Pentágono libera testes limitados com F-35 antes de modificar jatos
O principal testador de armas do Pentágono pretende aprovar ensaios limitados no Lockheed Martin F-35, enquanto o escritório do programa espera modificações necessárias para iniciar o teste operacional inicial e a avaliação inicial (IOT&E) do caça
Relatórios recentes indicaram que o escritório do Departamento de Defesa do Diretor de teste e avaliação operacional (DOT&E) aprovou alguns testes IOT&E que incluiriam missões de apoio aéreo e reconhecimento, uma mudança importante da posição anterior do escritório que alertou contra o teste sem completar modificações em todos os 23 aviões de teste.
Esta semana, a Força Aérea dos EUA esclareceu que o DOT&E pretende aprovar eventos selecionados “pré-IOT&E”, como teste em tempo frio ou o teste de adequação ao navio. O DOT&E espera aprovar o maior número possível de eventos pré-IOT&E sem interromper as modificações em curso nas 23 aeronaves de teste que permitirão que o teste formal comece, disse o serviço em um e-mail ao FlightGlobal.
O DOT&E não aprovou nenhum plano que permita o início do IOT&E do F-35 antes que todas as aeronaves de teste estejam configuradas com modificações necessárias, diz um porta-voz do Pentágono ao FlightGlobal.
Em seu relatório de 2016 sobre o F-35, o diretor do DOT&E Michael Gilmore destacou as “modificações extensas e demoradas” ainda necessárias para a frota de testes. Devido aos atrasos em curso, Gilmore projetou que a frota provavelmente não seria capaz de iniciar testes formais até 2019. No momento do relatório, Gilmore citou 155 modificações diferentes necessárias em todas as variantes e lotes, embora nenhuma aeronave tenha exigido todas as 155 reparações.
“Na verdade, a IOT&E pode atrasar até o final (ano civil de 2020), dependendo da conclusão das modificações necessárias para as aeronaves IOT&E”, afirma o relatório.
O início dos testes formais antes que os 23 aviões estejam preparados para a produção marcaria uma mudança incisiva das recomendações anteriores do DOT&E, embora o ex-diretor do Programa Conjunto, tenente general Christopher Bogdan, tivesse sugerido um plano semelhante que defendesse testes fragmentados. Mas com nova liderança no escritório sob a administração Trump, o recente movimento em direção a alguns testes iniciais poderia sinalizar uma mudança de política.
Enquanto isso, o Pentágono pode estar agravando o problema, já que o departamento continua a comprar novos F-35, mesmo que o seu inventário existente ainda não seja capaz de combater.
“O fato de que o programa nem sequer contratou para todas as aeronaves de teste e tem vindo a favorecer a compra de novas aeronaves está dizendo que eles não estão levando o processo de teste muito a sério”, diz Dan Grazier, um integrante do Project on Government Oversight.
FONTE: FlightGlobal
Como comprar algo que não esteja pronto para o combate?
Ou o que dizem é mentira e esta maquina não tem problemas nenhum.
Ou os EUA vão dar o maior tiro no pé da história.
Abraços
O texto diz: “mesmo que seu inventário existente ainda não seja capaz de combater”. Tenho a mesma dúvida do Renan. Alguém está mentindo? Não foi dito numa matéria antiga que “eram 208 protótipos”? Como os F-35 de Israel estão operacionais? E os italianos e britânicos? Há muita confusão com as reais capacidades da aeronave. E o HMD “quebra pescoço “?
Não sou detrator da aeronave. Só quero entender. 155 modificações? Não é demais? Se fosse com o F-39 iam cair matando.
E a proibição de voar sob raios?
Off topic..
F22 americanos dispararam tiros de advertencias contra caças Russos na Síria…
Isso leva a crer que a historia do Su35 e F22 pode ser verdade..
Pessoal, é simples. O F-35 só atingiu só a IOC (Initial Operational Capability), mas a FOC (Full Operational Capability) ainda está longe de ser atingida. A variante da US Navy nem IOC conseguiu ainda.
O que seria “teste de adequação ao navio”?
Galante, a IOC resolveu os problemas antigos: capacete, raios, hipóxia, proibição de vôo noturno etc.?
Mauro, testes das versões F-35B e F-35C em navios de ataque anfíbio e porta-aviões das versões.
Rinaldo, que eu saiba não resolveu todos os problemas.
Pois então : como que uma aeronave que não voa à noite , por exemplo (caso não tenha sido resolvido), pode atingir uma Capacidade Operacional Inicial? Não entendo. Algo está errado.
Rinaldo, o que está parecendo para muitos que acompanham o tema F-35 nos EUA é que estão forçando a barra para acelerar de alguma forma o programa para mostrar que está havendo avanços, para deixar o programa menos sujeito a críticas e a cortes.
A verdade é que apressaram as vendas e entregas de um avião que não estava pronto.
Se fosse uma aeronave civil ja teria gerado processos judiciais por parte dos compradores.
É o que parece. Mas daí a torcida vai dizer que é conspiração, notícias da Sputnik etc.
Grato pela resposta Galante. Mas o texto não diz quais são as versões desses 23 aviões de teste. E como texto ainda diz que é a USAF quem está aprovando os eventos de teste, achei esquisito. []s
Olha a visão 6 horas desse f-35 é igual a do Mig-21! (Pelo amor de Deus)
E não é da Sputnik News a noticia hein? Algum grandão está levando muita grana! E não seria a primeira vez que um caça porcaria desce entubado: lembram do F111 e do F104? O primeiro era pra ser o que o patinho feio quer ser: tudo em um. O segundo recebeu duras críticas em seu tempo por conta dos inúmeros acidentes que envolveram a aeronave, causando centenas (!) de mortes, em uma trajetória digna de novelas e cheia de acusações e contra-acusações. Mas também não sejamos ingênuos: à muita gente interessa o fracasso do programa. Devem rolar rios de dinheiro… Read more »
Muito bem, Rinaldo. Gostei de sua posição quanto ao tema. Não é russofilo, mas critica essa situação do F35.
Eu também costumo ser crítico de muita coisa neste setor. Acho que complicam demais e acabam metendo a faca. Os primeiros aviões nem podem mais receber atualizações…
Não entendo algumas restrições. A questão dos raios. Pressupõe-se que todo avião pode ser atingido por raios sem matar seus ocupantes nem ser danificado.
Devem ter uma espécie de “para raios” que faz a descarga se “dissipar”.
Por que não existe isso no F35?
Não constou do projeto? Constou mas não funciona?
Existe o risco de não ser possível colocar esse “para raio” sem afetar outras características do avião?
Wagner, concordo. Há mais interesses que nós ingênuos não sabemos. Tem muita matéria paga, contra e a favor. Também não sou detrator do avião; voando ou não, não faz diferença pra nós. Meu avião é o F-39, até porque tem nosso dinheiro nele (meu, seu, do povo).
Pessoal,
Nem sempre o SputnikNews publica sputinices mas quando publica elas são claras para leigos interessados e mais claras ainda para profissionais da área. Só não entende quem não quer e estes são sempre os mesmos, os russófilos.
É simples, quando houver orgasmos de russófilos é sputinice, quando não houver, não é sputinice.
Nonato, boa pergunta. As aeronaves possuem descarregadores estáticos (fios aparentes nas superfícies de comando, asas, derivas e estabilizadores horizontais), cuja função é descarregar eletricidade, evitando os raios. Há casos de impacto de raios nas aeronaves (lightining strike), e são até comuns. Não derrubam o avião, mas podem causar danos (furos na fuselagem, danos nas antenas e nos equipamentos de comunicação ). Também não entendo as restrições do F-35 nesse aspecto. Os foristas engenheiros podem ajudar.
Isso é “sputinice”: https://br.sputniknews.com/portuguese.ruvr.ru/2014_04_21/Como-Su-24-russo-paralisou-destroier-americano-9182/
Comentário retido.
Rinaldo Nery 14 de dezembro de 2017 at 15:27
“…voando ou não, não faz diferença pra nós. Meu avião é o F-39, até porque tem nosso dinheiro nele (meu, seu, do povo).”
Penso que os E.U.A. sempre farão a diferença para nós, queiramos ou não!
Boa tarde a todos, acompanho regularmente o Poder Aéreo e vejo as acaloradas discussões. Por pouco não nasci dentro de um B25, Meu pai servia em Natal e mandou minha mãe para o Rio dias antes do parto. Morei em Barbacena e cresci indo a então 3ª Zona Aérea e o Patio dos aviões era meu playground preferido. Meu Pai está reformado desde 1974, mas sempre que posso vou aos almoços da turma dele no Clube de Aeronáutica no Rio. Lembro de ter visto um artigo sobre a disputa LAS onde os militares da USAF comentavam que os Sistemas Embarcados… Read more »
Pois é. Há algo estranho no F-35, ou mais precisamente em sua repercussão na mídia. O F-35 chegou a 100 mil horas de voo sem nenhum acidente. Muitos problemas, mas sem nenhum acidente em que o avião estava voando e caiu. Quando o Eurofighter Typhoon chegou a 100 mil horas de voo em, 2011, dois já haviam caído, e em um dos casos o piloto morreu. O Rafale eu não sei se já chegou às 100 mil horas de voo, mas também já teve uns três ou quatro acidentes com a queda da aeronave e morte de tripulação. Acidentes acontecem,… Read more »
Mais confete para a torcida. O abacaxi da Lockheed ensaiando o fracasso e o rival eslavo só caminhando a passos largos para o reino dos céus.
Como falaram aí, os tubarões da propaganda são ilusionistas mestres e nós aqui sem saber o que é verdade, exagero ou fake News.
Sds
O fato é que a aeronave está dando mais dor de cabeça que o esperado e, com essa guerra de informações, ninguém sabe as reais capacidades no estágio atual de desenvolvimento.
O problema dos F-35 com raios era o tanque de combustível. Ele acumulava mais oxigênio do que devia por conta de um defeito no “On-Board Inert Gas Generation System”, que é o sistema que remove o oxigênio dos tanques de combustíveis. Combustível + oxigênio + descarga elétrica é uma combinação perigosa;
Na verdade, a solução para este defeito já foi obtida, mas os F-35 fabricados com o problema e que são usados para treinamento não serão corrigidos. Aparentemente, a relação custo benefício não recomenda a correção do problema.
GB
Boa colocação.
Petardo 14 de dezembro de 2017 at 18:16 A rigor, não se sabe nem se o dinheiro destinado ao F-35 é para o F-35 mesmo. OS EUA desenvolveram e construíram o F-117 em absoluto sigilo. Para isso eles, na prática, superfaturavam a aquisição de certos equipamentos militares. O “ágio” sobre o valor real era usado na construção do F-117. Os EUA estão voando aeronaves experimentais (como sempre fizeram e como comprova o Black-hawk stealth que caiu no ataque ao Bin Laden), mas não se encontra no orçamento de defesa dos EUA nenhuma verba para este tipo de coisa. Então, como… Read more »
Obrigado, Jacinto. Então serão aviões de uma série restrita, aviões de “bom tempo”?
Rinaldo Nery 14 de dezembro de 2017 at 18:37
Pelo visto é isso. Serão “treinadores” para os dias de sol e vento fresco com um preço camarada de USS 100 milhões…
Isso pra mim é impensável. Não justifica nem obter o IOC. Mas, imagino que a USAF saiba o que faz…
Vamos fazer um exercício:
Meu primeiro celular era um Motorola que parecia uma arma de destruição em massa de tão grande.
Hoje os saltos tecnológicos no aparelho do nosso bolso são enormes!
Vamos imaginar o impacto do progresso tecnológico em processamento e microeletrônica a cada ano!
Uma aeronave de combate é um processo evolutivo permanente.
Eles vão gastar um monte de $ mas estão certamente aprendendo muito a cada etapa.
Esconder suas capacidades faz parte do pacote, mesmo em tempos de informação transitando tão rápido.
Tem informação e contra informação para todos os lados.
Os compósitos não dissipam eletricidade, assim deve-se buscar soluções para essas dissipações. O problemas é que essas soluções tradicionais vão contra a furtividade do F-35.Que soluções deram para o F-117, F-22, B-2 e agora o F-35, não sei.
O F35 ficará pronto completamente operacional, e pasmem podendo até combater quando o caça de sexta geração já estiver voando.
Jacinto
“A rigor, não se sabe nem se o dinheiro destinado ao F-35 é para o F-35 mesmo.”
É por ai mesmo. Quanto mais “problemas”, mais verbas são necessárias. Não que a aeronave não tenha problemas, como tem. Então encontraram a galinha dos ovos de ouro.
Alguém lembra do Trump dizendo que ia botar ordem na coisa. Ao que parece alguém andou explicando como as coisas funcionam.
Depois há o famoso projeto Aurora, que todo negam a existência.
Exato, Marcos. De forma similar, o E-99 possui muitas áreas em material composto (a antena, por exemplo), e os descarregadores estáticos são os mesmos da plataforma E145 civil. Resultado: no período que voei E/R-99 houve sete episódios de ligthning strike.
Washington, pode até ser, não duvido. Mas que está caro e demorado, está!
Se a versão A só tem o IOC, como Israel declara que a aeronave deles está operacional?
Pelo que sei, só Israel declarou essa aeronave operacional.
Por que Israel já declarou operacional seus aviões enquanto outros parceiros de maior peso no projeto ainda não o fizeram?! Porque todos os outros botaram dinheiro próprio no projeto e não dinheiro doado pelos EUA para comprar as aeronaves. Assim fica fácil obedecer um padrasto que dá um mimo anual de mais 3 bilhões de dólares. Desse jeito, até eu gostaria de ver o F-35 na FAB. Já dizia o ditado “De graça?! Até injeção na testa!!!” Rsrsrs
Rinaldo,
Oque ocorre é que para não ser detectado ele propaga as ondas atraves do corpo da aeronave (não sobre) e isso afeta o efeito de gaiola de faraday, portanto este está sensivel a raios.
E diria que muito sensivel a PEM.(mas isso deixa para o tempo comprovar)
Abraços
https://www.mundodaeletrica.com.br/gaiola-de-faraday-o-que-e-qual-a-sua-aplicacao/
Só para registro:
F – 3 5 A a r d v a r k I I
Sou somente um entusiasta de assuntos relacionados a defesa, e como tal não sei e quase nada em relação a esses assuntos que gosto tanto, mas convenhamos, tudo em relação ao F-35 é publicado, e não se omite os problemas que são descobertos ou ainda não teve uma solução aceitável, e isso gera uma certa credibilidade nas notícias relacionadas ao avião.Eu gosto bastante do gripen E/F, mas o programa não tem nem de longe a transferência do que se vê com o F-35, Vale o mesmo para os russos e chineses. Portanto se lá pra frente sair notícias do tipo:… Read more »
***Onde se lê transferência, seria transparência, esses corretores de celular as vezes é um saco.
Tico,
Seu nome não faz jus à sua inteligência e coerência. Tinha que ser pelo menos Tico&Teco. rsrssss
**Onde tá escrito transferência, leia-se transparência
Vindo do Mestre Bosco, isso é um grande elogio?