F-22 Raptor é reabastecido em voo sobre a Síria em 2014

É fato incontestável que as Forças Armadas da OTAN e da Rússia travam uma guerra paralela, notadamente empregando seus meios aéreos, enquanto simultaneamente dizem combater o Estado Islâmico. Nesta série de dois textos sobre tais enfrentamentos o autor pretende esclarecer alguns dos seus detalhes cruciais.

Por Sérgio Santana*

Em 11 de dezembro último, o presidente da Federação Russa Vladimir Vladimirovitch Putin anunciou oficialmente pela terceira (e ao que parece) última vez a retirada de considerável parte do efetivo militar daquela nação então baseada em território sírio, aparentemente pondo um fim às confrontações entre o seu poder aéreo e o dos EUA, cujo episódio mais recente, a aparição “surpresa” de um Sukhoi Su-35S “Flanker-G” na retaguarda de um Lockheed Martin F-22A “Raptor” que então seguia aeronaves de ataque Sukhoi Su-24 “Fencer-M” durante uma missão de bombardeio às posições do grupo terrorista Estado Islâmico em fins de novembro, foi divulgada pelo Ministério da Defesa russo em 9 de dezembro.

Apesar de oficialmente unirem forças contra um inimigo comum que atende por denominações variadas (“Daesh”, “EI”, “ISIS, “ISIL”, “Califado”, além de “Estado Islâmico”), é publicamente aceito que as forças militares norte-americanas – que também lideram uma coalização de dezenas de países, incluindo nações árabes – e as suas contrapartes russas estão na Síria por objetivos geopolíticos opostos.

Enquanto os Estados Unidos e seus aliados procuram derrubar o governo de Bashar Al-Assad, de modo a substitui-lo por alguém que consolide a hegemonia política e econômica do Ocidente na região (a Síria é a única nação ainda fora da zona de influência dos Estados Unidos naquela porção do Oriente Médio) e por isto apoie o Estado Islâmico e outras organizações de oposição ao governo sírio (repetindo a estratégia fracassada de utilizar terceiros para conseguir seus objetivos, evitando confrontos diretos, assim como patrocinou guerreiros “mujahedins” no Afeganistão contra a então União Soviética na década de 1980), o governo russo não mede esforços para manter o mandatário sírio no poder; assim pode continuar usufruindo da sua única instalação militar no Mar Mediterrâneo, o Porto de Tartus, bem como ampliar a sua influência política na região.

Situação da Guerra na Síria em 2016

Esta oposição de objetivos (que do lado russo já presenciou o emprego até de bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-22M3 “Backfire-C”, Tu-95 “Bear” e Tu-160 “Blackjack”, o que demonstra a importância deles para o Kremlin) tem resultado em confrontações veladas entre aeronaves dos dois lados, envolvendo uma estrutura de comando e controle pouco divulgada até então, em mais uma prova de que a Guerra Fria não acabou com a queda do Muro de Berlim em 1989 ou a dissolução da União Soviética dois anos depois.

Bombardeiro russo Tu-22M3 ataca alvos terroristas na Síria

A primeira dessas confrontações ocorreu ainda em 2015, quando já havia aeronaves norte-americanas no teatro de operações. Entre os dias 3 e 5 de outubro daquele ano caças Sukhoi Su-30SM “Flanker-C” invadiram o espaço aéreo da Turquia e travaram em seus radares caças F-16C da Força Aérea daquele país, a THK (Türk Hava Kuvvetleri). Após o incidente, autoridades russas se encontraram com suas contrapartes turcas e estabeleceram procedimentos de segurança que previam o uso de duas frequências de rádio: a 121.5MHz, internacionalmente adotada em situações de emergência, e a 243.0MHz, exclusiva de aeronaves militares para o mesmo fim, além de que planos de voo das aeronaves russas voando perto da fronteira turca seriam emitidos com antecedência de pelo menos 12 horas.

Entretanto, no dia seguinte ao encontro, um pequeno VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) russo Orlan-10 ingressou em espaço aéreo turco e foi abatido, o que demonstra a fragilidade das relações entre as duas partes. Fragilidade esta que atingiu o nível máximo em 24 de novembro, quando um de dois Su-24M2 “Fencer-D” (então pertencente ao 277º Regimento de Aviação de Bombardeiros), código tático “Branco 83” tendo decolado da Base Aérea de Hmeimin na Síria em missão de ataque terrestre, cada um com quatro bombas de fragmentação OFAB 250-270, foi abatido por um míssil AIM-120 AMRAAM lançado de um F-16C turco, após ingressar momentaneamente em espaço aéreo daquele país.

F-16 da Força Aérea Turca
Su-24M2 Fencer

O que se seguiu foi a ejeção segura dos dois tripulantes a partir de uma aeronave que se transformou em um rastro de fogo; entretanto, enquanto desciam de paraquedas, os mesmos foram recebidos por rajadas de armas portáteis de grosso calibre disparadas por rebeldes contrários ao governo sírio. O comandante do “Fencer-D”, Ten-Cel. Oleg Anatolyevich Peshkov, foi imediatamente morto, enquanto que o seu navegador, Cap. Konstantin Muratkin conseguiu escapar e ser recolhido por forças especiais russas e rebeldes pró-Assad, em uma missão de busca e salvamento em combate (Combat-SAR) que enfrentou alguns percalços, como o abate, por rebeldes adversários, de um dos helicópteros Mil Mi-8AMTSh “Hip-H” que trazia a equipe de resgate, forçando o pouso da aeronave, que teve um dos seus ocupantes, um fuzileiro naval, morto a tiros. Após abandonado, o Mi-8 foi destruído por um míssil norte-americano BGM-71 TOW, em mais uma comprovação de que existe outro conflito por trás do aparente esforço conjunto em derrotar o Estado Islâmico.

O elemento de comando e controle por trás da reação turca                 

O abate do “Fencer-D” foi resultado da insistência russa em provocar a Turquia (um dos mais importantes membros da OTAN, inclusive até então abrigando bombas nucleares B61 da Aliança na sua Base Aérea de Incirlik), inclusive ignorando as recorrentes chamadas via rádio na frequência internacional de emergência, ouvidas até mesmo por aeronaves comerciais na ocasião. A esta insistência somam-se as hostilidades na Siria, que resultaram desde 2011 no estabelecimento, pela Turquia, de pelo menos cinco patrulhas aéreas de combate (cada uma com dois F-16C Block 40/50, quantidade que aumenta se uma aeronave russa se aproxima do território turco), ao longo da sua fronteira de 1.200km com a Síria.

Boeing 737AEW&C

Devido à extensão do espaço aéreo a ser coberto, da necessidade de manter-se em voo por longo período de tempo e de conservar um estado de prontidão, os Fighting Falcon turcos (dos Esquadrões 181 ou 182 em Diyarbakir e Konya, respectivamente) são apoiados por aeronaves reabastecedoras Boeing KC-135 e de alerta antecipado Boeing 737 AEW&C (também baseada em Konya), operados pela THK.

Estas representam o elemento mais importante deste “pacote de missão”, visto que são especializadas em comando e controle de forças aliadas; no caso específico do Boeing 737AEW&C, do qual a THK recebeu quatro exemplares entre 2014 e 2015, seu radar Northrop-Grumman MESA detecta até 3.000 contatos aéreos e de superfície, localizados a 350km, distância que dobra quando uma área específica é selecionada. Cento e oitenta desses alvos podem rastreados simultaneamente e até 24 interceptações aéreas podem ser gerenciadas, com as informações transmitidas aos F-16 via datalink empregando o padrão norte-americano Link 16, que possui alcance máximo de 925 km.

A reação russa ao abate do Su-24M2 “Branco 83”

A reação russa ao abate do “Branco 83” ocorreu em duas direções: determinar que as aeronaves em missões de ataque também portassem mísseis ar-ar para autodefesa, o que provocou a transferência de tais surtidas do Fencer para o Su-34 “Fullback”, armado com misseis Vympel R-27 (AA-10 “Alamo”) e Vympel R-73 (AA-11 “Archer”); um aumento na cobertura antiaérea por meio do deslocamento para a área de operações do cruzador de misseis guiados “Moskva”, armado com misseis superfície-ar S-300F Fort (SA-N-6 ‘Grumble’) e do envio de elementos de uma bateria de mísseis superfície-ar S-400 Triumf (SA‑21 ‘Growler’), que vindo à Síria em um transporte Antonov An-124 “Condor”, com todos os mísseis chegando ao teatro de operações dois dias depois do abate do “Fencer-D”. Estava armado o cenário para o agravamento das tensões entre pilotos ocidentais e russos…

Su-35S sobre a Síria

Continuação do artigo: Sukhoi Su-35 versus F-22 e as regras de engagamento no teatro de operações da Síria

* Sérgio Santana é Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina-UNISUL), autor do livro “Embraer 145ISR – Programa, Versões, Operadores e Emprego” (C&R Editorial, 2012) e coautor do livro “Beyond the Horizon – The History of AEW&C Aircraft” (Harpia Publishing, 2014), além de único colaborador brasileiro com artigos regularmente publicados nas prestigiosas “Air Forces Monthly” e “Combat Aircraft Monthly”

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HMS TIRELESS

artigo extremamente bem
Escrito, de um autor magnífico como é Sérgio Santana, talvez hoje o melhor do Brasil.

Felipe Silva

Muito bom. Bem realista. Parabéns ao autor.

João Bosco

A volta da Guerra Fria, versão séc. XXI. Ótimo artigo. Parabéns.

Lúcio

Rússia está fazendo bonito. Impondo sua estratégia na região e também salvando vidas de milhares de civis. Estado islâmico deve ser exterminado.

Pangloss

Excelente texto. Que venha logo a segunda parte.

hammadjr

O me intriga é como uma aeronave como o SU-24 não foi capaz de usar contra medidas

Delfim Sobreira

Cel. Nery.
O conceito, defendido pelo Sr., de um EMB-190 em versão AEW&C ficaria próximo do 737 AEW&C ?
Mas ficaria bonito e útil !
Seria um bom uso de alguns E-190 que os argentinos estão passando adiante.

Lúcio Antunes

Interessante como a ONU permite que os Estados unidos e a OTAN atuem em território sírio sem o aval do conselho de segurança. Quanto aos Su-35 acredito que juntamente com os AEW&C e radares russos em terra, é quase impossível os F-22 não serem jammeados, mesmo que de forma muito breve. Mostrando assim pelo menos em que quadrante eles se encontram. A Rússia mostra que está cada vez mais preparada em doutrina e equipamentos. Abs

CET

Estado islâmico = Sionismo Internacional

Joker

Sergio Santana mais uma vez com seu conhecimento ímpar.

Gabriel2

Poxa , que artigo bem escrito!

Ivan BC

A verdade é que não se sabe a verdadeira situação do que ocorre na região. Não estou falando dessa matéria, estou falando das notícias do conflito. Não existe jornais russos com credibilidade, é simplesmente uma piada e no Brasil o Sputinik veio para provar o quanto a mídia russa é uma piada. Do outro lado os nossos jornais são muito ausentes na dicussão do tema (verdadeiro apagão) e não tem acesso a informações do que ocorre no local do conflito. PERGUNTA: aparição “surpresa” de um Sukhoi Su-35S “Flanker-G” na retaguarda de um Lockheed Martin F-22A “Raptor” Onde está esse vídeo?… Read more »

Rinaldo Nery

Sim, Delfim. Seria esse o conceito, com o Enhanced Erieye. Não há a necessidade de utilizar plataformas de transporte militar para esse fim. Num AWACS o importante (além do radar, óbvio) é o número de consoles a bordo. A aquisição, pela Turquia, desses 737, foi uma resposta à aquisição dos E-99 pela Grécia. Adquiri, anos atrás, o livro do Sérgio sobre os E145 ISR. Está muito bem escrito, e enviei, à época, um email à editora parabenizando o trabalho. Tive a oportunidade de prestar auxílio a ele no seu TCC do curso de Ciências Aeronáuticas que o mesmo concluiu recentemente… Read more »

HMS TIRELESS

Cel. Rinaldo, seria possível então adquirir alguns E-190 usados e convertê-los em aeronaves AWACS?

Rinaldo Nery

Perfeito. Mas essa conversão é caríssima. Só o sistema ERIEYE vale 70 milhões de dólares.

Luiz Trindade

Muito bom o texto. Ansioso por ver a continuação!

Adelaido Viana do Nascimento

Texto ótimo! Parabéns.

Bruno wecelau

Belo texto, na minha humilde opinião acho que a ordem de abate do SU24 pelo F16 Turco ,não foi algo compartilhado ou teve origem no alto comando das Força Aérea daquele país… Para mim foi uma decisão isolada de algum comandante influenciado por terceiros; atingir um avião desarmado que voltava de uma missão , e como dar um tiro nas costas de algum inocente sem que ele possa defender.. Os Russas invadiram equivocadamente espaço aéreo de Israel ,Iraque ,Jordânia etc ..e tudo foi resolvido de uma forma tao serena…Mas ai a sempre um Turco querendo ser herói.. Pelo jeito pagaram… Read more »

Delfim Sobreira

Agora que o EIIL foi derrotado, o conflito agora será sobre quem vai mandar na Síria.
Israel e Turquia apoiarão os EUA mas tem agendas próprias sobre a Síria.
O Irã pode se aproveitar desse conflito, assim como a China e a Arábia Saudita.

HMS TIRELESS

Delfim, o Irã está tendo de lidar com protestos populares que estão contestando o regime dos aiatolás por inteiro!

XFF

Me lembro que quando a Turquia abateu SU-24 Russo, o Erdogan ficou apavorado e correu para o braço da OTAN. A Rússia ameaçou e trouxe os S-400. O governo Turco deu ordem para que a Força Aérea da Turquia permaneça no chão e não levantou o voo durante por quase 2 meses. A Turquia não se atreveu a invadir o espaço aéreo da Síria para fazer operações. As coisas só voltou a normalidade quando a Erdogan pediu desculpa por escrito e foi visitar a Rússia. Só a partir daí que as Força Aérea da Turquia voltou a opera e sobrevoar… Read more »

Paulo Jorge

Raro texto de excelência e seriedade na área. O autor está de parabéns e que continue nesse caminho de muito conteúdo e pouco achismo.

Sds

Ronilson

Xff.
Disse tudo amigo.

HMS TIRELESS

XFF, as operações russas estavam atrapalhando um lucrativo negócio de contrabando de petróleo levado a cabo por alguns testas de ferro de Erdogan, segundo dizem em conluio com o Daesh. Por isso o abate.

Quanto ao golpe, melhor dizer autogolpe de Erdogan

Augusto

Eu considero as considerações geopolíticas do autor errôneas, tanto em relação a Otan quanto a Rússia, é muito simplória e baseadas em preconceitos. 1- se os EUA quisessem depor Assad já o teriam feito há muito tempo com uma campanha aérea ignorando a ONU, os EUA esta mais respondendo a uma situação regional (guerra civil siria)que pode afetar sua grande estratégia na região . 2- A Rússia está ali muito mais do que por uma simples base, tem toda uma grande estratégia por trás que demoraria muito pra explicar. 3- Os planos Turcos na região não são os mesmos do… Read more »

jorge Alberto

Senhores, muito respeitosamente, me permitam colocar: Mesmo que celulas de E-190 usadas, sejam mais baratas que novas, ha o custo da revisao e adaptacao so sistema…
.
Nao e “simples” como comprar um carro basico e instalar nele ar cond, trio, etc…
.
Aqui vivem reclamando do Brasil so comprar coisas usadas, mas foi so anunciar que a Argentina vai aposentar os E-190, que varios ficam a postar que deveriamos compra-los…
.
Va entender!

jorge Alberto

Acredito ter havido um mal planejamento da missao do “Fencer D” abatido, pois deveriam ter ido com contramedidas, flares, etc… e se fosse o caso, ate misseis ar-ar para defesa…
.
Sobre o comandante do “Fencer-D”, Ten-Cel. Oleg Anatolyevich Peshkov, ato covarde ataca-lo ainda em paraquedas, ato esse, que se nao me engano, e crime de guerra e e proibido!

Sérgio Santana

Agradeço enormemente todos os elogios ao meu texto; a receptividade a ele deixou-me sinceramente surpreso. “Ivan BC”, a segunda parte está a caminho e pretende explicar (ou dar subsídios para isso) o porquê de muitas coisas acontecerem, mesmo as consideradas mais absurdas, como um Su-35 nas “seis horas” de um F-22…”hammadjr”, o “Fencer” em questão não acionou as contramedidas porque quando foi atingido já estava fora do espaço aéreo turco… “Augusto”, grato pela sua opinião, este é um debate, todos os pontos de vista são mais que bem vindos, até necessários a ele; mas considere que nenhum dos paises na… Read more »

J.Silva

Parabéns ao Sérgio Santana pelo ótimo artigo, ansioso para ver esta segunda parte do texto que é justamente uma das minhas maiores curiosidades, saber quais são as regras de engajamento, muitos aqui afirmam que os F-22 estão passando pelas escoltas, eu tenho uma suposição de que como não é um combate real, as regras são outras, para mim os Su-35 só entram em ação para evitar que os F-22 escalem para o abate como fizeram com o caça sírio, já os F-22 só entram em contato visual para alertar que ali se tratam de forças apoiadas pelos americanos. Mas aguardo… Read more »

Jomado

XFF deu uma boa resumida….!

ScudB

Srs!
Na frase “episódio mais recente, a aparição “surpresa” de um Sukhoi Su-35S “Flanker-G” na retaguarda de um Lockheed Martin F-22A “Raptor” que então seguia aeronaves de ataque Sukhoi Su-24 “Fencer-M” durante uma missão de bombardeio” deve constar Su-25 Gralha (Frogfoot)..
Um grande abraço!

Antonio Jorge Moraes

Então, apesar de não ser mais comunista, a Rússia continua a ferir os interesses dos ianque! Chego a conclusão que o problema dos EUA não era uma questão meramente ideológica, mas de poder supremos sobre o resto da humanidade. Isso é uma característica de império do mal!

Space Jockey

Excelente artigo, bastante imparcial e sem ranço.

Ivan BC

Sérgio Santana 1 de Janeiro de 2018 at 17:30
Legal…Parabéns pelo texto!

Klesson Nascimento

Ao ler os artigos, muito bem escritos e fundamentados, não deixei de comparar com as invasões ao território brasileiro, embora não tenhamos chegado ao abate dos invasores, por vários motivos.
Em relação as nossas plataformas E99 e seu upgrade para E190, acredito que será natural e necessário. Com os F39 e KC 390, vejo, e me corrijam, a própria doutrina de emprego, em seus respectivos campos, será revista e atualizada, o alerta antecipado deverá ser ampliado, novos requisitos surgirão devido as novas oportunidades e necessidades.

Ferreiraluthier

Ótimo artigo sobre o tema

Ricardo Bigliazzi

Para mim fica a nítida sensação que os Americanos adoraram esse “conflito”. Os Russos foram obrigados a usar o seu “melhor” e ficou claro que a aviação Russa é muito mais letal no Sputnik do que nos céus da Síria. Não tenho duvidas que a inteligência Americana possui algumas centenas de exbibyte de dados para serem analisados nos próximos meses.

A brincadeira que o F-22 fez com o avião Russo a menos de 20 dias é prova cabal que os Russos tem que trabalhar muito ainda.

André

Amigos, Acho que, devido aos meus excessos durante as festas de final de ano, entendi que: 1 – Os EUA apoiam o estado islâmico; 2 – A estratégia dos EUA de apoiar os mujahedins para evitar que o Afeganistão se tornasse mais um território da URSS falhou; Sou eu que estou viajando e isso não está escrito no texto, certo? Além do texto ser excelente, fiquei surpreso em saber que a UNISUL tem o curso de ciências aeronáuticas. SC sempre foi um estado líder em em produção de conhecimento tecnológico e o fato de uma de suas principais universidades caminhar… Read more »

hammadjr

Estamos todos ansiosos para a segunda parte, bom 2018 ainda vai dar muito post sobre o esses encontros.

Antonio Palhares

Sergio Santana.
Texto mais do que correto. Corretíssimo. Em gênero,numero e grau.
Sem esta papagaiada de esquerda/direita. Apenas informações bem analisadas, fundamentadas, e principalmente bem contextualizadas.
Deixando fora os torcedores das organizadas que servem apenas para desconstruir o debate.
Aguardando a segunda parte.

luiz antonio

Bom dia Administradores e Colegas deste espaço. Um Feliz 2018 para todos.
Fora do Tópico:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1947358-negocio-com-boeing-inclui-divisao-militar-da-embraer.shtml

Ivanmc

Off Topic: Band News Porto Alegre 1• edição as 10:07: “Boeing em reunião agora, oferece ao Presidente Temer o F-18 para a aérea militar podendo ser fabricado no Brasil em parceria com Embraer e exportado.”

Agnelo

Excelente trabalho

Vou postar aqui, o q postei na outra matéria.

Os americanos se postaram junto ao pacote de ataque para dissuadi-los.
Os Su correram pra protegê-los, o q deveria ter acontecido antes, e os F saíram pra evitar combate.
Certeza: o pacote russo deu errado, pois os atacantes teriam sido abatidos.
A escolta russa não agiu a tempo.
Duvida: os F não viram os Su.
É o q acho
Sds

HMS TIRELESS

Ivanmc 2 de Janeiro de 2018 at 9:19

Acho pouco provável! A FAB já está totalmente comprometida com o Gripen, com a AKAER e a Aeroeletrônica já tendo dispendido razoável quantidade de recursos e mão de obra do projeto (a primeira, inclusive, tem engenheiros na Suécia trabalhando). Assim, salvo se der uma virada de mesa no estilo do PROSUB (que por sinal foi parar na Lavajato) essa hipótese não me parece crível.

Agora, se a Boeing colocar a EMBRAER no T-X, que está sendo desenvolvido em conjunto com a SAAB, seria muito bom….

Agnelo

Concordo HMS

Delfim Sobreira
Ivanmc

HMS TIRELESS 2 de Janeiro de 2018 at 9:59.
.
Pois é. Acho que a Boeing quer fabricar os dois já que o NG usa o motor do SH. O gripen é certo que será o nosso caça, em princípio.

carcara_br

Seja como for isso altera totalmente a relação custo/beneficio F-18x Gripen. Investiga isso ai!

fabio jeffer

Eu até concordo que uma parceria/associação da Embraer (sem aquisição ) com a Boeing de repente não seria ruim pra Embraer, visto que a Bombardier se associou com a Airbus, mas qualquer situação em que o setor de defesa da Embraer seja envolvida acho que seria extremamente péssimo, alias seria nocivo e danoso para o Brasil com todos os projetos de defesa estratégicos para o Brasil. Nos privaria de uma indústria própria de defesa aerospacial isso sem contar todo o conhecimento adquirido a duras penas, toda a pesquisa, toda infraestrutura montada além de de toda a cadeia que envolve. Espero… Read more »

Tomcat3.7

O texto excelente e imparcial é de encher os olhos, como se pode ver no mesmo(e já escrevi em outros comentários) os países só teem interesses individuais , não há coleguismo entre nações e pra alcançar suas metas alguns fazem coisas duvidosas e revoltantes(afinal jogar War no quintal dos outros ,onde os outros é que morrerão aos montes, é fácil).