Embraer E190-E2: ensaio de túnel de vento
Vídeo do ensaio de resistência das asas da aeronave Embraer E190-E2 em túnel de vento DNW (German-Dutch Wind tunnels).
A finalidade do ensaio é medir o desempenho e controlabilidade da nova geração de aeronaves de transporte de passageiros da Embraer.
DADOS TÉCNICOS
Fabricação da modelo: NLR & Deharde Machinenbau
Test Engineers: Edgard Kheit Takara e Paulo Jiniche Komatsu
Modelo em escala 1:5,8
Quanto será que custa essa maquete?
Aguardando as observações dos engenheiros do fórum….rs Acredito que a hora do túnel também seja bem cara.
Se essa maquete foi feita toda em CNC pode alcançar fácil as centenas de milhares de dólares… pelo menos seria o custo em terceirizar baseado no que já vi de ferramental feito para indústria de autopeças… claro que provavelmente a CNC é deles e o custo direto cai apenas ao peso da peça bruta, mas ainda assim teriam que ser acrescentados hora máquina, hora homem, energia, depreciação etc etc etc…
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Sds
A DNW. Fez vários ensaios do KC390 e agora liberou esse do E2. Tá faturado em cima da Embraer.
Se for como do 390, daqui uns dias liberam mais.
Lembro que do 390 mostraram ensaios com um e dois paraquedas presos e testes a laser mostrando turbilhonamento de ponta da asa.
O custo ė de alguns milhões de dólares.
É, o custo de projeto, ensaios, protótipos, ensaios reais, documentação, combustível, não deve sair nada barato.
Lembro que dos E-Jets foi comentado que o custo do desenvolvimento das aeronaves só seria coberto lá pela 700ª aeronave.
Caro Marcos: caro, muito caro! (Kkkkkkkk). Mas falando serio, se a gente simplesmente desconsiderar todos os recursos empregados ate chegar neste estagio do desenvolvimento do projeto – digamos que vamos partir simplesmente da geometria das superficies aerodinamicamente ativas e reproduzi-las fsisicamente na fresa, conforme pode-se ver no inicio do video- ou seja, “apenas” considerando os elementos em aluminio e a sua usinagem ate chegar no modelo reduzido tal que seja possivel a sua instalaçao no test rig, creio que ja estamos falando em torno de cem mil dolares. Isso nao inclui a disponibilizaçao das instalaçoes da DNW, cuja “reserva” tem… Read more »
Se for aplicar essa mesma conta para o C-Series, a Bombardier, agora a Airbus – se os órgãos reguladores americanos aprovarem esse acordo entre as companhias -, ainda vão ter bastante trabalho para cobrir os custos de projeto, mesmo considerando aquele aporte do Governo canadense.
Considerando que o concorrente da Embraer é o CS100, temos os seguintes pedidos firmes:
Embraer: 233 para os três modelos
C-Series: 123 unidades
O CS-300 conta com 237 pedidos firmes. Não é a toa que a Boeing está preocupada.
Só esta maquete custa mais de um milhão de dólares. Os ensaios com ela, mas alguns…
Essa maquete seria apenas para simulações estáticas? Vi que estavam testando com os trens de pouso baixados.
KC390 em San Jose!
Ontem havia um KC 390 em BSB. Seria o mesmo? Foi a primeira fez que o vi. Bela máquina. Sds
É, os trolls estao a toda! Viuvas do muro de Berlim e seus rancores contra o Brasil que produz.
Chesterton
Vamos colocar o termo estático entre aspas: sim a aeronave vai ficar estática, com o ar gerado dentro do túnel de vento passando em torno da mesma, como se fosse um voo real. E testam a aeronave com trem em baixo, recolhido, slats abertos, fechados, flap nas diversas posições, ângulos de ataque diversos.
Fala estático em relação as cargas aerodinâmicas de forma de ser um modelo sem o propósito de reproduzir modos vibratórios devido ao comportamento aeroelástico.
Audax
Era o PT-ZNJ retornando dos EUA e que hoje chegou em São José dos Campos.
Caro Chesterton: como o Marcos acima citou, tipicamente a produçao de uma aeronave como esta deve ter seu break even point la pelas quinhentas ~ seiscentas unidades vendidas. Mas eu queria salientar so um pequeno ponto relacionado ao ensaio mostrado neste magnifico video. No instante 0:14 voce pode ver na tela que a primeira linha trata do “Analyses Manager”; esse programa auxilia a analisar a capacidade estrutural da asa, certo? Nesta mesma tela ha uma linha em que esta registrado que trata-se de “Static Cases”, “Loads1”, “Pressure 2” . Aí que começa a “beleza” desta coisa. Por que? É que… Read more »
Pensando como alguns: Mas por que tudo isso? Asa é tudo igual…uma chapa de aluminio , alguns parafusos e pronto!
Chesterton
Pela espessura dos componentes, acredito que não sirvam para testes vibratórios.
Abaixo teste de flexão da asa:
https://www.youtube.com/watch?v=PIs4Kg8T6tQ
Lembrando que para o KC390 foram feitas duas maquetes dessas, para diferentes ensaios.
Marcos, o E190 E2 concorre com o CS 100 e o E195 E2 com o CS 300. A Boeing não tá nem um pouco preocupada com a BBD, até porque não são concorrentes. A Boeing só está em cima do Dumping que o CS 100 recebeu pra entrar nos EUA. Tá fazendo de tudo pra ferrar a BBD e o Brasil já abriu um painel na OMC contra os subsídios ilegais do Governo do Canadá a BBD.
Matheus:
O E-195 E2 é para 120 assentos em duas classes (ou 132 em classe única)
O CS-300 é para 130 assentos em duas classes (ou 160 em classe única)
O concorrente da Embraer é o CS-100: 108 em duas classes (133 em classe única)
Até onde sei não é bem assim, o E195 E2 é pra até 146 em classe única.
Dúvida: A Embraer aluga as instalações e os engenheiros brasileiros fazem os testes ou ela contrata o serviço todo com os holandeses/alemães?
Matheus:
Se você diminuir a distância entre poltronas, cabem essas 146. Mas dai você pode fazer o mesmo com o concorrente.
Morais:
A fabricação das maquetes é por conta deles, bem como a utilização dos equipamentos.
O que a Embraer faz é fornecer as informações da aeronave e os engenheiros brasileiros acompanham, orientando os testes a serem feitos.
Typical seat capacity
Three classes
120 seats | 12 @ 36″ | 28 @ 34″ | 80 @ 31″ pitch
Single class
132 seats | 132 @ 31″ pitch
Single class
146 seats | 146 @ 28″ pitch
Fonte: Embraer
Caro Cheserton: esse modelo guarda apenas relaçao de homotetia geométrica (mesma forma externa basica, com superficies obedecendo a relaçao em escala rigorosa, o que so nao é observado em termos de rugosidade). Nao é um modelo,contudo, que obedeça uma relaçao estrutural equivalente (teria que possuir massa, elasticidade e outras caracteristicas similares ao prototipo).; modelos que representem equivalencia estrutural sao extremamente raros, e seus resultados nao sao confiaveis, e por isso mesmo, sao realizados ensaios em um prototipo mesmo! Veja o video que o Marcos podtou em 22:21. Mas veja que no video postado pelo Aereo, sao feitas mediçoes dos campos… Read more »
Obrigado pelas respostas pessoal!
Então eu acredito que para determinação da velocidade de deteccão do flutter a Embraer somente faça o modelamento matemático através do CFD e elementos finitos e depois o teste de estrutura em solo com osciladores e finalmente o teste em voo de alta velocidade, ou seja, sem a parte do túnel de vento.
Chesterton
Não sei se a Embraer faz somente isso.
Veja o caso do acidente com o protótipo do G650 postado pelo Aerococus dias atrás: a VMU foi obtida por modelo matemático e estava errado. Não levaram em consideração o efeito. O resultado foi fatal.
Obrigado pela resposta Marcos.Eu imaginava que hoje em dia os “testes” fossem feitos em modelos computacionais, mas como no caso do G650 na prática a coisa é diferente.
Nossos economistas medalhões só querem e são prestigiados/endeusados pela mídia para falar sobre contas públicas, BC juros, e Mercado Financeiro. Economista BOM mesmo faz o país ficar rico…COMO?! Peguemos como exemplo o tão endeusado agronegócio… Agro é Tec, Agro é vida, agro é isso agro é aquilo…mas vamos às contas corretas e escondidas. 100-110 Bilhões de dólares é a geração de riqueza (só exportada) desse setor… O custo dos fertilizantes IMPORTADOS é de 30 bilhões (vocês sabiam?) O custo do frete em navios estrangeiros (geralmente chineses) custa outros 15 bilhões….maquinários agricolas importados outros 10-15 bilhões. Então um economista sério olharia… Read more »
O título foi infeliz, trata-se de ensaios aerodinâmicos em tunel de vento com modelo em escala reduzida (de alta fidelidade). Felizmente a Embraer desde o KC-390 está fazendo os ensaios na DNW (Alemanha) e não mais usando os serviços do equivalente russo TsAGI. Não tenho confiança alguma nos russos quanto a questão crítica de segredo industrial, em especial agora que a Sukhoi tem um competidor ao E-190.
Marcel,
A propósito, há remédios que podem controlar o seu problema.
Esse vídeo é estranho.
Em primeiro lugar não passa teste algum.
O tempo todo é montagem e desmontagem do protótipo.
E suspeito que não seja teste de resistência, mas de comportamento aerodinâmico.
O de resistência não seria aquele que quebra as asas de um modelo real e não de uma maquete de um material totalmente diferente?
Aliás não é protótipo, mas maquete.
E se for de resistência só se for ao vento (arrasto)…
Ola Galante,
Conforme o comentário do Caerthal e do Nonato, acho que seria apropriado mudar o título do post. O vídeo aborda a primeira campanha de ensaios em túnel de vento subsônico do E190E2. Apesar do título estar errado, a descrição está correta, pois se tratava de fato de um ensaio para a avaliação inicial das características de desempenho e de qualidades de vôo desta aeronave – bem como a definição da configuração aerodinâmica.
Nonato,
Entendo que o ponto forte do pessoal da DNW é a capacidade de produzir modelos em escala com elevada precisão para verificação das diferentes configurações de vôo (posições de flaps, trem de pouso, ..).
Caerthal! Caso você não interrompesse SEUS medicamentos perceberia de imediato que há uma correlação com a Embraer. Exporta muito, mas importa mais ainda. Portanto..marque consulta, renove a receita e recompre seus medicamentos.
Caro Caerthal, eu concordo que o titulo do post foi, em principio, um pouco direcionado e me causou a mesma sensaçao. Mas sendo o ensaio para obtençao de carregamentos de origem aerodinamicas (em regime permanente) e que sao diretamente aquisitados pelas interfaces com o programa de calculo numerico estrutural nao esta conceitualmente errado. Ja especifiquei, realizei e comissionei n modelos em escala reduzida, incluindo, a maioria, na Alemanha. Grande parte dos mesmos destinam-se a confirmar parametros de desempenho, tais como potencias requeridas, rendimentos, arrastos, etc. Aqueles que obtem pulsaçoes e vibraçoes INDUZIDAS pelo fluxo sao comuns (como este do video),… Read more »
Caro Chesterton: o uso de CFD é indispensavel. No caso de averiguar uma das possiveis iteraçoes do fluxo com as asas – no caso que vc citou, o flutter – é tambem importante verificar/confirmar no modelo reduzido alguns coeficientes que serao empregados no calculo numerico. Mas realmente ha muitos casos, como acredito que vc ja saiba, em que sao ate impraticaveis os ensaios em laboratorio de modelos reduzidos. Tenho um amigo (trabalhamos juntos) que fez mestrado em Paris e doutorado em Londres (Imperial Colege) justamente na area de CFDs (RANs), em particular tratando de modela de fluxos em gases em… Read more »
Rommelqe, para se estimar as forças/ cargas aerodinamicas deve se levar em conta as formas envolvidas. Neste sentido uma asa que se flexiona por sua menor ou maior resistência irá influir no arrasto e na sustentação. Mas nao entendi que este é um ensaio de resistência.
Marcelo comente como a Embraer importa mais do que exporta!!! Como pode isso?
Caros,
O vídeo retrata a primeira campanha de ensaios em túnel de vento subsônico (com modelo completo) do E190E2 conduzida no LLF da DNW próximo de Markeneese na Holanda. Este ensaio, conforme dito no texto do post, teve por finalidade a medição das características de desempenho e de estabilidade e controle da aeronave em voo de baixa velocidade (predominantemente nas configurações de pouso e decolagem). Não teve nenhuma medição de carga em componentes nem a medição de deformações estruturais, não sendo, portanto, um ensaio com finalidade de medir deformações da asa. O título do vídeo está errado.
Neste tipo de ensaio, o modelo é instalado em torno de uma balança de alta precisão que mede 6 graus de liberdade correspondentes às três forças (arrasto, sustentação e força lateral) e aos três momentos (rolamento, arfagem e guinada). Estas medições são feitas conforme um extenso programa de ensaios cobrindo praticamente todas as combinações de configuração aerodinâmica e de deflexão das diversas superfícies de controle – são centenas de corridas. Cada corrida é uma sequência de medições onde se varia o ângulo de ataque mantendo o ângulo de derrapagem constante ou vice-e-versa. A partir do processamento destes resultados, os engenheiros… Read more »
Marcel Danton Silva 19 de dezembro de 2017 at 10:37
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Cara, de boa, que papo chato esse seu …
Estamos aqui falando de tecnologia, amigos engenheiros nos ensinando e acrescentando informações a leigos como eu e você vem com essa sua história.
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Ninguém produz nada sem depender de alguém.
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Quer falar do seu assunto abre um blog e defenda sua tese.
Honestamente o papo aqui é outro …
Sim, podemos concordar, caro Caerthal, que estes ensaios nao sao “estruturais” no sentido de averiguar a “estrutura” propriamente dita. Mas destinam-se, entre outros objetivos, a medir os carregamentos na asa (no caso, pressões) junto à superficie. Neste caso nao acredito que as deformaçoes no modelo sejam excessivas a ponto de comprometer a transposição dos casos de carregamento para os prototipos. Como comentei acima, muito mais complicado do que definir a estrutura em si é justamente medir os esforços transmitidos pelo fluxo. Ou seja, caro Aerococus, nos calculos estruturais conhecer, como voce ja sabe, os carregamentos em si é a parcela… Read more »
Aerococus, só recentemente soube que você é engenheiro aeronáutico. Isso é muito bom para o fórum. Já que temos tantas dúvidas, você é um cara do ramo. Dúvidas tenho muitas. Sobre túnel de vento se puder falar sobre todo o processo, sem mencionar questões relacionadas a sigilo industrial, claro. Na verdade, seria ótimo se você pudesse nos dar uma aula ou até escrever um livro (eu compro) detalhando as fases do desenvolvimento de um projeto de avião. Vamos imaginar que determinada companhia aérea (cliente) ou fabricante decida desenvolver um novo avião. Quem define os parâmetros iniciais (tipo, quero um avião… Read more »
Luiz Fernando! o cálculo é dificil, pois envolve muitas variáveis que as vezes estão “escondidas” por questões de segurança comercial/nacional, estratégia empresarial ou várias outros interesses humanos. FATOS! BNDES investe a juros subsidiados; Isenções ficais diversas, Construção de Infraestrutura pública especifica cujo maior beneficiário é a empresa; Tem que se olhar a contabilidade/subcontas da Embraer e não só a conta Importação x Exportação. Irá perceber contas como “outros pagamentos” ou “transferências internacionais” (para o exterior de serviços como deste post) que muito provavelmente não contabilmente Import x Export . Feito isso pegue o Lucro anual da Embraer e comece a… Read more »