Reuters: Canadá vai cancelar compra de Super Hornets da Boeing
OTTAWA (Reuters) — O Canadá está descartando um plano para comprar 18 aviões de combate Super Hornet da Boeing Co em meio a uma disputa crescente com a empresa aeroespacial dos EUA, disseram nesta terça-feira três fontes familiares com o assunto.
Em vez disso, o governo liberal anunciará na próxima semana que pretende adquirir uma frota usada de jatos F-18 mais antigos da Austrália, o mesmo tipo de avião que o Canadá atualmente opera, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas por causa da sensibilidade da situação.
O movimento sublinha a ira de Ottawa em uma decisão da Boeing de lançar uma disputa comercial contra a fabricante canadense Bombardier Inc, que o gigante dos Estados Unidos acusa de praticar dumping ao vender aviões no mercado americano.
Isto também coloca em jogo o futuro das vendas militares da Boeing no Canadá. A Boeing diz que suas operações comerciais e de defesa no Canadá representam mais de 17 mil empregos canadenses.
O Canadá e o México estão presos a negociações cada vez mais acrimoniosas com os Estados Unidos sobre o pacto comercial do NAFTA, que o presidente Donald Trump diz que não fez o suficiente para proteger os empregos dos EUA.
O Partido Liberal do Primeiro Ministro Justin Trudeau disse inicialmente no final de 2016 que queria que os jatos da Boeing fossem uma solução tampão até que ele pudesse lançar uma competição para uma frota permanente para substituir velhos jatos CF-18 do Canadá.
Mas, quando as relações com a Boeing se deterioraram, Ottawa criticou a empresa por não atuar como um parceiro de confiança e começou a buscar os jatos australianos.
O Departamento de Defesa da Austrália disse que o Canadá apresentou uma expressão formal de interesse para “um número” de jatos F/A-18 da Austrália em 30 de setembro.
O Canadá deve anunciar oficialmente os requisitos para sua nova frota de caça no início de 2019, iniciando uma competição aberta.
Um concorrente potencial é o caça F-35 da Lockheed Martin Corp, que Trudeau disse inicialmente que não compraria porque era muito caro. O governo já suavizou eu discurso, dizendo que o avião poderia competir.
Uma decisao acertada.
No futuro, gostaria de ver muitos Gripens na RCAF.
Prá quem “ia” de f-35 !
Agora vai de F/A-18 de com tanques de combustível assimétricos!?!?
Decadência!
Depois da ação agressiva da Boeing contra a Bombardier e a promessa na campanha de não comprar o F-35, nada mais natural do que fazer uma nova concorrencia e comprar um produto europeu.
Mantem a palavra e da um troco aos americanos.
AC 7 de dezembro de 2017 at 14:25
Mas, independente das capacidades projetadas do Gripen E/F e sua adequação operacional à necessidades da RCAF, quanto o Governo Trudeau é ‘soberano’ para decidir pela compra de um caça não americano?… E, se houver tal leuqe de possibilidades, Rafale ou Eurofighter não seriam vetores mais capazes para a defesa aérea canadense do que o Gripen?…
E ai, Trump?! Vai invadir o Canadá?
Comprem aviões russos ou franceses se realmente quiserem fazer algo, agora comprar usado da Austrália algo que vai ter manutenção da empresa que eles estão defenestrando, é coisa de gente que não quer fazer de séria.
Para quem comprovadamente “matou” o projeto Avro Arrow, o avião mais moderno de sua época estar ainda vendendo equipamento bélico ao Canadá é muito lucro!… Se o governo canadense da época tivesse agido corretamente, nunca teria comprado tais equipamentos do seu vizinho. ‘Já havia outras fontes.
Comprar aviões franceses que apenas usam armas francesas? Só se o Canadá quiser acabar de uma vez com sua força aérea! E nem vou falar do nonsense que seria um país integrante da OTAN e do NORAD comprar caças russos.
O Canadá pensa que está em vantagem mas ledo engano! Por não tratar de maneira racional uma dis**** comercial (onde, diga-se de passagem, a Boeing está certíssima) termina por prejudicar a operacionalidade das suas forças armadas visto que os Hornets australianos, além de estarem em um padrão muito diferente dos CF-18 da RCAF, certamente deve estar tão ou mais desgastados que os exemplares canadenses. Ademais, a retirada de serviço dos mesmos pela RAAF apenas poderá ser feita à medida em que os novos F-35 forem sendo recebidos.
Essa notícia é ruim para o Brasil. Se o Canadá vai retaliar a Boeing por conta da Bombardier, mais dias menos dias eles também podem querer retaliar a Embraer, que também tem seus problemas por lá…
Jacinto, a EMBRAER ingressou na OMC contra a Bombardier por uma demanda semelhante à da Boeing.
Não é essa Boeing que vai ajudar nas vendas do kc 390? Então como ela pode prejudicar a Embraer?
HMS TIRELESS 7 de dezembro de 2017 at 16:28
Subsídios né?
Para ser sincero, a questão é complicada. Quando existem empresas como a Boeing ou a Airbus, gigantes da aviação comercial, é muito difícil para empresas como a Bombardier (ou mesmo a Embraer), conseguir aumentar sua participação no mercado sem algum apoio do governo. A minha impressão é que o Canadá via a aquisição de equipamento militar da Boeing como uma forma de “compensação”: o Canadá compensaria o prejuízo da Boeing com os subsídios à Bombardier por meio da aquisição de equipamento militar e a Boeing deixaria por isso mesmo…
cwb 7 de dezembro de 2017 at 16:33
Não é a Boeing que vai prejudicar a Embraer. É o Canadá, com os subsídios à Bombardier.
Jacinto, apesar do seu setor de defesa gigantesco a maior fonte de receita da Boeing vem da aviação comercial. Assim ela atuou para impedir que viesse a perder vendas futuras por isso.
Jacinto, subsídios em si nao são ilegais, existe certos tipos de subsídios que são como o dumping que é o que acontecia, quanto a compra do governo do Canadá compensar isso nao tem logica, o Canada compra pq quer ue, pq precisa e pq a Boeing tem um produto bom e competitivo que vende.
Airbus deve estar contente com essa decisão pois a parceria com a Bombardier pode fazer com que os canadenses comprem o Typhoon
Difícil acreditar que a Bombardier (e porque não a Airbus) não tem lá sua mãozinha nessa história. Fica difícil quando os interesses de uma poderosa empresa nacional (Bombardier) passa a se impor sobre os interesses do estado e sua defesa… Ao meu ver o governo canadense já foi longe demais na defesa dos interesses dessa empresa. A RCAF é quem paga…
Vai comprar qtos Gripen?
NAFTA? Não, obrigado.
Marcos 7 de dezembro de 2017 at 15:32
“E ai, Trump?! Vai invadir o Canadá?”
Pra que? É um pais apêndice dos EUA. É como invadir Porto Rico ou as Ilhas Virgens Americanas.
Canadá vai de F-35A ou Typhoon. O Gripen não tem chances, infelizmente.
Alex,
“É um país apêndice dos EUA”.
Melhor ser rabo de tubarão que cabeça de sardinha.
Mas… Ainda vai ser cliente da Boeing né?
Faz sentido.
Augusto 7 de dezembro de 2017 at 17:07
Eu sinceramente parei de acompanhar a questão entre o Brasil e o Canadá na OMC, mas na época em que eu acompanhava o que existia era “chumbo trocado”. O Brasil acusava o Canadá de subsidiar a Bombardier, mas o Canadá também acusava o Brasil de subsidiar a Embraer… Sobre compensação, isso depende de as partes se entenderem, mas no âmbito da OMC existia uma ferramenta de compensação que às vezes é bem esquisito.
Bosco 7 de dezembro de 2017 at 17:47
“Melhor ser rabo de tubarão que cabeça de sardinha.”
Aí já é uma visão de como uma sociedade e uma cultura lidam com a sua autoestima.
O melhor mesmo é trabalhar de maneira independente tentando um dia ser uma orca. O que os norte-americanos começaram a fazer em 1776, conseguiram, demonstraram como se faz, mas ninguém do Novo Mundo aprendeu.
MATHEUS 7 de dezembro de 2017 at 17:42
O otimismo é a última das virtudes a ser abandonada.
Nunca me canso de admirar o elevadíssimo nível de patriotismo no blog. O amor de alguns pelos EUA só se compara á paixão de outros pela Russia. Deve ser por isso que o Brasil não progride: faltam brasileiros
Jacinto as compensações acontece quando a parte prejudicada aceita recebe-las, seja para nao causar um mal estar ou por achar que o pais questionado nao vai comprir o q a OMC diz, é diferente.
Eu adivinhei que o Trudeau daria uma banana pro Trump mas errei o caça, achava que seria o Typhoon.
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O Canadá não precisou lutar pela independência, mas só a conseguiu totalmente em 1982 (!).
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O “rabo de tubarão” é rota de bombardeiros e ICBMs russos, faz (até agora) parte do NORAD, e da OTAN também.
O presidente do Canadá parece comentário editado, nada contra!
Canadá no campo militar só atrapalha!
A revenda dos Boeing F-18 legacy da Austrálua ao Canadá depende do aval político do pais fabricante….
Sds.
Alex,
Você tá querendo impor sua visão de soberania e autoestima para o cidadão canadense. Eu me recuso a participar dessa discussão por conta dos canadenses estarem, ao meu ver, muito bem, obrigado, e não precisarem das minhas considerações.
Agora, se mudarmos o foco para os cidadãos venezuelanos e norte coreanos, onde seus líderes querem impor sua visão própria de soberania para todo o resto da população, aí eu posso colocar a minha opinião para apreciação.
É o chamado End User Act. Mas nesse caso não creio que Trump vá embaçar!
CANADÁ VAI DE RAFALE, ESPEREM PRA VER!!
José Lemos, explica como o Canadá vai comprar um aparelho caro, que usa apenas armas francesas e que não possui compatibilidade com o sistema do NORAD?
José Lemos filho 7 de dezembro de 2017 at 19:21
Eu também acho!
Acho que esse blog voltará a ficar ativo; mais do que nunca! ?
http://gripen4canada.blogspot.com.br/?m=1
A Boeing praticamente empurrou a Bombardier em um corner de onde não havia saída, a não ser pular no colo da Airbus. E foi o que os Canadenses fizeram, pois de outra forma a Bombardier estaria fadada ao limbo. Foi um ato desesperado por parte dos canadenses, mas com um propósito bem claro: salvar sua indústria aeroespacial. É inocência pensar que os canadenses fariam isso levianamente, e acredito que sua pareceria com os franceses pode estar apenas começando. Acho até que, se os canadenses solicitarem, os franceses permitiriam a fabricação local do Rafale, em parceria. Seria uma vitória e tanta… Read more »
Satyricon 7 de dezembro de 2017 at 20:00
Lembrar que a Airbus não é francesa, mas européia. Foi formada por França, Alemanha e Inglaterra em 1970. Posteriormente incorporou empresas italianas e espanholas.
Satyricon, se a RCAF adotar o Rafale terá de desfazer de todo o seu arsenal e comprar armas francesas. Ou pagar caro para integrá-las.
HMS Tireless: “Ou pagar caro para integrá-las”
Esse ponto já passou. O Canadá não tem como evitar gastos vultuosos para renovar seu componente aéreo, mesmo optando por vetores americanos. Cabe a eles buscarem as melhores condições para sua força e sua economia (assim como o fez certa república ao sul do equador, vejam só). Estiveram dispostos a dispender bilhões no desenvolvimento do C Series. O que seria um pouco a mais para a fabricação local de um vetor de um “parceiro”?
Só uma suposição.
A bombardier nao ia acabar se o governo canadense não desse esse subsídio ilegal mas ela acabaria sendo comprada por capital estrangeiro é o que vai acontecer, logo logo a Airbus vai comprar ela toda. Obs: eu nao sou contra govrno nenhum socorrer a industria, deste que faca isso de forma legal pelas regras internacionais da OMC, sim é possível e não foi o caso do Canadá.
“Bosco 7 de dezembro de 2017 at 17:47
Alex,
“É um país apêndice dos EUA”.
Melhor ser rabo de tubarão que cabeça de sardinha.”
Kkkk rsrsrsrs
Simples,
quem são os vizinhos do Canadá ao norte e ao sul ?
Pronto, acabou ! rsrsrsrs Kkkkk
Aqui também:
“Marcos 7 de dezembro de 2017 at 15:32
E ai, Trump?! Vai invadir o Canadá?”
HMS TIRELESS, na minha umilde opinião, de leigo, como sou, acredito que sim, o posicionamento canadense em favor do RAFALE, basicamente será político, devido a aproximação da AIRBUS com a BOMBARDIER salvando esta da falência, além do mais,da colonização canadense por franceses também. Isso tem um peso enorme em decisões como essa, ainda mais se tratando da perseguição da BOEING em detrimento da empresa canadense, BOMBARDIER. Imagino que seja decisivo, pois, poderá haver pressão por parte da França.
José Lemos, o caça onde a Airbus tem maior participação é o Typhoon e não o Rafale. E ao contrário do caça francês o aparelho europeu pode usar as armas do arsenal canadense como o AIM-120 AMRAAM e as JDAM.
Bosco 7 de dezembro de 2017 at 18:55 Na verdade meu comentário envolve mais o Brasil. Vc não percebeu. O q é sempre engraçado (e inexorável) nestes debates nas redes sociais onde envolve geopolitica, é que basta vc fazer alguma consideração negativa sobre os países democráticos e estáveis, ( e existem muitas, todos sabemos, vejam a nossa) que seu oponente sacará a caneta ou o microfone e começará a falar de Cuba, Venezuela, Coreia e tal, como se tivesse a ver uma coisa com outra ou como se fosse algum argumento definitivo de comparações. São na verdade argumentos primários pelo… Read more »
Há uma coisa estranha na moderação deste portal. Ele segura postagens que não tem absolutamente nada de mais e vc vê que não tem qdo elas são liberadas. Quando soltarem a minha sobre meu animado debate com o Bosco, ela aparece aí.
Olá,moderadores, o q há no meu post de
Alex 7 de dezembro de 2017 at 22:22
para cair na moderação? É uma pergunta sincera, às vezes vcs brecam alguma palavra que desconheço. Se eu souber, a evitarei num próximo comentário.