Software que possibilita voos em baixa altura e sem visibilidade vence Concurso de Engenharia de Defesa e Segurança

A capacidade operacional da AEL Sistemas foi reconhecida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), no 2º Concurso de Engenharia de Defesa e Segurança, realizado no último dia 12 de dezembro. O sistema para voo por Seguimento de Terreno (Terrain Following/Terrain Avoidance), desenvolvido pela companhia, foi premiado na categoria Conteúdo Tecnológico do concurso, que busca premiar, anualmente, as melhores soluções de engenharia implantadas nas empresas e instituições associadas.

“O sucesso na entrega do Terrain Following e o recebimento do prêmio ABIMDE representa nossa capacidade de desenvolver sistemas de altíssima complexidade e criticidade. É um orgulho e uma satisfação enorme ter participado de todo o desenvolvimento desse projeto, trabalhando do início ao fim com um time altamente capaz e comprometido com o resultado”, afirma Fernando Dutra, engenheiro de Software e gerente técnico do projeto TF/TA.

O sistema para voo por Seguimento de Terreno teve seu início impulsionado pelo apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e possibilita a aeronaves de diferentes tipos (cargueiros, caças, helicópteros e veículos aéreos não-tripulados) realizar voos em baixa altura de maneira segura mesmo na ausência de visibilidade – o que permite uma variada gama de missões que seriam muito arriscadas, como a penetração em território inimigo, reconhecimento, busca e resgate e vigilância.

A capacidade de desenvolvimento de soluções como o Terrain Following pela AEL coloca a engenharia brasileira no mesmo nível de grandes potências mundiais em tecnologia de defesa. Com alto grau tecnológico e de inovação, o sistema já está sendo utilizado operacionalmente por um cliente no exterior, demonstrando a capacidade da indústria de Defesa e Segurança nacional de transpor as fronteiras e fazer entregas de qualidade ao redor do mundo.

Sobre a AEL Sistemas
A AEL Sistemas é uma empresa brasileira, situada em Porto Alegre, que há 35 anos dedica-se a projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de avançados sistemas eletrônicos, com foco nos mercados aeroespacial, de defesa e de segurança pública. Capacitada para o fornecimento, projeto e desenvolvimento de aviônicos, eletro-ópticos, sistemas de comunicação, sistemas espaciais, ARP (aeronaves Remotamente Pilotadas) e simuladores, a empresa participa de projetos estratégicos das Forças Armadas Brasileiras como Gripen, KC-390, Guarani e SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. Através de tecnologias e conhecimentos avançados, infraestrutura moderna e treinamento sistemático, a AEL produz soluções de última geração, confiáveis e inovadoras, com a qualidade de seus produtos e serviços reconhecidos internacionalmente.

DIVULGAÇÃO: FSB Comunicação

25 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Chesterton

Seria um similar do sistema LANTIRN dos F16 e F15?

Alex Nogueira

Interessante, espero que consigam desenvolver esse sistema em sua plenitude (que não falte interesse e $$$ por parte do governo).

Rinaldo Nery

Vai aparecer alguém postando que a AEL é ELBIT e que o software não foi desenvolvido por brasileiros. 3, 2, 1….

JT8D

Como assim “a AEL é uma empresa brasileira”? A AEL é uma subsidiária de uma empresa israelense. Porque omitir isso?

JT8D

Rinaldo, não questiono que o software tenha sido desenvolvido por bradileiros, apenas estranho que não tenha sido mencionada a origem da empresa. A AEL é tão brasileira quanto a Ford ou a Elibras.

Delfim Sobreira

Como qualquer subsidiária de qualquer empresa estrangeira, se o conhecimento não vier da matriz, irá para a matriz.
O fato da matriz ser israeli não muda este fato.

JT8D

Helibras

Rinaldo Nery

Amigos, esse produto poderá equipar qualquer aeronave militar nossa, e é feito aqui, em Porto Alegre. Conhecimento ir pra Israel? Sim, mas esse eles já tem há anos. Não me consta que outro país latino americano tenha essa capacidade. Isso é offset.

JT8D

Não sei porque, mas essa conversa me lembra a Apertaparafusobras

Rinaldo Nery

Não é o caso da AEL. Garanto.

Antonio

Esse é um sistema ativo (que emite algum pulso em direção ao terreno e assim obtém a distância até ele) ou é um sistema passivo (que utiliza um modelo topográfico digital do tipo SRTM)?

Hélio

O que determina a nacionalidade da empresa não é o controle acionário, é a própria origem da empresa, uma venda de ações não muda a nacionalidade da empresa, a AEL é nacional sim, nasceu aqui, tem sua sede aqui e está instalada aqui.

Rinaldo Nery

Boa pergunta. Imagino que seja ativo, pois um passivo nada mais é que um EGPWS que equipa aeronaves civis. Nunca é bom confiar em banco de dados nesse caso.

Marcos

Antigamente o controle acionário da AEL Sistemas era assim composto: 75% Elbit e 25% Embraer.
Não sei se houve mudanças.
Porém a AEL Sistemas, com sede no Brasil, é controladora em 100% de uma empresa chamada AEL International, com sede em Israel.
Qual é o quiproquó ai, não sei!

MATHEUS

Mesma ladainha dos caras que falam que a Embraer não é brasileira.

Alex II

MATHEUS 15 de dezembro de 2017 at 20:56
“Mesma ladainha dos caras que falam que a Embraer não é brasileira.”

Para certo tipo de brasileiros, ensinados desde o berço a negar o Brasil e valorizar o estrangeiro, mais especificamente o que vem dos EUA e da Europa Ocidental, a Embraer é boa demais pra ser brasileira, não pode ser, tem algo errado.

Marcos

“… a Embraer é boa demais pra ser brasileira, não pode ser, tem algo errado.”
Concordo!!!!
🙂

Renan

Bosco,
Este sistema poderia guiar nossos misseis a 30 ou 40 m do solo?

Seria um avanço muito bom para o Brasil.
abraços

JT8D

MATHEUS, eu acho que vc não entendeu. Leia de novo

Luciano

Logo vai aparecer um que diz..”nada demais, nao tem novidade, é só por um emissor de um pulso eletromagnético qualquer e um programa q converta isso num mapa. Por que pagar milhões por isso?”

MATHEUS

JT8D, eu entendi sim amigo rsrs e não tô falando do seu comentário. Abraço.

JT8D

MATHEUS 15 de dezembro de 2017 at 22:56
Abs

Bosco

Renan, Sem dúvida. Há basicamente duas maneiras de realizar voos a baixa altitude de modo automático. O modo ativo em que a aeronave tem um sensor (radar de acompanhamento do relevo, etc.) que detecta o relevo logo a frente e toma as medidas necessárias para evitá-lo ou tem as características do relevo gravadas e se mantém num determinada altura utilizando um radar altímetro e o modo passivo em que a aeronave tem na seu banco de dados as características do relevo sobrevoado e se mantém a uma altura determinada utilizando o GPS podendo ou não ser apoiado por um radar… Read more »

_RR_

Perfeito.

É partir dessas “pequenas grandes” conquistas, que praticamente não são percebidas, que se chegam as grandes conquistas de fato.

Domínio de software significa independência… Simples assim…

Agnelo

O Estande da AEL na LAAD tinha muitas coisas interessantes.
Acho q as FFAA deveriam dedicar investimento nela direto.
Ganharíamos muito.
Alguns sistemas também servem para segurança pública, como consciência situacional.