África do Sul: Saab recebe contrato de suporte dos caças Gripen
A Saab recebeu um contrato para apoiar a frota de 26 caças Gripen da Força Aérea da África do Sul (SAAF) entre novembro de 2017 e fevereiro de 2020. O valor do contrato é de 314 milhões de Rands (US$ 24,75 milhões) e abrange gerenciamento, manutenção, reparo e revisão de aeronavegabilidade.
A Saab, na semana passada, disse que assinou o contrato com a Armscor, cobrindo serviços relacionados ao suporte, como gerenciamento de aeronavegabilidade, suporte de engenharia, manutenção, reparo e revisão, reposição de peças e atualizações de publicações técnicas.
“Assinar este contrato reforça ainda mais o bom relacionamento entre Saab, Armscor e a Força Aérea da África do Sul. Este pedido é vital para suportar o funcionamento eficaz e a disponibilidade dos Gripen C e D na África do Sul nos próximos anos”, disse Ellen Molin, chefe da área de Suporte e Serviços na Saab.
A Força Aérea da África do Sul vem operando o caça Gripen desde 2008, quando o primeiro Gripen foi entregue. Ela vem concedendo contratos de suporte à Saab por muitos anos — o mais recente foi para o período 2013-2016, no valor de 295 milhões de Rands (180 milhões de coroas suecas). Foi concedido no final de 2013 – durante grande parte daquele ano a SAAF não teve contratos de suporte da Gripen com a SAAF trabalhando em manutenção.
Até agosto de 2011, o SAAF tinha gasto 151 milhões de Rands no suporte dos Gripen, incluindo 45 milhões de Rands para a Saab, no período de novembro de 2010 a março de 2012. Outros contratos de manutenção dos Gripen da SAAF foram adjudicados à Volvo Aero Corporation, Saab Grintek Defense, Denel, Martin Baker, Projetos Tetech, Quad Precision Engineering e CSIR.
FONTE: defenceWeb
Em dez anos estarão comprando os feitos por Gavião Peixoto.
Que boa notícia. Eles, inclusive, haviam estocado aeronaves devido às dificuldades de manutenção. Boa Força Aérea para realizar intercambio. Tive o privilégio de ir lá em 2007, em duas oportunidades. Lindo país.
Rinaldo Nery 7 de dezembro de 2017 at 23:43
Esse é um país q eu queria ter ido e ainda não tive oportunidade. Chegou a ir ao espetacular Kruger Park ou foi só de uniforme a trabalho sem poder visitar?
Não fui aos parques. Visitei o CSIR, a DENEL e o hotel Sun City. Na segunda oportunidade fui a Cape Town. Fui a trabalho.
A camuflagem da SAAF é tão linda.
Que bom, agora todos os gripens da SAAF estarão disponíveis de novo!
Ola Cel Nery,
Passei dois anos na Denel trabalhando no A-Darter, pela Mectron. Naquela época o chefe do JPT era o Cel Nelson, e o Cel Checcia na sequência. Foram bons tempos de aprendizado e ralação. Tem muita contribuição brasileira naquele míssil.
Os sul-africanos devem ser muito respeitados pela sua capacidade técnica que foi forjada no calor da guerra – travada praticamente sem auxílio internacional (devido aos embargos vigentes na época).
Errata: Cel Checchia.
Olá Aerococus, saberia dizer se o A-Darter tem capacidade para manobrar e engajar uma aeronave atacante que venha no quadrante traseiro? Outra dúvida, ele pode ser utilizado para abater outro míssil?
Impressão minha ou há forte terceirização no suporte dos Gripen da SAAF ?
Esse padrão de pintura dos Gripens da SAAF foi bem acertado, perfeito, dá um padrão inovador e diferente, na minha opinião.
Off-Topic.
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https://quwa.org/2017/12/07/qatar-exercises-option-for-12-additional-dassault-rafale/
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Alguém sabe me dizer se a efetividade dessa opção entra em exercício com o pagamento da primeira parcela referente como ocorre com a compra inicial? Claro, isso considerando o padrão dessas negociações.
Nao sei por que mas acho que esse gripens Sul africanos ainda serao nossos
Aerococus, estive na DENEL em 2007, o Nelson era chefe. Acho que nos cruzamos por lá. Quando fui pra COPAC, em 2009, o Nelson era o Vice. Se tivesse permanecido na ativa provavelmente teria sido o chefe do GAC-A-DARTER em 2012. Depois do Cecchia (duas turmas acima), quem assumiu foi o Bonotto, hoje Brigadeiro, Presidente da COPAC.
Cel Nery,
Estive lá entre 2008 e 2010. Foi uma época bem legal do projeto, onde foram feitos alguns lançamentos com comandos pré-programados e o primeiro ensaio guiado, todos ainda lançados de solo lá em OTB. Trabalhava junto com a equipe da FAB no time de guiamento, controle e navegação da Denel. Foram bons tempos!
Você sabe algo sobre a industrialização do míssil? Já que a MECTRON fechou.
Não sei, faz tempo que não acompanho o projeto. Quando voltei de lá, permaneci cerca de 6 meses na Mectron onde pude aplicar transferência de tecnologia aos projetos em andamento (míssil MAA1B e no SMKB “Acauan”). Depois disso eu acabei voltando pra Embraer para trabalhar no KC390 que ainda estava no início do desenvolvimento. Desde então, meu contato com o ADarter era apenas informal. Obviamente, não se fala muito além do que está na mídia.
Alex Nogueira 8 de dezembro de 2017 at 7:16
Ola Alex,
Em função do uso do HMD, da capacidade LOAL e da excelente manobrabilidade do ADarter, ele é capaz de ser usado “over the shoulder”.
Desconheço a capacidade de engajar outro míssil.
Ref. https://en.m.wikipedia.org/wiki/A-Darter
Alex II 7 de dezembro de 2017 at 23:13 “Em dez anos estarão comprando os feitos por Gavião Peixoto.” — sem desmerecer o entusiasmo do amigo com a capacidade da EMBRAER de vir a fabricar o Gripen E/F aqui no Brasil, mas lembremos que a África do Sul opera os modelos C e D, e que a vida operacional de seus aviões deve se estender ainda por bem mais que dez anos! 🙂 E, a não ser que o contexto geopolítico sul-africano se altere tanto a ponto de haver demanda por um reaparelhamento de sua Força Aérea, não creio que… Read more »
Leonel Testa 8 de dezembro de 2017 at 9:41
“ Nao sei por que mas acho que esse gripens Sul africanos ainda serao nossos ”
— Por que o Brasil iria precisar de Gripen C/D sul-africanos (aviões que se forem descomissionados da Força Aérea Sul-Africana, já estarão com bem uns 20 anos de uso…!)? Não faz sentido…
Andre penso que nao chegaremos aos 108 F39 previstos entao o mais proximo seria ter gripens C/D pra completar o numero de caças . Mas é so palpite abraço
Leonel, seria absurdo a FAB adquirir Gripen C/D porque são outro tipo de avião, outra logística. A FAB só quer ter uma logística para caças. Por fora podem ser aviões parecidos, mas por dentro são milhares de itens e equipamentos diferentes, tanto em hardware quanto em software.
Se a manutenção da Gripen E/F conseguir ser feita pela Embraer e empresas brasileiras do programa, em contratos desse tipo, já será uma revolução para a FAB, a disponibilidade pode ser bem interessante.
Cel. Nery e outros.
Alguém poderia me informar como estão os pilotos da SAAF ? Ainda estão na Força ou debandaram para a aviação comercial, talvez em outros países ?
Desejo saber não apenas pela crise financeira, mas por declarações racistas do atual Presidente Jacob Zuma contra a parcela branca da população da AS, ao contrário do Mandela que procurou unificar a população.
Delfim, eu não sei. Mas, em 2007 estive em Pretoria representando o Brasil num Seminário Internacional de Defesa Aérea, no CSIR, onde ministrei uma palestra. O término do apartheid era recente, e o governo sul africano implantou um sistema de cotas em TODAS as áreas e atividades do país. Nas FFAA, enfiou goela abaixo negros em TODOS os postos das três Forças. Sem necessidade de frequentar qualquer escola militar. Na audiência do seminário estavam os oficiais alunos do Curso de Estado-Maior, que era cursado na mesma escola pelas três Forças. Excelente decisão. Mas, o que vi, é que não havia… Read more »
Será que isso significa que os aviões estocados voltarão a voar?
Gustavo, é preciso esclarecer que eles não estocaram simplesmente parte da frota num canto da base enquanto voavam outra parte, e sim fizeram um esquema de rodízio: cada avião voava X horas, então era deixado fora da linha se voo por X tempo, até chegar a hora de voltar à linha. Então todos os aviões voaram, mas poucas horas cada um. Ao menos foi essa a última decisão a respeito da qual me lembro.
linha se voo = linha de voo
Rinaldo Nery 8 de dezembro de 2017 at 18:47 Cel Nery, Sua percepção está correta. A ação afirmativa na África do Sul é muito forte. Era pra ter sido um catalizador durante o transiente logo após o Apartheid. Contudo já se passaram mais de 20 anos e os negros incorporaram a mentalidade (que acaba também sendo discriminatória). Hoje é muito difícil para um jovem engenheiro branco conseguir emprego. Na Denel presenciei uma evasão de boas mentes para a Austrália, Nova Zelândia e países Europeus. Os Brasileiros foram muito bem vindos pois faltava gente pra tocar o projeto. Torço para que… Read more »
Obrigado, amigo. Tinha certeza que você teria mais informações confiáveis. Também espero que não destruam o que a cultura européia fez de bom para o País. E mantenham aquele vinho maravilhoso!
Prezado Aerococus, so uma curiosidade: ha uma empresa citada com o nome “projetos tetech”. Seria brasileira?
Cel. Nery e Aerococus. . Obrigado pela explanação. O que acontece é que não desejo que políticas étnicas desastrosas aplicadas na África se repitam no Brasil. Os brancos não são nativos deste lado da Atlântico. Ok. Mas os negros também não são. Sim, vieram escravizados (já o eram na África), mas do ponto de vista de “invasores” são tão quanto os brancos. Há desigualdades a serem corrigidas ? Sim, mas um discurso “racista reverso” como anda se vendo não leva a nada de produtivo. A própria África do Sul como os Srs. confirmaram tem perdido mentes capazes pelo pecado de… Read more »
Rinaldo Nery 8 de dezembro de 2017 at 10:21
Você sabe algo sobre a industrialização do míssil? Já que a MECTRON fechou.
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Rinaldo Nery, eu mandei uma resposta, mas fica preso no filtro pelo anexo, então faça uma pesquisa sobre uma empresa criada por ex-funcionários da Mectron para tocar seus projetos, a SIATT, o EB e a MB ja assinaram com eles, a FAB parece que optou por outros caminhos, está no artigo.
Pesquise no Google ou equivalente por SIATT – Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico.
Delfim, só complementando: o Mandela declarou as línguas das tribos nativas como “línguas oficiais ” São somente onze!
Obrigado, Strobel. Vou olhar.
Strobel, olhei. Só estão com dois projetos: MANSUP e o míssil anticarro. Parece que o MAR-1 e o ADarter ficaram órfãos. Seria interessante também saber que fim levou o MAA-1B. Talvez o Aerococus possa ajudar. Um companheiro de turma que serviu na DIRMAB havia me dito que o míssil funcionou a contento. Juarez jurava que era um “buscapé”.
Rinaldo Nery 9 de dezembro de 2017 at 11:14 Interessante ir resolver problemas mundanos em órgão oficiais, como por exemplo resolver um problema com a conta de água lá na África do Sul. Tem panfletos com 11 idiomas, incluindo o Inglês o Afrikaans, o Zulu, o Khosa, e os demais. O Português foi quase oficial por lá. Afinal das contas, o Vasco da Gama foi o primeiro europeu que passou por lá. acho que extender mais sobre essa palestra seria off-topic! Bem, é um país muito interessante e que fez muito em matéria de defesa. Respeito-os bastante! Si vis pacem… Read more »
Delfim Sobreira 9 de dezembro de 2017 at 8:25 Certamente os negros que estão na África do Sul não são naturais de lá. O povo Bantu (Zulu, Khosa, Tswana, etc) conquistou o Sul da África à fórceps subjugando o povo Khoisan (aborígenes locais que viviam da pesca). Foram tão “colonizadores” quanto os os Europeus que vieram depois. Sendo assim, acho que as gerações de europeus que ralaram por lá são tão donos da terra quanto os negros que por lá estavam. É uma questão geopolítica natural. Com o tempo deveriam se entender. Mas acho que isso ainda demora algumas gerações.… Read more »
Rommelqe 8 de dezembro de 2017 at 23:1
Não conheço essa empresa. Lembro de uma empresa chamada Detek ou Detech que era responsável pela matriz de detecção do auto-diretor do míssil. É uma empresa sul africana autuada no CSIR em Pretoria.
Rommelqe 8 de dezembro de 2017 at 23:1
Não conheço essa empresa. Lembro de uma empresa chamada Detek ou Detech que era responsável pela matriz de detecção do auto-diretor do míssil. É uma empresa sul africana situada no CSIR em Pretoria.
Rinaldo Nery 9 de dezembro de 2017 at 12:21
O MAA1B mudou bastante desde que eu sai da Mectron. Mas não acredito que seja um busca-pé.
Aero, vai ao encontro de informações que eu recebi de dentro da FAB. Ouvi que as deficiências haviam sido sanadas, e que o último lançamento a partir de um F-5EM foi um sucesso. Ele se equipara ao Python 3?
Aerococus.
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O movimento negro brasileiro desconhece as diferenças tribais entre os africanos. Se pega à pele. É como achar que todo asiático é japonês.
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Patrice Lumumba, líder congolês comunista “raiz”, declarou que enquanto os congoleses não tivessem seus próprios magistrados, engenheiros, médicos, etc., não almejariam uma independência plena. Troque “independência” por “inclusão” e se resolve a questão.
Mas aí os “nutellas” dirão que isso é meritocracia…