:29h.
Sim, Nonato, já ensinei muita gente a voar como instrutor na AFA (todos Coronéis hoje), e formei muitos pilotos de ataque no 2°/3° GAV. A ironia não funcionou.
Mayuan556 27 de Janeiro de 2018 at 16:03
Sei não, posso estar falando abobrinha mas creio que os AC-130 são o vetor mais adequado para a missão dadas as limitações das asas dos A-10…….
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Mayuan556, o AC-130 é um ótimo avião, mas os EUA tem muitos A-10 em condições de voo, os que precisam de novas asas são 1/3 que estão parados.
Nonato, sobre o desempenho saudita, acho que os Houthis discordam de você. O conflito no Yemen mostrou mais uma vez que equipamento de primeiro não emenda operadores de segunda.
A gente esquece que o que manda de verdade nas questões militares são as decisões políticas.
Interessante a ideia do AC130. Uns 3 rodando por ali 24/7 disponíveis… ia dar trabalho.