Vendas globais de armas aumentam pela primeira vez desde 2010, estudo diz
- As vendas internacionais de armas e serviços militares cresceram novamente em 2016 após cinco anos de declínio consecutivo.
- As 100 maiores empresas de armamento do mundo registraram vendas totais de US$ 374,8 bilhões em 2016, 1,9% superiores às de 2015.
- Os dados vieram do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI).
As vendas internacionais de armas e serviços militares cresceram novamente em 2016 após cinco anos de declínio consecutivo, de acordo com novos dados do Instituto Internacional de Pesquisa de Paz de Estocolmo (SIPRI – Stockholm International Peace Research Institute ).
As 100 maiores empresas de armamento do mundo registraram vendas totais de US$ 374,8 bilhões em 2016, 1,9% superiores às de 2015, disse o instituto de pesquisa no dia 11 de dezembro. O SIPRI disse que uma tendência notável foi o aumento das vendas dos produtores de armas nos EUA e o número de empresas de serviços militares dos EUA classificados no top 100 do SIPRI.
“Em um total combinado de US$ 217,2 bilhões, as vendas de armas de empresas dos EUA listadas no SIPRI Top 100 cresceram 4,0% em 2016”, afirmou, atribuindo o aumento das operações militares dos EUA no exterior, bem como aquisições de grandes sistemas de armas por outros países.
Lockheed lidera os ganhos
O SIPRI disse que o maior produtor de armas do mundo, a Lockheed Martin, aumentou 10,7% em 2016, e isso foi “decisiva para o aumento da participação dos EUA nos 100 melhores colocados do SIPRI, com 57,9%”.
“Com a aquisição da fábrica de helicópteros Sikorsky no final de 2015 e volumes de entrega mais altos da aeronave de combate F-35, a Lockheed Martin registrou crescimento significativo em suas vendas de armas em 2016”, Aude Fleurant, diretor do programa de armas e gastos militares do SIPRI.
Além dos tradicionais produtores de armas, o instituto também disse que havia uma tendência de “produtores emergentes”, incluindo empresas com sede no Brasil, Índia, Turquia e Coreia do Sul. Ele acrescentou que o último foi o “vencedor” de destaque entre os vendedores de armas emergentes.
Tensão na península coreana
A Coreia do Sul, vizinha de uma Coreia do Norte cada vez mais provocadora e imprevisível, viu um aumento global de 20,6% nas vendas de armas de empresas sul-coreanas, com vendas totais no valor de US$ 8,4 bilhões.
“As percepções de ameaças contínuas e crescentes conduzem as aquisições de equipamentos militares da Coreia do Sul, e está se voltando cada vez mais para a sua própria indústria de armas para fornecer sua demanda de armas”, disse Siemon Wezeman, do SIPRI. “Ao mesmo tempo, a Coreia do Sul tem como objetivo realizar seu objetivo de se tornar um grande exportador de armas”.
No entanto, houve resultados diferentes para produtores de armas mais “estabelecidos”. As empresas de armas com sede na Austrália, Israel, Japão, Polônia, Cingapura e Ucrânia viram suas vendas de armas combinadas caírem 1,2 por cento em 2016, em grande parte impulsionadas por uma queda geral nas vendas de armas de empresas japonesas (queda de 6,4 por cento).
As maiores empresas de armas do Japão experimentaram fortes quedas em 2016. Em particular, as vendas de armas da Mitsubishi Heavy Industries diminuíram 4,8%, enquanto as da Kawasaki Heavy Industries e da Mitsubishi Electric Corporation diminuíram 16,3 e 29,2%, respectivamente.
As “vendas de armas” são definidas pelo SIPRI como vendas de bens e serviços militares para clientes militares, incluindo vendas para compras nacionais e vendas para exportação. Desde que o SIPRI começou a divulgar os dados de vendas de armas corporativas em 2002, as vendas de armas do “Top 100” são 38 por cento maiores que as de 2002.
As cinco empresas de serviços militares e de produção militar de mais alto nível são, em 2016, e do mais alto ranking em ordem decrescente, Lockheed Martin, Boeing, Raytheon, BAE Systems e Northrop Grumman.
FONTE: CNBC
A coisa mais cara mundo é feita pela Lokheed-Martin! Então é lógico que fatura mais!
Alguem dúvida que a liderança da Lockheed Martin em fornecimento de armamentos, principalmente para fornecimentos aos EUA e aliados não incomoda a Boeing? Alguem dúvida que esse aspecto não entrou no “balaio” de interesses de uma associação ou seja la o que for com a EMBRAER?.
Nada é estanque no mundo dos negócios.
Luiz antonio
O foco do acordo da Boeing é aviação comercial, não a aviação militar
Se fosse na aviação militar, seria questionável se o know-how de uma empresa que desenvolveu apenas um monomotor de ataque leve e um avião de transporte de cargas médio seria de importância para desenvolver um caça de 5º geração para competir com o F-35. Boeing poderia simplesmente desenvolver seu caça sozinho.
Eduardo Holanda
Não diria o Know-How da EMBRAER em monomotor de ataque leve ou aeronave de carga media. Considerei que ja levassem no pacote para concorrer diretamente no programa da USAF como ST e na concorrencia com o C-130J em condições mais favoráveis, principalmente porque o ST “ja esta por lá”.
Meu pensamento vai de encontro ao do Luiz Antônio. Não é que a Boeing não tenha conhecimento, é mais o caso de repetir o que a Lockheed fez com o seu candidato ao programa T-X: porque desenvolver um novo, se já existe um pronto que cumpre os requerimentos e pode ser vendido ao governo americano através de uma joint-venture? . Nesse momento a Boeing perdeu o maior contrato militar para a Lockheed com o F-35. O contrato para o bombardeiro caiu no colo da Northrop. Só o do KC-X a Boeing conseguiu levar e só depois de muito grito. Agora… Read more »
Que notícia boa…espero que os orçamento militares aumentem, assim como os arsenais nucleares!
Vai DE encontro = contrário; vai AO encontro = de acordo.
Rinaldo, como diria o Chaves: isso isso isso 🙂
A Lockheed não concorre no OA-X, a adversária da Embraer/Sierra Nevada é a Textron
Jr, dá uma olhada na aleta da deriva do AT-6 nessa foto aqui: