Boeing bate recorde de entregas de aeronaves e encerra ano com maior carteira de pedidos
Empresa contabiliza 763 jatos comerciais entregues e 912 pedidos firmes avaliados em US$ 134,8 bilhões
São Paulo, 10 de janeiro de 2018 – Pelo sexto ano consecutivo, a Boeing liderou o número de entregas de aeronaves comerciais, registrando a entrega de 763 jatos em 2017. O marco foi impulsionado, principalmente, pelo alto desempenho dos programas líderes de mercado 737 e 787. Em paralelo, a empresa também adicionou 912 novos pedidos firmes em seu backlog, um reflexo da demanda contínua e consistente por aviões de corredor único e por modelos de corredor duplo.
O programa 737 foi responsável por um dos principais marcos da empresa no ano. A produção da aeronave atingiu o número de 47 jatos por mês, o que contribuiu para o registro de 529 entregas, incluindo 74 unidades do estreante 737 MAX. O programa 787 Dreamliner também manteve alta produção e fechou o ano com 136 entregas.
“O desempenho recorde é uma prova de que nossos colaboradores e parceiros fornecedores continuam a inovar com novas formas de projetar, construir e fornecer os aviões mais eficientes em termos de combustível para clientes em todo o mundo”, comenta o presidente e CEO da Boeing Aviação Comercial (BCA), Kevin McAllister.
Em termos de pedidos, os 912 registrados foram feitos por 71 clientes, totalizando US$ 134,8 bilhões (preço de tabela). O total amplia os pedidos em carteira da Boeing para um recorde de 5.864 aeronave – até o encerramento do ano –, o que representa cerca de sete anos de produção.
“A forte atividade de vendas reflete demanda forte e contínua pela família 737 MAX, incluindo a variante ultra eficiente 737 MAX 10, lançada no último ano, e a crescente preferência do mercado pela família de jatos de corredor duplo da Boeing”, relembra McAllister. “Nossos aumentos de produção planejados nos próximos anos são projetados para satisfazer esta demanda em crescimento”.
Família |
Pedidos brutos |
Pedidos firmes |
Entregas |
Pedidos em aberto |
737 |
865 |
745 |
529 |
4.668 |
747 |
6 |
-2 |
14 |
12 |
767 |
15 |
15 |
10 |
98 |
777 |
60 |
60 |
74 |
428 |
787 |
107 |
94 |
136 |
658 |
Total |
1.053 |
912 |
763 |
5.864 |
Em 2017, a família 787 Dreamliner acumulou quase 100 pedidos, enquanto a família 777 conquistou 60 pedidos, conforme mostrado na tabela abaixo. Relatório detalhado está disponível no site de Pedidos e Entregas da Boeing.
Outros marcos importantes de aeronaves comerciais incluem os primeiros voos do 737 MAX 9 e do 787-10 Dreamliner, e o início da produção do 737 MAX 7 e do novo 777X.
Sobre a Boeing
A Boeing é a maior empresa aeroespacial do mundo e líder na fabricação de aviões comerciais, sistemas de defesa, espaço e segurança, e fornecedora de serviços de suporte pós-venda. Como a maior exportadora de produtos manufaturadas dos Estados Unidos, a empresa oferece suporte para clientes – companhias aéreas e governos aliados – em mais de 150 países. Os produtos e os serviços sob medida da Boeing incluem aeronaves comerciais e militares, satélites, armas, sistemas eletrônicos e de defesa, sistemas de lançamento, sistemas avançados de informação e comunicação, logística e treinamento.
DIVULGAÇÃO: Boeing
A apresentação da tabela de vendas é oportuna.
As aeronaves maiores em teoria deveriam fornecer maiores lucros, mas a alta taxa de entrega dos 737 deve lhes garantir o maior faturamento. E o fato do 737 ser um projeto de 50 anos amortizado e continuamente aperfeiçoado garante lucro forte.
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Dá para imaginar quantos E-jets serão vendidos através da Boeing ?
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O fim do 747 está próximo ?
Delfim,
Eu acho que o Airbus 380 foi um golpe de misericordia no 747.
Com as linhas dos 777, 787 e 737 a Boeing está muito bem.
Boa notícia para os nossos sócios.
Quais sócios, não tenho nem um sócio dentro do ramo da aviação.
Tadeu Mendes,
sendo que até o próprio A380 parece estar se aproximando do seu crepúsculo.
A tendência é de sumiço das aeronaves quadrimotoras, pois se um 747 leva em média seus 400 e poucos passageiros, um 777 leva quase a mesma coisa, sendo bimotor e naturalmente consumindo muito menos combustível.
Andrigo,
Concordo contigo em parte. Entre 747 e 777 , voce tem razão no fator capacidade de passageiros/economia.
4 turbofans x 2 turbofans.(mesma capacidade de passageiros).
Mas o A380 pode levar 868 passageiros . Ou seja, 434 passageiros para cada duas turbinas. Tudo isso dentro de uma mesma fuselagem.
É uma tremenda economia.
O A-380 matou o B-747 e em seguida se matou.
Tadeu Mendes 10 de Janeiro de 2018 at 21:36
Só existem 210 unidades do modelo A380 operando atualmente e o maior cliente, a EMIRATES, que possui 101 aeronaves, decidiu não adquirir mais com receio da não continuidade da produção.
https://www.cnbc.com/2017/11/13/emirates-says-it-could-buy-more-airbus-a380s-in-future-after-opting-for-boeing-in-surprise-deal.html
http://www.businessinsider.com/emirates-airbus-a380-order-dubai-air-show-boeing-2017-10
A demanda para aeronaves de passageiros com quatro motores é baixa. As operações sobre grandes extensões de água com dois motores (ETOPS) evoluíram e praticamente todo o globo pode ser atingido utilizando-se aeronaves bimotores.
Não sabia que ainda fabricavam o 767.
Aliás, se fabricam deve ser mais para carga e reabastecimento aéreo e transporte de autoridades…
Não entendi a enorme fila de espera para esse modelo.
Se quisessem, zeravam rápido.
A Embraer poderia dar o contragolpe e tentar comprar a Boeing…
Um ritmo de producao incrivel para um produto tao complexo. Uma media de 3 avioes por dia!
Pode correr mais Boeing quem sabe você não alcança a Airbus em pedidos firmes.
Tadeu Mendes,
complementando o que o MARCOV falou, o A380 é praticamente um avião de 1 cliente só, o que pode passar uma incerteza quanto à continuidade da aeronave, pois pelo visto as outras companhias não estão muito confiantes em encomendar este “mastodonte”, por mais passageiros que ele possa levar.
Ele pode levar 800 passageiros se tiver só classe econômica, o padrão mais utilizado pela Emirates pelo que eu encontrei em uma pesquisa rápida, é de 489 passageiros.
MATHEUS 11 de Janeiro de 2018 at 6:47
Esse ano a Boeing conquistou mais pedidos firmes que a Airbus, inclusive durante o salão de Le Bourget
Sim, sim, Tireless. Mas o Backlog da Airbus continua maior que o da Boeing. Abs
Marcov, eu entendo as vantagens was aeronaves ETOPS. No question about it.
Mas será que a Airbus iria investir em uma aeronave sem futuro?
Andrigo, voce e o Marcov estão me forçando a deduzir que a Airbus projetou e produziu o A380 vivendo somente a Emirates Airlines.
Será que a Emirates subsidiou o A380? Aliás os A380 delves é um hotel com as as. Coisa para Sheiks..
Tadeu Mendes 11 de Janeiro de 2018 at 21:44 A minha opinião é que tecnologia vários países têm. O problema é o estudo do mercado, a análise de Marketing, que os norte-americanos valorizam e aplicam. Assim, quando o consórcio franco-britânico lançou o Concorde, a BOEING estudava um SST maior, pois sabia da necessidade de um maior volume de passageiros. Cancelou o projeto, não porque não pudesse realizá-lo, mas porque não daria retorno ao operador. O aumento do petróleo em 1973 acabou inviabilizando o voo supersônico comercial. A produção do B747 foi grande e quando a AIRBUS decidiu fabricar uma aeronave… Read more »
Marcov,
Muito obrigado por dedicar seu tempo explicando-me as particularides do mercado aeronáutico civil.
Eu acho o A380 uma aeronave incrível. Eu vi um documentário do A380 fazendo um vôo de Frankfurt à San Francisco.
Mas voltando ao tema de aeronaves bireatoras, um amigo meu viajou do Rio, direto a Toronto em 767. Isso foi em 1989. Fiquei surpreso com a autonomia da aeronave.
O 787 Dreamliner é o meu dream trip.
747 x A 380 x Bi-reatores.
A forte demanda para pax de 250-370 pax (incluindo Etops) é o nicho.
Etops 777x + A350neo-900-1000 + 787 devem dominar.
Na faixa de 250-300 pax a briga terá fortes emoções.
Fonte:
https://www.flightradar24.com
Tri-reatores hj são 90% (F)
Quadrirreatores se tornarão todos (F), questão de tempo. já há estudos na UAE.
Mesma fonte.
Tadeu Mendes, não tenho conhecimento do Marcov, sou um simples leigo entusiasta, a Airbus não fabricou o A380 em função só da Emirates, mas acabou que com o passar do tempo só ela abraçou a “bronca”, enquanto as outras companhias apostaram mais nos bimotores, por serem mais rentáveis (creio eu…). Sou capaz até de apostar que logo mais à frente a maioria dos A380 serão convertidos para ter somente classe econômica, ou no máximo econômica + executiva pequena, para aumentar a capacidade do avião e tornar sua operação mais atraente financeiramente. Mas isto é somente um palpite deste leigo que… Read more »
A ideia dá Airbus ao desenvolver o A380 era ter uma aeronave enorme ligando HUBs regionais onde os passageiros passariam para aeronaves menores e seguiriam seus destinos. A380… . A Boeing entendia que o futuro do mercado era diferente, com aeronaves intermediárias (250 a 300 pax), porém com excelente desempenho e eficiência, ligando diretamente os destinos. Boeing 787… . Claro que ninguém ficou parado. Airbus desenvolveu seu A350 para ter um bom produto entre os bimotores ETOPS, acima dos seus A330. Boeing repaginou seus Jumbos, agora 747-8, para se ter o que oferecer no nicho dos super widebody quadrimotores. .… Read more »